segunda-feira, 31 de maio de 2010

Contraponto 2372 - "Para Lula, governo de FHC foi 'década perdida' da economia"


31/05/2010


Para Lula, governo de FHC foi `década perdida' da economia

Portal Vermelho - 31 de Maio de 2010 - 14h30

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o período do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) como parte das décadas perdidas na economia. Lula afirmou em discurso na abertura do Michelin Challenge Bibendum, no Riocentro, no Rio de janeiro, que o país agora tomou gosto pelo crescimento.
"Qualquer um de vocês pode checar que poucas vezes investimos tanto em infraestrutura no país como agora. Tivemos algo próximo disso em 1975, mas na época o governo tomou dinheiro emprestado a 6% e, logo depois, os juros subiram 21%. Sabemos o que se passou com isso. Passamos duas décadas perdidas, entre 1980 e 2000", afirmou Lula.

Em seu discurso, Lula criticou ainda os países ricos dizendo que o Brasil mostrou ao mundo, "humildemente", como se faz política econômica com seriedade. "O Brasil aprendeu que o que acontece no mundo hoje é de uma irresponsabilidade muito grande. O mercado não é Deus e o estado não é o diabo. Aprendemos que se os dois funcionarem bem juntos é um tanto melhor", disse. "No Brasil, não vacilamos", disse.

"Acabamos também com essa história de PIB potencial, que era uma bobagem de alguns economistas que diziam que o Brasil não podia crescer mais de 3% que a casa caía. Agora, vimos que é gostoso crescer 4%, 5%, 6%. Também não queremos crescer demais porque não queremos ser uma sanfona, que vai a 10%, volta a 2%, que vai a 10% e volta a 2%. Queremos crescer de forma sustentável", completou Lula.

Tragédia ambiental

No evento, Lula também comentou as ações de combate ao vazamento de petróleo no Golfo do México e afirmou que problema semelhante no Brasil seria motivo para um escândalo internacional. "Os grandes não sabem parar o vazamento. "Acho engraçado, se fosse a Petrobrás, na Baía de Guanabara, seria um escândalo o que o mundo desenvolvido faria contra nós", disse. A declaração de Lula sobre o desastre ambiental foi motivo de aplausos da plateia que participa da abertura do Michelin Challenge Bibendum.

O presidente ainda defendeu o biodiesel como importante matriz energética do país e disse que vai incentivar a produção de combustível a partir da palma do dendê. "Além de fornecer combustível, vai dar para recuperar uma área degradada de mais de 30 milhões de hectares no Pará", disse.

Renovação da frota

O evento do qual o presidente participou apresenta uma série de soluções para mobilidade rodoviária sustentável como veículos que usam energia limpa. O presidente defendeu a renovação da frota brasileira. Lula chegou ao pavilhão da abertura da feira em um ônibus movido a hidrogênio desenvolvido pelo Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ, apontado como oção de transporte sustentável para o Rio na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

Segundo Lula, há algum tempo o Brasil tomou consciência de que era preciso renovar sua frota de automóveis, que segundo ele, tinha a idade média avançada. Ele destacou que essa renovação ocorrida nos últimos anos aumentou o nível de emprego e ajudou na redução da emissão de gases do efeito estufa. "Hoje, praticamente 100% dos carros produzidos no país são flex fuel, sendo que 60% da preferência dos motoristas desses carros é pelo etanol na hora de encher o tanque. Isso reafirma o etanol como importante matriz energética brasileira", disse.
O presidente afirmou ainda que houve renovação da frota de caminhões e tratores. Ele lembrou que foram realizados avanços no programa de financiamento para prefeituras para que tenham possibilidade de renovar sua frota de ônibus. "Temos ônibus com mais de 20 anos de uso rodando, ou seja, não só poluindo, mas colocando a vida das pessoas em risco. Vamos aumentar a produção para atender não só o Brasil mas a América do Sul, a América Latina e o continente africano", disse.

Com agências
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Contraponto 2371- "Serra é o candidato mais antipático, e dos ricos - revela o Datafolha sob pressão da blogosfera"

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31/05/2010


Serra é o candidato mais antipático, e dos ricos - revela o Datafolha sob pressão da blogosfera

Amigos do Presidente - por Zé Augusto - segunda-feira, 31 de maio de 2010

Na sexta-feira, dia 28, nosso blog descobriu indícios de financiamento de campanha por caixa-2, pelo grupo empresarial dono do jornal Folha de São Paulo e do Instituto Datafolha, através de serviços de pesquisa eleitoral qualitativa a partidos, não contabilizada (leia aqui para entender o caso).
"Coincidentemente", no domingo, dia 30, o jornal Folha de São Paulo desengavetou, com bastante atraso em relação à divulgação da pesquisa, algumas das respostas às perguntas qualitativas da pesquisa (em notícia discreta e acessível apenas para assinantes).

Nota-se uma preocupação do grupo Folha em afastar as atenções do Ministério Público e da Polícia Federal para os indícios apontados pelo nosso blog,, quando fez questão de incluir em seu texto uma justificativa, dizendo que "O Datafolha realiza esse estudo há mais de 20 anos."



Espertamente, o Datafolha diz isso sobre a tendência esquerda-direita do eleitorado, mas nada diz sob seu súbito interesse em saber se candidatos são mais simpáticos ou antipáticos, e outras perguntas qualitativas que, normalmente, só interessam para tomada de decisão de partidos em campanha eleitoral.

Serra é líder isolado em antipatia, e Dilma a mais simpática

De qualquer forma, nossa denúncia na blogosfera já surtiu um resultado: coincidência ou não, o jornal demo-tucano viu-se na obrigação de publicar (ainda que muito discretamente) que José Serra é o candidato mais antipático e defensor dos mais ricos, enquanto Dilma é reconhecida como a mais simpática e defensora dos mais pobres.

Na pergunta do Datafolha: "Na sua opinião, qual destes candidatos ou candidatas é mais antipático ou antipática?" - deu Serra na cabeça, como o mais antipático:

Serra: 27% das respostas
Dilma: 23%
Marina: 11%

Na pergunta: "Na sua opinião, qual destes candidatos ou candidatas é mais mais simpático ou simpática?" - Dilma é a mais simpática para a maioria dos pesquisados:

Dilma: 29%
Serra: 28%
Marina: 19%

Serra é reconhecido como defensor dos ricos e Dilma dos pobres

Na pergunta: "Na sua opinião, qual destes candidatos ou candidatas mais defenderá os ricos?" - deu Serra na cabeça, novamente:

Serra: 45%
Dilma: 15%
Marina: 3%

Na pergunta: "Na sua opinião, qual destes candidatos ou candidatas mais defenderá os pobres?" - Dilma foi reconhecida como maior defensora dos interesses dos mais pobres:

Dilma: 37%
Serra: 21%
Marina: 18%

Vídeo mostra comportamento antipático de Serra
diante de reclamação contra pedágios abusivos


Um vídeo, já conhecido, demonstra o típico comportamento antipático do demo-tucano, quando ainda estava governador de São Paulo. Serra nega atenção às reivindicações de produtores do interior paulista contra o elevado custo dos pedágios, que impactam no frete de seus produtos.



Além disso, é um exemplo da clara opção pelos mais ricos: o demo-tucano fica do lado dos tubarões, donos das concessionárias de pedágios, em detrimento do cidadão consumidor, que é obrigado a pagar as tarifas abusivas de pedágios nas rodovias paulistas.
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Contraponto 2370 - Notícia para matar tucano de raiva

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31/05/2010

PIB Brasil cresce mais que o Chinês

Amigos do Presidente - por Helena™ - segunda-feira, 31 de maio de 2010

PIB do País no 1º trimestre deve registrar aumento anualizado superior ao da China, ficando atrás apenas da Índia entre as maiores economias

O Brasil deve ocupar o segundo lugar no ranking das maiores taxas de crescimento do mundo no primeiro trimestre, à frente até mesmo da China. O dado oficial só será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira da semana que vem, mas, levando-se em conta as projeções do mercado financeiro, já é possível cravar que o País será um dos líderes em expansão no período.
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Contraponto 2369 - "Veja imagens do ataque israelense à frota de ajuda humanitária"


31/05/2010


Veja imagens do ataque israelense à frota de ajuda humanitária


Ataque israelense à "Frota Liberdade", qce transportava cerca de 10 toneladas de ajuda humanitária para Gaza, deixou pelo menos 15 mortos e 50 feridos. O ataque ocorreu em plenas águas internacionais. União Européia quer inquérito sobre ataque e palestinos pedem reunião urgente na ONU. "Quinze pessoas foram mortas durante o ataque, na sua maioria cidadãos turcos", afirmou Mohammed Kaya, responsável pela divisão de Gaza da IHH, uma organização turca de defesa dos direitos do Homem, que fazia parte da operação naval. Site da missão divulga imagens do ataque israelense

Esquerda.Net

De acordo com a AFP, a União Europeia já pediu um inquérito sobre o ataque e os palestinos querem uma reunião urgente na ONU. O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, condenou o ataque, classificando-o de “massacre”. Site da missão humanitária divulgou imagens do ataque:


Watch live streaming video from insaniyardim at livestream.com


O conjunto de barcos era liderado por um navio de nacionalidade turca e dirigia-se para a Faixa de Gaza com ajuda humanitária e algumas centenas de pessoas que procuravam furar o bloqueio imposto por Israel àquela região do Médio Oriente.

Detectados pela defesa israelense, três navios lança-mísseis da classe Saar saíram do porto de Haifa e dirigiram-se à frota internacional com a missão de interceptá-la e impedir a sua aproximação de território palestiniano.

