segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Contraponto 181 - Álvaro Dias e sua mania de crise


Deu no Globo

Do blog da Petrobrás

Publicada no último domingo (30/8), na página 2 de O Globo, esta nota consta apenas na 1ª edição do jornal.

panorama

Veja também como o assunto foi tratado nos blogs dos jornalistas Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Luis Nassif (Luis Nassif Online)

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PITACO DO ContrapontoPIG

O vazador-mor Álvaro Dias já começa com as suas. Este inventor crises já mereceu de um internauta o apelido - muito apropriado - de "esfíncter laxo".

Contraponto 180 - Lula anuncia regras para pré-sal


Lula anuncia regras para exploração do petróleo do pré-sal

Carolina Pimentel repórter da Agência Brasil 31 de Agosto de 2009 - 07h00 -
Última modificação em 31 de Agosto de 2009 - 07h47

Brasília - Depois de dois anos da descoberta das reservas de petróleo na camada pré-sal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje (31) o marco regulatório para a exploração do petróleo na área, ou seja, quais serão as regras.

Após mais de cinco horas de reunião com os governadores do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Espírito Santo, estados que concentram as maiores reservas de petróleo do pré-sal, Lula alterou o marco, acatando reinvidicações dos três governadores, que já haviam demonstrado resistência ao modelo proposto pelo governo federal.

Foi mantido o sistema de participação especial aos estados produtores, o que garantirá uma parcela maior dos lucros a esses estados, como o Rio, São Paulo e o Espírito Santo. Sobre os royalties, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que serão feitas "ligeiras" alterações no regime atual, sem detalhá-las. O governo decidiu retirar o pedido de urgência do projeto de lei com as novas regras, que será enviado ao Legislativo.

Com a urgência, os parlamentares teriam 90 dias para votar a proposta antes do trancamento da pauta de votações. Apesar da retirada do pedido, o ministro Lobão considera que o Congresso Nacional tem condições de votar o projeto em curto período de tempo.

Ficou definido que o marco será reunido em um único projeto, que prevê a criação de um fundo social com os recursos da exploração e a criação de uma estatal para administrar o pré-sal, chamada Petrosal, conforme informou Lobão na madrugada de hoje (31), após participar de jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os governadores peemedebistas Sérgio Cabral (Rio) e Paulo Hartung (Espírito Santo), além do tucano José Serra (São Paulo).

O lançamento do marco regulatório ocorrerá às 15h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com a presença do presidente e dos ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de Minas e Energia, Edison Lobão, principais responsáveis pela elaboração do modelo. Foram convidados para a solenidade governadores, prefeitos, parlamentares e representantes de movimentos sociais.

Antes do anúncio oficial, Lula apresentará as regras para ministros e o Conselho Político, formado por líderes da base governista no Congresso Nacional. Será no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República.

O novo marco regulatório valerá para os 75% da camada pré-sal ainda não licitados.

Edição: Graça Adjuto
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Contraponto 179 - Acabou a TPS: tensão pré-sal


domingo, 30 de agosto de 2009 às 23:44
O presidente Lula se encontrou com os governadores Paulo Hartung (ES), Sérgio Cabral (RJ) e José Serra (SP) em Brasília para discutir o Pré-sal. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula se encontrou com os governadores Paulo Hartung (ES), Sérgio Cabral (RJ) e José Serra (SP) em Brasília para discutir o Pré-sal. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Depois da tensão Pré-sal dos últimos dias, o jantar que o presidente Lula ofereceu aos governadores Sérgio Cabral (RJ), José Serra (SP) e Paulo Hartung (ES) celebrou a santa paz federativa. Os governadores ficam em Brasília para participar, nesta segunda-feira, do anúncio oficial da proposta que acrescenta o regime de partilha nas regras para exploração e produção de petróleo e gás natural nas áreas do Pré-sal que ainda não foram concedidas para exploração.

Lula concordou em enviar o projeto ao Congresso sem prever, para o novo regime, uma redistribuição dos royalties e participações especiais. A discussão vai esquentar no Legislativo. Até que se defina uma nova repartição, ficam mantidas as regras atuais de distribuição, disse ao Blog do Planalto o ‘joão-de-barro’ que costuma fazer seu ninho perto da biblioteca do Palácio da Alvorada.

Contraponto 178 - Blog do Planato e Marco regulatório do Pré-sal


Blog do Planalto e marco regulatório do pré-sal

domingo, 30 de agosto de 2009 às 23:50

Estamos aqui para compartilhar com vocês informações sobre o cotidiano da Presidência da República. A equipe do Blog do Planalto (ver foto) vai acompanhar de perto os eventos, atos e a agenda do Presidente para que você, seus amig@s, familiares e companheir@s de navegação na internet possam compreender melhor as ações, programas e políticas do governo.

Vamos usar textos, fotos, vídeos, áudios e infográficos para ilustrar nossas mensagens. Sempre buscando a melhor sintonia com o público que está cada vez mais plugado nas novas mídias digitais. Acreditamos que este é apenas um primeiro passo para estabelecermos um diálogo cada vez mais próximo e informal entre governo e sociedade.

Aproveite e boa leitura!

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PITACO DO ContrapontoPIG

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Contraponto 177 - Arsenal udenista de hoje


O arsenal udenista está de volta, o que poderá detê-lo?

Carta Maior por Saul Leblon 30/08/2009

A moralidade de quase todos os grandes órgãos da imprensa brasileira está empenhada em corroer a candidatura Dilma Rousseff, custe o que custar. A observação de Gramsci sobre a "imprensa que adquire funções de partido político" se aplica como uma luva ao jornalismo praticado hoje no país. Carlos Lacerda (foto), caracterizado como "o Corvo" nas charges publicadas pelo jornal getulista Última Hora, manejava com maestria o ferramental de fraudes & ofensas, que hoje encontra aprendizes excitados nas redações.O artigo é de Saul Leblon.


Carlos LACERDA

O artigo é de Saul Leblon.

O método da calúnia é tão antigo no arsenal político da direita quanto o seu objetivo de alcançar o poder a qualquer custo, seja pelo voto, o impeachment, o golpe, a fraude ou uma mistura das quatro coisas simultaneamente, como fez a UDN nas eleições de 1955, na primeira chance real de chegar ao poder pelo voto, depois da tentativa de golpe abortado pelo suicídio de Vargas.

Não deu certo. Os udenistas Juarez Távora e Milton Campos tiveram 30% dos votos contra 36% dados a Juscelino. A vitória apertada, mas indiscutível da chapa que tinha como vice João Goulart, herdeiro político de Vargas, não desanimou os udenistas.

Derrotados nas urnas em outubro de 1955, desencadearam uma campanha agressiva para impedir a posse de Kubitschek, marcada para janeiro do ano seguinte. Na linha de frente do golpismo estava o jornal O Estado de São Paulo - alter-ego da UDN paulista. O mesmo que hoje lidera a pressão pela derrubada de Sarney em nome da "moralização" do Congresso e da faxina ética na política nacional.

Não é preciso ser simpatizante da oligarquia maranhense para suspeitar que existe algo mais do que mau jornalismo no bombardeio que atribui a Sarney todas as malfeitorias praticadas no Senado, desde a sua criação em 1824, na primeira Constituição do Império. O que está por trás é a volta do arsenal "democrático" udenista em pleno aquecimento para 2010, quando o PMDB terá peso decisivo na sucessão de Lula, que cultiva o apoio da legenda num acordo de reciprocidade com Sarney.

A ressalva é tão óbvia que chega a ser admitida nas entrelinhas de editorialistas espertos, funcionando mais como salvaguarda cínica do texto, do que uma crítica efetiva ao jornalismo praticado em nome da moralidade.

A moralidade de quase todos os grandes órgãos da imprensa brasileira está empenhada em corroer a candidatura Dilma Rousseff, custe o que custar. A observação de Gramasci sobre a "imprensa que adquire funções de partido político" se aplica como uma luva ao jornalismo praticado hoje no país.

Cada flanco que se abre nas fileiras do governo aciona pautas especiais; mini-editorias específicas; forças-tarefas montadas a toque de caixa. "Analistas" e acadêmicos são requisitados para teorizar sobre "a decadência irreversível do petismo", ao mesmo tempo em que petistas hesitantes, e ex-petistas recorrentes, endossam a dissolução da pureza vermelha contaminada pelos vícios do poder.

Desprovida de partidos de massa, a direita sempre teve nas campanhas midiáticas um valioso instrumento de intervenção na ordem institucional.

Se desta vez a mutação flagrada por Gramasci ganha acentuação inédita é porque os resultados acumulados pelos dois mandatos de Lula deixaram um minúsculo campo programático para a coalizão demotucana se movimentar em 2010. O braço midiático deve compensar com denúncias a fragilidade propositiva.

Malgrado as limitações da aliança que o sustenta, Lula superou a pior crise do capitalismo desde 1930, acentuando as linhas de vantagem do seu governo em relação à estratégia conservadora abraçada pelo PSDB e predominantemente apoiada pela mídia. A saber: o desastroso recuo do Estado em todas as frentes do desenvolvimento; o alinhamento carnal com os EUA na política externa e comercial; a terceirização dos grandes desafios sociais à "eficiência dos mercados auto-regulados". Hoje esse cardápio se traduz na tentativa de desconstrução caluniosa da candidatura Dilma Rousseff; nas denúncias contra a Petrobras e na torcida mal-disfarçada com o êxito do país no pré-sal.

Tivesse o Brasil persistido nessa rota, seria hoje uma terra arrasada por desemprego e quebradeira, a exemplo do que sucede no Leste europeu - última fronteira de expansão do neoliberalismo e seu obituário mais dramático.

Ocultar esse flanco substituindo o principal pelo secundário, portanto, sobrepondo à transparência da crise o que o monopólio midiático pauta como relevante, é o recurso precioso de Serra para contrabalançar sua opacidade programática em 2010.

Trata-se de uma das especialidades legadas pelo udenismo à política nacional. Carlos Lacerda, caracterizado como "o Corvo" nas charges publicadas pelo jornal getulista Última Hora, manejava com maestria o ferramental de fraudes & ofensas, que hoje encontra aprendizes excitados nas redações.

Exemplos: dia 22 de agosto o comentarista político Fernando Rodrigues, classificou o senador Mercadante de "vassalo" do Planalto, com chamada na primeira página da Folha; antes dele, Danuza Leão comparou a ministra Dilma Rousseff , na mesma Folha, a um misto de pai autoritário e diretora "carrasca". Analista das Organizações Globo, o que não significa apenas uma inserção profissional, Lucia Hippolito espetou no título de um comentário sobre o PT (Globo online) o vocábulo-síntese de sua filiação carnal ao udenismo: "a pelegada".

A fome dos petizes lacerdistas encontra fontes obsequiosas nas fileiras oposicionistas.

Olhos, ouvidos e bocas de Serra na capital federal, ao lado de Virgílio, Agripino, Sergio Guerra e Jereissati, o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) definiu o PT, em recente entrevista, como uma sublegenda do "lulismo". Na boa tradição udenista equiparou o "lulismo", portanto o Presidente da República, aos "caudilhismos latinoamericanos, a exemplo do peronismo argentino". O conservadorismo do senador evoca um tema recorrente no cardápio lacerdista, que inspirou violenta campanha contra Vargas nos anos 50, fartamente difundida pela rádio Globo, dirigida pelo jovem udenista, Roberto Marinho.

Vale a pena rememorar esse "case" do modo udenista de abduzir a realidade e derivar daí vale-tudo de aniquilação dos adversários.

Em abril de 1954, o governo Vargas sangrava. Uma ciranda de ataques descomprometidos de qualquer outra lógica que não a derrubada de um projeto de desenvolvimento nacionalista fustigava o Presidente que criara a Petrobras, o BNDES e aplicava uma política de fortalecimento do mercado interno com forte incremento do salário mínimo.

O clima pesado de acusações e ofensas pessoais atingia Getúlio e sua família de forma indiscriminada. Lutero, irmão do Presidente, era tratado nas manchetes como "bastardo" e "ladrão". O ministro do Trabalho, João Goulart, era reduzido a "personagem de boate". Faltava, porém, um ponto de coagulação para transformar o tiroteio desordenado em míssil capaz de abrir um rombo na legalidade institucional.

Em meio à radicalização, em março de 54 surge a denúncia de que "os caudilhos" Vargas e Perón planejavam um suposto "Pacto ABC" (Argentina –Brasil –Chile), cuja meta era "a integração sul-americana num arquipélago de repúblicas sindicais contra os EUA".

Carlos Lacerda, na Tribuna da Imprensa e na rádio Globo, e a Banda de Música da UDN no Congresso – um pouco como o jogral que hoje modula as vozes da coalização demotucana e da mídia "ética" - martelavam a denúncia incansavelmente, testando por aproximação as condições para o impeachment de Vargas.

A notícia do pacto foi vigorosamente desmentida pela chancelaria argentina, mas um ex-ministro rompido com Getúlio, aliou-se a Lacerda para oferecer "evidências" das negociações entre o Brasil e Perón.

A inexistência de provas – exceto a menção genérica de Perón à uma aliança regional — não demoveu a mídia que deu à declaração ressentida do ex-ministro contornos de verdade inquestionável, repetida à exaustão até acuar o governo.

Vargas reagiu na única direção que lhe restava. No 1º de maio de 1954 anunciou o famoso reajuste de 100% para o salário mínimo num discurso marcado por elogios a Goulart, o ministro do Trabalho, mentor do reajuste, afastado pela pressão udenista.

Ao conclamar os trabalhadores a se organizarem para defender seus próprios interesses, o discurso de 1º de Maio soava como um ensaio de despedida. Talvez até mais radical, na convocação aos trabalhadores, do que a própria Carta Testamento deixada quatro meses depois, quando o Presidente atirou contra o próprio peito para não ceder à pressão da mídia pela renúncia.

"A minha tarefa está terminando e a vossa apenas começa. O que já obtivestes ainda não é tudo. Resta ainda conquistar a plenitude dos direitos que vos são devidos e a satisfação das reivindicações impostas pelas necessidades (...) Como cidadãos, a vossa vontade pesará nas urnas. Como classe, podeis imprimir ao vosso sufrágio a força decisória do número. Constituí a maioria. Hoje estais com o governo. Amanhã sereis o governo" (Getúlio Vargas, 1º de Maio de 1954).

A dramaticidade do suicídio iluminou o quadro político gerando transparência e revolta diante do golpismo em marcha. Porta-vozes da oposição a Getúlio foram escorraçados nas ruas do Rio; uma multidão consternada e enfurecida cercou e depredou a rádio Globo que saiu do ar; veículos do jornal de Roberto Marinho foram caçados e queimados nas ruas da cidade. Para Carlos Lacerda não sobrou um centímetro de segurança em terra: o "Corvo" foi obrigado refugiar-se no mar, a bordo do cruzador Barroso.

A determinação conservadora de arrebatar o poder, todavia, não esmoreceu.

Poucas semanas depois do suicídio, em 16 de setembro de 1954, uma segunda "denúncia" associada ao Pacto ABC explodiria nos microfones da rádio Globo. Era a largada, com 12 meses de antecipação, para a primeira disputa eleitoral em vinte e quatro anos que não contaria com a presença divisora de Getúlio na cena nacional.

O alvo agora era João Goulart, o herdeiro político do presidente morto e adversário certo da UDN no pleito de outubro de 1955. Na voz estridente de Lacerda, comentarista de diversos programas da emissora de Marinho, foi lida em primeira mão a "Carta Brandi". Uma suposta correspondência do deputado argentino Antonio Brandi a João Goulart , apresentada como a prova "definitiva" da conspiração para implantar "uma república sindicalista no Brasil".

Na efervescência da guerra eleitoral, o escândalo levou o Exército a abrir inquérito imediatamente, enviando missão oficial a Buenos Aires para aprofundar as investigações.

A conclusão oficial de que tudo não passara de uma grosseira fraude, forjada por Lacerda e alimentada pela imprensa anti-getulista, não abalou seus protagonistas. Lacerda rapidamente mudou o foco da denúncia, invertendo os termos da equação: fora vítima de uma cilada, uma isca arquitetada por adversários eleitorais para desmoralizar a democracia e acelerar a implantação de uma república sindical no país - exatamente como descrevia a (falsa) "Carta Brandi".

"(...) Se a carta não é verdadeira", escreveu na Tribuna de Imprensa, um mês depois da derrota da UDN para JK e Jango no pleito de outubro de 1955, "seu conteúdo está de acordo, mais ou menos, com o que se sabe da vida política do sr. Goulart..."

Qualquer semelhança com o malabarismo denuncista que povoa a mídia tucana nos nossos dias não é mera coincidência. Os mesmos objetivos, os mesmos métodos, a mesma elasticidade ética e democrática estão de volta.

A vitória apertada de JK em 1955 foi tratada pelo udenismo como uma sintoma de "ilegalidade das urnas". Inconformada, a chamada "imprensa da UDN" iniciou uma nova campanha, desta vez liderada pelo jornal Estado de São Paulo, que não poupou papel e tinta na luta para impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek.

