terça-feira, 10 de outubro de 2017

Nº 22.460 - " 'Daria golpe no mesmo dia', disse Bolsonaro sobre o que faria ao chegar ao poder "



10/10/2017


"Daria golpe no mesmo dia", disse Bolsonaro sobre o que faria ao chegar ao poder


Jornal GGN - TER, 10/10/2017 - 15:15ATUALIZADO EM 10/10/2017 - 15:17



Jornal GGN - Bernardo Mello Franco resgatou em sua coluna na Folha, nesta terça (10), uma entrevista em que Jair Bolsonaro fala livremente sobre como o governo brasileiro deveria ser, na sua visão. À época no terceiro mandato de deputado, Bolsonaro disse que daria um golpe se assumisse a presidência da República, defendeu a tortura e uma guerra civil para limpar a sociedade, apontou Fernando Henrique Cardoso como o primeiro a ser fuzilado e ainda disse que o voto dos eleitores não muda nada.
 
"Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e começando por FHC".
 
A entrevista completa está disponível abaixo.

 
 
Por Bernardo Mello Franco
 
Bolsonaro sem retoques
 
Na Folha
 
Jair Bolsonaro desembarcou nos Estados Unidos para divulgar sua candidatura a presidente. Em segundo lugar nas pesquisas, o deputado tenta suavizar o discurso para parecer menos radical. É um bom momento para ouvir o que ele dizia antes de sonhar com o Planalto.
 
Em 1999, o capitão reformado expôs suas ideias no programa "Câmera Aberta", na Bandeirantes. Em 35 minutos, ele defendeu a ditadura e a tortura, pregou o fechamento do Congresso e disse que o Brasil precisava de uma guerra civil, mesmo que isso provocasse a morte de inocentes.
 
A entrevista mostra um Bolsonaro sem retoques. À vontade, ele se gaba de sonegar impostos e estimula os telespectadores a fazerem o mesmo. "Conselho meu e eu faço. Eu sonego tudo que for possível", afirma. Depois, diz que a democracia é uma "porcaria" e conta o que faria se chegasse ao poder: "Daria golpe no mesmo dia. Não funciona".
 
O deputado afirma que Chico Lopes, ex-presidente do Banco Central, merecia ser torturado em pleno Senado. "Dá porrada no Chico Lopes. Eu até sou favorável a CPI, no caso do Chico Lopes, tivesse pau de arara lá. Ele merecia isso: pau de arara. Funciona. Eu sou favorável à tortura."
 
Mais adiante, Bolsonaro defende o fuzilamento do presidente Fernando Henrique e revela desprezo pelas eleições diretas: "Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e começando por FHC".
 
O apresentador Jair Marchesini ainda ensaia conter o deputado. Ele insiste: "Matando. Se vai [sic] morrer alguns inocentes, tudo bem. Tudo quanto é guerra, morre inocente".
 
Bolsonaro não era um jovem desavisado ao dar essas declarações, que podem ser vistas no YouTube. Tinha 44 anos e exercia o terceiro mandato de deputado —hoje está no sétimo. Era filiado ao PPB (atual PP), o partido de Paulo Maluf. 


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PITACO DO ContrapontoPIG

Aos 44 anos  Jair já era uma aberração do gênero humano. Só tem piorado com o tempo.

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