Era já madrugada quando nesta segunda feira os três navios de guerra avistaram a frota auto-denominada "Frota Liberdade". Encontravam-se em plenas águas internacionais. Foi aí que as autoridades militares decidiram agir. Helicópteros israelitas transportaram os comandos que desceram por cordas e abordaram os navios.

"Quinze pessoas foram mortas durante o ataque, na sua maioria cidadãos turcos", afirmou Mohammed Kaya, responsável pela divisão de Gaza da IHH, uma organização turca de defesa dos direitos do Homem, que fazia parte da operação naval.

Algumas embarcações estavam assinaladas com a bandeira turca, país que já fez saber que condena veementemente esta operação militar, classificando-a de inaceitável. “Israel vai sofrer as consequências por este seu comportamento”, frisou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros. O embaixador israelita em Ankara já foi chamado pelo governo turco. O vice primeiro-ministro turco que substitui o chefe de governo que está de visita ao Chile convocou uma reunião de emergência com o ministro do Interior e com as chefias das Forças Armadas.

Os responsáveis palestinianos já condenaram o ataque. O chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, condenou aquilo que classificou como um "crime contra uma missão humanitária" e o Presidente da Autoridade Palestiniana, Amhmoud Abbas, apelidou o incidente de "massacre"e decretou três dias de luto nos territórios palestinianos.

O ataque está provocando uma onda de protestos diplomáticos. A União Europeia quer um inquérito completo sobre o incidente. A Suécia qualificou-o como "completamente inaceitável" e já convocou o embaixador israelense em Estocolmo para lhe dizer exatamente isso. A Grécia também já chamou o embaixador israelense em Atenas para saber da situação dos seus cidadãos e interrompeu o exercício militar conjunto que realizava junto com a marinha israelense.
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Contraponto 2368 - "Israel: novo massacre humanitário?"

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31/05/2010

Israel: novo massacre humanitário?

Blog do Emir - 31/05/2010

Os capítulos da história são tão claros, quanto dramáticos. Primeiro os judeus obtêm a aprovação da ONU para a construção do Estado de Israel. Para isso expulsam milhões de palestinos que ocupavam a região. Em seguida, aliados aos EUA, impedem que o mesmo direito, reconhecido igualmente pela ONU, seja estendido aos palestinos, com a construção de um Estado soberano tal qual goza Israel.

Depois, ocupação dos territórios palestinos, militarmente, seguida da instalação de assentamentos com judeus chegados especialmente dos países do leste europeu, recortando os territórios palestinos.

Não contentes com esse esquartejamento dos territórios palestinos, veio a construção de muros que dividem esses territórios, buscando não apenas tornar inviável a vida e a sustentabilidade econômica da Palestina, mas humilhar a população que lá resiste.

Há um ano e meio, o massacre de Gaza. A maior densidade populacional do mundo, cercada e afogada na sua possibilidade de sobrevivência, é atacada de forma brutal pelas tropas israelenses, com as ordens de que “não há inocentes em Gaza”, provocando dezenas de milhares de mortos na população civil, em um dos piores massacres que o mundo conheceu nos últimos tempos.

Não contente com isso, Israel continua cercando Gaza. Um ano e meio depois nem foi iniciado o processo de reconstrução, apesar dos recursos recolhidos pela comunidade internacional, porque a população continua cercada da mesma maneira que antes do massacre de dezembro 2008/janeiro 2009. As epidemias se propagam, enquanto remédios e comida apodrecem no deserto, do lado de fora de Gaza, cercada como se fosse um campo de concentração pelas tropas do holocausto contemporâneo.

Periodicamente navios tentavam levar comida e remédios à população de Gaza, chegando por mar, de forma pacífica, mas sistematicamente eram atacados pelas tropas israelenses. Desta vez a maior comitiva internacional de paz, com cerca de 750 pessoas de vários países, se aproximou de Gaza para tentar romper o bloqueio cruel que Israel mantêm sobre a população palestina. Foi atacada pelas tropas israelenses, provocando pelo menos 19 mortos e várias de dezenas de feridos.

Quem representa perigo para a paz na região e para a paz mundial? O Irã ou Israel? Quem perpetra massacres após massacres contra a indefesa população palestina? Quem impede que a decisão da ONU seja colocada em prática, senão Israel e os EUA, bloqueando a única via de solução política e pacifica para a região – o reconhecimento do direito palestino de ter seu Estado? Quem comete os piores massacres no mundo de hoje, senão aqueles que foram vítimas do holocausto no século passado e que se transformaram de vítimas em verdugos?

*Emir Sader. Sociólogo e cientista político
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Contraponto 2367 - "Tucano Joga a Contra a Integração"

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31/05/2010

Tucano Joga a Contra a Integração

Direto da Redação - Publicada em:30/05/2010

Mario Augusto Jacobskind*

Estamos em clima de Copa do Mundo, mas nem por isso podemos esquecer o que se passa por aqui e pelo mundo. A campanha eleitoral ainda não chegou a pegar fogo. Tivemos apenas um trailer do que vem por aí. Os meios de comunicação elegeram apenas três candidatos para apresentar. Os demais, entre os quais Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, figura histórica com participação ativa até antes de 64, um marco negativo da história brasileira, são redondamente ignorados. Independente do juízo de valores fica mal para o jornalismo esse tipo de cobertura.

Mas antes de passarmos a bola para a seleção de Dunga, vale a pena assinalar um fato grave partido de um dos candidatos à Presidência da República. Em entrevista para uma rádio carioca, o tucano José Serra não fez por menos em matéria de relacionamento com os países vizinhos. Gratuitamente, tentando fazer média com eleitores desavisados, o pré-candidato (todos são teoricamente pré até as convenções partidárias) demo-tucano acusou o governo boliviano de Evo Morales de “cúmplice do tráfico” de cocaína no Brasil.

A irresponsável declaração do ex-governador de São Paulo se deu quando ele falava sobre a criação de um ministério para área da segurança pública de combate, entre outros crimes, ao tráfico de drogas. Já foi comentado aqui neste espaço que se trata de uma declaração do tipo para enganar os incautos, até porque o tema em questão está afeto ao Ministério da Justiça e não necessita da criação de nada de especial, pois o que existe dá conta do recado.

A declaração de Serra sobre a Bolívia, com a complementação de que o governo Morales faz “corpo mole” no combate ao tráfico, é totalmente inverídica e só pode ser entendida como uma provocação barata à integração sul-americana, em processo adiantado de desenvolvimento no governo Lula.

Ao contrário do que afirmou Serra, o governo boliviano tem intensificado o combate ao narcotráfico, mas não se sujeita às pressões estadunidenses neste campo. Claro, se dependesse de Serra e seus correligionários, o Brasil nesta altura do campeonato estaria aceitando passivamente os desejos do Departamento de Estado e Pentágono, inclusive de transformar as Forças Armadas em um mero departamento de polícia para combater o tráfico. É a vocação histórica dos tucanos, como acontecia no anterior governo subserviente de Fernando Henrique Cardoso, na prática seguir o que manda quem ocupa a Casa Branca.

No mês de julho a campanha presidencial estará ocupando maiores espaços midiáticos e desta vez o tema política externa vai fazer parte do cardápio. Serra já adiantou alguns pontos de sua agenda, inclusive afirmando em alto e bom som que se fosse presidente do Brasil não iria a Teerã ou receberia a visita de Mahmoud Ahmadinejad. Agradaria sobremaneira a Madame Clinton. Foi uma indicação clara de que faria exatamente o que Washington determina, seja em relação ao Irã, como Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua e Cuba.

Outro ponto da questão externa tem sido as constantes declarações de Serra sobre o Mercosul. Já demonstrou concretamente que joga contra a integração da América, falar contra o Mercosul é apenas o reforço desse ponto de vista.

Mas os leitores se enganam se imaginam que a direitização de Serra se limita à política externa. O candidato da aliança PSDB, Demo e PPS (o partido dos ex-comunistas que viraram linha auxiliar dos seguidores de Washington) recentemente, falando sobre a questão dos portos, algo vital para o desenvolvimento de qualquer país, abriu o jogo ao afirmar que se for Presidente vai extinguir a Secretaria Especial de Portos, que vitalizou o setor. Sabem o motivo? É a concepção de desenvolvimento defendida pelo tucanato entreguista, que não coloca os portos como peças fundamentais para o país.

Na verdade, com palavras sofisticadas, Serra e sua gente defendem a privatização dos portos brasileiros, como tentaram em outras ocasiões através de mentiras e manipulações da informação, como no caso do porto de Paranaguá, medida impedida pelo então governador Roberto Requião. Certamente que o referido porto corre novamente perigo se os paranaenses elegerem um governador das fileiras tucanas ou da patota dos Democratas, que já estiveram no governo com o farsante Jaime Lerner. Farsante é todo aquele político que em campanha diz uma coisa e ao ser eleito faz exatamente o contrário.

É importante recordar esses fatos, para se ter uma idéia de como gira a política brasileira ao longo dos anos. O exemplo do Paraná repetiu-se em outros Estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Estado transformou-se num pântano político. Basta citar os nomes dos três candidatos a governador a ser escolhido no próximo dia 3 de outubro: Sergio Cabral, Garotinho, Fernando Gabeira.

É preciso dizer mais alguma coisa?

