quarta-feira, 31 de maio de 2017

Nº 21.535 - "Lindbergh: agora é botar gente na rua!"


31/05/2017
Lindbergh: agora é botar gente na rua!

Temos muita chance de aprovar a PEC das Diretas no Plenário!

Conversa Afiada - publicado 31/05/2017

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"Aprovação da PEC das Diretas na CCJ foi uma grande vitória"

O senador Lindbergh Farias comentou, na tarde desta quarta-feira, 31/V, a aprovação, pela CCJ do Senado, da PEC que estabelece eleições diretas se a Presidência ficar vaga nos três primeiros anos da mandato.
Conversa Afiada publica, de modo não literal, as principais declarações de Lindbergh (assista a vídeo com a íntegra da fala do senador ao final do texto):
- aprovação da PEC das Diretas na CCJ foi uma grande vitória
- eles diziam que não conseguiríamos nem ler o relatório
- vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente nos três primeiros anos: eleição direta
- e a gente conseguiu aprovar na CCJ!
- posso dizer que conseguimos aprovar por unanimidade!
- isso vai dar muito fôlego para o movimento pelas Diretas Já!
- agora vai para o Plenário
- agora, precisamos fazer um movimento de pressão e pautar no Senado
- temos muita chance de aprovar no Plenário!
- as pessoas que estavam nas ruas perguntavam como fazer para termos eleições diretas
- agora temos um instrumento!
- tem muitos senadores que eu acho que são contra a eleição direta, mas que acabaram votando a favor!
- (como um senador vai votar contra eleições diretas?)
- isso vai dar um fôlego para os movimentos de rua, nossos atos...
- agora é botar gente na rua!
- o cara pode ser contra eleição direta, mas na hora de botar a digital ele vai pensar duas vezes!
- 90,6% da população favorável à eleição direta
- eu quero ver como a Globo vai dar isso hoje!
- a saída deles é eleição indireta: eles querem mudar o Presidente e continuar com as reformas
- quero ver alguém ser eleito defendendo o que eles defendem - dizendo que vai reduzir até a hora de almoço dos trabalhadores, aumentar a jornada dos trabalhadores, colocar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos...
- estamos organizando atos em todos os estados do Brasil
- nossa ideia é pegar as principais lideranças dos movimentos, artistas, sociedade civil e andar pelo país!
- falta juízo a esse pessoal do Congresso Nacional que defende as eleições indiretas
- para tirar o país da crise, precisa ter legitimidade de ser eleito pelo voto popular
- se for eleição indireta, não vamos participar do processo
- seria um presidente tão ilegítimo quanto Michel Temer
- esse Governo vai cair, não se sustenta
- o problema deles é que não acharam um nome para a eleição indireta
Assista:

https://www.facebook.com/lindbergh.farias/videos/1578892055455417


Nº 21.534 - "Diretas já: quando vigora o caos politico, a solução é voltar ao 1º artigo da Constituição. Por Leonardo Boff"

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31/05/2017


Diretas já: quando vigora o caos politico, a solução é voltar ao 1º artigo da Constituição. Por Leonardo Boff



Por Diario do Centro do Mundo -  31 de maio de 2017


 

Publicado por Leonardo Boff em seu blog.


Todos reconhecem que estamos mergulhados numa profunda crise, das mais graves de nossa história, porque recobre todos os âmbitos da vida social e particular. O fato da crise significa que perdemos as estrelas-guia e nos encontramos num voo cego, sem saber para onde vamos. Ninguém hoje pode dizer o que será o Brasil nos próximos meses. Por isso não é verdadeira a afirmação de que as instituições estão funcionando. Se funcionassem não haveria crise. Elas funcionam para alguns e para outros são completamente disfuncionais, especialmente, para a grande maioria do povo, vítima de reformas sociais que vão contra seus anelos mais profundos e, pior, que implicam a retirada de direitos e de conquistas históricas, como previstas  nas reformas trabalhista e previdenciária.

O fato é agravado pela ilegitimidade do Presidente, cuja legalidade  é discutida e para muitos, consequência de um golpe parlamentar por trás do qual se ocultam, como em  outras ocasiões, as oligarquias econômicas e os endinheirados rentistas que controlam grande parte da economia nacional e que veem ameaçada a  sua acumulação perversa.

Ninguém pode negar que estamos mergulhados  num caos político que se revela pelo esgarçamento dos limites dos três poderes da república, um invadindo a esfera do outro. Os procuradores, os juízes e as forças policiais que operam a Lava Jato passam por cima de preceitos constitucionais, alguns sagrados em todas as tradições jurídicas desde o tempo do Código  de Hamurabi (1772 a.C) que é a presunção de inocência. As investigações da Lava Jato e as delações premiadas puseram à luz do dia o que grassava há dezenas de anos: a rede de corrupção que tomou conta do Estado, das grandes corporações e dos parlamentares, em sua  maioria eleitos pelas grandes empresas, representando mais os interesses delas e  menos os do povo.

Chegamos a um ponto crítico  que temos à frente do poder executivo um Presidente acusado de corrupção, cercado de ministros, em grande parte denunciados e corruptos. Tanto o  parlamento quanto o Presidente perderam totalmente a credibilidade que se revela pelos baixíssimos índices de aprovação popular.

O Presidente não mostra nenhuma grandeza, vítima da própria mediocridade e ilimitada vaidade. Aferra-se ao poder, sabendo da desgraça que isso representa para o povo e a desmoralização completa da atividade política. Caso renuncie ou perca o cargo no processo no TSE, invoca-se o artigo 81 da Constituição – que não é cláusula pétrea como querem alguns – que prevê a eleição indireta do Presidente pelo Congresso.

Das ruas e de todos os estratos vem a grita: que legitimidade possui um congresso, quando grande parte dele é constituída por denunciados por crimes de corrução? Cresce dia a dia o reclamo por eleições diretas já, não só do Presidente mas também de todos os parlamentares. Portanto eleições diretas gerais e já.

Quando vigora um caos politico e sem lideranças com capacidade de mostrar uma direção, a solução mais sensata é voltar ao primeiro artigo da constituição que reza:”todo poder emana do povo”. Ele constitui o sujeito legítimo do poder político, o detentor da verdadeira soberania. Todos os eleitos são representantes legitimados por este poder. Como  diz o conhecido jurista Nicola Matteucci da Universidade Bolonha:”A soberania  é um poder constituinte, o verdadeiro poder último, supremo, originário… que se manifesta somente quando é quebrada a unidade e  coesão social”(Dicionário de Política, Brasília 1986, p.1185).

Ora, nós estamos diante da quebra da unidade  e da coesão social. Não há mais nada que nos una, nem nos partidos, nem na sociedade. Tudo pode ocorrer como uma explosão social violenta, não excluída uma intervenção militar, já ensaiada nas manifestações populares de Brasília no dia 25 de maio.

