sábado, 30 de setembro de 2017

Nº 22.395 - " JESSÉ SOUZA: 'O ÓDIO AO POBRE É O PROBLEMA CENTRAL DO BRASIL' "

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30/09/2017


JESSÉ SOUZA: “O ÓDIO AO POBRE É O PROBLEMA CENTRAL DO BRASIL”



BRASIL 247 - 29 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 16:24


Nº 22.394 - "Cunha, na Época, revela o jogo imundo das delações"

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30/09/2017


Cunha, na Época, revela o jogo imundo das delações

Do Tijolaço - 30/09/2017


moroelite
Está cheia de mentiras, é claro, não fosse pelo seu autor, a entrevista de Eduardo Cunha à Época.
A defesa que faz de Michel temer é absolutamente contraditória com as perguntas que fez – em parte vetada por Sérgio Moro, a Michel Temer,quando o arrolou como testemunha de “sua honestidade“.
Mas há uma verdade inequívoca na entrevista.
O mundo das delações premiadas é uma imundície.
Na revista, Cunha “denuncia um mercado clandestino de delações”.
Nele, os delatores dizem o que se quer que seja dito.
Cunha afirma claramente que ele era o “troféu compensatório” para a perseguição a Lula.
Afinal, prendendo-se Cunha, depois do impeachment, mostrava- se que a Lava Jato era imparcial.
As delações da  Lava Jato, para ele, são”uma operação política, não jurídica. Eles tiram as conclusões deles e obrigam a gente a confirmar. Os caras não aceitam quando você diz a verdade.
Na parte que pude ler da entrevista, Cunha não avança nas provas e fatos que diz  a testemunhar – e, provavelmente, tem – dos negócios e cúmplices que teve.
Sentiu que o sistema se agarra a Temer e ele agarra-se também.
Acena para Raquel Dodge como instrumento para “detonar” Rodrigo Janot.
Antes disso, porém, a menos que Michel Temer possa impedir, vai ser estrela na CPMI da JBS.
Vamos nos alimentando, assim, da safra dos escroques.
Os homens mais “importantes” na vida brasileira, hoje, são os canalhas.
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Nº 22.393 - " Irmãos Marinho denunciam 'ruína' da universidade pública sem mencionar uma só vez os cortes promovidos por Temer"


30/09/2017


        Irmãos Marinho denunciam “ruína” da universidade pública sem mencionar uma só vez os cortes promovidos por Temer


Do Viomundo  - 29 de setembro de 2017 às 20h26

    