.*Mario Augusto Jacobskind

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Contraponto 2366 - "Brasil vira modelo para a Argentina"

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31/05/2010

Brasil vira modelo para a Argentina

Blog do Favre -30/05/2010 - 14:51h

País deixou de olhar a Europa e os EUA como exemplo e passou a admirar o vizinho

Ariel Palacios
– O Estado de S.Paulo

Há 100 anos a Argentina se empenhava em imitar a Europa. Empresários, políticos e formadores de opinião sustentavam que o estilo de administração governamental e empresarial a seguir era o europeu.

A diplomacia local tentava adular o governo britânico com a esperança de entrar para o Commonwealth (comunidade britânica) e ter um pedaço permanente desse mercado. Nos anos 30, o chanceler Julio Roca provocou polêmica ao afirmar que a Argentina era “uma das joias da coroa britânica”.

Essa ideia de estar ligada à Europa por uma espécie de cordão umbilical comercial e cultural persistiu ao longo de nove décadas e intercalava-se com admirações pelos Estados Unidos.

O Brasil, durante o século 20, foi encarado inicialmente com desprezo e depois como rival econômico e político. Mas a crise de 2001-2002 alterou os modelos argentinos.

O país deixou de olhar para o Velho Continente e os EUA como exemplos. O Brasil deixou de ser visto como rival e começou a ser avaliado como líder regional e o novo modelo a seguir.

Muitos argentinos indicam que já existe uma relação de dependência com o Brasil. Um dos primeiros a trazer a imagem a público foi o empresário Franco Macri – símbolo do capitalismo local nos anos 90 – que, em 1995, afirmou: “Em breve, a Argentina se transformará no Estado número 27 do Brasil.” Há um mês, Macri repetiu o conceito, mas como fato consumado: “A Argentina é uma província do Brasil.”

Nos últimos meses, o peso crescente do Brasil no cenário mundial, junto com a expansão das empresas brasileiras na Argentina, fez com que o modelo agora seja o brasileiro. Jornais, revistas e programas de TV em Buenos Aires dedicam grande espaço ao “sucesso” do Brasil.

O analista Rosendo Fraga, diretor do Centro de Estudos Nueva Mayoría, ressaltou ao Estado como o cenário entre os dois países deu um giro de 180 graus em um século: “Em 1910, o PIB argentino era o dobro do brasileiro. Mas em 2010 o PIB argentino é a quinta parte do brasileiro”.

Série de crises. As desventuras argentinas acentuaram-se a partir de 1975, quando começou uma série de seis pesadas crises econômicas, acompanhadas de turbulências políticas que implicaram a passagem de 16 presidentes (o Brasil teve sete presidentes nesse período). Além de fuga de divisas, a Argentina sofreu um êxodo de profissionais que minou a capacidade técnica do país.

No entanto, apesar das crises, o país consegue manter elevado IDH (índice de desenvolvimento da humano, que mede a qualidade de vida da população). No índice elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Argentina ocupa o posto número 49 entre 180 países, o segundo lugar na América Latina, atrás do Chile (no ranking mundial, o Brasil está no 75.º lugar). Mas, quando o índice começou a ser elaborado, há 20 anos, a Argentina estava no 38.º lugar nesse ranking.

Sem estratégias. O ex-vice-ministro da Economia Orlando Ferreres disse ao Estado que, ao contrário do Brasil, a Argentina “careceu de estratégias de longo prazo”. Segundo o economista, por esse motivo o país vive um cenário no qual até a carne – símbolo nacional – possui uma presença cada vez maior do Brasil: “Frigoríficos argentinos são comprados por empresas brasileiras, com respaldo do BNDES, organismo que invejamos, sem similar na Argentina.”

Ceferino Reato, autor da primeira biografia de Lula escrita fora do Brasil – Lula, a Esquerda no Divã -, disse que os argentinos admiram do Brasil “a pujança dos empresários, a estabilidade econômica, o bom ambiente para negócios. Na política, admiramos o estilo negociador e conciliador das elites brasileiras.”

Os líderes da oposição na Argentina elogiam o Brasil para, por tabela, criticar o governo da presidente Cristina Kirchner. Mas esse fenômeno também é usado na contramão pela presidente Cristina, que há uma semana afirmou ter “melhor relacionamento com os empresários brasileiros que investem na Argentina do que com os próprios industriais argentinos”.

No discurso de lançamento de campanha, em 2007, Cristina Kirchner citou uma única empresa – a Embraer – como modelo a ser imitado.

Produtos brasileiros. Os produtos “made in Brazil” já fazem parte do cotidiano dos argentinos e resistem a qualquer tentativa de boicote. Ao longo da década, em várias ocasiões, sindicatos e associações empresariais tentaram deflagrar campanhas contra produtos brasileiros. Todas fracassaram.

Um portenho pode acordar de manhã, lavar o rosto e secá-lo com uma toalha da Coteminas, produzida na Província de Santiago del Estero.

Depois, poderá vestir um jeans (70% do denim argentino está em mãos de empresas brasileiras) e colocar nos pés um calçado produzido pela indústria brasileira Paquetá em Chivilcoy. Na sequência, ao sair de casa em seu automóvel, abasteceria o tanque em um posto de gasolina da Petrobrás.

Na hora do almoço, em restaurante construído com cimento da Loma Negra (comprada pela Camargo Correa), poderia saborear um bife de um dos vários frigoríficos brasileiros – entre eles o Friboi e Marfrig – que nos últimos anos adquiriram empresas na Argentina. Na hora de pagar, poderá fazê-lo com seu cartão de débito do banco Itaú.
Postado por Luis Favre.
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Contraponto 2365 - "EUA admitem viver pior desastre ecológico de sua história"


31/05/2010


EUA admitem viver pior desastre ecológico de sua história

Vermelho - 30 de Maio de 2010 - 15h19

O vazamento de petróleo no Golfo do México é "possivelmente o pior desastre ecológico" da história dos Estados Unidos, afirmou hoje Carol Browner, assessora para meio ambiente e energia da Casa Branca.
Em declarações ao programa "Meet the Press", do canal NBC, a assessora falou depois que a companhia British Petroleum, responsável pelo derramamento, anunciou o fracasso dos planos de bloquear o fluxo de petróleo com uma injeção de lama pesada.

"Isso quer dizer que há mais petróleo fluindo no Golfo do México que em qualquer outro momento de nossa história", disse Carol Browner, colocando, assim, o desastre acima do naufrágio do Exxon Valdez, no Alasca, em 1989.

A assessora da Casa Branca alertou que é possível que o petróleo siga vazando até agosto, quando estarão completos os dois poços alternativos que estão sendo furados pela BP, a solução apontada como definitiva para o problema.

Segundo ela, o Governo "está preparado para o pior", que seria a possibilidade de que nenhum dos métodos de contenção nesse meio tempo funcione e o problema não seja resolvido até que os poços alternativos sejam finalizados.

No mesmo programa de TV, o diretor de gestão da BP, Robert Dudley, indicou que a companhia poderá saber até o final da próxima semana se teve sucesso sua nova tentativa para conter o vazamento. Suttles, disse que a decisão da adoção de uma nova medida - a de cobrir o poço com uma cúpula - foi tomada após consultas com as autoridades federais.

A nova estratégia prevê serrar, com submarinos robôs, o encanamento rompido de onde sai o petróleo e cobrir o resto com o que é basicamente um gigantesco funil, através do qual se passaria o óleo a navios na superfície.

Ontem, a companhia British Petroleum (BP), responsável pelo vazamento de petróleo no Golfo do México, anunciou, que a operação para fechar o poço por meio da injeção de fluidos pesados, como lama, não obteve sucesso. A operação "top kill" foi iniciada na quarta, mas com o fracasso da medida, cerca de 12 mil a 19 mil barris de petróleo continuam a vazar a cada dia no Golfo do México.

Fonte: Ag. Estado
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Contraponto 2364 - "Os Fukuyamas tucanos"

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31/05/2010

Os Fukuyamas tucanos

Carta Maior - 30/05/2010

“O governo Lula, que tomou posse em 2003, acabou antes da hora”.

“O governo Lula acabou.”

Emir Sader
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As duas afirmações foram feitos no delírio que tomou conta de grande parte da imprensa tucana em 2005, o que levou a muitos espasmos de ejaculação precoce. A primeira, de um livro de uma empregada da empresa familiar dos Marinhos, a nunca suficientemente sóbria Lucia Hippolito.
Publicada no auge do que acreditavam seria a crise terminal do governo Lula, no livro “Por dentro do governo Lula”, sugerindo que a perspicaz personagem tinha captado as entranhas do governo, pela sua suposta formação de historiadora. O subtítulo reitera esse olhar privilegiado – “Anotações num Diário de Bordo”, o que pode explicar a pouca sobriedade, provocada pelo vai e vem da viagem.

A segunda afirmação foi feita por um amiguinho, dando uma força para a coleguinha, tomando euforicamente como um fato o fim do governo. O texto é de Ricardo Noblat, na quarta capa do desafortunado livro da pouco sensata funcionaria da mesma empresa que ele.

Ao que se saiba, passados cinco anos, nenhum dos dois fez autocrítica, reconsiderou suas apreciações, considerou que tinham tido um acesso de onipotência e que tinham se equivocado redondamente. Nada disso. Seguem adiante com suas argutas “análises” cobrando seus salários da mesma empresa, como se não tivesse errado redondamente.

Ninguém acredita no que dizem eles e seus colegas na mídia direitista. Todos eles acreditavam que o governo Lula era um gigante de pés de barro, sem apoio popular, totalmente entregue às ameaças da oposição, inevitavelmente condenado ao impeachment ou a sangrar continuamente até eleições em que ou Lula sequer seria candidato ou seu candidato seria facilmente derrotado pela oposição – por Alckmin ou por Serra. Acreditavam que Lula seria um outro Jânio ou um outro Collor – heróis efêmeros dessa mesma mídia.