Quando ocorre tal caos social, é a soberania popular que deve ser invocada e fazer-se valer. Esta esta é prévia à constituição que prevê eleições apenas em 2018. Aqui está a base para se convocar eleições diretas já. Nossa constituição está coberta de band-aids, tantas foram as emendas que equivalem quase a metade de seu texto. Uma nova emenda constitucional está sendo preparada que prevê a antecipação das eleições gerais ainda para este ano. Estas não poderiam ser apenas do Presidente, mas de todos os representantes políticos.

Que autoridade teria um Presidente, eleito indiretamente, ou mesmo, diretamente,  mantido o atual Parlamento, eivado de má vontade e desmoralizado pelas acusações de corrupção? Junto a esta eleição direta, viria uma reforma política mínima que introduzisse a cláusula de barreira partidária e regulasse as coligações para evitar um presidencialismo de coalizão que favoreceu a lógica das negociatas e da corrupção e por isso não é mais recomendável. Esse caminho seria o mais viável e precisamos apoiá-lo.

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Nº 21.533 - "Temer pode virar réu ainda em junho"

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31/05/2017

Temer pode virar réu ainda em junho


Brasil 247 - 31 de Maio de 2017




Tereza Cruvinel

A defesa de Temer fez as contas e concluiu que Rodrigo Janot pode denunciá-lo ao STF ainda em junho, o que determinaria seu afastamento do cargo antes mesmo do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE. Por isso pediu hoje ao ministro-relator Luiz Fachin para adiar o depoimento por escrito que ele prestará à Polícia Federal para depois da conclusão da perícia no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS. Fachin, que autorizou o depoimento ontem, decidirá nas próximas horas sobre o pedido de adiamento. A perícia está sendo feita pela PF.

Na autorização dada ontem, dia 30, para que Temer preste depoimento por escrito, Fachin determinou também à Polícia Federal que conclua em dez dias as investigações pedidas pela Procuradoria Geral da República. Neste prazo, estão incluídas as 24 horas concedidas a Temer para responder às perguntas do interrogatório por escrito. Se o prazo de dez dias for cumprido, o inquérito estará concluído em 10 de junho. Depois disso será encaminhado a Janot, que já disporá dos elementos para denunciar ou não Michel Temer ao STF. Supondo-se que Janot leve cinco dias para elaborar e apresentar a denúncia, estaremos em 15 de junho.

Mas aí, tudo estará nas mãos do Supremo. Temer só se tornará réu quando o tribunal apreciar a denúncia, decisão que, por sua gravidade, deve ser tomada pelo plenário, e não apenas pelo relator. O Supremo não tem prazo para acolher ou rejeitar denúncias, havendo casos em que foi célere e outros em que levou até dois anos sem se pronunciar. A gravidade da crise política faz supor que a decisão viria a curto prazo, podendo até mesmo acontecer no curso do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE.  A confluência dos dois processos seria um poderoso vetor jurídico e político a favor de seu afastamento.

Mas, como já dito acima, a transformação de Temer em réu, condição que o impediria de exercer a Presidência, dependerá do STF e de seu tempo. Por toda a sua omissão no processo de impeachment, que como admitiu esta semana o ministro Roberto Barroso, “deixou uma cicatriz e ainda divide o país”,  é provável que no caso de Temer o tribunal deixe de lado a postura de Pilatos e tome as decisões que lhe compete, por mais delicadas e graves que sejam.


TEREZA CRUVINEL. Colunista do 247, Tereza Cruvinel é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País
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Nº 21.532 - "Inquérito sobre propina da JBS a Aécio está nas mãos de Marco Aurélio Mello"


31/05/2017


Inquérito sobre propina da JBS a Aécio está nas mãos de Marco Aurélio Mello


Jornal GGN - QUA, 31/05/2017 - 15:52  ATUALIZADO EM 31/05/2017 - 16:57


...............Foto: Dorivan Marinho/STF


Jornal GGN - O ministro Marco Aurélio Mello é o novo relator do inquérito que investiga se Aécio Neves (PSDB) recebeu propina da JBS no valor de R$ 2 milhões. O caso estava nas mãos do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que decidiu separar os trechos sobre Aécio e continuar tocando apenas a apuração envolvendo Michel Temer e Rodrigo Rocha Loures.

Segundon informações do G1, Marco Aurélio disse que deverá levar aos demais ministros o recurso de Aécio para derrubar a decisão de Fachin, pelo afastamento do tucano do Senado. "É claro que se é ato de um colega, ombreando o colega, jamais reconsideraria decisão do colega. E não reconsiderando, não atuando nesse campo individualmente, trarei ao colegiado", disse Mello.

Em grampo da JBS que está em posse da Lava Jato, Aécio apareceu pedindo R$ 2 milhões para pagar advogados. O montante, segundo o tucano, era um empréstimo pessoal. Já Joesley Batista nega o favor, afirmando que pagou Aécio para evitar problemas para a JBS no Congresso.

 

Aécio disse que ofereceu a Joesley um imóvel da família em troca do dinheiro, mas a proposta foi recusada. O senador não explicou, contudo, porque o dinheiro foi entregue por seu primo, Frederico Pacheco, a um assessor parlamentar que ajudou a depositar o montante em uma das empresas do senador Zezé Perrella.


No mesmo inquérito sobre Aécio estão ainda a jornalista Andrea Neves – irmã do tucano, o primo Frederico Pacheco, e o ex-assessor parlamentar de Perrella, Mendherson Souza Lima. Andrea e Frederico estão presos desde o último dia 18.


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Nº 21.531 - "Para empresários, Rodrigo Maia diz que agenda da Câmara é a do mercado"

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31/05/2017


Para empresários, Rodrigo Maia diz que agenda da Câmara é a do mercado



Jornal GGN - QUA, 31/05/2017 - 15:59


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Foto: Marcos Corrêa/PR

Jornal GGN - Durante discurso no Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a agenda da Casa está alinhada com as propostas do governo federal e com o mercado financeiro.

“A agenda da Câmara, em sintonia com a do presidente Michel Temer, tem como foco o mercado, o setor privado”, afirmou Maia, que disse que o presidente Michel Temer tem sido “corajoso” diante da crise política.

O deputado repetiu que a “Câmara vai manter a defesa da agenda do mercado”, criticando as regras atuais da Previdência Social e a legislação trabalhista em vigor e defendendo a aprovação das reformas do governo Temer.

“Não queremos mais que a burocracia brasileira prejudique a capacidade de investimento”, afirmou, dizendo que as reformas vão “dar tranquilidade a quem quer investir no Brasil”.

“Sem a reforma trabalhista, não haverá condições para o setor privado gerar empregos no país”, disse Maia para uma plateia composta de empresários e investidores.

“O Brasil não precisa de novas mudanças na Presidência da República, Com o presidente [Temer], se garante uma estabilidade muito maior", defendeu o presidente da Câmara, que também negou a possibilidade de colocar um dos pedidos de impeachment de Temer em pauta.