Resposta dos estudantes à revista Época, dos irmãos Marinho, enviada por Rafael Gomes
A edição do último domingo, 25 de setembro, da revista Época trouxe em sua capa uma manchete que diz: “Educação em ruínas”.
A ilustração da capa deu destaque para o prédio em construção que abrigará as futuras instalações da UNILA — Universidade Federal da Integração Latino-Americana, localizada em Foz do Iguaçu.
À primeira vista, a percepção do leitor é de que a matéria irá abordar o desmonte em curso na educação, atingida com os cortes que reduziram as verbas de custeio e praticamente zeraram os recursos para investimento nas universidades, em 2017.
A UNILA é um caso destes, junto com quase uma dezena de universidades federais em implantação no Brasil, que sofrem as consequências destas medidas.
A matéria, no entanto, não dedica uma linha sequer ao efeito devastador do corte.
Critica a ampliação das vagas nas universidades públicas nos anos dos governos Lula e Dilma, aponta para o alto custo de manutenção do sistema de  universidades e escandaliza o orçamento da construção do campus da UNILA.
Na ânsia de impressionar seus leitores, chega a afirmar que a área do campus possui 380 mil quilômetros quadrados, o que se fosse verdade corresponderia a uma área equivalente a dois estados do Paraná, onde a UNILA está localizada.
No subtítulo da matéria, ainda na capa, vê-se que não se trata propriamente de uma abordagem sobre educação, quando se lê: “Escolhas ideológicas e erros de gestão estão destruindo as universidades públicas brasileiras”.
Como o próprio título diz, o alvo central é a questão ideológica e o caráter público das universidades, e neste contexto, a UNILA tem sido o modelo principal a ser combatido por setores da extrema direita.
Há meses, a UNILA está sofrendo uma escalada de ataques de natureza ideológica por parte dos setores mais conservadores do Congresso e da grande mídia.
Em outubro de 2016, o locutor da rádio Jovem Pan, Marco Antonio Villa, teceu comentários contra a UNILA, esbanjando ignorância diante das nomenclaturas das disciplinas de alguns cursos oferecidos pela universidade.
O senador Álvaro Dias usou a tribuna do Senado e as redes sociais para desferir ataques contra a UNILA, classificada por ele como “bolivariana”.
Recentemente, o deputado Sergio Souza, do PMDB do Paraná propôs a extinção da UNILA e no lugar dela, a criação de uma universidade vocacionada para o desenvolvimento do agronegócio da região oeste do estado. A proposta não avançou.
A abordagem da revista Época demonstra a continuidade de uma antiga aliança entre os setores mais retrógrados do Congresso e a grande mídia para destruir o programa que expandiu e ampliou o acesso às universidades públicas brasileiras, e no caso da UNILA, deu um passo histórico na direção da integração científica e cultural da América Latina.
Se, para estes setores a UNILA é uma escolha ideológica do governo Lula, combatê-la e esmagá-la é uma questão de honra e um desafio também ideológico.
Estes algozes exercem uma patrulha semelhante à das milícias da Escola Sem Partido, como numa guerra contra o livre pensamento.
É neste terreno que a UNILA está situada, com o agravante do caráter xenofóbico que possui seus mais vorazes críticos.
A presença de estudantes estrangeiros na UNILA também é alvo de ataques de ódio praticados por agressores encorajados por alguns políticos e pelos grandes meios de comunicação de massa.
Exemplo incontestável foi o do estudante haitiano agredido enquanto seus agressores gritavam dizeres xenofóbicos e evocavam temas políticos para justificar que o estudante deveria voltar para seu país de origem.
Recentemente, uma Audiência Pública no Senado, convocada pela Comissão dos Direitos Humanos e presidida pelo senador Paulo Paim, discutiu a crise das universidades e dos institutos federais.
A Audiência contou com as presenças de representantes de entidades da educação, MEC e representantes das IES, como o reitor da UNILA, Gustavo Vieira.
O principal encaminhamento da Audiência foi o da criação da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas em Implantação, que inclui a UNILA, a UNILAB e outras seis instituições.
A criação da Frente é uma forma de legitimar o trabalho de parlamentares alinhados com a pauta da defesa dessas universidades, como já demonstrado pelos senadores Paulo Paim e Fátima Bezerra e pelos deputados Orlando Silva e Maria do Rosário.
A defesa da universidade pública brasileira e da UNILA enquanto estratégia de integração regional está distante dos interesses corporativos dos grupos empresariais que pretendem feudalizar o sistema de educação brasileiro.
A ofensiva destes grupos se deve ao fato de que, sob a liderança de Michel Temer, é possível fazer todo o serviço sujo, como fechar UNILA a pedido de empresas agroindustriais, como a Frimesa, a Cocamar e a Lar.
Os nomes destas empresas estavam citados na justificativa do deputado Sergio Souza, quando propôs a uma Medida Provisória, a emenda que previa a extinção da UNILA.
Servindo-se de panfleto destes políticos e grupos empresariais, a revista Época bradou que os ricos devem pagar para estudar e os pobres ocuparem vagas gratuitas nas universidades públicas.
A UNILA é alternativa de universidade da integração para estudantes das periferias de diversos países latinoamericanos.
Uma das tragédias que esses países compartilham em comum são suas  crianças e jovens segregados em escolas, onde os que pagam têm direito à qualidade e os que não pagam, não.
As elites que querem destruir a UNILA jamais admitiram pagar para o filho do pobre estudar na mesma escola que o filho deles.
O mesmo não fariam nas universidades.
Nós bem os conhecemos.