Se chegaram a esse ponto contra JK em 1955 e fracassaram, muito se deve ao desbloqueio do discernimento popular causado pelo suicídio do estrategista genial que foi Getúlio Vargas. O arsenal udenista, porém, está de volta e seu partido midiático não disfarça a determinação de transformar 2010 na nova inflexão conservadora na vida do país. Resta saber que força poderá detê-los agora, a ponto de despertar na sociedade o mesmo efeito esclarecedor do tiro que sacudiu o país na manhã de 24 de agosto de 1954.
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Contraponto 176 - Evo: "Herói Mundial da Mãe Terra"

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Evo Morales é declarado pela ONU "Herói Mundial da Mãe Terra"

Agência Ansa 30 de Agosto de 2009 - 22h34

Evo Morales é declarado pela ONU "Herói Mundial da Mãe Terra"
O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi nomeado no sábado (30) pela Assembleia Geral da ONU "Herói Mundial da Mãe Terra". O reconhecimento foi entregue pelo presidente da entidade, o nicaraguense Miguel D'Escoto.

Em uma cerimônia realizada no Palácio Quemado, sede do governo boliviano, em La Paz, Morales recebeu de D'Escoto uma medalha e um pergaminho, no qual havia um texto que reconhece o presidente, primeiro indígena a governar o país, como "o máximo expoente e paradigma de amor à Mãe Terra".

Segundo o presidente da Assembleia da ONU, que também é sacerdote e já foi chanceler da Nicarágua, a distinção se deve ao trabalho do boliviano para preservar os valores dos povos originários.

"Sua mensagem tem um grande impacto. A mensagem que ele nos trouxe é a de que não devemos tratar a Terra como mercadoria, porque nós necessitamos dela e ela necessita de nós", afirmou.

A ideia de conceder a distinção a Morales, revelou D'Escoto, partiu de uma iniciativa do rei Abdullah da Arábia Saudita.

Após escutar um discurso do boliviano em defesa da Mãe Terra, o líder saudita sugeriu convocar uma reunião da Assembleia Geral da ONU para discutir maneiras de resgatar conceitos ancestrais a fim de combater a mudança climática.

Ao receber a medalha e o pergaminho, Morales agradeceu às Nações Unidas e dedicou o reconhecimento aos povos originários e antepassados, que segundo ele sempre defenderam os direitos da Mãe Terra.

"Este não é um reconhecimento para Evo Morales, mas a nossos antepassados, aos povos originários que sempre defenderam a Mãe Terra", disse.

Até hoje, somente dois outros líderes haviam sido designados "heróis mundiais" pela ONU. São eles o ex-presidente cubano Fidel Castro, "Herói Mundial da Solidariedade", e o falecido ex-presidente da Tanzânia Julius Nyerere, nomeado "Herói Mundial da Justiça Social".

"O que queremos fazer é apresentar ao mundo estas três pessoas e dizer que elas encarnam as virtudes e valores dignos de serem copiados por todos", ressaltou D'Escoto.

O presidente da Assembleia Geral da ONU lembrou que Morales "foi quem mais ajudou as Nações Unidas a declararem o 22 de abril como Dia Mundial da Mãe Terra".

Em janeiro, o mandatário boliviano conseguiu aprovar em referendo uma nova Constituição para o país, que estabelece um Estado "plurinacional" e contém uma série de artigos relacionados aos direitos dos povos ancestrais e à defesa da Mãe Terra, chamada pelos andinos de Pachamama.
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Cantraponto 175 - Imprensa antidemocrática


Uma imprensa antidemocrática


Do Vermelho
por Mauricio Dias* 30 de Agosto de 2009 - 11h38

A imprensa brasileira tem sido adversária histórica das instituições representativas do País.” Essa frase, um dos mais duros veredictos já feitos sobre a imprensa brasileira, é de Wanderley Guilherme dos Santos, professor aposentado de teoria política da UFRJ, fundador do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj) da Universidade Candido Mendes, e consagrado pela Universidade Autônoma do México, em 2005, um dos cinco mais importantes cientistas políticos da América Latina.

Ela é parte do começo de uma conversa em torno da histórica tendência golpista da imprensa brasileira, que começa assim: “Com o fim da Segunda Guerra Mundial terminou também o Estado Novo brasileiro, ditadura civil que se iniciara em 1937. No mundo todo, mas em particular no Brasil, as elites políticas tradicionais se viram acompanhadas por um eleitorado em torno de 7 milhões, mais de dez vezes superior ao da Primeira República, e um movimento sindical legalizado e participante de algumas estruturas estatais, como os institutos de pensões e aposentadorias dos trabalhadores urbanos”.

Segundo ele, a imprensa brasileira “sem embargo da retórica democrática”, tornou-se a principal adversária das instituições representativas.

“A exemplo de toda a imprensa, denominada grande, latino-americana, “jamais hesitou em apoiar todas as tentativas de golpe de Estado, quando estas significavam a derrubada de presidentes populares ou o fechamento de congressos de inclinação mais democrática”, denuncia Wanderley Guilherme.

“No Brasil – prossegue –, não existe um só jornal de grande circulação que se posicione a favor dos respectivos congressos nacionais, nas esparsas ocasiões em que estes parecem funcionar.”

Por outro lado, ele anota que “toda vez que a direita recrudesce nas urnas, sempre encontra a simpatia midiática”.

“No Brasil, o único período em que o governo contou com o respaldo de algum jornal de certa respeitabilidade foi durante o segundo governo Vargas, com a Última Hora. Não houve um único jornal popular, de grande circulação no Brasil, durante esse período”, diz Wanderley Guilherme.

Última Hora também foi o único reduto jornalístico contra o golpe de 1964, que toda a mídia apoiou. Sem qualquer constrangimento.

Conceitualmente, ele lembra, a imprensa, além de ser um instrumento de difusão de informação e análise, é um ator político “na medida em que forma opinião, agenda demandas e que, eventualmente, beneficia ou cria obstáculos para governos”.

Wanderley Guilherme comenta: “A imprensa brasileira exerce, e tem todo o direito, de ter opinião e preferências políticas. No Brasil, no entanto, ela diz que apenas retrata a realidade. É falso. Há muito da realidade que não está na imprensa e há muito do que está na imprensa que não está na realidade”.

Não é novidade no mundo democrático. Novidade, como explica Wanderley Guilherme, é presumir e passar a impressão de que isso não acontece.

“A imprensa brasileira não tolera a ideia de governos independentes, autônomos em relação às suas campanhas. Isso implica um caminho de duas mãos. Significa que ela terá de sobreviver sem os governos. Então, é preciso que os governos precisem dela”, conclui.

É um retrato do momento que o Brasil atravessa no alvorecer do século XXI.

*Mauricio Dias é colunista da revista CartaCapital, onde este artigo foi publicado originalmente
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domingo, 30 de agosto de 2009

Contraponto 174 - Além do blog, um site: Petrobras - pré-sal

A Petrobras fez história. E está fazendo o futuro.

10 perguntas para você entender o pré-sal

Contraponto 173 - Serra e pré-sal, segundo PHA

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Serra vai dar o golpe do pré-sal para entregar aos amigos do FHC


Paulo Henrique Amorim 30/agosto/2009 16:54

O Serra não falha: é golpista e entreguista

Saiu no Vermelho, de Bernardo Joffily:

Planos antidemocráticos de Serra para o pré-sal?
Segundo afirma o colunista Kennedy Alencar, na Folha de S.Paulo deste domingo (30), “o governador José Serra tem dito em conversas reservadas que as regras propostas por Lula [para o petróleo do pré-sal] poderão ser modificadas pelo próximo presidente da República”. Ou seja, por ele, Serra, que imaginaria até que as regras “poderiam ser alteradas por medida provisória”. Pergunta: e onde fica a democracia?

Por Bernardo Joffily

Kennedy Alencar parece não se dar conta – ou pelo menos não passa recibo – da truculência da hipótese que descreveu. Se não, vejamos.

Lula pretende propor projetos de lei: três, talvez quatro, sobre o marco regulatório do petróleo do pré-sal. Eles tramitarão no Congresso. Serão debatidos na sociedade – que é tudo que o presidente quer, pois é o tipo de debate conveniente a quem pretende eleger o(a) sucessor(a).

Já Serra (Kennedy apresenta o tucano como “líder em todas as pesquisas sobre a sucessão presidencial de outubro de 2010″), diz, segundo o jornalista, “que, aprovadas as regras propostas por Lula, elas poderiam ser alteradas por medida provisória pelo futuro presidente. Não há decisão tomada, mas Serra cogita mudar as regras, caso seja eleito.”

