quinta-feira, 11 de abril de 2013

Contraponto 10.887 - "Estadão fez lobby sorrateiro contra Heleno Torres no STF"




247 - O jornal Estado de São Paulo trava verdadeira batalha politico-ideológica para retirar o tributarista da USP Heleno Torres da corrida para o Supremo Tribunal Federal, por meio de notícias falsas, ou no jargão jornalístico “barrigadas”. Na última quinta-feira (4), o professor se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para indicação à vaga deixada por Carlos Ayres Britto, o ex-presidente do STF que pautou o julgamento do “mensalão” para coincidir e influenciar o resultado das Eleições 2012.


Após conquistar apoios fundamentais em sua jornada, como do ministro da Advocacia-Geral da União Luiz Inácio Lucena Adams e a simpatia do ministro Ricardo Lewandowski seu colega de USP, e, principalmente, após ter sido chamado por Dilma para uma conversa no Palácio do Planalto o jornal Estado de S. Paulo acendeu a luz vermelha e tratou de deflagrar uma guerra para barrar a nomeação de Heleno Torres.


A estratégia do jornal é velha, simples e com requintes de crueldade, por contar com fontes do Executivo que apoiam outros candidatos e muito conhecem a linha da presidente Dilma Rousseff avessa aos vazamentos palacianos.


Em primeiro lugar, o Estadão resolveu “queimar a largada” de Heleno Torres ao “manchetar”, em letras garrafais, em sua página na internet: “Tributarista Heleno Torres será ministro do Supremo, escolhe Dilma”. A notícia era tão falsa que iludiu o leitor até sobre a origem da informação, ao dizer que o suposto furo se deu “segundo informaram fontes do Supremo” e que levantou, logo na sequência, o fantasma do mensalão para assombrar a indicação do tributarista.


Ocorre que até as pedras da praça dos Três Poderes sabem que a jornalista que deu a “barrigada” proposital não cobre o STF mas sim o Palácio do Planalto e tentou inutilmente “lavar a sua fonte”, por ser de água suja e para protegê-la da inevitável fúria de Dilma Rousseff. 


Na mesma matéria o Estadão utilizou bravata do também articulista do Estadão Gaudêncio Torquato que teria almoçado com Torres. Era tudo mentira e o próprio articulista tratou de desmentir tudinho, até o almoço explicando a sua bravata: “Barriga de todos - Vício de jornalista. Não era verdade. Heleno não fora escolhido. Descobri quando liguei para ele para contar do meu entusiasmo e das manchetes que acabara de ler. E ele me respondeu: ‘pois é, não fui escolhido. Peço para que você desminta a nota, que está provocando balbúrdia’. Foi o que fiz. Pedi desculpas. Fui apressado. Porém, ressalto, fui induzido à nota apressada pelo registro dos jornais. Todos cometemos o que, em jornalismo, se chama de ‘barriga’, uma notícia não verdadeira” por Gaudêncio Torquato (Leia aqui:  HYPERLINK "http://www.migalhas.com.br/mobile/mig_porandubas.aspx" http://www.migalhas.com.br/mobile/mig_porandubas.aspx.).


Em seguida, a colunista Sonia Racy deu sequencia aos ataques ao anunciar que Heleno Torres estava praticamente escolhido mas que dançou de vez no STF, após o vazamento do encontro com Dilma, segundo a colunista “comentário maldoso que corre nos bastidores do Planalto” é que a demora se daria por falta de opção técnica (Leia aqui: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/98502/Sonia-Racy-Heleno-Torres-dançou-de-vez-no-STF.htm.) 


DILMA NÃO É BOBA

Segundo o informado jornalista Gerson Camarotti, da Globo News, apesar do vazamento da reunião, o tributarista permanece forte para a vaga do Supremo porque Dilma descobriu o óbvio: “que Torres não teve culpa pela vazamento da informação” (Leia aqui: http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/2013/04/09/apesar-de-vazamento-heleno-torres-permanece-na-lista-preferencial-para-stf/).


Claro, Dilma não é boba e está cercada de leais e competentes auxiliares que, a exemplo de Giles Carriconde Azevedo, Chefe de Gabinete da Presidência, não escondem nada da presidente, leia-se: as tramoias de ministros e assessores, e nem tentam manipular informações por interesses pessoais.(Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)


O FANTASMA DO MENSALÃO E A “BARRIGADA” PROPOSITAL

Por fim, no editorial de hoje intitulado “por uma vaga no Supremo”, o Estadão invoca novamente o fantasma do “mensalão” e em seguida crava de vez o punhal nas costas do professor da USP ao afirmar de forma contraditória e leviana que, “seja lá o que [Heleno Torres] dela [Dilma] tenha ouvido, não perdeu tempo em fazer chegar à imprensa – por interpostas pessoas que pediram para não ser identificadas – a suposta ‘notícia’. Dilma, evidentemente, ficou furiosa com a quebra de confiança e mandou chamar para entrevistas todos os outros candidatos”.


O editoral é leviano porque todos sabem, inclusive Dilma, que Heleno Torres não vazou nada do encontro pois seria suicídio. Em segundo o jornal faz grave acusação ao jurista utilizam-se do anonimato para justificar seus ataques. Mais curioso ainda é o jornal agora (des)qualificar a sua matéria como uma “suposta notícia”. Ora, quem primeiro veiculou essa “suposta notícia” não foi o próprio Estadão? Por que o jornal desqualifica a sua manchete? Simples: foi uma barrigada proposital.


A família dona do jornal escolhe quando, de que forma e agora quer escolher quem vai julgar os processos do Supremo Tribunal Federal. O fuzil está apontado na alma, na reputação de quem se atreva a contrariar o jornal.

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