Não decifraram o enigma Lula e foram devorados por ele. Lula deu a volta por cima e ascendeu dos 28% de apoio a que chegou a estar reduzido no auge da crise de 2005 aos mais de 80% atuais. Quando a oposição mandou mensageiros com a proposta de capitulação ao Lula – retira-se a proposta do impeachment e Lula renunciaria a candidatar-se a um segundo mandato, proposta que não foi levada pela Dilma, que esteve sempre alinhada com Lula, ao contrário do que disse a venenosa reportagem do Valor -, ouviu um palavrão daqueles do Lula, que disse que viraria o país de cabeça para baixo.

E virou. Não apenas no apelo ao apoio popular, mas sobre tudo pelas políticas sociais, que haviam começado a deslanchar com as mudanças no governo, especialmente com o papel de coordenação que passou a ter a Dilma no governo.

Supostos analistas políticos que cometem erros desse calibre, não se emendam, não renunciaram a seus cargos, continuam na mesma toada, revelam como não conhecem o país e tampouco a política, o poder, o governo e o povo brasileiro.

Acreditavam, como Fukuyamas tucanos, que o governo Lula tinha acabado, que seus amigos tucanos voltariam ao poder e o país voltaria a ser deles. Seus patrões já preparavam os apressados cadernos com a necrologia do governo Lula. Como havia dito um ex-ministro da ditadura: “Uma hora o PT teria que ganhar, fracassaria e os deixaria governar o país sem oposição popular”.

Se equivocaram e, pelo que tudo indica, continuam a equivocar-se. Lula não manteria sua popularidade com a crise internacional. Manteve e consolidou o apoio ao governo. Lula não transferiria sua popularidade para a Dilma. Transfere. Dilma, como nunca se havia candidatado, não seria uma boa candidata. Ela se revela excelente candidata. Serra mostraria ser experiente, tranqüilo, seguro. Ele se revela destemperado, inseguro, intranqüilo.

A história não acabou, o governo Lula não “acabou antes da hora”, tem tudo para eleger sua sucessora. Os corvos ladram, a caravana passa.

*Emir Sader*. Sociólogo e cientista político
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Contraponto 2363 - "Rodrigo Maia se cala sobre denúncia; direita busca socorrê-lo"

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31/05/2010


Rodrigo Maia se cala sobre denúncia; direita busca socorrê-lo

Portal Vermelho - 30 de Maio de 2010 - 19h21

O presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ) foi acusado de envolvimento no ‘Mensalão do DEM’, escândalo que levou à cassação do ex-governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (ex-DEM). A acusação foi feita por Durval Barbosa, delator do esquema, que em declaração ao jornal ‘O Estado de S Paulo’ disse que o filho do ex-prefeito Cesar Maia seria um dos beneficiários do esquema. “O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda”, disse.
No sábado, após a publicação das denúncias, partidos de oposição saíram em defesa do deputado. Através de nota, os líderes do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), e na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC),repudiaram a denúncia e disseram que têm “a mais absoluta e inabalável confiança na correição” do presidente do partido. A nota foi endossada pelo presidente de honra da legenda, Jorge Bornhausen (SC), e pelo ex-vice-presidente da República, Marco Maciel (PE).

O PSDB também defendeu Maia, mas de forma tímida. “Minha opinião é que não podemos antecipar nenhum julgamento. Temos que aguardar e continuar acreditando no presidente do DEM”, disse o senador Álvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB no Senado. Vice-presidente do PSDB, a senadora Marisa Serrano (MS), disse que os tucanos confiam em Maia. “Eu acredito que só devemos confiar no que diz a Justiça, não no que diz uma pessoa como Durval Barbosa”, disse ela.

Rodrigo Maia não quis comentar as acusações. De acordo com as informações de ‘O Estado de S Paulo’, o envolvimento do deputado no esquema seria uma das novas vertentes que estariam sendo investigadas pelo Ministério Público (MP). Durval Barbosa está colaborando por meio de um acordo de delação premiada.

“O Ministério Público vai pegar”, afirmou ele ao jornal, sobre a suposta participação de Maia no desvio de recursos do Distrito Federal. Barbosa também acusou o PMDB de receber pagamentos mensais do esquema. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. “Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB”, afirmou Barbosa. “Inclusive tem um áudio sobre isso”, completou Barbosa.

Fonte: O Dia
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domingo, 30 de maio de 2010

Contraponto 2362 - "Brasil inspira reformas sociais de candidato verde na Colômbia"

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30/05/2010


Brasil inspira reformas sociais de candidato verde na Colômbia

Vermelho - 30 de Maio de 2010 - 16h15

O candidato do partido Verde à presidência da Colômbia, Antanas Mockus, um dos favoritos na disputa de um possível segundo turno, disse neste domingo que pretende se inspirar na política fiscal do governo brasileiro para implementar reformas sociais.
"Acredito que a seriedade fiscal que usualmente é vista como qualidade da direita ajuda a cumprir objetivos sociais, que são vistos como (políticas) de esquerda", afirmou Mockus à BBC Brasil.

Durante a campanha, Mockus já havia citado a política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como modelo, principalmente para se relacionar com governos de posições antagônicas, como Venezuela e Estados Unidos.

O candidato verde também disse acreditar que os eleitores colombianos votarão "a favor de um projeto e não contra alguém" neste domingo.

"Não podemos perder essa oportunidade. As pessoas lembrarão que pela primeira vez não votou contra e sim a favor", afirmou Mockus, ao chegar à sua zona eleitoral em Bogotá, onde votou acompanhado dos filhos e da esposa.

'Preparado para vencer'

Mockus, que é visto como uma das surpresas nestas eleições, disse estar "preparado" para vencer e que espera disputar o segundo turno das eleições, mas não descartou a possibilidade de que o pleito seja decidido ainda neste domingo.

"Gostaria que se definisse hoje, mas depende de muita gente, dos camponeses, dos jovens, muitos vão ajudar a definir essas eleições cruciais", disse Mockus à BBC Brasil.

Cercado de dezenas de simpatizantes que gritavam "Mockus presidente" e de jornalistas, o candidato defendeu o sistema democrático colombiano.

"Durante muito tempo na Colômbia só votavam os que tinham propriedades, os homens, agora todos e todos podemos votar. Esse é o direito com o qual a sociedade escolhe seu rumo", afirmou Mockus em entrevista coletiva.

O verde disse ainda considerar o voto "a única pesquisa real", e alertou para possíveis "descuidos.

Combate à corrupção

"Cuidemos nosso voto, não nos confiemos que necessariamente haverá segundo turno", afirmou.

Em meio a escândalos de corrupção e de envolvimento de políticos com paramilitares, Mockus se apresenta como o candidato que governará na legalidade e combaterá a corrupção.

Ele vem sendo considerado o preferido dos eleitores jovens, como o estudante universitário Sebastián Prieto, de 18 anos, que votará pela primeira vez neste domingo.

Prieto disse preferir Mockus porque o candidato "não pensa em consertar as consequências e sim as causas" dos problemas na Colômbia.

"Uribe fez coisas boas, mas com métodos muito caros para o país", afirmou Prieto à BBC Brasil ao criticar o caso dos chamados "falsos-positivos".

O caso, um dos escândalos que marcou a era Uribe, gira em torno de execuções extrajudiciais de jovens de baixa renda do campo e da cidade, assassinados e em seguida vestidos como guerrilheiros com o objetivo de inflar as estatísticas do Exército no combate aos grupos armados.

Para a eleitora Luz Omaira Figueroa, engenheira de sistemas, Mockus "inspira honestidade, integridade." "É o que a Colômbia necessita".

Resultados

Os resultados das eleições serão divulgados a partir das 20h (22h, em Brasília).

As Forças Armadas da Colômbia entraram em estado de alerta máximo para garantir a normalidade das eleições presidenciais, especialmente nos seis departamentos (estados) onde as guerrilhas têm mais influência.

Mais de 130 mil homens, entre militares e policiais, foram destacados para garantir a segurança do processo eleitoral, que também será monitorado pela Organização de Estados Americanos (OEA) e por observadores colombianos.

Em um pleito considerado histórico, que marca o fim da era Uribe, espera-se que o índice de abstenção seja inferior à média de 50% registrada nas eleições anteriores.

O voto na Colômbia é facultativo.
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Contraponto 2361- Serra, Dilma e a Bolívia

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30/05/2010
Tratamentos diferentes

Serra culpou o governo da Bolívia pelo consumo de drogas no Brasil



Dilma usa outros métodos para encarar o problema...




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Contraponto 2360 - "O plano contra o crack"

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30/05/2010

O plano contra o crack
Do Nassif -30/05/2010 - 14:36

Por Marcos Ovos

O PLANO FOI LANÇADO DIA 20 PASSADO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve lançar nesta quinta-feira (20), durante a 13ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o plano interministerial de combate ao crack. Tema de várias reuniões no governo nas últimas semanas, o plano terá três frentes: combate, prevenção e tratamento.

Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, em relação ao combate à droga, a intenção do governo é reforçar a fiscalização nas fronteiras, principalmente com o Peru, a Bolívia e Colômbia, para impedir que o crack entre no país. A ideia seria usar a Polícia Federal, as Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança Pública nesse trabalho.