“O governador paulista – prossegue Kennedy – tem simpatia pelo modelo atual”.

Que Serra tenha simpatias, é um direito. “É legítimo debater”, escreve Kennedy. Mas um debate democraticamente submetido à sociedade, à cidadania e ao Parlamento, pode, depois de convertido em leis, ser revogado por uma simples canetada do – autopresumido – “próximo presidente da República”?

“É um debate legítimo”, repete Kennedy. “O atual governo e o PSDB deveriam expor claramente quais são suas ideias sobre a forma de explorar o pré-sal. O debate está apenas começando do ponto de vista público. Os projetos de Lula vão sair do Palácio do Planalto para chegar ao Congresso Nacional. É uma riqueza imensa que está em jogo. É bom que cada ator político de peso revele suas verdadeiras intenções.”

Tudo bem, é sensato esse raciocínio de Kennedy. Mas não “é bom” nem democrático que um dos atores cogite de tratorar o resultado do debate legítimo caso venha a empunhar a caneta capaz de assinar medidas provisórias.

Compreende-se e desculpa-se que Serra, como presidenciável da oposição, to rça o nariz para o fato do pré-sal ter sido descoberto e estar tendo seus parâmetros de exploração no governo Lula. Afinal, lembra Kennedy, “é uma riqueza imensa”.

Mas a hora de Serra expor o que defende para o pré-sal é agora, a partir desta segunda-feira, 31 de agosto, ou, se tiver pressa, no jantar com Lula esta noite no Palácio da Alvorada. De qualquer modo, é junto com a sociedade e o Legislativo. Não depois que o debate tiver se concluído. E nunca a canetaços de medida provisória – um recurso que em tese estaria à disposição de Lula, mas que este descartou por respeito à necessidade de discutir da forma mais ampla, democrática e exaustiva possível o que a nação deve fazer com a “riqueza imensa” do pré-sal.

Navalha - Conversa Afiada

É a quintessência do Putin brasileiro.

Dar um Golpe, com medida provisória.

E manter as regras de hoje.

Ou seja, não mexer no regime de concessão.

Ou seja, entregar o pré- sal aos que contratam o Fernando Henrique a US$ 50 mil por palestra (fora o jatinho).

Não podia ser mais claro.

O PSDB fez a CPI da Petrobrás para meter a mão no pré-sal.

Por que o Zé Pedágio não sai na rua para debater esse projeto: assim, cara-a-cara ?

Por que ele se esconde atrás do off do PiG (*) ?
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Contraponto 172 - Jabour com "desculpa de jacú" *


Jabour quebra a cara e se justifica com desculpa esfarrapada

Engenheiro de obra pronta

Postado por Oni Presente às 09:54:00

Arnaldo Jabor escreveu um artigo no ano 2000 em que dizia que 'neste milênio, mergulhados na incompreensão total dos signos, nenhuma regra nos restará, a não ser a dos mercados, esses sim organizados e previsíveis'.

Nove anos depois, e após a maior crise financeira desde o crash da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, Jabor ri do que escreveu e usa uma frase do pensador francês Paul Valéry para explicar por que sua previsão falhou.

- Não temos mais passado e presente. O futuro não será o que era - escreveu Valéry.

Em palestra durante o 4º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão, em São Paulo, Jabor diz que hoje o mundo está a reboque das mutações econômicas. Para ele, há um processo mutante das finanças internacionais, que é difícil de segurar e de entender. O comentarista diz que, de certa forma, o Brasil se organizou e conseguiu se proteger da crise, mas também foi o atraso do país que funcionou como uma blindagem.

- O atraso nos protegeu. A dependência do Estado que ainda temos hoje, o controle e a centralização que há no governo e na cabeça das pessoas acabaram nos protegendo da crise - afirmou.

Para ele, esse sentimento de centralização imposto pelo atual governo é ilustrado pelo pré-sal.

- As regras que o governo está criando para controlar o pré-sal mostram bem a necessidade de centralizar - diz o comentarista.

Segundo Jabor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criar no país uma confusão ideológica de que o Estado deve prevalecer sobre a sociedade, sobre os empresários.

Para ele, o governo acertou ao criar o Bolsa Família, um programa que ajuda a distribuir renda no país, e que trouxe a preocupação social para a agenda, mas erra ao não ter um projeto nítido para o Brasil.

SOBRE COISAS QUE NÃO ENTENDE

- O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, não é concreto - disse.


(- É Concreto, cimento, ferragem, madeira... É progresso! Oni Presente)

O comentarista político destacou que está se instituindo no Brasil um patrimonialismo pós-moderno, com o derretimento das instituições republicanas. E que, apesar disso, o progresso científico-tecnológico que o mundo atravessa, com a democratização da informação pela internet, vai quebrar essa mentalidade no país.

- Há uma guerra entre o atraso e a modernização no Brasil. Mas o progresso tecnológico, que faz aumentar a sabedoria, e a digitalização do mundo, são fatores externos que entrarão no Brasil e continuarão com a modernização que já se iniciou - afirma Jabor.


Para ele, a era Collor nos mostrou os defeitos do Brasil e deixou o país com fome de democracia e de República. Com as mudanças pós-Collor, hoje já pode ser considerado um país integrado ao mundo.

- Se essa marcha tecnológica continuar no mundo, o patrimonialismo no Brasil será quebrado - diz o comentarista.

* perguntem o significado a um cearense...

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PITACO DO ContrapontoPIG

Jabour, a "arma 'secreta' do PIG" está de volta. Ar de intelectual, inteligente, está preparado para engabelar os leitores e telespectadores-manada do Pig até as eleições de 2010.
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Contraponto 171 - Brasil sai da crise (matéria do PIG !)


Um ano depois, Brasil sai da crise mundial maior do que entrou


Blog do Alê, sábado, 29 de Agosto de 2009 - 21:05. Um ano depois,

Às vésperas do mês em que se completa um ano da crise global, o otimismo com o País tornou-se consenso. O crescimento de importância do Brasil e de outras economias emergentes é uma das características do novo mundo surgido com a crise econômica. Uma das lições da crise é que países que tinham uma abordagem equilibrada da regulação do mercado financeiro, como Brasil, Austrália, Canadá , não tiveram crise bancária.

O Estado de S. Paulo - O Brasil saiu da turbulência global maior do que entrou. Às vésperas do mês em que se completa um ano da crise iniciada com a concordata do Lehman Brothers, em 15 de setembro, o otimismo com o País tornou-se consensual. "O fato de que o Brasil passou tão bem pela crise tinha mesmo de instilar confiança", diz Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, ex-economista-chefe do FMI. Para Jim O’Neill, do Goldman Sachs, e criador da expressão Bric, "o Brasil passou por essa crise extremamente bem, e pode crescer a um ritmo de 5% nos próximos anos".

O crescimento de importância do Brasil e de outras economias emergentes é uma das características do novo mundo surgido com a crise econômica. Para comentar essa e várias outras mudanças, o Estado ouviu oito grandes economistas estrangeiros e brasileiros: Rogoff; O’Neill; Barry Einchengreen, da Universidade de Berkeley; José Alexandre Scheinkman, de Princeton; Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio gestor do Gávea Investimentos; Edmar Bacha, consultor sênior do Itaú BBA e codiretor do Instituto de Estudo de Políticas Econômicas - Casa das Garças (Iepe/CdG); Affonso Celso Pastore, consultor e ex-presidente do BC; e Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco. [...]

[...] Uma das principais razões para o sucesso do Brasil em enfrentar a crise, segundo Pastore, é que ela pegou o País com o regime macroeconômico adequado - câmbio flutuante, bom nível de reservas, inflação controlada, superávit primário, dívida pública desdolarizada e caindo em proporção ao PIB. Essa solidez combinou-se com o sistema financeiro capitalizado, pouco alavancado, que estava proibido pela regulação de operar com os ativos perigosos, como os títulos estruturados no mercado americano de hipotecas subprime. "Uma das lições da crise é que países que tinham uma abordagem equilibrada da regulação do mercado financeiro, como Brasil, Austrália, Canadá , não tiveram crise bancária", diz O’Neill. A política anticíclica, baseada em corte de impostos e ampliação de gastos públicos, também ajudou, embora esta segunda parte seja criticada pelos efeitos de médio prazo. Para Pastore, os aumentos do funcionalismo e do Bolsa-Família tiveram efeitos contracíclicos, mas "por coincidência", já que foram decididos antes da crise. "O defeito é que, se fosse política contracíclica mesmo, teria de expandir gastos transitórios, e não permanentes." (Fernando Dantas)

Leia a matéria completa no site do Estado de S. Paulo

Leia também: As medidas do Brasil contra a crise
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Contraponto 170 - Tucano perdido como cego em tiroteio

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O PSDB atrás de Discurso


Do Blog no Nassif

O que a matéria diz é o que venho escrevendo há tempos aqui sobre estratégias de oposição - apresentar-se como um upgrade das políticas de Lula.Só que o velho Serra, que poderia ser o candidato programático, já não mais há.