#UNILAfica




A família do conglomerado de mídia, por incrível que pareça, faz parte da associação do agronegócio!
Unila responde reportagem da Revista Época intitulada “Educação em Ruínas”
Carta à comunidade acadêmica
Secretaria de Comunicação Social contextualiza e detalha o atendimento de imprensa realizado à Revista Época
Em razão da reportagem veiculada pela Revista Época – com a data desta segunda-feira (25, edição número 1005) –, intitulada “Educação em Ruínas”, trazendo a obra do campus da UNILA na capa, e também em respeito aos anseios e angústias da comunidade acadêmica, a Secretaria de Comunicação Social vem a público manifestar seu posicionamento e uma contextualização da situação.
A SECOM – área técnica responsável pelo planejamento e execução das atividades de Comunicação da UNILA – sempre pautou seus trabalhos, primordialmente, nos princípios da Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Desta maneira, seu compromisso principal sempre foi para com a transparência, condição intrínseca à comunicação pública.
Neste contexto, na condição de área encarregada pela promoção da imagem institucional da Universidade, a SECOM sempre desempenhou seu papel levando em consideração as características fundamentais da UNILA: seu projeto pedagógico inovador, sua premissa básica de internacionalização, sua multiculturalidade, o bilinguismo, a promoção de uma educação inclusiva, democrática, e, por fim – mas não menos importante –, o fortalecimento do Ensino Superior público, gratuito e de qualidade.
É nesse sentido, principalmente, que se enquadra uma das atividades desempenhadas pela Secretaria: a Assessoria de Imprensa.
A área é especializada no contato com jornalistas, recebendo solicitações de informações e entrevistas, assim como atuando proativamente no envio de press-releases sobre pautas relevantes para a comunidade.
Em razão deste trabalho, a Assessoria é demandada diariamente por repórteres e editores de veículos diversos – desde redes de televisão e rádio, até portais online e mídia impressa –, e atende a todos com a mesma presteza e dedicação, sejam os veículos locais, regionais, nacionais ou internacionais.
Para se ter uma ideia, somente no segundo semestre de 2017 (considerando-se a partir do mês de julho), foram realizados 84 atendimentos, dos mais diversos níveis de complexidade – desde informações muito básicas e pontuais, até solicitações de entrevistas com professores especialistas em diversas áreas, entre outras demandas.
Cabe ressaltar que a Assessoria de Imprensa não apenas repassa dados e contatos, mas também acompanha pessoalmente as entrevistas feitas com integrantes da comunidade acadêmica, desde as imagens captadas nos espaços da UNILA, até o monitoramento posterior à veiculação das reportagens, realizando análises e gerando relatórios.
É importante frisar, também, que a Assessoria não emite juízo de valor ideológico ou político sobre os veículos e seus jornalistas, dando tratamento equânime a todos, atendendo com seriedade, transparência e profissionalismo, sem jamais buscar direcionar ou manipular as informações, respeitando, inclusive, a autonomia editorial da imprensa.
O caso da Revista Época
Antes de mais nada, a equipe ressalva que a presente nota não se trata de um ataque pessoal ou crítica à jornalista que assina a reportagem, por entender e respeitar uma colega de profissão.
Ainda assim, os profissionais de comunicação lotados na SECOM sentem-se no dever de dividir com a comunidade acadêmica um relato mais detalhado de suas atividades, bem como desenhar o contexto em que a reportagem foi realizada.
Assim, a SECOM vem a público relatar o contexto da solicitação e do atendimento jornalístico prestado:
A solicitação da Revista Época chegou no dia 11 de agosto, através da jornalista Flávia Oshima, a princípio sem uma pauta muito bem delineada. As primeiras questões foram relativas à Emenda Aditiva à Medida Provisória nº 785/2017, que estava em evidência na ocasião, além de algumas perguntas genéricas sobre a obra do campus.
Após conversas com a equipe de jornalistas da SECOM, a repórter anunciou a intenção de vir pessoalmente conhecer a Universidade. A partir de então, iniciou-se o trabalho de levantamento dos dados solicitados e organização de uma logística de atendimento, buscando fontes e agendando entrevistas que mostrassem à reportagem todo o contexto da Universidade.
Neste sentido, a Assessoria identificou as possibilidades de revelar o cotidiano do ensino, pesquisa e extensão, preparou visitas com o objetivo de mostrar, além das questões de infraestrutura, uma realidade acadêmica e pedagógica de uma universidade em pleno funcionamento, onde ocorrem diariamente trocas de saberes e a construção do conhecimento, coletivamente.
O atendimento
Estudantes entrevistados pela Revista Época
Após uma série de tratativas, a repórter finalmente veio a Foz do Iguaçu, onde realizou as visitas e entrevistas na UNILA entre os dias 22 e 24 de agosto, sempre acompanhada por um (ou mais) jornalista da SECOM.
Ela solicitou que pudesse ter contato com estudantes brasileiros e de demais nacionalidades, a fim de conhecer um grupo que representasse a diversidade da UNILA.
Agendaram-se, então, conversas com discentes – de graduação e de pós-graduação – das seguintes nacionalidades: Brasil, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Equador, Peru, e Costa Rica.
Os estudantes também representaram a diversidade de cursos, tendo sido contemplados todos os Institutos.
A conversa ocorreu de forma franca e sem censuras, oportunizando à repórter ouvir histórias de vida dos estudantes, motivações para estar na UNILA, dificuldades que os estrangeiros enfrentam ao estudar no Brasil, como é a experiência de integração e a diversidade dentro da Universidade, o acolhimento na cidade de Foz do Iguaçu, os desafios da permanência no ensino superior, os sonhos e ambições para voltar para casa após formado ou avançar em estudos de pós-graduação, entre outros assuntos.
Essas reuniões ocorreram tanto na unidade do Jardim Universitário como também no PTI, onde a repórter assistiu a uma aula em espanhol, para perceber como funciona o bilinguismo na prática.
Depois, percorreu laboratórios de ensino e de pesquisa (muitos foram fotografados), além da biblioteca.
O que ficou claro – ou deveria ter ficado, ao menos –, do ponto de vista da SECOM, foi que, mesmo não havendo espaço físico próprio, as estruturas existentes garantem, sim, o funcionamento de uma universidade em construção.
Em outras palavras, a Assessoria possibilitou que a jornalista realizasse uma verdadeira imersão no cotidiano da Universidade, sem qualquer intervenção junto aos entrevistados. A equipe acredita que as pessoas que compõem a comunidade acadêmica são as melhores e mais confiáveis fontes de informação sobre a UNILA.
Relato detalhado
Estudantes entrevistados pela Revista Época
Foram entrevistados, ao longo dos trabalhos, 11 estudantes; cinco servidores técnico-administrativos (uma bibliotecária, uma técnica em laboratório, um engenheiro, uma arquiteta e um administrador da Secretaria de Implantação do Campus); um professor estrangeiro, do curso de Engenharia de Energias; e o reitor, Gustavo Oliveira Vieira.
Cabe ressaltar que nas entrevistas foram coletados dados sobre vários assuntos ligados à Universidade, e não apenas sobre o campus.
Além disso, a repórter solicitou outros contatos, que acabou não entrevistando, sendo uma delas uma pessoa da comunidade envolvida em um projeto de extensão, e o embaixador Celso Amorim, que, a princípio, estaria em Foz do Iguaçu na mesma data para uma atividade na UNILA.
Mesmo após ter deixado Foz do Iguaçu, a repórter continuou em contato com a equipe da SECOM, solicitando informações adicionais (que poderão ser lidas na íntegra abaixo).
Para embasar as respostas, a Assessoria de Imprensa contou com o apoio de diversas áreas: Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN); Procuradoria; Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD); Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) e Secretaria de Implantação do Campus (SECIC). Entre os dados solicitados, estavam informações sobre orçamento da Universidade; custo por aluno; reconhecimento dos cursos; seleção internacional; histórico da UNILA; condição social dos alunos; e detalhamento dos processos judiciais contra o Consórcio Mendes Jr e Shahin.
Além das informações encaminhadas por e-mail, foram repassados os seguintes documentos solicitados pela repórter:
Manifesto em defesa da UNILA, assinado por estudantes egressos; Relação de Locações; Croquis e fotos da obra; Relatório de Gestão 2016; Relatório da Ação Judicial do Consórcio; Informativo UNILA no território; Release de Apresentação da Universidade e Release de ações de extensão.
Troca de e-mails entre a jornalista Flávia Oshima e a Divisão de Assessoria de Imprensa
Documentos repassados
Cabe ressaltar, por fim, que em nenhum momento houve o objetivo, por parte da SECOM, de “esconder” os problemas da UNILA – até mesmo porque essa atitude iria contra os próprios preceitos de transparência elencados no início deste texto.
Mas, por outro lado, também foi realizado um trabalho, por parte da equipe, para mostrar que a Universidade não se constitui apenas de prédios e laboratórios, mas também – e principalmente – de pessoas, e que é através delas que a Universidade existe, ao contrário do que a capa da revista sugere ao estampar que a universidade “nunca ficou pronta”.
A SECOM entende que a chamada da revista induz o leitor ao erro e estampa uma manchete sensacionalista, uma vez que gera a compreensão de a Universidade nunca ter existido na prática.
Do ponto de vista dos profissionais da SECOM, a decisão editorial de simplesmente descartar todas as informações relativas ao projeto pedagógico da Universidade e focar apenas no problema do campus tem um caráter puramente ideológico e político, especialmente num cenário nacional em que determinados grupos trabalham no intuito de desmontar as Universidades Públicas.
Assim, a SECOM posiciona-se com indignação em relação à forma como a Universidade foi retratada e reitera que a UNILA não é apenas um canteiro de obras, e muito menos “um fiasco”.
A UNILA é uma instituição da qual nos orgulhamos e pela qual seguimos trabalhando com seriedade, comprometimento e dedicação, mesmo em tempos de crise.
Foz do Iguaçu, 25 de setembro de 2017
Equipe da Secretaria de Comunicação Social – SECOM