O plano prevê também a capacitação de lideranças comunitárias, professores e outros agentes das sociedade civil para serem multiplicadores de informações sobre os riscos do uso da droga e seu poder de dependência. Além disso, o governo pretende ampliar o atendimento dos Centros de Assistência Psicossocial (Caps), do Ministério da Saúde, para tratar dependentes do crack. Entre as opções, está a possibilidade de que eles funcionem 24 horas por dia.

Lula deve aproveitar o evento com prefeitos de todo o país para ressaltar a importância do engajamento dos gestores municipais no enfrentamento da droga e nos males causados pelo crack.

Segundo o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a apreensão da pasta base de cocaína — usada para produzir as pedras de crack — cresceu de 500 kg, em 2008, para 4,5 mil quilos em 2009. Proporcionalmente, acrescentou Barreto, a apreensão de crack foi maior do que outros tipos de droga, como a maconha e a própria cocaína.

No plano de ação de combate ao crack, o governo federal também deve trabalhar para obter dados mais precisos sobre o consumo da droga nas cidades brasileiras.
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Contraponto 2359 - "Santander abre agência no Complexo do Alemão. Aquele do PAC da Dilma"

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30/05/2010
Santander abre agência no Complexo do Alemão.
Aquele do PAC da Dilma

Conversa Afiada
- Publicado em 29/05/2010


O que você vê aí é uma miragem: as obras no Alemão


Saiu na Folha (*), pág. B4 (clique aqui e leia a matéria):

“Santander abre agência em favela e amplia microcrédito.”

A unidade do Alemão vai oferecer aos clientes o mesmo serviço de todas as agências do Santander, especialmente o microcrédito.

Na inauguração, havia mil pessoas na festa e uma apresentação do grupo Afroreggae.

Para abrir uma conta, o cliente precisa ter, pelo menos, uma renda mensal de um salário mínimo.

Moram 100 mil pessoas no Alemão.


Navalha

O Alemão foi o primeiro a receber uma UPP, Unidade Policial Pacificadora.

Daqui a pouco, o presidente Lula e a Ministra Dilma vão lá inaugurar o teleférico que ligará vários pontos da favela ao metrô.

No Alemão, foram construídos vários conjuntos no programa Minha Casa Minha Vida.

Antes da chegada da UPP, a associação dos moradores é que recebia e distribuía a correspondência, porque os Correios não ousavam subir na favela.

(Eu vi isso lá, numa reportagem para o Domingo Espetacular.)

Como se percebe, o Santander não leva o Farol de Alexandria a sério.

O Farol (**) disse que o PAC é uma miragem.

Essa mesma política de levar o crédito – e os lucros – à favela já se vê na agência do Bradesco em Heliópolis, em São Paulo.

É um horror !

E o jênio preocupado com a Bolívia …

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores. (**) É verdade que os tucanos vão despachar o FHC para a Europa no dia da convenção que consagrará Serra candidato a presidente da Bolívia ?
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Contraponto 2358 - "O boom de Pernambuco"


30/05/2010

O boom de Pernambuco

Do Nassif - 30/05/2010 - 08:18

Por Urariano Mota

Olha só, Nassif. O pessimista hoje em Pernambuco padece de uma alienação absoluta, somada a uma perversão crônica.
No Diário de Pernambuco deste domingo, com acesso livre:

Do Diário de Pernambuco Chance de emprego agora vem do mar ::

Indústria naval tem um potencial de 48,7 mil colocações diretas e indiretas nos próximos cinco anos, em Pernambuco, com a projeção de cinco novos estaleiros no Complexo Industrial de Suape
Rosa Falcão
rosafalcao.pe@dabr.com.br

A rota do emprego aponta para o mar. O crescimento econômico alavancou a indústria naval e de offshore com oportunidades para os trabalhadores. São duas frentes. Na terra: a construção de navios, plataformas de petróleo e sondas nos estaleiros demandam uma gama de profissionais especializados de nível técnico e superior. No mar: a chegada das 49 novas embarcações da primeira etapa do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro vai exigir a formação de pessoal náutico para operar os navios.

Estaleiro Atlântico Sul teve que instalar um centro de treinamento para formar soldadores por conta da falta de qualificação de mão de obra no setor. Fotos: Júlio Jacobina/DP/D.A Press
Em Pernambuco, o ponto de partida é o suezmax João Cândido, construído no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape. Quando singrar mares em agosto, o primeiro petroleiro genuinamente pernambucano abre fronteiras para a consolidação de um novo mercado de trabalho no estado. Um potencial de 48,7 mil empregos diretos e indiretos nos próximos cinco anos.

O desafio é a formação profissionais na velocidade da retomada da indústria naval no país. Esforço redobrado paraos pernambucanos, porque a formação de mão de obra voltada para o setor naval ainda engatinha nas bancas das escolas. Para montar o quadro de 3.400 funcionários e construir o João Cândido, o EAS teve que instalar um centro de treinamento para formar soldadores em Suape. A maioria dos trabalhadores de chão de fábrica foi recrutada nos municípios pernambucanos próximos ao estaleiro, mas foram convocados técnicos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo.

Oportunidade para um grupo de 120 dekasseguis (descendentes de japoneses) atravessarem o oceano e retornarem do Japão para o Brasil, via Pernambuco. As dificuldades de pessoal especializado no setor naval é reconhecida pelo diretor administrativo do EAS, Gerson Beluci: “O nosso grande desafio e das universidades é formar mão de obra de nível técnico e superior. Os engenheiros, por exemplo, contratamos e tivemos que treinar”. Otimista, o executivo acredita na flexibilidade do brasileiro para se adaptar à nova realidade econômica e profissional.

Tomara. O número de empregos no setor naval pulou de 1.910 postos de trabalho em 2000 para 46.500 em 2009. Até 2013, o Sindicato da Indústria Naval estima que o setor empregue 60 mil trabalhadores no país com a chegada de novas encomendas de navios petroleiros e plataformas para exploração do petróleo na camada do pré-sal. Pernambuco não ficará para trás. Com a previsão de instalação de mais cinco estaleiros em Suape, se multiplicam as possibilidades de criação de 18,3 mil empregos diretos e 30,4 mil indiretos no setor. A estimativa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Inclui os estaleiros e o polo petroquímico.

Nada de perder tempo. Os pernambucanos devem ficar antenados para não deixar o cavalo passar selado e perder as oportunidades. Wallace Kleberson, 19 anos, morador de Barra de Jangada, está ligado no novo mapa do emprego. Inscreveu-se para fazer um curso de solda para navios no Centro de Treinamento do EAS. A concorrência é grande para entrar na turma de 200 alunos. Eletrabalhava como estoquista quando surgiu a oportunidade no estaleiro. “Me interessei porque acho que aqui está o futuro e posso crescer. Pretendo fazer carreira. Sair da solda para dentro do navio”, diz.

Quando o assunto é solda para navios, as mulheres mostram que podem se sair tão bem quanto os homens. Claudicéia Sena, 26 anos, ensino médio completo, trocou a função de gerente de loja em Jaboatão para brigar por espaço na indústria naval que desembarca em Suape. Hoje, ela frequenta o curso de solda com duração de dois meses. A turma tem predominância masculina, mas não intimida a pernambucana: “Por ser mulher e mesmo sem experiência eu não tive dificuldades. Se Deus quiser quero me formar e vou colocar a mão na solda do próximo navio”. Claudicéia tem planos de fazer curso superior com especialização voltada para a

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Mutirão para mão de obra ::

Em Pernambuco, um verdadeiro mutirão foi formado para evitar o “apagão” de mão de obra para a construção do primeiro navio em Suape. Uninam-se governo estadual e as prefeituras dos municípios próximos a Suape, Sesi e Senai. A primeira providência foi o reforço de escolaridade dos trabalhadores que passaram pelos cursos de qualificação do Prominp. Resultado: foram formados 20.100 técnicos pelo Senai entre 2007 e 2009. Com a máquina azeitada, a partir de 2011, o Senai vai ofertar 200 vagas para quatro novos cursos técnicos (logística, gás natural, estrutura naval, meio ambiente, instrumentação). Um investimento de R$ 5 milhões. As aulas serão na escola do Senai do Cabo e no Centro de Treinamento de Suape.

Para agilizar a formação de pessoal qualificado foi instalado um campus avançado do Cefet, em Ipojuca, em 2006. Já foram formados 216 técnicos em automação industrial, ambiente confinado e segurança em portos. De acordo com Enio Camilo de Lima, diretor do Instituto Federal de Educação e Ciência Tecnologia%, ocampus está sendo ampliado para a instalação de uma escola de engenharia naval. Segundo ele, a ideia é lançar o primeiro vestibular neste ano.

Diretor técnico do Senai, Uaci Matias antecipa que estão sendo montados também novos cursos de duração média para soldadores com espeficidades para a indústria naval. Matias destaca que os pernambucanos estão sintonizados com o novo momento, o que justifica a demanda pelos cursos técnicos de qualificação. Na escola do Senai do Cabo, por exemplo, há lista de espera de 600 pessoas para se especializar em calderaria. “A região de Suape se transformou num canteiro de obras”. Os cinco novos estaleiros previstos somam investimentos de US$ 1,6 bilhão. Mais empregos à vista. (R.F.)

