quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Nº 20.423 - "Juízes e procuradores manipulam e distorcem a verdade porque não querem responder por crime de responsabilidade e abuso de poder — Carmén e Dallagnol"

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01/12/2016

 

Juízes e procuradores manipulam e distorcem a verdade porque não querem responder por crime de responsabilidade e abuso de poder — Carmén e Dallagnol

 

  Palavra Livre - 01/12/2016


Por Davis Sena Filho
 
"A Justiça, cega para um dos dois lados, já não é Justiça. Cumpre que enxergue igual à direita e à esquerda". (Ruy Barbosa).

Os togados do Poder Judiciário, à frente o STF, a PGR e suas subsidiárias, a exemplo da 13ª Vara Federal do Juiz Sérgio Moro e o MPF de Deltan Dallagnol com suas "Dez Medidas Contra a Corrupção", estão revoltados e inconformados porque os deputados, a grande maioria partícipe do golpe de estado contra a presidente legítima e constitucional, Dilma Rousseff, resolveram incluir nas dez medidas dos paladinos da Justiça os itens que incluem tais servidores públicos do Judiciário como cidadãos regidos pela Constituição e pelo Código Penal brasileiros.

Além disso, pois muito salutar ao País e ao seu povo trabalhador cansado de guerra, que os juízes e os procuradores — os que judicializaram a política e criminalizaram as ações do Governo da presidente trabalhista deposta por um golpe cucaracha, a fim de selecionar quem vai ser investigado, julgado e preso, geralmente os políticos e as lideranças do PT — têm de ser obrigatoriamente tratados como seres mortais, porque eles morrem iguais a todos os seres vivos e têm necessidades inadiáveis, como ter fome, dormir e ir ao banheiro, a exemplo de qualquer mortal.

E digo mais: Os togados da República bananeira e terceiro-mundista, muitos deles com a cabeça despolitizada e partidária de coxinha, como comprovou pelo Facebook o juiz "miameiro" Catta Preta, do Distrito Federal, precisam inclusive de dinheiro para pagar suas contas, fazer compras e sustentar suas famílias. Eles, definitivamente, não são deuses, porque Deus, para quem acredita, está acima de suas reflexões, princípios e valores mundanos. Ponto.

Contudo, ora veja, essa gente de toga não se conforma em ser tratada como qualquer cidadão, ou seja, ser submetida pelas mesmas leis as quais os brasileiros são submetidos. Fulos da vida, juízes e procuradores passam, então, a dar declarações estapafúrdias, as mais evasivas possíveis, como se elas fossem sérias, porque a intenção é garantir o aplauso e o apoio do lumpesinato, em forma de classe média, em busca do aplauso fácil, por intermédio de propaganda e publicidade das mídias conservadoras, que fazem parceria com certos membros do Judiciário, que estão envolvidos com a luta partidária, programática e ideológica. A ira dos togados é similar à chantagem.

Poderia citar inúmeros juízes e procuradores, além de delegados da PF que se arvoraram de donos do País e, com efeito, querem governá-lo no lugar dos eleitos, como os que foram derrubados por um golpe promovido pelas oligarquias brasileiras e pela plutocracia internacional. É perceptível, por exemplo, juízes como Gilmar Mendes, Luiz Fux, Carmén Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber, Edson Fachin e Celso de Mello, além de Sérgio Moro e inúmeros juízes de primeira instância por todo o País, que se esmeraram em aprovar decisões liminares para impedir a posse de Lula como chefe da Casa Civil, em uma clara e indiscutível demonstração de que membros da Justiça estão a fazer política, a escolher lado, cor ideológica e a militar partidariamente, o que é, realmente, o fim da picada.
 
Procuradores da Lava Jato exemplificados em Diogo Castor, Deltan Dallagnol, Carlos Fernando Lima, Roberson Pozzobon, Orlando Martello, Januário Paludo, além do procurador do DF, Ivan Cláudio Marx, dentre outro recentemente afastado para o bem do serviço público, bem como os promotores de São Paulo, Cássio Conserino e Fernando Henrique de Moraes Araújo, que disputam a "glória" e a "primazia" de perseguir Lula para tentar prendê-lo, mesmo sem quaisquer comprovações sobre os supostos crimes cometidos pelo ex-mandatário de esquerda.

O político trabalhista e republicano, que mostrou, sem sombra de dúvida, em seus governos democráticos e receptivos a todos os grupos sociais e categorias profissionais, que é possível mudar para melhor o Brasil se houver vontade política, assim como fazer deste País uma Nação importante e influente em termos mundiais. Todo mundo viu e percebeu isto e foi exatamente este processo desenvolvimentista que desagradou e enfureceu a casa grande e os coxinhas reacionários e de direita. Aí veio o golpe selvagem à moda cucaracha, com a aquiescência e a cumplicidade do Poder Judiciário. Ponto.

Agora o Brasil está sob a ameaça da força-tarefa da Lava Jato, a liderar essa pantomima o procurador Deltan Dallagnol, que não aceita a decisão da Câmara, por intermédio da imprensa golpista, principalmente as Organizações(?) Globo, de incluir os procuradores e os juízes no que é relativo a tais togados responder pelos crimes de responsabilidade e abuso de poder. Dallagnol tergiversa, bem como os procuradores e os juízes também não querem obedecer o que está estabelecido pela Constituição no que concerne ao teto salarial de tão importante categoria, que é realmente importante e precisa existir, mas que também não são dignos de se considerarem acima das leis e da sociedade e dos contribuintes que lhes pagam muito bem.