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Nº 22.392 - "Viver sem esperança: povo brasileiro só espera dia piores com Temer"

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30/09/2017


Viver sem esperança: povo brasileiro só espera dia piores com Temer


Brasil 247 - 30 de Setembro de 2017

REUTERS/Adriano Machado


por Tereza Cruvinel

Um dado pouco destacado da pesquisa CNI-Ibope, que revelou a continuada queda de popularidade de Michel Temer, aprovado por apenas 3% dos entrevistados,  foi o que apontou a completa desesperança do povo brasileiro no tempo que resta de seu mandato, se ele escapar da segunda denúncia na Câmara.  Para 72%, o governo deve ter desempenho ruim e péssimo nos 15 meses que lhe restam de mandato.  Em junho de 2016, logo depois de sua posse,  este índice era de 32%. Mais que dobrou de lá para cá, agregando os desiludidos com o golpe ou que esperavam alguma melhora com a derrubada de Dilma e sua troca por Temer.

Já os que esperavam um desempenho ótimo e bom eram 24% em junho do ano passado, e agora são apenas 6%.  Os que apostavam em algo regular eram 32% e hoje são apenas 17%..

Não esperar por dias melhores no médio prazo é uma das condições mais deprimentes para o ser humano.  Saber que nos próximos 15 meses nada pode melhorar é desolador.   Por isso na medida em que Temer afunda,  crescem as intenções de voto no ex-presidente Lula, que representa a volta da esperança em dias melhores, com base na experiência de seus governos, que trouxeram crescimento, emprego e distribuição de renda.  Mas mesmo esta esperança para o tempo que começaria em janeiro de 2019 é corroída pela incerteza quanto à sua candidatura, por conta da cruzada judicial para impedir seu eventual retorno.