Depois de se enrolar com Itagiba e Jungman, com Veja e os assassinos de reputação, de queimar recursos do Estado financiando a mídia - que o apoia nos casos de asssassinato de reputação -, de não se importar em desestabilizar a política para alcançar seus objetivos, José Serra tentará recuperar a imagem de candidato programático? O Serra dos Conselhos de Saúde, da ligação com pastorais, das teses econômicas claras não existe mais. Em seu lugar entrou o Serra que comanda Itagibas, Jungmanns, Maias, Reinaldos e o que tem de mais barra-pesada na política e na imprensa brasileiras.

Do Estadão
PSDB quer abandonar crítica a projetos de Lula

Estratégia é dar ?visão positiva? sobre programas sociais e esquecer discurso da ”porta de saída”

Wilson Tosta, RIO

O comando nacional do PSDB está orientando o partido a dar uma “visão positiva” dos programas sociais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral de 2010, afirmou ontem o presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE). O parlamentar disse que a legenda não permitirá “nem de longe” a disseminação da ideia de que, se vencer, acabará com esses projetos - apenas o Bolsa-Família atende mais de 11 milhões de famílias. Segundo o senador, pesquisas mostram que as maiores dificuldades da legenda ocorrem em regiões onde há concentração dessas iniciativas do governo federal.

Agora, os tucanos deverão abandonar as críticas ao programa e reconhecer que seu desenvolvimento foi correto. “A orientação do partido é dar essa visão positiva dos programas, reconhecer os programas do governo Lula, elogiar o que têm de positivo e desenvolver propostas. Nada que tenha a ver com aquela história de porta de saída. Porta de saída é tudo que a gente precisa para se dar mal. Não é nada”, disse Guerra.

Com medo de perder votos, o PSDB, assim, abandonará uma das principais críticas que fazia à área social do governo Lula - a de que seus programas tornariam os beneficiários dependentes da ajuda e sem alternativas para ter uma vida econômica sem ajuda do Estado. O senador comandou reunião da bancada federal tucana para discutir as eleições de 2010, no Hotel Sheraton Barra, da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Guerra disse que todos ou quase todos os programas sociais foram inventados pelo PSDB (que governou o País de 1995 a 2002) e desenvolvidos pelo presidente Lula, com cujo governo acabaram identificados. “Achamos que o desenvolvimento foi correto. Isso é verdade”, elogiou. “O que vamos ter é propostas para essa área social, muito precisas.” Ele afirmou que, em 2006, no segundo turno, foi organizado no Nordeste um “projeto de massificação da ideia” de que o PSDB, se vencesse, acabaria com os programas sociais.

YEDA

Em análise reservada sobre a situação do partido nos Estados, Guerra avaliou que, no Rio Grande do Sul , onde a governadora tucana Yeda Crusius enfrenta acusações de corrupção, “acendeu a luz vermelha”. O alerta foi causado por pesquisas eleitorais indicando que, no Estado, a pré-candidata presidencial do PT, Dilma Rousseff, ultrapassou o provável postulante tucano, governador José Serra, que estaria sofrendo desgaste por causa da crise política enfrentada pela governadora.

Uma assessoria do comando nacional tucano foi imposta a Yeda, revelou Guerra, que esteve recentemente com a governadora. “Ela precisa aceitar a ampla reforma de seu governo”, disse, em exposição para os deputados e senadores.

No Rio, o lançamento da pré-candidatura de Marina Silva à Presidência pelo PV fez surgir novos problemas, segundo o senador. O PSDB não aceita que o deputado Fernando Gabeira (PV) seja candidato a governador com dois palanques - um com Marina, outro com Serra. Cerca de 30 parlamentares tucanos participaram do encontro, que começou na quinta-feira e terminou ontem.
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Contraponto 169 - EUA congela conta de golpistas


EUA congela contas de golpistas

Brasília - Sábado , 29 de Agosto de 2009

Texto: Prensa Latina / Postado em 27/08/2009 ás 22:28
Honduras

Tegucigalpa (Prensa Latina) O governo dos Estados Unidos congelará contas bancárias das principais figuras do golpe de Estado de Honduras, revelou nesta quinta (27) a emissora Rádio Globo desta capital.

O diretor da rádio-emissora, David Romero, afirmou que a notícia lhe foi confirmada por fontes de alta confiança, que disseram que se trata de uma ordem do presidente norte-americano, Barack Obama.

Acrescentou que o primeiro desses depósitos afetados será a conta número 2067867966 do Banco Wells Fargo, de Houston, Texas, propriedade do presidente de facto Roberto Micheletti e sua esposa Xiomara de Micheletti.

Romero disse que a medida envolverá todas as figuras visíveis da ação militar de 28 de junho passado, entre as quais incluiu o alto comando das forças armadas, políticos, legisladores e empresários.

Apontou que se trata de uma segunda fase de pressões para obrigar o regime a assinar o Acordo de San José, proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, promovido como mediador na crise pelos Estados Unidos.

Esse plano estabelece a volta à presidência, com fortes condições, do presidente deposto Manuel Zelaya, que manifestou sua decisão de assina-lo na tentativa de restabelecer a paz em Honduras.

Tal pacto foi recusado por Micheletti e seus aliados na terça-feira passada durante um gerenciamento da Organização de Estados Americanos (OEA) para buscar uma solução negociada à grave crise desatada pelo complô militar.

O governo norte-americano cancelou ontem a emissão de vistos para hondurenhos em sua embaixada em Tegucigalpa, da qual retirou há três semanas o chefe dessa legação, Hugo Llorens.

Dirigentes da Frente Nacional contra o golpe de Estado e outras personalidades acusam setores da ultradireita do governo norte-americano, os falcões do Departamento de Defesa e do Partido Republicano de orquestrar e financiar o golpe militar que depôs Zelaya.
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sábado, 29 de agosto de 2009

Contraponto 168 - Unasur por El Pais

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. Cumbre de Unasur
Do El Pais

Brasil frena el choque entre Caracas y Bogotá
Colombia defiende ante la cumbre de Unasur el uso de sus bases por EE UU.- Venezuela exige ver el documento íntegro del acuerdo militar

Soledad Gallego-Días (Enviada Especial) Bariloche - 28/08/2009


Los 12 países suramericanos miembros de Unasur mantuvieron este viernes una tensa reunión en la ciudad argentina de Bariloche para intentar desactivar la crisis causada por el acuerdo de Colombia de permitir que tropas norteamericanas utilicen siete bases propias. La cumbre puso de manifiesto las profundas diferencias que existen en América Latina, pero finalizó con un comunicado que deja abierta la posibilidad de que el Consejo Suramericano de Defensa, dependiente de Unasur, examine nuevas medidas de confianza mutua y verificación que disminuyan el nivel de enfrentamiento y desconfianza. El documento garantiza el respeto a la soberanía de Colombia, como exigía el presidente Álvaro Uribe, pero afirma que "la presencia de fuerzas militares extranjeras no puede, con medios y objetivos vinculados a objetivos propios, amenazar la soberanía e integridad de cualquier nación suramericana".

La cumbre se desarrolló en un clima de alta tensión y tuvo que ser el presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, inspirador de Unasur, quien a última hora de la tarde, diera un puñetazo en la mesa, lamentando que la reunión fuera retransmitida por televisión, y exigiendo que terminaran los duros enfrentamientos personales que se desarrollaban a varias bandas, para intentar un rápido acuerdo de mínimos. Su llamamiento no consiguió tranquilizar completamente los ánimos pero tuvo resultado.

La cumbre, que se celebró ante las cámaras por deseo del presidente Álvaro Uribe, no logró ningún acuerdo sustancial: Colombia no acepta que nadie ponga en duda su derecho a firmar acuerdos con terceros países para luchar contra el narcotráfico y el terrorismo, y la mayoría de los países presentes desconfía de que ese acuerdo no vaya a implicar, en realidad, una mayor injerencia militar de Estados Unidos en la región.