“Ao longo do tempo, as coisas vão se colocar no rumo correto e a gente vai conseguir continuar o nosso trabalho. A Câmara vai continuar legislando e não vamos abrir mão da nossa agenda, que é uma agenda de reformas”, disse.

O Fórum de Investimentos Brasil 2017 (ou Brazil Investment Forum) foi realizado nesta terça-feira (31) em São Paulo. Junto com Rodrigo Maia, estavam o presidente Michel Temer, Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado e tucanos como o ministro Aloysio Nunes, o governador Geraldo Alckmin e prefeito João Doria.


Com informações do Valor. Sugerido por Jackson da Viola

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Nº 21.530 - " Mello Franco: Governo Temer se torna oficialmente caso de polícia; seu destino nas mãos do 'homem da mala' "


31/05/2017


Mello Franco: Governo Temer se torna oficialmente caso de polícia; seu destino nas mãos do “homem da mala”


Do Viomundo - 31 de maio de 2017 às 13h18

    


BRASÍLIA – O governo Michel Temer se tornou oficialmente um caso de polícia. O Supremo Tribunal Federal autorizou que o presidente seja interrogado pela PF. Ele terá 24 horas para se manifestar, por escrito, no inquérito em que é investigado sob suspeita de corrupção.

A decisão do ministro Edson Fachin impôs ao menos três derrotas ao Planalto. A defesa de Temer queria suspender o depoimento, empurrar o caso para outro relator e livrar o presidente da companhia de Rodrigo Rocha Loures, o deputado da mala.

Os três pedidos foram negados por Fachin. Além disso, o ministro criou um quarto problema para Temer. Ele determinou que a PF conclua o inquérito no prazo de dez dias. É o que a lei determina quando um dos investigados cumpre prisão preventiva.

O presidente obteve uma única vitória: seu caso foi separado do inquérito sobre Aécio Neves. Temer se livrou do tucano, mas seu destino continua vinculado ao de Rocha Loures. Se o homem de R$ 500 mil for convencido a delatar o chefe, a sobrevivência do governo tende a se reduzir a uma questão de horas.

O risco-delação levou o Planalto a passar outro vexame. Magoado com a dispensa do Ministério da Justiça, o peemedebista Osmar Serraglio se recusou a assumir a pasta da Transparência. Seu retorno à Câmara lançou o governo numa corrida para evitar que Loures perca a cadeira e o foro privilegiado.

Para desarmar a bomba-relógio, Temer passou a oferecer cargo de ministério a qualquer deputado do PMDB do Paraná. O líder do partido farejou a oportunidade e pediu mais alto. Avisou que não tem interesse na Transparência, mas topa ficar com o maltratado Ministério da Cultura.

Cada vez mais frágil, Temer começa a repetir cenas da agonia de Dilma Rousseff. No desespero para se manter na cadeira, a então presidente se tornou presa fácil da chantagem parlamentar. No fim do governo, os deputados do PMDB chegaram a abocanhar o Ministério da Saúde antes de abandoná-la.

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Nº 21.529 - "Réquiem por um sonho. Por Nílson Lage"


31/05/2017


Réquiem por um sonho. Por Nílson Lage


Do Tijolaço -  31/05/2017


requiem


Hoje (escrevo às 10h do dia 25 de maio, 69º aniversário da morte de Roberto Simonsen, 40ºda estreia de “Uma nova esperança”, da série Star Trek), quando o Brasil caminha para pendurar-se no cabide do Império do Ocidente como extenso e desfrutável espaço do domínio, acho por bem lembrar a história do sonho de um país soberano e independente, grande e próspero.

Começou com os Andrada – José Bonifácio, o naturalista, que sonhava com uma reforma agrária para dar terra a escravos libertados – e ganhou concretude com Irineu, nossa primeira ferrovia, nossa primeira aciaria, nosso primeiro estaleiro e nossa primeira presença financeira do mundo.

O Visconde de Mauá faliu em 1878, espremido por bancos ingleses, mas deixou de herança uma geração de engenheiros brilhantes e militares insubordinados que se formaram na escola militar com a ideologia do cálculo integral e a rigidez do pensamento positivista.

Dessa ninhada vieram Rebouças, que varou a Serra do Mar numa ferrovia incrível que ainda lá existe, e Euclides, que viajou como repórter aos sertões do Brasil e descobriu, com assombro, quão forte é, ainda assim, nosso mestiço pobre e inculto. Da mesma cepa descende o índio Cândido, soldado bravo que ordenava morrer, sendo preciso, mas jamais matar quem luta por sua terra.

Descendente mais remoto ainda é o promotor Getúlio, que governou na recessão com mão de ferro, criou a mística do trabalho e, depois, ungido pelo povo em votação direta, buscou a energia dos rios e escavou o óleo que diziam não haver por essas terras, pagando por isso com a vida.

Foi então que o projeto ganhou forma, no tumulto dos anos 50, tempo de Juscelino: ocupação do Oeste e da Amazônia, indústria mecânica, construção naval e aeronáutica, pesquisa nuclear – Álvaro Alberto – implantação da tecnologia no campo e reforma agrária, relações com todos os países. Este o norte do breve governo de Jânio, que condecorou Guevara e criou a Eletrobrás sonhada por Getúlio, e de Jango, em cerco permanente.

Houve um parêntesis, mas a bússola voltou a apontar esse caminho aos militares com a Embrapa fertilizando o cerrado, a indústria de defesa, o apoio ao MPLA de Angola e os demais eventos surpreendentes do governo Geisel.

Mais um parêntesis de quase vinte anos. O Brasil cedeu na informática, nos projetos nucleares, no domínio das telecomunicações e do espaço aéreo; quase entregou o petróleo e os bancos que alavancavam seu progresso. E mais cederia, não se alçasse ao poder um governo trabalhista conciliador que, no entanto, retomou o que pôde desses projetos, expandiu o ensino técnico, promoveu a mobilidade social e a formação universitária.

Foi demais a dose e a ressaca é amarga. Parece que o sonho acaba aqui, de morte prematura, jovem ainda no tempo das nações. Salvo eventos inesperados, será esquecido por novas realidades. Só tenho uma pena a mais, ao lembrar essa história: que, tendo sido tão rico de pensadores, poetas, canções, homens de ciência e sabedoria, possa terminar assim, sepultado por gente tão medíocre e cheia de ódios insensatos.