A pesquisa CNI-IBOPE mostrou também que Temer é um caso definitivamente perdido para a população,  tão consolidada está a percepção de que seu governo, além de ilegítimo, é corrupto e anti-povo.  A pesquisa foi realizada enquanto o governo faturava sinais de uma leve contenção da recessão e do desemprego, a queda dos juros e a injeção de  R$ 44 bilhões na econômica com a liberação das contas inativas do FGTS. Agora os saques do  Pis-Pasep por pessoas com mais de 60 anos (antes só podia ser sacado aos 65)  injetará outros R$ 60 bilhões, segundo o governo, mas isso não fará diferença na avaliação de Temer.  O julgamento de seu governo já se descolou da economia e tornou-se uma questão moral para os brasileiros. O que desaprovam no governo Temer é sua natureza bandida e quadrilheira, é a sofreguidão com que foi ao pote, em busca de negócios,  cortando gastos públicos necessários e entregando as riquezas nacionais  para saciar o capital financeiro. Ainda que Temer fosse capaz de produzir um milagre econômico nos próximos meses, não se levantaria do chão. É caso perdido. Menos para os deputados que devem negar licença para que seja processado e afastado do cargo.


TEREZA CRUVINEL. Colunista do 247, Tereza Cruvinel é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País.
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Nº 22.391 - "NOVA HUMILHAÇÃO: 23 PRÊMIOS NOBEL DIZEM QUE TEMER AMEAÇA O BRASIL"

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30/09/2017


NOVA HUMILHAÇÃO: 23 PRÊMIOS NOBEL DIZEM QUE TEMER AMEAÇA O BRASIL


Brasil 247 - 30 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 09:10

Lula Marques/Agência PT | Divulgação


O Brasil pós-golpe, que tem um ocupante da Presidência denunciado por corrupção, obstrução judicial e comando de quadrilha, é uma sucessão de humilhações; a mais recente é uma carta assinada por 23 vencedores do Prêmio Nobel, o mais importante da ciência, denunciando como o corte de investimentos promovido pelo peemedebista está ameaçando o Brasil; o documento faz referência ao corte de 44% no Orçamento deste ano do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), assim como à perspectiva de um novo corte em 2018 ; “Isso danificará o Brasil por muitos anos, com o desmantelamento de grupos de pesquisa internacionalmente reconhecidos e uma fuga de cérebros que afetará os melhores jovens cientistas” do País, escrevem os pesquisadores


247 - Mais uma humilhação internacional para o Brasil.

Os cortes orçamentários em Ciência e Tecnologia “comprometem seriamente o futuro do Brasil” e precisam ser revistos “antes que seja tarde demais”, segundo um grupo de 23 ganhadores do Prêmio Nobel, que enviou nesta sexta-feira, 29, uma carta a Michel Temer, recomendando mudanças na postura do governo com relação ao setor.

O documento, enviado por e-mail ao gabinete da Presidência, faz referência ao corte de 44% no Orçamento deste ano do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), assim como à perspectiva de um novo corte em 2018 - que deverá ser da ordem de 15%, caso o Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo governo ao Congresso seja aprovado como está.

“Isso danificará o Brasil por muitos anos, com o desmantelamento de grupos de pesquisa internacionalmente reconhecidos e uma fuga de cérebros que afetará os melhores jovens cientistas” do País, escrevem os pesquisadores.

A carta é assinada pelo físico francês Claude Cohen-Tannoudji e outros 22 laureados com o Prêmio Nobel nas áreas de Física, Química e Medicina. “Sabemos que a situação econômica do Brasil é muito difícil, mas urgimos o senhor a reconsiderar sua decisão antes que seja tarde demais”, conclui a carta.

“A situação é trágica, não há outra palavra para descrevê-la”, disse ao Estado o pesquisador David Gross, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, vencedor do Nobel de Física em 2004 e também signatário da carta. Ele prevê que muitos jovens pesquisadores brasileiros vão desistir da carreira científica ou migrar para outros países, mais favoráveis à ciência.


As informações são de  reportagem de Herton Escobar no Estado de S.Paulo.

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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Nº 22.390 - "ROVAI SOBRE CASO AÉCIO: PT DEVERIA SE PREOCUPAR COM MOBILIZAÇÃO"

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29/09/2017



ROVAI SOBRE CASO AÉCIO: PT DEVERIA SE PREOCUPAR COM MOBILIZAÇÃO



Brasil 247 - 29/09/2017

Nº 22.389 - "A carta de Palocci"

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29/09/2017

A carta de Palocci


Brasil 247 - 29 de Setembro de 2017


Reuters


Por Ribamar Fonseca


Ribamar FonsecaQuanto mais tentam incriminar Lula com ilações, suposições, arranjos e convicções, com a participação ostensiva da mídia, ele cresce em popularidade. Qual a explicação para semelhante fenômeno? Simples: com a desavergonhada perseguição a ele, que de tão escandalosa se tornou visível em todos os quadrantes do planeta, ninguém mais acredita em nada do que se propala a seu respeito. Apesar do esforço da Globo, que tem dedicado grandes espaços no "Jornal Nacional" para destruir a sua imagem, o ex-presidente operário segue em marcha ascendente na preferência do povo para o Palácio do Planalto. Parece que apenas os tolos, os anencéfalos, os antipetistas e os fascistas ainda dão crédito ao noticiário da emissora dos Marinho, cujos índices de audiência vem caindo, conforme pesquisas, justamente por causa das notas distorcidas e das mentiras que divulga.