En cualquier caso, la reunión implicó algo importante: por primera vez en la historia, los países de América Latina han debatido entre ellos un cuestión altamente polémica y delicada: la presencia militar de países terceros, un asunto que siempre ha tenido una enorme repercusión en América Latina y que sigue suscitando fuertes polémicas.

El debate tuvo aspectos muy significativos. El presidente brasileño dio la impresión de que su principal preocupación era mantener vivo el organismo suramericano. Ofreció todo tipo de muestras de respeto a la soberanía colombiana, pero no ocultó su inquietud por el uso conjunto de las bases. Lula dejó entrever una de sus grandes preocupaciones: la posición de los "países ricos" respecto a la Amazonía, que comparten varios países latinoamericanos. "Ellos se creen que la Amazonia es suya, pero no es así. Es nuestro problema, y somos nosotros quienes deberíamos reunirnos para tratar los problemas ambientales", sugirió.

El presidente brasileño planteó también la posibilidad de que Unasur solicite una cumbre con el presidente norteamericano, Barack Obama, para debatir el papel de Estados Unidos en América Latina, una iniciativa a la que se opuso Colombia, que recordó que Washington ya está presente, de pleno derecho, en otro organismo, la OEA.

El protagonista de la reunión fue, sin embargo, el presidente colombiano. Álvaro Uribe intentó presentar el acuerdo que permite el uso de siete bases colombianas por parte de tropas estadounidenses como una simple ampliación de la cooperación militar que ya existe entre los dos países, enfocada en la lucha contra el narcotráfico y el terrorismo. Leyó una larga lista de acuerdos anteriores y recordó que Colombia ha sufrido enormemente por culpa del narcotráfico y el terrorismo. Reprochó a los otros países latinoamericanos que su apoyo se haya limitado a declaraciones verbales y señaló que Estados Unidos era el único que había ofrecido a su país una ayuda práctica y eficaz.
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En todo el discurso del presidente colombiano hubo una sola referencia al contenido exacto del acuerdo con Estados Unidos. "El artículo 3", afirmó, "establece que las bases no se pueden usar para asuntos internos de otros Estados", una aclaración que pareció insuficiente a los demás presidentes, según dejaron de manifiesto casi todos los demás oradores.

Tanto el presidente venezolano, Hugo Chávez, como el presidente ecuatoriano, Rafael Correa, intentaron centrar la discusión, no en las intenciones de Colombia, sino de Estados Unidos. Pidieron a Uribe que facilitara a Unasur el texto completo del acuerdo e insistieron en que las facilidades militares que se conceden en el pacto con Estados Unidos rebasan ampliamente las características de la lucha contra el narcotráfico.

Chávez leyó varios párrafos de un documento norteamericano que está colgado en Internet y que, según afirmó, resume las necesidades estratégicas de la Fuerza Aérea de Estados Unidos y alude a la necesidad de usar bases en distintos países.

La presidenta argentina, anfitriona, intentó finalmente la salida del embrollo: plantear el asunto de las bases colombianas en un entorno más general en el que se discutan, con detalle y en el plano técnico, medidas de confianza militar recíprocas. Y planteó la posibilidad de que una misión del Consejo Suramericano de Defensa visite Colombia. La presidenta de Chile, Michele Bachelet, apoyó plenamente la idea.

Todo el mundo contuvo la respiración para ver si Chávez y Uribe, que se habían intercambiado largos reproches, aceptaban la momentánea salida de la crisis. La última intervención de Chávez estuvo a punto de lanzar otra vez todo por el aire con una velada acusación de que paramilitares colombianos habían intentado matarlo. Uribe exigió pruebas y la temperatura subió muchos grados. Fue entonces cuando Lula dio un simbólico puñetazo, pidió que se acabaran los enfrentamientos y se examinara el documento final, que fue aprobado sin mayores problemas.

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PITACO DO ContrapontoPIG

Reparem como a cobertura do jornal espanhol El Pais, difere completamente da cobertura do PIG.
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Contraponto 167 - Grana ou "canjibrina" demais?


O IBOPE toma partido

Do Blog do Nassif 28/08/2009
que é isso?
O que é isso?.
Por Alberto Porém Jr
O que é isso"

"Dono do Ibope anima o PMDB a disputar a vaga de Lula

De Ilimar Franco:

A cúpula do PMDB se reuniu, quarta-feira à noite, com o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Ele pregou a candidatura própria à Presidência da República e sugeriu que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), concorresse, mesmo para perder.

“O Lula disputou três até vencer, o Serra já concorreu uma vez, o Ciro, duas”, lembrou. E disse mais: 1. “O PMDB é o grande partido do país e deve ter um projeto nacional”; 2. “O DEM quase não tem representatividade no país”; 3. “O PSDB é muito paulista”; 4. “O PT vai ter resultados pouco expressivos nos estados”.

Ele não conseguiu botar fogo na plateia.”

Hein???

No título, o Montenegro anima e na conclusão ele não bota fogo?

- Tem gente tomando a “canjibrina” demais!!!

Comentário (do Nassif)

Os institutos de pesquisa estão se metendo no mesmo processo que desmoralizou as agências de risco: passam a tomar partido de seus contratantes.

Depois da escandalosa pesquisa de Antonio Lavareda sobre Marina Silva, as diferenças inexplicáveis entre as do Vox Populi e do Datafolha.

Montenegro caminha na mesma direção do Datafolha, tentando convencer candidatos a se lançarem à campanha federal, deixando de lado o palco paulista. Não foi coincidência que, logo após a pesquisa do Datafolha, o jornal sair com um editorial recomendando a Ciro Gomes a candidatura à presidência, não ao governo de São Paulo.

No ano passado, Montenegro já cometia o absurdo de considerar imbatível a candidatura José Serra. Nenhum analista sério de pesquisas de opinião cometeria esse absurdo, de definir resultados definitivos 24 meses antes das eleições.

O curioso são os que ironizam a tese da conspiração noticiosa. Essa ação coordenada, de um mês de factóides em cima de Dilma, de pesquisas do Datafolha tentando tirar Ciro de São Paulo, de Montenegro tentando convencer o PMDB a lançar candidato, é o que? Mera coincidência, diriam os críticos das teorias conspiratórias.
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PITACO DO ContrapontoPIG

Carlos Montenegro quer tirar Ciro da eleição de São Paulo em 2010; quer colocar Temmer no páreo para a presidência; faz reunião com a cúpula do PMDB. Que credibilidade tem o Ibope depois de um envolvimento tão evidente do seu presidente com as eleições que se aproximam?
Leia também no PHA
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Contraponto 166 - O carisma de Lula em fotos


Lula e o povo

"É dificílimo para a imprensa corrupta e a "oposição sem rumo" comparar o amor que o povo tem por lula com ódio de Serra pelo povo brasileiro" (Aposentado invocado)



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Contraponto 165 - Isto É, Daniel Dantas...


O ataque covarde da IstoÉ à Venezuela


por Altamiro Borges Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009

Na edição desta semana, a revista IstoÉ, famosa por suas capas sensacionalistas e reportagens difamatórias, aprontou mais uma das suas. No artigo “O lobista de Chávez”, ela desferiu um ataque covarde contra o jornalista Carlos Alberto de Almeida, reconhecido por sua militância internacionalista e por seu compromisso com a ética jornalística. Descaradamente marcarthista, o texto insufla a perseguição política: “Jornalista brasileiro trabalha no Senado, mas faz hora extra para defender os interesses da Venezuela”. Nela, o senador tucano Álvaro Dias aparece pregando a apuração sobre a “dupla militância do funcionário”. Só falta pedir a sua demissão!

Para a revista, que nunca escondeu o seu ódio à revolução bolivariana, Beto Almeida seria um inimigo da “liberdade de expressão” por defender as medidas de Hugo Chávez contra a ditadura midiática. A fonte principal da IstoÉ é Sociedade Interamericana de Prensa (SIP), a máfia dos barões da mídia que não tolera qualquer restrição legal à “libertinagem de imprensa”. O texto também desfere duro ataque à Telesur, “a emissora criada para se contrapor à rede americana CNN na América Latina”. Beto Almeida é membro do seu conselho diretivo, “seguindo à risca a cartilha do caudilho venezuelano”, esbraveja a revista.

Temores da mídia colonizada

Na prática, o rancoroso artigo visa atingir o presidente Hugo Chávez, num momento em que o parlamento brasileiro discute a adesão da Venezuela ao Mercosul. Ele também procura evitar o fortalecimento da Telesur, que já agrega vários países do continente e realiza o contraponto à mídia colonizada pelos EUA. A IstoÉ chega a alertar os reacionários de plantão. “Até agora, a emissora funciona de forma precária, quase na informalidade. Mas, aos poucos, Beto avança no lobby pelos ideais bolivarianos. Já emplacou, por exemplo, a programação da Telesur na grade do Canal Comunitário de Brasil, a ‘TV Cidade Livre’, da qual é presidente. E está costurando um convênio entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Telesur”.