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Nº 21.528 - "CCJ do Senado aprova PEC das Diretas Já"


31/05/2017

CCJ do Senado aprova PEC das Diretas Já


Do Cafezinho -  31/05/2017 Escrito por , Postado em Redação

Foto: Agência Senado
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou o texto original da PEC 67/2016, que prevê eleições diretas em caso de vacância da Presidência da República, decorridos até três anos de mandato. A PEC, agora, vai à votação em plenário.
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terça-feira, 30 de maio de 2017

Nº 21.527 - "Serraglio, o "bosta", bagunça plano de Temer"


30/05/2017

Serraglio, o "bosta", bagunça plano de Temer



Do Blog do Miro - terça-feira, 30 de maio de 2017


Por Altamiro Borges

O jornal paranaense Gazeta do Povo revelou nesta terça-feira (30) que Osmar Serraglio - "um bosta do caralho", segundo definição do cambaleante Aécio Neves em áudio vazado de uma conversa com Joesley Batista, dono da JBS - não aceitou o convite do moribundo Michel Temer para ser o novo ministro da Transparência do covil golpista. Defecado neste domingo do Ministério da Justiça, ele parece que decidiu complicar os planos da quadrilha que assaltou o poder. A manobra visava retirá-lo do cargo para abafar as denúncias de corrupção que pesam contra o usurpador e o grão-tucano e, ao mesmo tempo, garantir foro privilegiado ao deputado Rocha Loures, o "homem da mala" de Michel Temer. A rejeição do convite pode acelerar a "delação premiada" do amiguinho do Judas.

Segundo a notinha do jornal Gazeta do Povo, "o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio, demitido no domingo, recusou o convite do presidente Michel Temer para assumir o Ministério da Transparência. Com a decisão, Osmar Serraglio deve reassumir o mandato na Câmara dos Deputados pelo PMDB do Paraná, o que afetaria o foro privilegiado do ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Filmado recebendo R$ 500 mil de propina da JBS (supostamente a pedido de Temer), Rocha Loures é suplente de Serraglio na Câmara, e perde o cargo".

Já a Folha tucana, que faz de tudo para blindar Michel Temer, revelou nesta semana que o parlamentar ainda vacilava na ideia da delação premiada. "O advogado Cezar Bittencourt, que assumiu nesta segunda-feira (29) a defesa do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), afirmou à Folha que a hipótese de seu cliente negociar um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal 'é a última opção' que poderia ser adotada por ele. 'Eu não penso nisso, nem ele', diz Bittencourt. "Concretamente, se o último recurso que ele precisar usar for esse [delação premiada], eu vou ter que iniciar uma conversação [com os procuradores]. Mas essa não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a quarta, nem a quinta opção. É a última, diz o criminalista".

A inesperada decisão do "bosta do caralho" - segundo, repito, Aécio Neves - talvez altere a postura de Rocha Loures, que é tido como um deputado frágil. Se o "homem da mala", que foi assessor especial de Michel Temer, resolver abrir a bico, a situação pode se complicar ainda mais para o usurpador. Ele não seria apenas deposto do cargo ilegítimo, mas poderia até ir direto para a cadeia. A conferir!

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Nº 21.526 - "Como os EUA passaram a controlar a Petrobras e a JBS"

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30/05/2017


Como os EUA passaram a controlar a Petrobras e a JBS



Jornal GGN - TER, 30/05/2017 - 16:36



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Luis Nassif


A respeito do post 
Xadrez de como Janot foi conduzido no caso JBS(https://goo.gl/ubAHLX) recebo informações de leitores que complementam a questão geopolítica apresentada.

Há duas áreas estratégicas no Brasil, de interesse direto dos Estados Unidos. Uma, a área de energia/petróleo; outra, a área de alimentos. Nelas, a Petrobras e a JBS.

O interesse estratégico na JBS se deve ao fato de ter se transformado no maior fornecedor de proteína animal para a Rússia e a China. Na Petrobras, obviamente pelo acesso ao pré-sal.

Nos dois casos, o Departamento de Justiça logrou colocar sob fiscalização direta do escritório Baker & McKenzie, de Chicago, o maior dos Estados Unidos, o segundo maior do mundo, com 4.600 advogados e 13.000 funcionários mundo e com estrutura legal de uma sociedade registrada na Suíça (Verein) para pagar menos impostos. É considerado ligado ao Departamento de Estado e ao Departamento de Justiça e é visto em todo o mundo como um "braço" do governo americano, atuando em alinhamento com ele na proteção dos interesses essenciais dos EUA.
 ​
No Brasil, o nome de fachada da Baker & McKenzie é o escritório de advocacia Trench, Rossi & Watanabe.

Trata-se de uma nova versão originaria do primeiro escritório Baker & Mackenzie no Brasil, fundado como Stroeter, Trench e Veirano em uma pequena casa na Rua Pará em Higienópolis em 1973. O cabeça era o advogado Carlos Alberto de Souza Rossi, filho do empresário Eduardo Garcia Rossi, ligado à SOFUNGE fundição do grupo Simonsen. Depois o Veirano saiu e montou seu próprio escritório e entrou o desembargador aposentado Kazuo Watanabe, um dos pais dos Juizados de Pequenas Causas.

O Trench, Rossi & Watanabe foi indicado pelo Departamento de Justiça como fiscal dentro da Petrobras, serviço pelo qual já cobrou mais de 100 milhões de reais. Hoje a Petrobras está sob supervisão direta  do BAKER MCKENZIE, que analisa todos seus contratos, vasculha seus e-mails, tentando identificar novas áreas de atuação suspeita.

Agora, assumiu a defesa da JBS, inclusive nas negociações com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O Baker McKenzie é o principal escritório da JBS nos EUA. O caso JBS está sendo monitorado de perto pelo governo dos EUA porque os EUA poderão ter de graça sob seu controle a maior empresa de proteína animal do mundo.

Na realidade a JBS "salvou" a indústria de frigorificação de carne dos EUA, toda ela quebrada, e salvou com dinheiro publico brasileiro.

O Brasil praticamente "entregou" a JBS ao controle do EUA. Os Batista não têm saída a não ser virarem americanos. É mais um bom serviço prestado pelos  moralistas do Brasil.


Antes os EUA usavam pastores evangélicos para penetrar nos países, hoje usam promotores.

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Nº 21.525 - "FACHIN AUTORIZA E TEMER SERÁ INTERROGADO PELA PF"


30/05/2017


FACHIN AUTORIZA E TEMER SERÁ INTERROGADO PELA PF

Brasil 247 - 30 DE MAIO DE 2017 ÀS 15:55


Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Luiz Edson Fachin autorizou nesta terça-feira 30 que Michel Temer seja interrogado pela Polícia Federal no inquérito em que ele é investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça com base nas delações premiadas dos donos da empresa JBS; a defesa de Temer queria adiar o interrogatório e só falar com a PF após a perícia oficial no áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, mas Fachin deu prosseguimento ao caso

247 - O ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, autorizou nesta terça-feira 30 que Michel Temer seja interrogado pela Polícia Federal no inquérito em que ele é investigado com base nas delações premiadas dos donos da empresa JBS.

A defesa de Temer queria adiar o interrogatório e só falar com a PF após a perícia oficial no áudio gravado pelo empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu em março, mas Fachin deu prosseguimento ao caso.

O interrogatório poderá ser feito por escrito e deverá ser respondido por Temer em um prazo de 24 horas após a entrega das perguntas pelos investigadores. Temer é investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça.

Fachin também decidiu nesta terça dividir a investigação contra Temer e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) do inquérito que também investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Fachin atendeu pedido da defesa de Temer.