Como o depoimento de Antonio Palocci, considerado por colunistas da mídia golpista como a bala de prata na candidatura do ex-presidente, não produziu os efeitos desejados – muito pelo contrário, institutos de pesquisas registraram um crescimento do seu nome na preferência do eleitorado – algum estrategista da Lava-Jato teve a ideia "genial" de escrever uma carta de desfiliação do PT, na qual o ex-ministro do governo Lula pudesse dizer o que não falou no seu depoimento. Tem-se a nítida impressão de que alguém escreveu a carta, que teria sido assinada por Palocci sem ler, porque o seu conteúdo só depõe contra ele mesmo. A armação, destinada a atingir o líder petista, é tão amadora que enseja dúvidas sobre a inteligência da turma da Lava-Jato, cujo desespero diante da ascensão de Lula, seu alvo principal, cresce à medida que se aproximam as eleições presidenciais.

Para chegar-se a essa conclusão basta algumas perguntinhas inocentes: 1 – por que Palocci precisava escrever uma carta ao PT, de dentro da cadeia, pedindo a sua desfiliação, que já havia sido decidida pelo partido? 2 – O que isso mudaria a sua situação? 3 - por que essa carta, ao invés de ser mandada para o PT, errou de endereço e foi entregue na Globo? 4 – se a sua intenção era desfiliar-se, por que atacar Lula, que não é dirigente do partido? Ninguém precisa ser muito inteligente para perceber o objetivo da carta, que foi lida, quase integralmente, por um William Bonner enfático, ocupando um grande espaço do "jornal Nacional". A parceria Lava-Jato-Globo, justiça seja feita, vem funcionando muito bem desde a homenagem que a empresa dos Marinho prestou ao juiz Sergio Moro, logo após a instalação da operação em Curitiba. Não está, porém, produzindo todo o estrago planejado porque a grande maioria do povo tem cérebro e pensa, não se deixando mais influenciar pela mídia, em especial pela Globo. Não há dúvida, no entanto, de que eles vão continuar empenhados em eliminar Lula da vida pública.

Diante do método do juiz Sergio Moro para arrancar delações, mantendo os prisioneiros atrás das grades por tempo indeterminado, até que se compreende a fraqueza de Palocci, pois nem todos os presos estão preparados psicologicamente para mofar numa cadeia, sobretudo ante a perspectiva de ganharem a liberdade se falarem precisamente o que os seus carcereiros querem ouvir. Quando percebeu, portanto, que acusar Lula era a senha para a liberdade, o "italiano" obviamente decidiu fazer o jogo do pessoal da Lava-Jato, mas deve ter travado uma batalha muito grande com a sua consciência. Afinal, ele não tem a têmpera de um José Dirceu, um dos heróis da resistência contra a ditadura militar, que enfrenta com serenidade as injustiças de que tem sido vítima. Com esse comportamento, que surpreendeu seus antigos companheiros de partido, Palocci deverá obter a liberdade, mas pagará um preço que o deixará marcado pelo resto da vida.

Mas nada disso aconteceria se os órgãos superiores da Justiça atuassem com energia no sentido de conter os abusos de poder. A presidenta do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministra Cármen Lucia, que deveria estar atenta ao que acontece à sua volta, especialmente na órbita do Judiciário, não move um músculo para impedir os abusos nas instâncias inferiores. Embora vez por outra ela abandone o seu mutismo para dizer palavras bonitas, do tipo "o Judiciário corresponderá aos anseios da população", na verdade ela parece mais uma figura decorativa, um quadro na parede, assistindo impassível, por exemplo, a perseguição a Lula. Provavelmente ela não pretende se indispor com os seus colegas do Judiciário e muito menos com a mídia. Isso não significa, porém, que ela esteja alheia aos acontecimentos, que são vistos com surpresa até do outro lado do planeta.

Até agora, apenas um ministro do Supremo teve a coragem de abandonar a indiferença que caracteriza o comportamento dos membros da mais alta Corte de Justiça do país e veio a público para condenar os abusos cometidos nas diversas instâncias do Judiciário e, também, no Ministério Público. Em artigo sob o título de "Significado de devido processo legal", o ministro Ricardo Lewandowski disse: "Prisões provisórias que se projetam no tempo, denúncias baseadas apenas em delações de corréus, vazamentos seletivos de dados processuais, exposição de acusados ao escárnio popular, condenações a penas extravagantes, conduções coercitivas, buscas e apreensões ou detenções espalhafatosas indubitavelmente ofendem o devido processo legal em sua dimensão substantiva, configurando, ademais, inegável retrocesso civilizatório". Será preciso dizer mais?