No seu reacionarismo inconsistente e leviano, a IstoÉ joga farpas para todos os lados. Ataca o governo de Roberto Requião (PMDB), que retransmite a Telesur na TVE do Paraná, e critica a militância de Beto Almeida em defesa do “repasse das verbas públicas para emissoras públicas e comunitárias”. De forma marota, ela aproveita o episódio para se contrapor à 1ª Conferência Nacional de Comunicação. A revista não tolera a diversidade e pluralidade informativas e rejeita qualquer ação que vise enfrentar a concentração e a manipulação midiáticas. Para ela, a militância de Beto Almeida é incompatível “com os princípios da liberdade de expressão”.

“IstoÉ Daniel Dantas”

A publicação semanal da Editora Três já é bem conhecida por seu jornalismo sensacionalista e mercenário, sempre na busca insana por aumento de tiragem e de lucros. Em fevereiro passado, no texto intitulado “Stédile, o intocável”, ela procurou justificar a repressão às 270 famílias de sem-terras acampadas numa fazenda em Eldorado da Carajás (PA), adquirida ilegalmente pelo Grupo Opportunity, controlado pelo mega-especulador Daniel Dantas. A agressão ao líder do MST teve como objetivo criminalizar a luta pela reforma agrária e defender o banqueiro.

Na ocasião, o MST respondeu a altura no texto intitulado “IstoÉ Daniel Dantas”. Lembrou que a revista “atua como títere dos poderosos, ao passo que se distancia do compromisso com a sociedade e a ética jornalística”. Destacou que ela faz o papel de advogado do bandido e que evita noticiar as sujeiras de Daniel Dantas, “preso em julho passado durante a operação da Polícia Federal por prática de crimes financeiros e de desvio de verbas públicas”. E ironizou: “Resta saber se o conteúdo da reportagem é fruto de um trabalho investigativo competente ou se deve ao curioso fato de que a IstoÉ é publicada pela Editora Três, que por sua vez também é controlada pelo banqueiro Daniel Dantas. Desde 2007, ele possui 51% das ações da editora” (grifo do ContrapontoPIG).


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PITACO DO ContrapontoPIG


Um gangster, um bandido como Daniel Dantas acionista majoritário de IstoÉ? Em que país estamos? Arre égua...!
Um brasileiro comum assina uma revista com a IstoÉ ou a Veja e se acha muito bem informado...
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Contraponto 164 - Serra X Paloci


José Serra desolado: Palocci inocentado

por Zé Augusto . Quinta-feira, Agosto 27, 2009

Francenildo na CPI dos Bingos, com Efraim Moraes, no passado; e hoje assitindo ao julgamento no STF

Palocci (PT/SP) foi inocentado do caso Francenildo.

A maioria dos ministros do STF votaram contra abrir processo contra o ex-ministro da Fazenda pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo.

Os juízes entenderam que apenas Jorge Mattoso (ex-presidente da CEF - Caixa Econômica Federal) deve responder o processo. Ele poderia acessar à conta de Francenildo, como qualquer gerente da CEF, mas não poderia mostrar a terceiros.

Com isso sofrem uma derrota política:

- José Serra (PSDB/SP), que tem sido um implacável perseguidor à Palocci. Inclusive, com a polícia civil de São Paulo ajudando a forçar abrir inquéritos fajutos contra Palocci por sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto, investigações estas das quais Palocci também foi inocentado. Serra queria tirar Palocci do caminho em 2006 (e conseguiu) por vê-lo como ameaça aos demo-tucanos paulistas.

- O ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB/MT), apontado por muitos como o mentor que levou ao submundo político da conspiração que arregimentou Francenildo.

- O senador Heráclito Fortes (DEMos/PI), que teria ajeitado as coisas com o Pai de Francenildo, para que não fosse desmascarada a trama de Antero.

- O senador Efraim Moraes (DEMos/PB), que presidiu a sessão do Senado da CPI do fim-do-mundo (CPI dos Bingos), onde Fancenildo revelou as fofocas, inclusive com atitudes completamente fora do normal para os padrões do Senado, com produção cenográfica esmerada, passando "slides" com a foto de Palocci num telão ao fundo, para Francenildo "reconhecê-lo" se era aquela foto que o caseiro teria visto, em gesto teatral.

- E todos os demo-tucanos da política e da imprensa.
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Contraponto 163 - PIG vira a casaca


Jornal O Globo vira a casaca

por: Zé Augusto . Sexta-feira, Agosto 28, 2009.

A exemplo da Folha de São Paulo ontem, o Jornal O Globo pede a seus leitores para esquecerem tudo o que escreveu antes sobre Lina Vieira, e fez editorial invertendo a imagem da ex-secretária.

Agora, de Cinderela foi transformada em Gata Borralheira, uma sindicalista "malvada", incompetente, e blá, blá, blá ...
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Contraponto 162 - Minha Casa Minha Vida


Feira traz soluções para o Minha Casa, Minha Vida


Do Jornal O Povo Forlaleza Ceará

por Hamilton Nogueira 28 Ago 2009 - 01h12min

São Paulo sedia a 3ª Concrete Show South América, feira do concreto que apresenta as novas tecnologias da construção civil e celebra o aquecimento do setor.

Solução inteligente: nesse método um molde de PVC monta a casa e em menos de um dia
Na cidade de São Paulo, acontece até hoje o Concrete Show South América, feira que abriga tecnologia e inovação no mercado da construção civil. São 312 expositores, dos quais 226 nacionais e 86 de diversas partes do mundo mostrando casas feitas em moldes de plástico PVC, como prédios de 18 andares a partir de pré-moldados e concretagem para estrada com promessa de durabilidade durante décadas.

O evento entusiasma engenheiros, inovadores, pesquisadores, público e principalmente empresários. No balanço final do evento, deverão ter transitado nos corredores do Transamérica Expor Center, cerca de 18 mil visitantes. A movimentação econômica aguardada é de R$ 500 milhões. Um ciclo de debates simultâneo permitiu que 110 apresentações sejam feitas nesses quatro dias, além de 10 seminários e um workshop.

Os números correspondem a 30% mais atrações que o ano passado.

A área de exposição também cresceu, 58% em relação a 2008. São 28 mil metros quadrados nos quais a grande estrela é a exposição de materiais, novas tecnologias e métodos de construção voltados para residências. A intenção é apresentar sistemas construtivos que representem eficiência e velocidade para o programa do Governo Federal, Minha casa, minha Vida. Para o gerente Norte-Nordeste da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Eduardo Moraes, a feira já é a maior da América Latina e obriga a indústria da construção civil a se modernizar para dar conta da grande demanda. “De zero a três salários mínimos ou de zero a dez, o importante é gerar eficiência e grande escala de produção para diminuir o preço”, comenta.

Casa de plástico
Uma solução inteligente para resíduos de construção civil é escondê-los dentro da parede de plástico. Nesse método um molde de PVC monta a casa e em menos de um dia enche-se o molde com concreto. A parede tem a aparência do plástico, mas a solidez do cimento. Os fabricantes dizem que em um dia até cinco casas de 42 metros quadrados podem ser entregues já com instalação hidráulica e elétrica. O metro quadrado dessa construção varia em torno de R$ 700 reais. Em média 30% a menos que no método tradicional.

O jornalista viajou à convite da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)
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Contraponto 161 - E agora Simon ?


Instalada a CPI da Yeda Crusius: alguma manifestação?

do Blog FBI 27 de Agosto de 2009 às 19:33

Instalada a CPI da Yeda Crusius: alguma manifestação do senador Pedro Simon?
Cadê o Senador Pedro Simon, do PMDB, que não se manifesta sobre o mar de irregularidades da Governadora de seu estado, que será apurado pela CPI recém-instalada?

E o Senador Artur Virgílio, o maior baluarte da moralidade pública brasileira, não se manifesta?

Para não dizer que só persigo os Senadores da Oposição ao Governo Lula, cadê as manifestações dos Senadores Flávio Arns e Eduardo Suplicy, campeões do "restaure-se a moralidade"?

E as Organizações Serra, que foram pródigas no massacre ao Senador Sarney, se esconderão na falsa crise Lina x Dilma?

