quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Contraponto 10.511 " Lula: 'nós queremos comparação, inclusive sobre corrupção' "

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21/02/2013


10 anos de PT



Lula: “nós queremos comparação, inclusive sobre corrupção”



 20.02.2013 23:36

Piero Locatelli


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira 20 que o PT não vai fugir do debate sobre corrupção com os tucanos. Em discurso na comemoração dos dez anos do partido na Presidência, ele rebateu as críticas feitas nos últimos dias pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).

“Nós não temos medo de comparação, inclusive comparação em debate sobre corrupção,” disse o ex-presidente no evento realizado na zona norte de São Paulo. Na terça-feira 19, FHC divulgou um vídeo dizendo que as comparações feitas pelo PT coma sua gestão na presidência (1995-2002) são “coisa de criança” e “parecem picuinha”.

Lula falou que só o fato do seu partido passar oito anos no poder já deixa a oposição nervosa.  “Eles estão inquietos porque percebem que estão sem valores, sem discursos, sem propostas. Porque todas as coisas que eles pensaram em fazer nós fizemos mais e fizemos melhor. É por isso que nós queremos fazer esse debate.”

O ex-presidente também fez referência ao discurso do senador tucano Aécio Neves (MG) nesta quarta. Nele, o mineiro elencou 13 erros do PT cometidos nos últimos anos. “Eu não vou responder a eles. Só queria dizer que a resposta que o PT deve dar é dizer para eles que podem se preparar, juntar quem eles quiserem. Porque, se eles têm dúvida, nós vamos dar como resposta a reeleição da presidenta Dilma,” disse Lula.

Petistas e integrantes de partidos da base aliada estiveram no evento. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
 Petistas e integrantes de partidos da base aliada estiveram no evento. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto LulaPetistas e integrantes de partidos da base aliada estiveram no evento. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula




Lula e Dilma também usaram o discurso para criticar a imprensa. “Na ausência de uma partido da oposição, um setor da imprensa fazia oposição. Eu fico preocupado porque quando critico a imprensa , eles dizem: ‘Lula ataca a imprensa’. E, quando eles me atacam, dizem: ‘Fizemos uma crítica’.”
Já a presidenta Dilma disse que não pode se calar diante das críticas. “Como reagem agora determinados setores frente ao avanço do combate à miséria? Alguns tentam dizer que esse feito não passa de um mero jogo estatístico. Outros preferem inverter o significado das coisas e destacar, de forma exagerada, o que falta ser feito,” disse a presidenta. Na terça-feira 19, Dilma lançou programa o programa Brasil sem Miséria, que complementa o Bolsa Família para que a população supere a renda de 70 reais mensais por pessoa, considerada a linha da miséria.

Coube ao deputado estadual e presidente do partido, Rui Falcão (SP), defender a regulação dos órgãos de imprensa. “É inadiável o alargamento da liberdade de expressão no país, da democracia e dos meios de comunicação tal qual está previsto na Constituição e que esperam a anos por uma regulamentação.”

Kassab é vaiado

O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) foi vaiado duas vezes pela militância petista no evento. Primeiro, quando foi apresentado. Depois, enquanto discursava como presidente do seu partido.  No palco, ele se disse grato aos dez anos do PT na Presidência, mesmo tendo feito oposição à legenda até o ano passado. “O PSD se sente muito confortável em estar aqui hoje,” disse Kassab.

Em seu discurso, Lula justificou as alianças da base aliada nos último dez anos ao dizer que ganhar a eleição era mais fácil do que governar. “Nós sabemos o quanto importante é a base aliada, com gente que às vezes a gente até não gosta. Mas a gente não está convidando para casar, está convidando para governar.”

Representantes de diversos partidos da base aliada estiveram presentes. Entre eles, dois ministros que foram derrubados em escândalos de corrupção e agora presidem seus partidos: Alfredo Nascimento (PR), ex-ministro dos Transportes, e Carlos Lupi (PDT), ex-ministro do Trabalho. Presidente do PSB e possível candidato à Presidência e 2014, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) foi representado por Roberto Amaral (PSB)
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