RIBAMAR FONSECA. Jornalista e escritor
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Nº 22.388 - "LULA E BOLSONARO POLARIZAM DISPUTA EM 2018"

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29/09/2017


LULA E BOLSONARO POLARIZAM DISPUTA EM 2018


BRASIL 247 - 29 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 13:20 


Nº 22.387 - "LEILÕES: O GOLPE SE TORNOU INDESTRUTÍVEL"


29/09/2017



LEILÕES: O GOLPE SE TORNOU INDESTRUTÍVEL


É preciso aceitar a derrota e entendê-la


Do Conversa Afiada - 29/09/2017

Nº 22.386 - "O PT joga água no moinho dos golpistas, por Aldo Fornazieri"

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29/09/2017

O PT joga água no moinho dos golpistas, por Aldo Fornazieri



Jornal GGN - 29/09/2017 - 06:59



O PT joga água no moinho dos golpistas


Aldo Fornazieri


Vítima de um golpe, o PT virou protetor de um de seus maiores algozes: o senador Aécio Neves. Não é o STF que adotou uma "medida esdrúxula", mas é a direção do PT que está sendo esdrúxula pelo festival de erros que vem cometendo. Uma direção que adota posições não só contra a vontade da maioria da sua militância, da sua base social e do seu eleitorado, mas também contra o entendimento correto da Constituição.

A nota da direção do PT que condena o afastamento de Aécio é um equívoco completo, político, moral e jurídico. Em primeiro lugar, o Artigo 53 da Constituição estabelece que a inviolabilidade civil e penal dos mandados só se refere a "quaisquer de suas opiniões, palavras e votos" e não a crimes comuns, como é o caso das acusações que pesam sobre o senador tucano.

O Supremo não decretou a perda do mandato de Aécio, mas a sua suspensão. Quem determina a perda do mandato é, conforme o caso, a Câmara dos Deputados ou o Senado. É passível de perda de mandato o deputado ou senador que violar as vedações estabelecidas no Artigo 54; aquele que incorrer na quebra de decoro parlamentar (Art. 55 -II; aquele que deixar de comparecer à terça parte das sessões plenárias e aquele que sofrer condenação transitada em julgado. Em caso de prisão, em flagrante crime inafiançável, de um deputado ou senador, os autos serão remetidos à respectiva Casa, conforme define o Artigo 32, parágrafo 2, que se pronunciará pela maioria de seus membros sobre o caso.

Nestes termos, o STF não feriu nada daquilo que a Constituição estabelece acerca da inviolabilidade do mandato. Ele decidiu sobre uma figura que não existe na Constituição. Em sendo o STF um tribunal constitucional e dada a gravidade dos delitos de Aécio Neves, o Tribunal tem a prerrogativa de decidir sobre uma lacuna constitucional para salvaguardar o interesse público e impedir a desmoralização ainda maior do Senado, que já é uma instituição profundamente desmoralizada.

Veja-se, por exemplo, que a figura do casamento homoafetivo também estava incursa numa lacuna legal e constitucional. O STF, como tribunal constitucional, decidiu pelo entendimento de que se trata de um direito legal. Essas prerrogativas dos tribunais constitucionais são iguais em praticamente todos os regimes republicanos presidencialistas. A Suprema Corte dos Estados Unidos tem esse tipo de prerrogativa e já constitucionalizou vários temas que não estavam na Constituição. Note-se ainda que Eduardo Cunha também foi afastado de seu mandato por uma decisão do STF. Ao que consta, não houve, naquela ocasião, nenhum protesto da direção do PT. Qual a razão de haver agora com Aécio?

Outra afirmação equivocada da nota da direção do PT consiste na afirmação de que o Senado Federal é um poder soberano. Não é. Na república democrática presidencialista, a soberania pertence ao povo. Este sistema de governo se define por uma reação de equilíbrio, pesos e contra-pesos na relação entre os três poderes. A Constituição deve definir os mecanismos de ataque e de defesa de um poder em relação outro. Nenhum poder tem autonomia absoluta na sua relação com os outros poderes.

A Constituição dos Estados Unidos, que é a matriz das constituições republicanas presidencialistas, permite que deputados e senadores possam ser presos por crime de traição, crime comum e perturbação da ordem pública. A nota do PT daria uma grande contribuição à democracia se defendesse o fim do instituto esdrúxulo do Foro privilegiado e se defendesse a não proteção de deputados senadores que cometem crimes comuns, passando estes a poder serem presos se cometessem tais crimes.  