Leia mais na Agência Brasil:

Ministro do STF autoriza depoimento de Temer à PF por escrito

André Richter - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou hoje (30) a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento do presidente Michel Temer. De acordo com a decisão, Temer deverá depor por escrito e terá 24 horas para responder aos questionamentos dos delegados após receber as perguntas sobre as citações nos depoimentos de delação da JBS.

"A oitiva deve ocorrer, por escrito, com prazo de 24 (vinte e quatro) horas para as respostas formuladas pela autoridade policial, a contar da entrega, ante a existência de prisão preventiva vinculada ao caderno indiciário", decidiu Fachin.

Na semana passada, a defesa de Temer recorreu Supremo para suspender a tentativa da PF de ouvir o presidente, investigado na Corte após Temer ter sido citado nos depoimentos de delação premiada da JBS.

Em petição enviada ao ministro, relator do inquérito contra o presidente no STF, os advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia que está sendo feita pela própria PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou uma conversa com o presidente.

"Não obstante, com o devido respeito, entende-se como providência inadequada e precipitada, conquanto ainda pendente de conclusão a perícia no áudio gravado por um dos delatores, diligência extremamente necessária diante das dúvidas gravíssimas levantadas – até o momento – por três perícias divulgadas", disse a defesa.

Na mesma decisão, Fachin concedeu prazo de dez dias para que a PF finalize a investigação.

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Nº 21.524 - "TEMER TERÁ A AUDÁCIA DE PROTEGER O HOMEM DA MALA?"

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30/05/2017

TEMER TERÁ A AUDÁCIA DE PROTEGER O HOMEM DA MALA?


Brasil 24730 DE MAIO DE 2017 ÀS 18:30



Michel Temer, que conquistou o poder por meio de um golpe parlamentar, já deu demonstrações inequívocas de que não pretende largar o osso; na semana passada, tentou se fortalecer, chamando os militares; no domingo, mudou o comando do Ministério da Justiça para tentar controlar a Polícia Federal; no entanto, como Osmar Serraglio não aceitou ficar com o Ministério da Transparência, seu assessor Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS, está prestes a ficar sem foro privilegiado – ou seja, mais perto de uma delação premiada; para salvar seu "homem da mala", Temer cogita colocar na Transparência um obscuro deputado paranaense e tem três opções: Hermes Parcianello, João Arruda e Sérgio Souza; a questão é: ele será ousado a este ponto?


247 – O Brasil inteiro já se deu conta de que Michel Temer pretende usar o governo em benefício próprio.

Ele, que conquistou o poder por meio de um golpe parlamentar, já deu demonstrações inequívocas de que não pretende largar o osso.

Na semana passada, quando mais de 100 mil pessoas pediram sua renúncia, em Brasília, Temer tentou se fortalecer, chamando os militares para patrulhar Brasília – manobra que não durou mais do que 24 horas, diante da recusa dos militares em se associar a um governo corrupto.

No domingo, Temer mudou o comando do Ministério da Justiça e convidou Torquato Jardim para o lugar de Osmar Serraglio para tentar controlar a Polícia Federal.

No entanto, um detalhe deu errado. Como Osmar Serraglio não aceitou ficar com o Ministério da Transparência, seu assessor Rodrigo Rocha Loures, que é suplente de Serraglio na Câmara e foi flagrado com uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS, está prestes a ficar sem foro privilegiado – ou seja, mais perto de uma delação premiada.

Para salvar seu "homem da mala", Temer cogita colocar na Transparência um obscuro deputado paranaense e tem três opções: Hermes Parcianello, João Arruda e Sérgio Souza. Os nomes foram discutidos nesta tarde, em Brasília.

A questão é: ele será ousado a este ponto?

É o que questiona, por exemplo, o jornalista Lauro Jardim. "Será que Michel Temer será ousado o suficiente para arranjar um ministério para alojar outro peemedebista paranaense e, assim, continuar garantindo o foro de Rocha Loures, a quem o presidente qualificou como 'um rapaz de boa índole' na semana passada?", indaga.

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Nº 21.523 - "Centrais decidem nova greve geral em junho"

30/05/201

Centrais decidem nova greve geral em junho


Do Cafezinho - 30/05/2017 Escrito por Luis Edmundo, Postado em Redação


Foto: Portal CTB
Por Renato Bazan
As centrais sindicais (CTB, CUT, UGT, Nova Central, Força Sindical, Intersindical, CGTB, CSB, CSP-Conlutas) se reuniram nesta segunda-feira (29) na sede da CTB Nacional para debater os próximos passos na luta contra o governo golpista de Michel Temer. Em comum, todas comemoraram a vitória significativa do #OcupeBrasília no último dia 24, e apontaram para a realização de uma nova greve geral.
A defesa dos direitos sociais e o repúdio às Reformas da Previdência Social e Trabalhista continuam sendo o fio condutor do movimento sindical. Para o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, será possível continuar na unidade de ações enquanto cada central puder convergir nesses dois pontos.
“A manifestação em Brasília teve papel importantíssimo, os números chegaram ao patamar da grande marcha do MST em 1997. Infelizmente, houve uma repressão desmedida, que impediu a imprensa de cobrir nossas reivindicações, mas a avaliação da CTB é que o ato teve uma função política essencial, dando um novo baque no governo”, avaliou. “As centrais, mais uma vez, tiveram um papel de liderança, e isso nos impõe a responsabilidade de continuar pressionando contra essas reformas”.
Já para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, a reunião serviu para demonstrar a unidade dos movimentos trabalhistas: “Todas as centrais saudaram a vitória retumbante em Brasília, com a maior marcha já vista na cidade. Do ponto de vista da continuidade, a principal resolução foi a da realização de uma nova greve geral, a depender dos presidente das centrais. As grandes bandeiras serão novamente o Fora Temer e a defesa dos direitos dos trabalhadores”.
 