Cartas para a redação do FBI

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Com a cooperação do Blog do Zé Dirceu, apresentamos o que será apurado pela CPI da Yeda

Nesta CPI, ela será investigada por acusações contidas na denúncia acolhida pela justiça federal de, em companhia do ex-marido, Carlos Crusius e de mais sete assessores e aliados políticos (todos denunciados) ter participado de fraude que provocou um rombo de R$ 44 milhões do DETRAN-RS e se beneficiado de irregularidades em concorrências e licitações públicas.

É disso que tratará essa CPI, combatida pela alta cúpula tucana com apoio da mídia, como vocês podem notar hoje, e do PMDB gaúcho, presidido pelo senador Pedro Simon.

Mas, além disso a governadora foi acusada anteriormente de formar Caixa Dois na campanha em que se elegeu em 2006; comprar apoio na Assembléia Legislativa; promover barganha de cargos em estatais; adquirir ao fim da campanha a mansão em que mora em bairro nobre por preço subfaturado mas, mesmo assim, superior ao seu patrimônio; e pago o imóvel com dinheiro de Caixa Dois.
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Contraponto 160 - Blog do Planalto na segunda


Governo lança Blog do Planalto na segunda-feira


Por: Zé Augusto . Quinta-feira, Agosto 27, 2009

Além do lançamento do marco regulatório do pré-sal, o governo federal também programa para a próxima segunda-feira (31) a apresentação do Blog do Planalto, com o objetivo de aproximar o presidente Lula dos internautas.

O blog terá conteúdos multimídia, como textos, áudios, vídeos e infográficos sobre atos e decisões do governo federal. Uma equipe com cinco profissionais será responsável por atualizar as informações.

O formato do blog foi apresentado pela Presidência da República, em junho passado, durante o 10º Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS). Durante a elaboração da ferramenta, a Presidência abriu uma consulta para saber o que o público quer ler e ver no blog.
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Contraponto 159 - Estado governo, partidos, democracia


Estado, governo, partidos, democracia

Emir Sader 27/08/2009 às 06:12

O Estado brasileiro é mais forte porque mais democrático.
A campanha eleitoral da oposição - tendo sua comissão de frente nas empresas privadas da mídia - concentra seu foco de supostas denúncias em um tema central: o governo confundiria o Estado com o governo, apropriando-se do Estado em função dos partidos que o apóiam. O jornal da família Frias chegou a colocar como manchete na sua primeira página que “O governo se reserva tal porcentagem do pré-sal”, como se se tratasse de uma apropriação por parte de governo de receitas de um projeto de enorme transcendência, que mobiliza grande quantidade de recursos, para seu proveito, em lugar de fazê-lo para o Estado brasileiro.

Confusão faz essa imprensa despreparada teoóricamente e mesquinha politicamente, ao não se dar conta de como os destinos do Estado brasileiro estão em jogo na repartição dos recursos do pré-sal, não se tratando apenas de um problema de um governo de turno. Mas quando se trata de manter de pé campanha sistemática de acusações a um governo que, apesar disso ou talvez até mesmo também por isso, goza de mais de 80% de apoio da população, vale de tudo, pelo próprio desespero de não ver refletir nas pesquisas de opinião, o tempo, os espaços e o papel gasto na até aqui inglória luta contra o governo.

Para começar: o Estado brasileiro, no governo Lula, é muito mais democrático do que antes, em qualquer outro governo. Em primeiro lugar, porque atende as reivindicações de um numero incomparavelmente maior de pessoas do que qualquer outro governo. Atende seus direitos a emprego formal, a acesso a bens fundamentais, a escola, a habitação, a saneamento básico, a créditos, a energia elétrica, entre outros direitos elementares, mas que foram sempre negados à maioria da população.

Como conseqüência, o Estado integra a setores majoritários do povo, que nunca antes tinham se sentido participantes do Estado, do que é expressão o fato de mais de 80% da população apoiar o governo, não ocasionalmente, no momento de um plano econômico qualquer – como em momentos do Plano Cruzado do governo Sarney ou do Plano Real do governo FHC – mas estavelmente, no sétimo ano do governo, quando FHC tinha apenas 18% de apoio e Sarney algo similar.

O Estado dispõe de mais pessoal e mais qualificado, melhor remunerado, depois de ter passado pela sua demonização, pela desqualificação do servidor público e diminuição pelas políticas de Estado mínimo do governo da tucanalhada-demoníaca.

As empresas estatais são mais fortes e mais eficientes hoje. Tome-se o exemplo da Petrobrás no governo atual, em comparação com ao que tinha sido reduzida – “Petrobrax” – no governo FHC. Os levantamentos do IPEA revelam como o serviço publico é mais eficiente que as empresas privadas, como mostra da melhoria do Estado no governo atual.

A diminuição significativa do superávit fiscal, o freio nos processos de privatização – que previam a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Eletrobras, nos acordos assinados com o FMI na última das três crises com que o governo FHC vitimizou o Brasil fortaleceram o Estado.

Ao contrário dos governos tucanos, como o de Serra, que seguiu adiante as privatizações e, não fosse o Banco do Brasil ter comprado a Nossa Caixa, a teria vendido ao capital privado, como os tucanos tinham feito com o Banespa vendido a um banco estrangeiro, o Santander.

O Estado brasileiro é muito mais forte, porque muito mais respeitado no exterior, tanto na América Latina, como no conjunto do mundo, como se vê pelo prestígio de Lula, em comparação com a penosa imagem projetada por FHC e seus tristes ministros de Relações Exteriores.

O Estado é mais forte porque recuperou sua capacidade de indução do crescimento econômico, como se viu muito claramente na capacidade do governo e dos bancos públicos de promover a recuperação econômica do país na atual crise, muito maior do que qualquer uma que o governo FHC tenha vivido e, no entanto, o Brasil sai dela mais forte, ao contrário das anteriores, em que – como no caso da crise de 1999 – o país saiu enfraquecido – com as taxas de juros próximas de 50%, com o desemprego em níveis altíssimos, com um descontrole inflacionário, com um aumento exponencial da divida pública, com uma recessão de que somente o governo Lula pôde fazer com que saíssemos da crise.

O Estado é mais forte justamente porque o governo não confundiu governo e Estado. O governo é um instrumento de fortalecimento do Estado, mediante políticas de interesse nacional – como as políticas sociais, educativas, culturais, econômicas, a política externa independente, entre tantas outras – e não para atender interesses privados – como as escandalosas privatizações de FHC, que dilapidaram o patrimônio público ou como a privataria educacional que promoveu as faculdades e universidades privadas em detrimento da educação publica, universal e gratuita.

O Estado é mais forte, porque arrecada mais e melhor, canalizando recursos para o crescimento econômico e as políticas sociais. Porque diminuiu as taxas de juros, diminuindo a remuneração ao capital especulativo e a transferência de renda ao capital financeiro.

Assim, o Estado brasileiro é mais forte, não porque menos democrático, mas porque muito mais democrático, mais integrador, mais provedor de direitos, mais reconhecido no exterior e dentro do Brasil.

O Estado governa com os partidos que apóiam o governo Lula, um governo submetido pelos dois maiores plebiscitos públicos – as eleições de 2002 e 2006 -, em que, mesmo tendo a ditadura das empresas privadas da mídia contra, contou com o imenso apoio popular, que só cresceu desde então. Governa, portanto, com a delegação da grande maioria do povo. A oposição queria que ele governasse, como no governo FHC, com representantes diretos do grande capital, dos bancos, das corporações privadas, da mídia oligárquica, do capital estrangeiro.

Os governos estaduais dos outros partidos – como o de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul – foram sistematicamente sabotados pelo governo FHC, ao contrário do governo Lula, que compartilha os recursos federais com governos da oposição, como os governos tucanos de São Paulo e de Minas Gerais, com governadores pré-candidatos à presidência pela oposição ao governo.

O Estado é mais forte no Brasil no governo Lula, a democracia é mais forte, porque o governo as promove como seus objetivos centrais. Passado o circo midiático, fica claro que foram os tucanalhas-demoníacos, que debilitaram o papel de controle tributário, favorecendo a sonegação fiscal como nunca no Brasil.

Um Estado forte é um Estado democrático, reconhecido e apoiado pela grande maioria da população. É um Estado que implementa políticas de caráter nacional, de interesse público, promovendo a prioridade das questões sociais e não a ditadura econômico-financeira de Malan-FHC-Serra.

O Brasil precisa ser mais democrático e não menos, como quer a oposição, adepta do Estado mínimo e dos cortes dos direitos sociais. O Brasil precisa reformar profundamente o Estado, não como quer a oposição, para deixar mais espaços para o mercado, mas para torná-lo efetivamente um Estado de todos e para todos.
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