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Desafio de formar quem vai conduzir os navios ::

Com o navio pronto vem outro desafio: pessoal capacitado para colocá-lo para navegar. O desmonte da indústria naval nacional nos últimos vinte anos desestimulou os jovens de seguirem carreira de oficial na Marinha Mercante. A falta de pessoal náutico é comprovado no estudo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

O gaúcho Carlos Augusto Müller vai comandar o primeiro navio pernambucano, o suezmax João Cândido, do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape. Fotos: Júlio Jacobina/DP/D.A Press
Estima um déficit de mão de obra de 30% de oficiais de Marinha Mercante em 2013. A pesquisa considera a demanda de 4.465 profissionais somente para trabalhar nos 49 primeiros navios encomendados pela Transpetro. Na corrida contra o tempo, os dois centros de formação da Marinha, o Centro de Instrução Graça Aranha (Ciaga), sediado no Rio de Janeiro e o Centro de Instrução Braz Aguiar localizado em Belém, se mobilizam para formar 1.432 oficiais náuticos até 2012.

“Hoje estamos em plena demanda e agindo para evitar a falta de mão de obra”
Agenor Junqueira – diretor de transportes marítimos da Transpetro

“É um bom problema. Há geração de empregos e vamos resolver”. É o que garante o diretor de transportes marítimos da Transpetro, Agenor Junqueira. Entusiasmado com a alavancagem da indústria naval brasileira – já ocupou o segundo lugar no mundo e caiu para o quinto posto – ele argumenta que a demanda por mão de obra no setor reflete o crescimento econômico do país, em especial do setor naval. Como subsidiária da Petrobras e gestora do Promef, a Transpetro é responsável pela contratação de pessoal das escolas navais para suprir as necessidades dos petroleiros, das embarcações, de apoio marítimo e de cabotagem.

Engenheiro de formação naval, Junqueira reconhece que há demanda de pessoal em outras atividades dentro dos navios. Ele cita: engenheiros mecânicos, engenheiros eletricistas e engenheiros metalúrgicos. O diretor da Transpetro adianta que já foi firmado convênio no valor de R$ 78 milhões entre a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Marinha Mercante, para melhoria das escolas de formação naval (Ciaga e Ciaba). Além da ampliação da estrutura, o convênio inclui a aquisição de novos equipamentos e a melhoria no quadro de professores. “Hoje estamos em plena demanda e agindo para evitar a falta de mão de obra”, completa.

Em relaçãoà falta de pessoal qualificado para trabalhar nos estaleiros, Junqueira antecipa que está em andamento nova etapa do Prominp para capacitação de técnicos de nível médio e superior. Ele cita ainda as iniciativas das universidades federais de todo o país para incluir na grade de cursos superiores a graduação em engenharia naval. Hoje apenas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) oferecem a especialidade.

A formação de oficiais de Marinha Mercante é feita através da Escola de Formação de Oficiais de Marinha Mercante (EFOMM), considerada a universidade do mar. Os candidatos passam pelos centros de formação (Ciaga e Ciaba), onde fazem cursos nas áreas de náutica ou de máquinas. O Ciaga atende o Sudeste e Sul e o Ciaba o Norte e Nordeste. Os cursos têm duração de três anos com mais um ano embarcado no navio. Durante os três anos que frequenta o curso o aluno é considerado militar. Homens e mulheres podem se candidatar, desde que tenham o ensino médio completo e idade entre 17 a 23 anos.

Chefe da Superintendência de Ensino do Ciaga, o almirante Marco Antônio Guimarães Falcão, diz que diante do aquecimento do mercado de trabalho aumentou a procura pelos cursos. Em 2006 se inscreveram 5.723 candidatos e este ano 10.703 para 368 vagas. “É uma oportunidade ímpar para o jovem. Após quatro anos ele poderá se formar como oficial de náutica ou de máquina com salário inicial de R$ 7 mil que pode chegar a R$ 9 mil”, diz. Ficou interessado? Já estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Marinha Mercante que vai selecionar candidatos de nível superior na idade entre 18 e 40 anos para o curso de adaptação para segundo oficial de máquinas. (R.F.)

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Para acompanhar pelo Twitter:clique aqui

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Contraponto 2357: Dilma 5 pontos à frente?

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30/05/2010

Estadão: Vox Populi daria Dilma 5 pontos à frente

Tijolaço - sábado, 29 maio, 2010 às 21:57

Brizola Neto

Com a dica do leitor Carlson, da coluna da jornalista Sônia Racy, do Estado de São Paulo:

A confirmar

Tucanos estavam ontem, pela manhã, algo desanimados. Souberam que pesquisa do Vox Populi, encomendada por um partido, mostra Dilma cinco pontos à frente de Serra.

A última pesquisa Vox Populi, realizada por encomenda da Rede Bandeirantes, divulgada há 15 dias, dava três pontos em favor de Dilma.
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Contraponto 2356 - "Serra, desagregador, que achar inimigo externo?"

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30/05/2010
Serra, desagregador, quer achar inimigo externo?

Escrivinhador - publicada sexta, 28/05/2010 às 21:32 e atualizada sexta, 28/05/2010 às 21:32

Rodrigo Vianna

Cracolândia, em São Paulo: agentes infiltrados por Evo
seriam os responsáveis por essa tragédia paulistana?

O MERCOSUL é fruto de uma longa e cuidadosa construção diplomática.

A idéia de um mercado comum do Cone Sul (reunindo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai; e depois atraindo Bolívia como membro-associado, e Venezuela como candidata a membro-pleno) surgiu ainda no governo Sarney.

Collor, Itamar, FHC e Lula mantiveram a política de agregar e fortalecer o bloco.

No governo Lula, especialmente, a política de unir os países sul-americanos ganhou novos contornos, deixando de lado "apenas" o foco econômico (que estava na base do MERCOSUL), para desembocar na UNASUL (uma união mais ampla, política, e que tem a pretensão, até, de unificar os sistemas de Defesa de todos os países da América do Sul).

Faço questão de ressaltar que, mesmo durante os governos Collor e FHC (que tinham ligações mais estreitas com os modelos fabricados no Norte), ninguém ousou dinamitar o esforço de unificação dos países sul-americanos.

Trata-se de um processo fundamental para o Brasil: uma política de Estado, não de governo. Um MERCOSUL (em primeiro lugar) e uma UNASUL mais fortes significam um Brasil com mais peso internacional.

Pois bem. Serra ameaça jogar por terra todo esse esforço. O candidato tucano, nesse início de campanha, já ousou atacar o MERCOSUL (numa desastrada fala para empresários), e agora ataca frontalmente a Bolívia - um país irmão.

Serra, como se sabe, é um desagregador. O Alkcmin e o Aécio que o digam... Mas eu não imaginava que ele iria tão longe.

Serra mostra o que seria sua politica externa: desagregação, desmanche de todo o esforço feito para construir a unidade da América do Sul.

O candidato tucano diz - de forma desrespeitosa - que a Bolívia é a responsável pela cocaína consumida no Brasil. Diz que para "proteger" os jovens brasileiros é preciso pressionar a Bolívia a combater a produção de cocaína.

Pressionar, como? Ele quer mandar tropas brasieliras para a Bolívia, como os EUA fazem com a Colômbia? Serra tem um "Plano Bolívia" no bolso?

Diante da reação boliviana, o tucano faz graça (ele, de fato, se acha engraçado) e diz que as falas dos bolivianos "não valem uma nota de três" - http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4455870-EI15315,00-Em+PE+Serra+diz+que+reacao+da+Bolivia+nao+vale+nota+de+R.html

Na verdade, trata-se de desespero puro. É a velha história: quando o sujeito se sente fraco, busca um inimigo externo. A Bolívia é uma espécie de Ilhas Malvinas de Serra!

Serra precisa gerar fatos novos. Ele cai nas pesquisas, e Dilma sobe. Os estrategistas já perceberam que insistir no caminho de elogiar Lula e evitar o choque é suicídio. Pesquisas devem ter mostrado que o eleitor considera Lula muito "bonzinho" no trato com Evo (e também com Lugo, no Paraguai).

Diante disso, Serra não hesita. Se for preciso dinamitar o MERCOSUL e a UNASUL para chegar à presidência, ele o fará.

Seria um atraso gigantesco para nosso Continente. Como já mostrou Bernardo Joffily, em texto publicado aqui -http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/serra-o-mau-vizinho-ataca-bolivia-e-mercosul.
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Contraponto 2355 - "Secretário-geral da ONU diz que Fome Zero e Bolsa Família são exemplos para outros países e convida Lula para reuniões de cúpula"


30/05/2010


Secretário-geral da ONU diz que Fome Zero e Bolsa Família são exemplos para outros países e convida Lula para reuniões de cúpula

Amigos do Presidente - por Zé Augusto

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, revelou hoje ter convidado o presidente Lula para discursar numa reunião de cúpula sobre as Metas de Desenvolvimento do Milênio para redução da miséria, das doenças e da fome.

O encontro ocorrerá em setembro, paralelamente à sessão anual da Assembleia Geral da ONU.

Ban Ki-moon está no Brasil para participar do 3º Fórum da Aliança de Civilizações, que tenta construir laços entre diferentes culturas. Ele visitou favelas onde há projetos sociais apoiados pela ONU.

Em entrevista exclusiva à TV Brasil, o ex-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul contou ainda ter convidado o presidente para copresidir um painel sobre sustentabilidade global com propostas para a Conferência Rio + 20.

Essa nova cúpula da terra, marcada para 2012, vai revisar a aplicação dos acordos assinados na Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92.

Leia a seguir, os principais trechos da entrevista:

TV Brasil: Há risco de guerra na Península Coreana?