Todos os representantes lamentaram a grande violência cometida contra Carlos Geovani Cirilo, aposentado de 61 anos, que foi atingido por um tiro de arma de fogo da PM e está em estado grave. Ele passará por cirurgia para reconstruir o maxilar. As centrais estudam as ações legais específicas contra a PM.
Ao final da reunião, foram definidos seis encaminhamentos unitários:
  1. Continuará a luta pelo Fora Temer, impulsionada sobremaneira pelas revelações recentes de corrupção ligadas diretamente à figura do presidente;
  2. Uma nova greve geral de 24 horas será organizada para o período entre 26 e 30 de junho, a definir;
  3. Será editado um novo jornal unitário de 4 páginas, para distribuição gratuita em todo o Brasil;
  4. Continuarão as manifestações independentes nos estados, com as mesmas pautas;
  5. Foi aprovada uma Nota de Repúdio unitária contra a violência que matou 10 trabalhadores rurais no Pará;
  6. As centrais se reunirão novamente na próxima segunda-feira, 5 de junho, para ajustar o plano de mobilização do próximo período. O encontro será na sede da Nova Central, Rua Silveira Martins, 53, às 10h da manhã.
O que dizem as outras centrais
João Carlos “Juruna” Gonçalves, da Força Sindical: “A força que tivemos em Brasília só foi possível, em primeiro lugar, porque nós conseguimos criar uma pauta que fosse confortável para todas as centrais, contemplando diferentes opiniões. Nós conseguimos superar o número de pessoas esperado para Brasília, e isso deu continuidade para um movimento que vem sendo construído desde o início do ano. A luta unitária foi possível porque há consenso contra as Reformas do Temer.”
Ubiraci Dantas, CGTB: “Eu queria parabenizar a todos os companheiros pelas mobilizações recentes – em todos os meus 65 anos, 40 de sindicato, eu nunca vi uma coisa dessa dimensão. Muita gente não acreditou na greve geral, e ela saiu linda daquele jeito. Isso deu um salto de qualidade na nossa luta, porque travou as Reformas. Mas isso aconteceu primeiramente pela força do Fora Temer, porque é ele que está tentando levar adiante essas propostas. 90% dos brasileiros querem esse energúmeno fora do governo, e isso unifica o país. É por isso que os caras lá querem fazer as eleições indiretas, e isso vai incendiar o país!”
José Calixto Ramos, Nova Central: “Nós vamos processar formalmente o governo pelo uso de munição real e repressão desnecessária na manifestação de Brasília. E acusamos também a imprensa, que em nenhum momento visitou as barracas ou nos perguntou sobre nossas reivindicações, mas apareceu para registrar o caos. A questão do Fora Temer, na minha opinião, é uma questão superada, porque este governo já caiu. As delações que vimos recentemente colocaram o presidente em uma situação de crise, então a questão das Diretas Já é o que devemos perseguir”.
Luiz Carlos “Mancha” Prates, CSP-Conlutas: “Gostaria de parabenizar a nossa capacidade de caminhar juntos, mesmo diante de certos desentendimentos – como foi lá no início, por exemplo, quando algumas das centrais acharam que poderiam negociar as reformas, e outras não. Foi com esse espírito que nós fizemos o #OcupaBrasilia, que aconteceu depois da vitoriosa greve geral do dia 28. E nós fomos lá para protestar de verdade, não foi um passeio, e isso resultou numa reação exacerbada do governo, com a selvageria do Exército. Mas o que a população está falando? Está tudo mundo junto querendo se colocar contra o governo, e o movimento sindical não pode parar. Nós achamos que é preciso anunciar outra greve, porque eles vão mudar o governo mas vão manter a Reforma Trabalhista, manter a Reforma da Previdência, e os ataques vão continuar.”
Sérgio Nobre, CUT: “Quem duvidava da nossa capacidade de fazer luta não tem mais o que dizer. É claro que existiram problemas, mas isso não tira o brilhantismo do ato. É triste que a imagem que se propagou foi a da molecada jogando pedra e a polícia reprimindo, pois o que a gente queria era ter os manifestantes na Esplanada exigindo direitos. A CUT não acredita em manifestações violentas. Sobre os próximos passo, vai depender de como as coisas vão andar no Congresso. É importante já preparar novas ações, que podem culminar na realização de outra greve geral, mas é preciso apontar para a construção da greve. A data em si é móvel, pois depende das ações dos parlamentares.
Ricardo Patah, UGT: “Foi um ato cívico de uma importância sem precedentes. Foi uma marcha muito importante, e que demonstrou a indignação dos brasileiros. Mas a ação daqueles jovens dos black blocs me preocupou, porque trouxe um problema grave. Eles avançaram para cima da polícia, e a polícia mal preparada reagiu daquele jeito. Porque na cabeça da população está que o movimento sindical foi lá pra fazer isso, e que a marcha foi apenas um pretexto. Nós todos vimos, foi uma coisa triste. A imprensa ajuda nessa compreensão distorcida. Para eles, tudo o que está sendo feito é só uma questão do imposto sindical, como se nós só nos importássemos com isso.”
Ricardo Saraiva Big, Intersindical: “Todas as centrais estão de parabéns, foi uma manifestação bem organizada. Sobre os black blocs, eu queria dizer que ali havia uma orientação do governo para reprimir. No dia 28, foi a mesma coisa, e eu posso dizer que os companheiros portuários não fizeram absolutamente nada e o pau comeu do mesmo jeito. Quando o governo está acuado, ele age como bicho, pula pra lá e pra cá. É fundamental que as centrais tirem uma nova data para a realização da greve geral, porque é assim que a gente vai pressionar pelas Diretas Já. Esse governo já caiu, o que eles estão organizando é uma eleição indireta, inclusive colocando um banqueiro como presidente. Lá na Baixada Santista, esse presidente nefasto conseguiu unificar todas as centrais no 1º de Maio, até com os movimentos mais sectários.”
Antonio Neto, CSB: “Eu fiquei assustado com o aconteceu em Brasília. Nós vamos responsabilizar a Polícia Militar do Distrito Federal pelo ocorrido, porque foram eles que isolaram o local, foram eles que revistaram as bolsas dos trabalhadores, então se passou gente com arma na mochila, é porque eles deixaram. E tem também o uso de arma letal. Nós vamos processar a PM. E nós temos que fazer também uma autocrítica, não podemos deixar isso acontecer novamente. Por outro lado, isso serviu para liberar uma energia na população, e daqui a pouco será o Brasil inteiro que vai ficar assim. Qual é o próximo passo? Acho que é fazer outra greve geral, que comece com os transportes e cutuque trabalhadores e não trabalhadores, estudantes, todos.”
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Nº 21.522 - "Recado de Janot a Loures: sem Temer, não tem delação"

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30/05/2017

Recado de Janot a Loures: sem Temer, não tem delação


Do Tijolaço · 30/05/2017


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por Fernando Brito 

Lauro Jardim, desde o início o “dono da bola” em informações privilegiadas no caso JBS, transmite publicamente o recado da Procuradoria Geral da República:

A sondagem feita por José Luís de Oliveira Lima, até ontem advogado de Rodrigo Rocha Loures, sobre uma delação premiada de seu cliente, foi rechaçada pela cúpula da PGR. Basicamente porque Oliveira Lima deu a entender que, em uma eventual delação, o deputado protegeria Michel Temer.

Janot pode estar agindo sobre Aécio Neves porque não lhe restou outro jeito – como analisa hoje o Luís Nassif – mas sobre Temer ele tem suas ganas. Quando Temer deixou que dissessem, em seu nome, que não nomearia necessariamente o mais votado da lista tríplice eleita pelos procuradores para chefiar a PGR, colocou uma pá de cal sobre as suas pretensões de um terceiro mandato á frente do órgão.

Com muitas resistências internas e o óbice do “se ganhar não vai levar”, Janot sentiu minguarem suas chances dramaticamente.

