15/01/2018
Institutos Federais têm maior nota no Enem, mesmo sofrendo cortes
Institutos Federais têm maior nota no Enem, mesmo sofrendo cortes
LILIAN MILENA
Jornal GGN - SEG, 15/01/2018 - 16:19
Mesmo sofrendo contingenciamento, elite das escolas públicas continua apresentando alunos mais competitivos no Exame Nacional
Resultado do Enem Foto da Agência Brasil
Jornal GGN - Apesar de se destacarem entre as melhores instituições de ensino médio, os institutos federais sofreram queda de orçamento no governo Temer. O modelo de ensino com foco nem educação técnica e profissional, com cursos de ensino médio e superior, foi uma das bandeiras na área de educação do governo Lula e Dilma.
Segundo um levantamento da Folha, mesmo com o contingenciamento, os institutos federais lideraram a nota do Enem em 2016 em 14 Estados. A rede é composta por 644 campi e 878 mil alunos (64% de ensino médio) e entre 2015 e 2017 o recebimento de verbas caiu 14%. A redução no volume resultou no cancelamento de projetos e sucateamento da infraestrutura, apontaram representantes das instituições ao jornal.
Para obras e compra de equipamentos, por exemplo, os recursos recuaram 61% no período. Apesar desse cenário, a tabulação de dados do MEC realizada pela Folha revelam que os institutos federais tiveram média 564,93 no Exame Nacional do Ensino Médio de 2016 - apenas 3% abaixo da rede privada (580,93). A média do campos Vitória do Ifes, por exemplo, foi 651,83 em 2016, a mais alta entre os institutos, colocando a escola em 171º lugar entre todas as escolas públicas e privadas do país (8.857 unidades).
"Trabalhamos a ideia de teoria e prática, e alia isso com nossos excelentes alunos (...) Com a mesma fatia de orçamento, estamos no teto das possibilidades", comentou o reitor do Ifes, Jadir Pela, ao jornal.
Para o Wilson Conciani, do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) o governo Temer proporcionou perdas ao ensino nacional ao não consultar representantes dessas instituições para debater a reforma do ensino médio, aprovada em fevereiro do ano passado após tramitação acelerada no Congresso, criticando a falta de diálogo que poderia replicar o know how dessas instituições em todo o país.
"Uma vez que os institutos federais têm um trabalho de qualidade, comparado às experiências internacionais, esperávamos ter participação mais ativa. Isso até agora não aconteceu".
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