Ban Ki-moon: Estou preocupado com a tensão crescente entre as Coreias do Norte e do Sul. A ONU monitora atentamente a situação. Todas as questões entre os dois países devem ser resolvidas pacificamente, com diálogo. Ao mesmo tempo, espero que o Conselho de Segurança tome as medidas necessárias para acalmar a situação.

TV Brasil: Como resolver definitivamente, de forma pacífica, a crise sobre o programa nuclear iraniano?

Ban Ki-moon: A questão nuclear iraniana é uma grande preocupação da comunidade internacional. Eu elogio a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro Tayyp Erdogan, da Turquia, para resolver pacificamente o problema por meio de negociações. Se o Acordo de Teerã for apoiado pela Agência Internacional de Energia Atômica e pela comunidade internacional, pode ser um passo positivo para resolver a questão pacificamente. Ao mesmo tempo, estou preocupado porque o governo iraniano anunciou que vai continuar enriquecendo urânio a 20%. Espero sinceramente que os iranianos cumpram todas as obrigações impostas pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e provem que o programa nuclear do país é exclusivamente para fins pacíficos, e não militares. Claramente, há falta de confiança no Irã.

TV Brasil: O Brasil gostaria de ser membro permanente do Conselho de Segurança depois de uma reforma da ONU. Quais suas expectativas sobre a reforma da ONU?

Ban Ki-moon: Sei da aspiração do Brasil em se tornar um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Os países-membros da ONU estão dando passos importantes nessa reforma. Já houve várias rodadas informais de negociação. Acredito que, em breve, os países-membros se engajem em discussões com base em um anteprojeto. O embaixador do Afeganistão está compilando ideias e propostas. Espero que os países-membros cheguem logo a um acordo sobre a reforma.

TV Brasil: Como o Brasil, com seus programas sociais, pode contribuir com a ONU no combate à miséria, à fome e a doenças, especialmente na África?

Ban Ki-moon: Resolver esses grandes desafios africanos, a pobreza absoluta, doenças, educação, todos eles são grandes prioridades da comunidade internacional. Em 2000, os líderes mundiais estabeleceram as Metas de Desenvolvimento do Milênio para serem atingidas até 2015. Só nos restam mais cinco anos. Por isso, estou convocando uma reunião de cúpula sobre as metas do milênio para setembro, na época da sessão anual da Assembleia Geral da ONU. Eu elogio o progresso do governo brasileiro no combate à pobreza absoluta com programas como o Fome Zero e o Bolsa Família, iniciativas muito boas tomadas pelo presidente Lula. Espero sinceramente que muitos países-membros aproveitem o exemplo. Convidei o presidente Lula para discursar durante esse encontro de cúpula e ele gentilmente aceitou o convite.

TV Brasil: A sociedade internacional vai esquecer o Haiti mais uma vez?

Ban Ki-moon: Não, de jeito nenhum. A paz, a reconstrução e o desenvolvimento do Haiti estão entre as grandes prioridades da ONU. Mais uma vez, o Brasil está na vanguarda, liderando esta campanha não apenas financeiramente, mas fornecendo soldados, policiais e o comandante da força de paz da ONU no Haiti. O Brasil foi o primeiro dos grandes países doadores a depositar a ajuda financeira no Banco Mundial. O ex-presidente Bill Clinton e o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, são copresidentes da comissão de reconstrução. Em 31 de março, a comunidade internacional prometeu US$ 9,9 bilhões para a reconstrução do Haiti. Vamos construir um Haiti melhor. É nosso compromisso.

TV Brasil: Qual o papel do Brasil no Diálogo de Civilizações?

Ban Ki-moon: O Brasil pode dar uma grande contribuição. O Brasil é uma mistura de povos. É um dos países que mais podem contribuir para a aliança de civilizações. Temos de estar preparados para maior compreensão e entendimento das tradições, das culturas e das civilizações dos outros. É preciso pensar nos outros antes mesmo de pensar em si e em nós. Esta é a filosofia básica. Em muitos casos, o extremismo e a violência vêm do medo e do desconhecimento dos outros. O medo vem da ignorância em relação aos outros. Isso pode ser superado pela educação, sobretudo dos jovens. As futuras gerações devem viver um mundo com mais paz e harmonia, sem ódio no coração nem suspeitas em relação aos outros. O Fórum da Aliança de Civilizações aqui no Rio é um exemplo disso e da liderança do Brasil.

TV Brasil: O senhor está otimista com as negociações para combater o aquecimento global?

Ban Ki-moon: Esta é outra grande prioridade. Nenhuma solução será encontrada sem a participação do Brasil, que tem o ecossistema mais importante do mundo, com suas florestas e fontes de energia renováveis. Agradeço o empenho do presidente Lula nesta questão, especialmente na contribuição que deu na Conferência de Copenhague. Estamos trabalhando arduamente. Primeiro, para dar apoio financeiros para os países em desenvolvimento se adaptarem. E também para criar uma economia com uso de energia mais eficiente. Convidei o presidente Lula para ser copresidente do painel de alto nível sobre sustentabilidade global. O Brasil vai sediar a Conferência Rio + 20, em 2012, 20 anos depois da Conferência do Rio. Esse painel deve dar uma contribuição importante.

TV Brasil: O presidente Lula seria um bom secretário-geral da ONU?

Ban Ki-moon: Ouvi essas especulações. O presidente Lula é um dos líderes globais mais importantes, mas eu não posso comentar esse assunto. O posto é um enorme desafio. É preciso enfrentar inúmeros problemas globais e regionais. Eu desejo a ele boa sorte. (Da Agência Brasil)
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Contraponto 2354 - Serra leva "bordoada" de todo lado

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30/05/2010

Marina critica Serra por declarações sobre a Bolívia

Portal Vermelho - 29 de Maio de 2010 - 18h49

A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou neste sábado o também pré-candidato José Serra (PSDB), por causa das críticas que o tucano fez à Bolívia. Serra disse nesta semana que o governo boliviano é "cúmplice" do tráfico de drogas para o Brasil.
As declarações do ex-governador de São Paulo, de acordo com Marina, foram equivocadas por causa da generalização.

"Não é assim que se trata um país irmão, até porque o povo boliviano não merece esse tipo de generalização. Nós somos vizinhos dos bolivianos no Acre, sabemos que temos graves problemas ali na fronteira com o tráfico de drogas, mas longe de eu querer atribuir isso a uma ação deliberada do governo e ou à sociedade boliviana", disse ela.

Marina afirmou ainda que a realidade do narcotráfico na Bolívia não difere muito do que acontece no Brasil. "Os problemas que são enfrentados em relação ao narcotráfico na Bolívia talvez não sejam diferentes de outros países e até mesmo dentro do nosso contexto", avaliou a pré-candidata, que participou do lançamento da pré-candidatura de Luciano Zica a deputado federal pelo PV, em Campinas.

Mais tarde, em outro evento, Marina cutucou Serra indiretamente pelas críticas que ele vem fazendo a um suposto aparelhamento do Estado por parte do governo federal. "Todo mundo jura de pés juntos que não vai aparelhar. Mas depois esquece isso tudo", disse ela. "Depois que ganha, reforma o compromisso".

Com Folha.com

Contraponto 2353 - Lula no Der Spiegel

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30/05/2010

Lula no Der Spiegel

Do Nassif - 30/05/2010 - 15:05

Por Walter Decker

Nassif, saiu hoje na Der Spiegel, a mais importante revista alemã :

DER SPIEGEL, Samstag, 29. Mai 2010 : ” LULA SUPERSTAR ”

Um trecho : ” Transpirando autoconfiança, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está elevando o status global do seu país ao protagonizar um número cada vez maior de iniciativas na área de política internacional. Na mais recente dessas ações, ele convenceu o Irã a concordar com um polêmico acordo nuclear. Poderia este acordo proporcionar uma oportunidade para que sejam evitadas sanções e guerra ? Ele foi acusado de ser muitas coisas no passado, incluindo um comunista, um proletário grosseiro e um alcoólatra.(*) Mas a época dessas acusações acabou há muito tempo. À medida que o Brasil cresce para tornar-se uma nova potência econômica, a reputação do presidente brasileiro cresce de forma meteórica. Hoje em dia muita gente vê o presidente como um herói do hemisfério sul e um importante contrapeso em relação a Washington, Bruxelas e Pequim “.

Outro: “ …Lula demonstrou que sabe nadar no aquário dos tubarões grandes. Nos bastidores, Lula Superstar costuma contar como curou os diplomatas brasileiros da síndrome de vira-lata; assim ele denomina o profundo complexo de inferioridade que muitos dos seus compatriotas até pouco tempo atrás sentiam frente a americanos e europeus. Foi em 2003, na grande estréia internacional de Lula na cúpula do G-8, em Evian na França. Todos estavam sentados e esperaram por George W. Bush. Quando este finalmente entrou no salão, todos levantaram. Só Lula ficou sentado e mandou o seu Chanceler fazer o mesmo. “ Eu não participo deste comportamento servil. Quando eu entrei, ninguém levantou ”, disse o Presidente do Brasil “.

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Lula nuca foi comunista. Nunca foi grosseiro e, sim, simples e terno. Quanto a ser alcóolatra Lula deve este antiga fama, à mentira da mais abjeta e podre personagem da imprensa brasileira: Diego Mainnardi da Veja.

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sábado, 29 de maio de 2010

Contraponto 2352 - Homenagem a Bessinha


29/05/2010

Bessinha (100)


Neste post do ContrapontoPIG, mostramos pela centésima vez uma caricatura do Bessinha.