A nota do PT vai contra o espírito da Constituição e contra o sentimento geral da soberania popular, da sociedade brasileira, dos eleitores e militantes do partido. A nota afirma  que os seus signatários tem todos os motivos para defender a democracia e a Constituição. Então, que defendam o afastamento de Aécio Neves do Senado. Ter Temer como presidente da República e Aécio Neves como senador constitui um violento ataque à democracia e à Constituição.



Aldo Fornazieri - Professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP).
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Nº 22.385 - "Aragão, sobre derrota da Lava Jato no Canadá: Enfrentar os inimigos de direitos civilizatórios vale a pena"

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29/09/2017

Aragão, sobre derrota da Lava Jato no Canadá: Enfrentar os inimigos de direitos civilizatórios vale a pena


Do Viomundo - 29 de setembro de 2017 às 11h05
 

Prêmio Allard: Reprodução

Por que foi importante derrotar a Lava Jato no concurso do Prêmio Allard


por Eugênio José Guilherme de Aragão

Resultado de imagem para eugênio aragãoNão nos iludamos. O Prêmio Allard da Universidade de British Columbia, no Canadá, é um instrumento ideológico da economia global, que busca colocar países emergentes sob o denominador das economias centrais.

O tal “Combate à Corrupção” é mais um cavalo de batalha do imperialismo mercantil.

Podem as economias centrais ver, no caso delas, a corrupção como comportamento desviante que enfraquece o standing das grandes corporações do capital em suas complexas sociedades.

Mas o que elas insistem em ignorar é que a corrupção, entre nós, é consequência de uma sociedade profundamente desigual e que seu enfrentamento longe do esforço de inclusão social e do reforço às regras do devido processo legal e do julgamento justo só aprofunda a desigualdade e acirra o autoritarismo, destruindo empregos e a democracia.

Ainda assim é importante jogar com as contradições do discurso ideológico.

Ao mostrar que a Operação Lava Jato representa a destruição de direitos civilizatórios, como a presunção de inocência, o respeito à verdade provada e a imparcialidade do julgador, tão proclamados como contribuição dos países centrais ao mundo, o recuo na jogação de confete a Deltan Dallagnol era inevitável.

Tentaram salvar a face compartindo o prêmio entre os finalistas, mas a ganhadora foi uma jornalista do Azerbaijão.

Nos bastidores já se dava a vitória da Lava Jato como certa.

Havia um jogo duplo até por parceiros progressistas, com medo de perda de reputação e espaço, mas a atuação incisiva de poucos estudantes e juristas fez a diferença e mostrou como o destemor de enfrentar os inimigos do progresso, da soberania nacional e da democracia vale a pena.

Esclarecer os desvios do moralismo tupiniquim é fundamental para mostrar ao mundo que o chamado “Combate à corrupção” não pode ser uma guerra sem regras de engajamento e sem respeito às leis.

Vamos colocando os pingos nos ii.

Trechos da carta enviada pelas Advogadas e Advogados pela Democracia aos organizadores do prêmio (íntegra no pé):

É preciso que saibam que Princípios Constitucionais são violados diariamente pela Força Tarefa da Lava Jato. Princípios que nos são caros, como o Principio da presunção da inocência e o Princípio do exercício do Amplo Direito de Defesa, estampados nos artigos 5º, LIV e LV e 133, da Constituição Federal brasileira.
É preciso que saibam, ainda, que a Força Tarefa da Operação Lava Jato tem afrontado, diariamente, direitos fundamentais conquistados duramente pelos brasileiros, após o longo e cruel período ditatorial que durou 21 anos (1964-1985) e que só voltou a consolidar-se, de fato, com a promulgação de nossa Constituição Federal, em 1988.
A prática diária da Força Tarefa da Lava Jato é de afronta aos direitos fundamentais das cidadãs e dos cidadãos brasileiros, direitos esses conquistados, após o violento e longo processo de ditadura civil-militar sofrido pelo Brasil, fatos que vem destruindo a ordem jurídica e a paz social no País, com métodos próprios das ditaduras que assolaram a Humanidade.
Diante disto, e do nosso estado de perplexidade ao saber que os Srs. aceitaram, como uma das três indicadas ao Prêmio Allard, justamente a força tarefa da malfadada operação lava jato, é que tomamos a iniciativa de rogar-lhes que não o façam: excluam a referida candidata dentre as indicadas e corrijam, a tempo, esse terrível equívoco.
Precisamos dizer-lhes que, ainda que a Força Tarefa da Operação Lava jato não viesse a ser a vencedora do Prêmio Allard, somente o fato de constar entre as indicadas, maculará inexoravelmente a credibilidade dessa tão conceituada entidade, perante toda a Comunidade Internacional que preza pelos Direitos Humanos.
Senhores, observamos os requisitos levados em consideração para a indicação ao Prêmio Allard e temos o dever de alertá-los que a Força Tarefa da Operação Lava Jato jamais agiu com transparência e muito menos prestou contas sobre as volumosas quantias em dinheiro, que diz quer recuperado da ‘corrupção’.



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