Quanto as delações, é só a lógica deste “mercado”. A primeira tentativa de acordo de Léo Pinheiro, quando ele não deu o que os procuradores queriam contra Lula  foi “detonada” pelo vazamento numa historinha chinfrim sobre uma obra na laje da casa do Ministro Dias Tóffoli.

Vários meses depois, já com o empreiteiro da OAS devidamente enquadrado para falar que “Lula sabia”, a delação voltou a ser tratada.

Agora, Janot quer Temer, e quer para já.


A razão da troca de advogado está aí: sai o que ficou “queimado” na primeira proposta e entre um novo, não se sabe se com a função de ser coveiro de Temer, com a delação, ou de Rocha Loures, sem ela.

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Nº 21.521 - "Parlamentares criam frente pelas Diretas Já"


30/05/2017

Parlamentares criam frente pelas Diretas Já

Zarattini: "País precisa de um presidente legítimo, eleito pelo povo"


 Conversa Afiada - 30/05/2017

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Do Estadão:

Por diretas-já, partidos de oposição criam Frente Parlamentar Mista


Em reunião no gabinete do senador João Capiberibe (PSB-AP), nesta segunda-feira, 29, parlamentares de PT, PSB, PDT, PC do B, PSOL e Rede Sustentabilidade criaram a Frente Parlamentar Mista Pelas Diretas-Já. O símbolo da campanha será o mesmo desenvolvido pelo artista plástico Henfil em 1984 (...)

A frente será oficialmente lançada no Congresso na próxima semana. "É uma frente suprapartidária que reforça o movimento em curso na sociedade civil por eleições diretas-já", disse o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE). "O País, para voltar a crescer e gerar empregos, precisa de um presidente legítimo, eleito pelo povo", afirmou o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP). (...)

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Nº 21.520 - "EM GRAMPO, AÉCIO PRESSIONA CHEFE DA PF PARA ACESSAR INQUÉRITO DE FURNAS"

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30/05/2017


EM GRAMPO, AÉCIO PRESSIONA CHEFE DA PF PARA ACESSAR INQUÉRITO DE FURNAS



Brasil 247 - 30 DE MAIO DE 2017 ÀS 14:51


Senador afastado Aécio Neves (PSDB) aparece em gravação da operação Patmos, da Polícia Federal, pressionando o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para ter acesso a depoimentos que o acusam de ter recebido propina da estatal Furnas Centrais Elétricas; demonstrando irritação com a dificuldade em obter depoimentos do caso Furnas junto à Polícia Federal, Aécio ligou para o chefe da corporação, delegado Leandro Daiello Coimbra, e pediu que marcasse um encontro a fim de tratar do tema que era de seu interesse; "O delegado se negou a entregar à defesa, ontem, a cópia do depoimento que ele já tinha colhido, tá?”, queixou-se Aécio a Daiello; leia íntegra do diálogo.

Minas 247 - O senador afastado Aécio Neves (PSDB) aparece grampo da operação Patmos, da Polícia Federal, pressionando o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para ter acesso a depoimentos que o acusam de ter recebido propina da estatal Furnas Centrais Elétricas. O diálogo foi publicado pelo  jornalista Fausto Macedo.

Demonstrando irritação com a dificuldade em obter depoimentos do caso Furnas junto à Polícia Federal, Aécio ligou para o chefe da corporação, delegado Leandro Daiello Coimbra, e pediu que marcasse um encontro a fim de tratar do tema que era de seu interesse.

“Uma hora que você… que eu pudesse dar um pulo ai. Pelo seguinte, contudo é.. é.. na verdade…. pela Súmula 14 (do Supremo Tribunal Federal) que faculta a defesa ao acesso, né? Ao processo, aos autos, aos depoimentos, o delegado se negou a entregar à defesa, ontem, a cópia do depoimento que ele já tinha colhido, tá?”, queixou-se Aécio a Daiello.

Aécio é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da estatal mineira. Na Operação Patmos, Aécio é investigado por supostamente pedir a Joesley Batista, da JBS, R$ 2 milhões que foram entregues ao primo do tucano, Frederico Pacheco, o Fred. O primo transportou o montante a Mendherson Souza, assessor do senador Zeze Perrella (PSDB-MG). Todos os capítulos da transação foram filmados e gravados pela Polícia Federal, em ação controlada sobre delatores da JBS.


LEIA A ÍNTEGRA DA TRANSCRIÇÃO DO DIÁLOGO DE AÉCIO COM O DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA FEDERAL (26 DE ABRIL)

AÉCIO – Aló?

MNI – Dr. DAIELLO na linha. Tô passando.

LEANDRO DAIELLO – Alóoo?

AÉCIO – Dr. LEANDRO, tudo bem?

LEANDRO DAIELLO – Bom dia! Como está senador?

AÉCIO – Você vai ter que mudar esse cafezinho nosso pra…

LEANDRO DAIELLO – Opa!!

AÉCIO – Você teve notícias de ontem? Tentei até lhe falar à noite.

LEANDRO DAIELLO – Tô ouvindo. Tô ouvindo.

AÉCIO – Você teve notícias do que ocorreu ontem? ou não?

LEANDRO DAIELLO – Não.

AÉCIO – Depois você tinha que arranjar um horário de uns quinze minutos, pra… pra eu dizer lhe falar pessoalmente.

LEANDRO DAIELLO – Eu estou à sua disposição aqui.

AÉCIO – Uma hora que você… que eu pudesse dar um pulo ai. Pelo seguinte, contudo é.. é.. na verdade…. pela Súmula 14 que faculta a defesa ao acesso, né? Ao processo, aos autos, aos depoimentos, o delegado se negou a entregar a defesa, ontem, a cópia do depoimento que ele já tinha colhido, tá?

LEANDRO DAIELLO – Tá.

AÉCIO – Mas é uma coisa que afronta a lei, inclusive. Você essa súmula que determina que a defesa tenha acesso, né? Aos demais depoimentos, aos autos do processo, enfim… e o Toron que é o meu advogado que te conhece.

LEANDRO DAIELLO – Sim, conheço o Toron. É um bom advogado.

AÉCIO – Ele tá até ai. Ele tá indo ai no meu lugar, porque o que aconteceu. Como ele (delegado) não quis nos dar acesso, uma coisa absolutamente absurda! Que mostra um pouco aquilo que já percebíamos. Nós fizemos uma reclamação no Supremo que obviamente concedeu o direito de que eu tenha acesso. ahhh…. aos demais depoimentos já colhidos.

LEANDRO DAIELLO – Tá.

AÉCIO – Já colhidos, que é natural que quando eu vá depor eu saiba, né? O que os outros já falaram. A coisa mais óbvia do mundo. E ele negou-se a isso, então… então o juiz relator éeeee…. pediu adiamento de pelo menos de quarenta e oito horas. Terminou que ele entregue a defesa os depoimentos já recolhidos, então isso ficou adiado. Eu quero fazer ainda nessa semana. Eu quero fazer até sexta-feira. Agora…

LEANDRO DAIELLO – Eu vou fazer o seguinte senador. Dr. Toron tá vindo aqui?