Nesta oportunidade quero mandar os meus agradecimentos e as minhas homenagens a este grande chargista brasileiro que tanto tem enriquecido a bloglosfera progressista do nosso País.
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Contraponto 2351- "A dupla face de Obama"


29/05/2010

A dupla face de Obama















Carta Maior - Sábado, 29 de Maio de 2010

Os meios de comunicação no Brasil, reproduzindo a avaliação das agências internacionais saudaram a nova doutrina como uma visão muito diferente daquela revelada pelo ex-presidente Bush quando anunciou, oito anos atrás no mesmo lugar (West Point) a estratégia de combate ao terrorismo. Mas, apesar de reiteradamente tentar diferenciar a sua estratégia de combate ao terror, daquela empregada por Bush, Obama voltou a utilizar, a mesma expressão empregada anteriormente: "Este é um tipo diferente de guerra". O artigo é de Reginaldo Nasser.

Reginaldo Mattar Nasser (*)

A semana que passou foi extremamente reveladora do que tem sido a política externa do governo Obama. Em discurso pronunciado na academia militar de West Point ( 22/05/2010), prenúncio da nova doutrina de segurança nacional, o presidente Obama destacou o “engajamento diplomático e as alianças internacionais”, repudiou a ênfase de seu antecessor no poder unilateral americano e o direito de travar uma guerra preventiva contra o terrorismo. O documento enfatiza o fortalecimento de alianças já existentes e manifesta a intenção de trabalhar para "construção de novas parcerias” e de forma mais consistente com as normas e instituições internacionais.

Os meios de comunicação no Brasil, reproduzindo a avaliação das agências internacionais saudaram a nova doutrina como uma visão muito diferente daquela revelada pelo ex-presidente Bush quando anunciou, oito anos atrás no mesmo lugar (West Point) a estratégia de combate ao terrorismo. Mas, apesar de reiteradamente tentar diferenciar a sua estratégia de combate ao terror, daquela empregada por Bush, Obama voltou a utilizar, a mesma expressão empregada anteriormente: "Este é um tipo diferente de guerra".

Mas proponho olharmos para outra dimensão do governo Obama que pode ser facilmente encontrada nas páginas da grande imprensa norte-americana. No mesmo dia em tomava posse e o mundo comemorava o fim dos anos Bush, um ataque dos temíveis Drone (veículo aéreo não tripulado que tem por objetivo vigiar territórios e bombardear alvos inimigos) matou dois supostos líderes da Al-Qaeda. Era o primeiro de uma dramática escalada de ataques na fronteira entre o Afeganistão e Paquistão (AFPak). Durante o ano de 2009 foram realizados 44 ataques, mais do que os cinco anos anteriores em seu conjunto com uma estimativa que varia entre 600 a 700 mortos. O número de mortes de civis causadas pelos aviões é uma questão polêmica que já provocou uma ação judicial nos Estados Unidos, pois ninguém sabe exatamente quais os critérios que a inteligência norte-americana usa para distinguir um "militante" de um civil. É alguém que porta armas? Ora, um grande número de homens naquela região tem o hábito de portar armas. É alguém que oferece hospitalidade de um membro do Taliban e, portanto, um alvo legítimo, mesmo que inclua toda a sua família? Obama ainda não respondeu como e quem toma essas decisões? (Conn Hallinan, Foreign Policy In Focus, May 19, 2010)

Aliás, como bem observou o neoconservador Robert Kagan, embora a administração de Obama tenha demonstrado maior preocupação em prover defesa legal para os terroristas capturados, é preciso reconhecer, por outro lado, que ele tem feito um esforço maior para assassiná-los, eliminando assim a necessidade de julgamentos. (Forein Policy Magazine, Bipartisan Spring, March 3, 2010)

O New York Times revelou essa semana (Mark Mazzetti, NYT May 24, 2010) uma ordem secreta assinada pelo general David H. Petraeus, principal comandante militar no Oriente Médio, no dia 30 de setembro de 2009, autorizando o envio de tropas especiais clandestinas em um esforço para perseguir e capturar grupos militantes, recolher informações e construir laços com as forças locais no Irã, Arábia Saudita, Somália e outros países da região para "preparar o ambiente" para futuros ataques por forças americanas. Além disso, a ordem militar especifica as operações no Irã para recolher informações sobre o programa nuclear do país, e identificar grupos dissidentes que possam ser úteis para uma futura ofensiva militar, ao mesmo tempo em que o presidente Obama insiste em punir o Irã por suas supostas “más intenções”.

O colunista da Folha de São Paulo, Clóvis Rossi (27 de maio de 2010) obteve a íntegra da carta de Obama a Lula e concluiu que o acordo celebrado em Teerã segue todas as solicitações do presidente norte-americano. Destaco o seguinte trecho da carta que não deixa dúvidas em relação à iniciativa do Brasil:

“Caso o Irã não esteja disposto a aceitar uma oferta que demonstre que seu LEU (iniciais em inglês para urânio levemente enriquecido) é para usos pacíficos e civis, eu instaria o Brasil a insistir junto ao Irã quanto à oportunidade representada por essa oferta de manter seu urânio como "caução" na Turquia enquanto o combustível nuclear está sendo produzido.”

Enquanto isso a secretaria de Estado Hillary Clinton, dizendo praticar o “smart power”, constata que existe uma divergência muito séria em relação à diplomacia do Brasil com o Irã", e que o caminho trilhado pelo Brasil, deixa o mundo mais perigoso".

Independemente da forma governo (democrático ou ditatorial) e de ser teocrático ou não, como será que um iraniano, tomando conhecimento desses relatos, e assistindo o cerco militar gradativo de seu pais desde 2001 (Afeganistão, Iraque e bases militares norte-americanas no Uzbequistão e o Tadjiquistão) deve reagir? É irracional pensar em sentir-se seguro? Em qual Obama o mundo deve confiar?

(*) Reginaldo Mattar Nasser Professor de Relações Internacionais da PUC-SP
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Contraponto 2350 - "Hillary está uma fera com o Brasil. E o Brasil com ela"

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29/05/2010
Hillary está uma fera com o Brasil.
E o Brasil com ela


Conversa Afiada - Publicado em 29/05/2010

Na foto, um editorialista do PiG


O PiG (*) anda preocupadíssimo com a “profunda divergência” que separa o Brasil dos Estados Unidos, no Irã.


O Editorial do Estadão, na página 3 de hoje, é uma demonstração disso: a Colônia com medo da Metrópole.


É o pessoal “pequenininho”, diria a Dilma; o do “complexo de vira-latas”, para o Nelson Rodrigues.


“Quando todas as coisas tiverem sido ditas e feitas”, como gostava de dizer o sábio George W. Bush, se verá quem tem razão.


Vamos ver se a Hillary tem guts para invadir o Irã.


Até lá, o PiG (*) e seus “embaixadores de pijama”, como diz o Mauro Santayana, vão usar a aposentadoria paga pelo Erário para falar mal do Brasil na Globo News.


Amigo navegante, não perca o seu tempo com o PiG e seus colonistas (**).


O Brasil não precisa de aval da Hillary para fazer política externa.


“Esse pessoal ainda não percebeu que as coisas mudaram”, diz o Mino Carta. “Não sei se para melhor, mas mudaram”.


Por exemplo: o Brasil detém uma das maiores reservas de urânio do mundo.


Só três países no mundo têm urânio e sabem beneficiá-lo: Estados Unidos, Rússia e Brasil.


Sorry, periferia, diria o Ministro Samuel Pinheiro Guimarães.


Amigo navegante, vá ao Blog do Planalto (clique aqui e visite o blog), e leia sobre o III Fórum da Aliança de Civilizações, que se realizou no Museu de Arte Moderna do Rio (sob a inspiração do Pão de Açúcar, plantado na Baia de Guanabara - sorry periferia).


Lá está o discurso que o presidente Lula pronunciou sobre a questão nuclear.


(Isso você não lerá no PiG (*) )


Sexta-feira, 28 de maio de 2010

Acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para a promoção do desenvolvimento, não uma ameaça

Durante discurso por ocasião da abertura do III Fórum da Aliança de Civilizações, nesta sexta-feira (28/5), no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio, o presidente Lula enfatizou que “a energia nuclear deve ser um instrumento para a promoção do desenvolvimento, não uma ameaça”. Segundo ele, “são absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilização no mundo, que conduziria inexoravelmente a conflitos. Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas ditas “preventivas”.”

“O Brasil aposta no entendimento, que faz calar as armas. Investe na esperança, que supera o medo. Faz da democracia política, econômica e social sua única arma. Minha experiência como líder sindical ensinou-me que posições inflexíveis só ajudam a confrontação e afastam a possibilidade de soluções de paz, que as maiorias aspiram. Com esses princípios viajei a Tel Aviv e Ramalá buscando paz. Com esse propósito o primeiro-ministro Erdogan [Turquia]e eu fomos a Teerã buscar, com o presidente Ahmadinejad, uma solução negociada para um conflito que ameaça muito mais do que a estabilidade de uma região importante do planeta”, afirmou.

Ouça aqui a íntegra do pronunciamento do presidente Lula por ocasião da abertura do III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.

Leia aqui a íntegra do discurso do presidente Lula.


Paulo Henrique Amorim


Em tempo: o Conversa Afiada, porém, acha que o Brasil deve ter tantas bombas atômicas quanto Israel. Mas, não acha que o Brasil, se tivesse, devesse vender bomba atômica ao regime do apartheid da África do Sul, como tentou fazer o presidente de Israel, Shimon Peres. Como demonstrou o jornal inglês The Guardian (clique aqui e leia)



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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