Dallagnol se comporta como um ditador, como também a maioria dos membros da Lava Jato, da PGR e do STF. São déspotas que "sequestraram" a política brasileira e os resultados das urnas soberanas, conforme apregoa a Constituição. É inacreditável que o Brasil se tornou refém de um Poder que se arrogou como partido político de caráter ditatorial, arbitrário e tenebrosamente intervencionista. Pobre do País cujo destino fique nas mãos de togados. Pobre do País que não tem recursos para se defender e se proteger de agentes, operadores e executores do Direito e das leis.

A ditadura do Judiciário é a pior, se existe ditadura "melhor". Simplesmente eles não aceitaram que membros do Judiciário sejam punidos, a não ser quando pegos com a mão na botija, a terem como "dura" punição a aposentadoria com todos seus direitos salariais e pecuniários intactos. Trata-se de um deboche, de acinte e de escárnio. Nunca vi nada igual, como tem acontecido no Brasil. Uma barbaridade retumbante! Este País é um vexame!

Enquanto isto, o golpista mão de tesoura e tresloucado fundamentalista do mercado, Pedro Parente, a mando de mi-shell temer e José Serra, vende a Petrobras, arrebenta com a estatal e a esquarteja. Além de vender os ativos de várias subsidiárias da empresa pública, ainda disse que a Petrobras não participará da concorrência pelos lotes do Pré-Sal. Trata-se, indubitavelmente, de uma crime de lesa-pátria contra o País e sua independência no setor de energia. Parente deveria estar preso e a "puxar" uma cadeia de 100 anos, o que seria pouco para o indivíduo perigosíssimo para a Nação brasileira como o é esse sujeito traiçoeiro e divorciado dos interesses do Brasil.

O Brasil se tornou um quintal de terceiro mundo, como nunca foi, a não ser na época de FHC — o Neoliberal Golpista I —, que também está por trás dessas criminosas privatizações. Em um País realmente sério essa gente sem eira e nem beira seria sumariamente fuzilada ou punida com prisão perpétua. Porém, juízes, procuradores e delegados; militares, grande parte dos políticos e empresários, além dos lamentáveis coxinhas de classe média estão quietos, não dão um pio e não movem uma palha. Trata-se de uma Nação de entreguistas, corporativos, individualistas e sem quaisquer noções de brasilidade e nacionalidade. O Brasil é uma Nação onde viceja uma casa grande e parte populosa da sociedade de caracteres colonizados e párias! Esta é a verdade.

Propositalmente e harmoniosamente, Deltan Dallagnol e Cármen Lúcia criticaram a decisão do Congresso de analisar e votar as propostas da Lava Jato, ou seja, independente de ser um Congresso responsável pelo golpe parlamentar, analiso as realidades no sentido de que, constitucionalmente, o Congresso e suas câmaras alta e baixa formam o Poder Legislativo e, evidentemente, que é este poder institucionalizado que legisla.

Como o Brasil é um País surreal e que não pode, pelo menos por enquanto e neste momento ser levado a sério, não é de se estranhar que servidores públicos do Judiciário, hiperinflados pelas mídias corporativas, que, por conseguinte, fazem as cabeças de parte da população que desejou nas ruas até mesmo a efetivação de um golpe militar, arrogam-se agora como "donos" do Brasil e, consequentemente, suas vontades, desejos e interesses têm de ser atendidos, doa a quem doer e dane-se a Constituição.

Para a presidente do STF, Cármen Lúcia, que debochou da presidente deposta, Dilma Rousseff, por causa da palavra presidenta ser escrita e falada com "a" no fim da palavra, e para o procurador do powerpoint mequetrefe, Deltan Dallagnol, incluir no pacote das "Dez medidas" votadas na Câmara, que define punições a juízes e procuradores por abuso de autoridade, é provocação e retaliação. Pura manipulação. É porque eles acham que todo mundo é idiota. Durma-se com um barulho desse.

Seria trágico se não fosse cômico. Volto a ressaltar: trata-se de um Congresso golpista, reacionário e de direita, que deu um golpe para atender às oligarquias e às corporações econômicas e comerciais privadas, mas que incluiu, com acerto, o abuso de poder por parte de juízes e procuradores nas medidas aprovadas, pois a verdade é que é um ato totalmente necessário para a sociedade brasileira em termos macros, independente se os deputados, por interesses próprios ou por retaliação, tenham aprovado o item que o procurador Dallagnol e a juíza Cármen não queriam que fosse aprovado. Porém foi.

O Supremo Tribunal Federal vai intervir e anular a decisão da Câmara dos Deputados? Vai se sobrepor a outro poder e atender os interesses dos coronéis midiáticos e seus empregados, que já estão desesperados com a batata quente que se transformou o governo já fracassado e ilegítimo de *mi-shell temer? Se vai tomar para si o direito de legislar, então por que os juízes do STF permitiram a efetivação de um golpe de estado travestido de legal e legítimo contra uma mandatária constitucional que não cometeu crime de responsabilidade, como ficou mais do que comprovado? Com a resposta a Cármen Lúcia e seus colegas de tribunal...

Entretanto, ratifica-se que o Judiciário NÃO quer que a caixa preta deste Poder da República seja questionado, fiscalizado e, quando um de seus membros cometer crimes, punido com o rigor da lei. Cumpre-se a lei. A lei é para todos, porque todos cidadãos são iguais perante a lei, seja juiz, procurador, delegado ou cidadão brasileiro com seus direitos civis em pleno vigor. Sem justiça não há paz!

Os membros do Judiciário e seus porta-vozes deveriam saber disso desde sempre. Juízes e procuradores manipulam e distorcem a verdade, com o apoio da imprensa de mercado, porque não querem responder por crime de responsabilidade e abuso de poder. Enquanto isso os togados não ouvem, não enxergam, não falam, porque estão a deixar os corruptos e golpistas vender o Brasil e acabar com os programas de inclusão social, que edificaram os mais pobres. É isso aí.
 
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