AÉCIO – Deve tá chegando com o dr. Alckmin ai agora. Já deve estar ai.

LEANDRO DAIELLO – Eu converso com eles aqui e já resolvo e ai a gente vê e já remarca, pode ser?

AÉCIO – Pode … faça isso então! Localize ele ai.

LEANDRO DAIELLO – Então eu já… já vou…. O dr. Toron já é membro desde São Paulo.

AÉCIO – É isso, ele me falou muito bem éeee…. do senhor lá, até por em razão do que está por vir ainda, entendeu? Depois… Depois me concede uma audiência para nós falarmos de Previdência por uns vinte minutos… Veja aí com a sua agenda.

LEANDRO DAIELLO – O senhor manda senador. Só me fala o horário.

AÉCIO – Me fala o horário para que eu possa dar um pulo de vinte minutos ai.

LEANDRO DAIELLO – Eu falo. O senhor só me diga o dia e horário e eu vou dar um jeito de lhe atender.

AÉCIO – Me atenda ai hoje no meio da tarde. Pode ser?

LEANDRO DAIELLO – No meio da tarde. O senhor só me liga e eu vou abrir a agenda e ficar o dia inteiro lhe esperando.

AÉCIO – Me fale.. me fale o horário ai que é quinze minutos sobre coisa da Previdência. Que horário?

LEANDRO DAIELLO – A hora que o senhor quiser.

AÉCIO – Quatro horas, pode ser bom?

LEANDRO DAIELLO – Quatro horas tá combinado.

AÉCIO – Eu vou quatro no teu gabinete quatro horas hoje. Um grande abraço.

LEANDRO DAIELLO – Tá… tá todo mundo aqui lhe esperando. Abraço.

AÉCIO – Abraço.
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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Nº 21.519 - "É medo de Cunha o que leva Moro a não mexer em Cláudia Cruz? Por Paulo Nogueira"

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29/05/2017


É medo de Cunha o que leva Moro a não mexer em Cláudia Cruz? Por Paulo Nogueira



Do Diário do Centro do Mundo  -  28 de maio de 2017


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Este artigo está sendo republicado por motivos óbvios.


Por Paulo Nogueira


Sérgio Moro tem medo de Eduardo Cunha.

Esta é a única explicação razoável para a inoperância patética da Lava Jato em relação a Cláudia Cruz, a mulher de Cunha.

A desculpa de que não foi possível notificá-la por não saber seu endereço é uma das coisas mais ridículas da história da Lava Jato e do golpe.

Ou é uma prova da extrema inépcia de Moro ou é uma evidência do caráter da Lava Jato.

Fico com a hipótese dois, com o acréscimo, repito, do medo que Moro parece ter de Cunha.

Examinemos o caráter da Lava Jato. Ficou claro, e já faz tempo, que seu alvo é o PT. O resto são efeitos colaterais, e em geral indesejados. O tratamento é completamente diferente. Rigor extremo para uns, complacência absoluta para outros.

Cunha mesmo: ele só se enrolou mesmo porque os suíços entregaram suas contas secretas no país. 

Mesmo assim, ele continua aí, e não são pequenas as possibilidades de que escape quase impune dos múltiplos crimes que cometeu.

E então chegamos a Moro e Cunha.

Moro mostrou extrema valentia, aspas, sobre os pedalinhos de Atibaia. E não hesitou em coagir Lula indevidamente para um depoimento, sob cobertura circense da imprensa.

Mas é pateticamente manso com Claudia Cruz.

É que Cunha manda muito. Seu poder de retaliação, nas sombras, é tão grande quanto era antes à luz do sol.

Sua ligação com Temer é estreita e antiga. Imagine o que ele não conhece sobre o amigo Michel.

E se ele abrir a boca?

Não é uma hipótese plausível, a rigor. Sua força reside exatamente em mantê-la fechada por um preço que lhe seja compensador.

O que Cunha poderia fazer contra Moro caso quisesse?

Ninguém sabe. Moro também não parece saber, como sugere sua chocante maneira de conduzir o caso Cláudia Cunha.



Paulo Nogueira. Jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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Nº 21.518 - " Desvastação: o 'novo' Brasil dos justiceiros afunda na crise "

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29/05/2017

Desvastação: o “novo” Brasil dos justiceiros afunda na crise


Do Tijolaço · 29/05/2017


estadnaval



Por Fernando Brito


O Estado de S. Paulo publica hoje ótima reportagem de Renée Pereira e Daniel Teixeira que não podia revelar um quadro mais devastador no que era uma dos mais dinâmicos setores da economia brasileira: a indústria naval:


Símbolo de um Brasil que tentou repetir o crescimento dos anos 70, o setor naval entrou em colapso. De um conjunto de 40 estaleiros instalados no País, 12 estão totalmente parados e o restante está operando bem abaixo da capacidade instalada. Sem encomendas, com o caixa debilitado e, em alguns casos, com sócios envolvidos na Operação Lava Jato, cinco desses estaleiros entraram em recuperação judicial ou extrajudicial. Dos tempos de euforia, sobraram uma dívida bilionária para pagar no mercado e quase 50 mil trabalhadores demitidos, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval). 

Entre os estaleiros que ainda estão em operação, uma parte é voltada para a construção de embarcações fluviais, como barcaças, ou de transporte de passageiros, como os catamarãs comuns no Norte do País. A indústria voltada para a construção de plataformas e navios offshore, que nasceu para atender as demandas da Petrobrás, está em contagem regressiva, com os últimos projetos em fase final de construção. Alguns grandes estaleiros têm pouco mais de dois meses de trabalho e depois podem engrossar a lista de estabelecimentos parados.

Eram 50 mil empregos diretos. Some aí os indiretos e você terá, sem exageros, ao menos 200 mil pessoas que perderam o seu ganha-pão graças a este espetacular processo de “moralização” do país.

Embora seja ainda mais evidente que, de “moralizado” não temos nada. Há apenas uma sucessão infinita de denúncias, delações, arapongagens, brigas de poder, abusos, xingamentos e tudo mais que é típico em situações de desordem generalizada.

Conseguiu-se transformar o Brasil onde Diógenes e sua lanterna não achariam um homem honesto a começar porque o próprio Diógenes, em cognição sumária, poderia ser recolhido compulsoriamente por João Dória, por  ter se tornado um mendigo nas ruas de Atenas.

Ou, de Diógenes, sobre ao casal Jorge Roberto Peixoto da Fonseca e sua mulher, Maria Angélica – antes empregados no setor, com de bons salários –  o que fazem hoje (e com dignidade: ele limpa fossas e ela, faxinas)  aquilo que o grego foi surpreendido fazendo: pedir esmolas a uma estátua.

Quando lhe indagaram a razão de fazer isso, o filósofo respondeu: duas: primeiro, ela não me vê; segundo, nada me dará.

Os moralistas brasileiros não merecem um estátua, já são uma como aquela a quem Diógenes pedia piedade.
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