sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Nº 20.332 - "Justiça ao sabor de canalhas? Se foi para Temer, claro, não foi propina…"

 

18/11/2016

 

Justiça ao sabor de canalhas? Se foi para Temer, claro, não foi propina…

 


doa



Fernando Brito 


Foi preciso aparecer a prova documental da farsa.

O cheque do PMDB, com o nome de Michel Temer.

Aí, claro, o “delator” mudou a versão.

O dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez, agora, não é mais de corrupção, é limpinho e é cheiroso.

Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira, diante do cheque, mudou de versão.

O que era antes dinheiro sujo, entregue ao PT e à campanha de Dilma Rousseff por conta de achaques, agora, é contribuição espontânea, legal, cívica, porque foi mostrado a quem se deu: Michel Elias Temer Lulia.

E a mudança não se deu sobre o que se disse ao acaso, ao acaso corrigido.

Não, foi dito num depoimento formal, diante de um ministro do Tribunal Superior Eleitoral e se referia a alguém que teve 54 milhões de votos e foi escolhida pelo povo brasileiro para dirigir o país.

Até agora, o mentiroso só teve benefícios. É delator premiado.

Se já se podia ter dúvidas sobre o que dizia antes, agora é  possível ter certeza: este cidadão mente e diz o que lhe é conveniente porque é aquilo que alguém quer ouvir.

Quantos outros fazem o mesmo sem que se possa ter um pedaço de papel que lhes desmonte a vilania?

Em países onde a Justiça é tão utilizada como modelo por aqui, Azevedo teria saído preso do depoimento, por ter mentido ao Tribunal.

Aqui, sai para o carro alugado, com motorista, “bastante tranquilo”, segundo o Estadão, dizendo que vai “caminhar olhando para a frente”.

E, por certo, ainda processará, com boa chance de que algum juiz lhe dê razão, alguém que o chame de canalha.
 
Afinal, o que é mentir a um Tribunal, se a mentira é o que convém?

.
.

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista