quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Contraponto 17.824 - "Corte no Farmácia Popular, ou como envenenam Dilma com o povão"

 

30/09/2015

 

Corte no Farmácia Popular, ou como envenenam Dilma com o povão

 


farmacia


Por

Hoje fui comprar, na farmácia, meu remédio para diabetes. Tenho receita do posto de saúde público onde sou  tratado (muito bem tratado, aliás) e poderia pega-lo gratuitamente, o que não faço, pois acho absurdo me valer de uma política de subsídio social para a compra de um medicamento que custa (o genérico) apenas R$ 8 a caixa.

Lá, a balconista avisou-me que “o farmácia popular vai acabar”. Estranhei, disse que deveria ser um engano. Voltei para casa encafifado e fui pesquisar.

Dei de cara com a provável fonte da informação, a matéria do Extra, um jornal popular do Rio, que diz “Governo vai cortar Programa Farmácia Popular e tirar dinheiro de UPAs e Samu“.
Só quem lê, entretanto, a matéria até o final e busca outras fontes de informação é que descobre que, afinal, não é exatamente assim: ficam mantidos em toda a rede conveniada os tradicionais medicamentos gratuitos  – para hipertensão, diabetes e asma – e limitado o fornecimento dos demais aos postos de saúde e às unidades próprias do programa.

Em matéria de nomes: ficam mantidos o “Farmácia Popular” e o “Saúde Não Tem Preço” e  terminaria – para os medicamentos não relativos a diabetes, asma e hipertensão –  o “Aqui tem Farmácia Popular”.

Mesmo sendo um “corte”, observe-se o seu tamanho: 90% das pessoas beneficiadas pelo programa utilizam-se de medicamentos para os três casos que estão mantidos.

Não procurem estes esclarecimentos no site do Ministério da Saúde, porque não há nada por lá. Muito menos há uma nota, um desmentido, uma informação sequer.

Mas é – fora para a turma “do mundo da lua” de Brasília – o assunto do dia no povão: a faxineira do vizinho comentou o “fim do Farmácia Popular” ao cruzar comigo no corredor do prédio.

Sabem quanto é o “corte de repasses? R$ 574 milhões, 2% do pacote de cortes orçamentários proposto pelo Governo Federal. Não dá 20%, muito menos, dos programas de distribuição de medicamentos do SUS.

Só imbecis expõem desta maneira um governo que não tem ninguém, a não ser o povão mais humilde, como reserva de forças para enfrentar seus inimigos, especialmente armados de um arsenal de comunicação.

São os “cabeças de planilha”, na expressão genial criada pelo  Luís Nassif,  que, na ânsia de agradar “o mercado” – a quem tanto se lhe dá o corte seja de R$ 26 bilhões ou de “apenas” R$ 25,5 bilhões – não se incomodam em expor Dilma a este “vai acabar a Farmácia Popular”…

Não adianta culpar a mídia por incendiar a popularidade de Dilma se dão a ela, de bandeja, uma xícara de gasolina.

Chico Buarque foi profético a receitar, numa entrevista a O Globo (a meu querido Rodolfo Fernandes, sujeito gentil, morto precocemente), em junho de 2004:

“Seu apoio (de Chico Buarque) a Lula não é isento da constatação de certas falhas. Tem uma opinião curiosa sobre alguns erros de comunicação cometidos pelo governo: acha que Lula deveria criar um novo ministério. O nome do novo cargo? “Ministério do Vai Dar Merda”. Funcionaria assim, segundo Chico:

– A cada decisão importante, esse ministro seria chamado. Se o governo decide recadastrar os idosos, o Lula convoca o ministro e pergunta: “Vai dar merda?” O ministro analisa o caso, vê que os velhinhos vão ser humilhados nas filas, e responde: “Vai dar merda”. No caso da briga com o “New York Times”, era só chamar esse ministro e perguntar: “Vamos expulsar o jornalista. Vai dar merda?” O cara ia analisar e responder: “Vai dar merda”…

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Contraponto 17.823 - "MP confirma contas de Cunha 'e familiares” na Suíça' "

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30/09/2015 

 

MP confirma contas de Cunha “e familiares” na Suíça


Do Tijolaço · 30/09/2015


VAQUINHA2




Por


O Ministério Público Federal comunicou, por nota oficial , ter recebido a investigação da Justiça da Suíça sobre contas de Eduardo Cunha e de “familiares” naquele país.

“As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores.”

Ou seja, há mesmo conta na Suíça, o que não consta das declarações de bens de Eduardo Cunha, o que já é motivo de cassação do seu mandato parlamentar, independente de processos penais por “lavagem de dinheiro e corrupção passiva”, como diz a Procuradoria ao anunciar que o processará por estes crimes.

“Por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não pode ser extraditado para a Suíça. O instituto da transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, em que se assegura a continuidade da investigação ou processo ao se verificar a jurisdição mais adequada para a persecução penal”, diz o MP para explicar a transferência da investigação da Suíça para cá.

A vaquinha, agora suíça, de Eduardo Cunha caminha solenemente para o destino inevitável. Nem mesmo aqui, com o nosso estranho critério de Justiça, algo assim pode passar em branco.

Mesmo que em plena sessão da Câmara, que estou acompanhando pela televisão, não haja um deputado sequer para comunicar publicamente que o homem que está sentado na cadeira que comanda o plenário, há um limite para o silêncio.



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PITACO DO ContrapontoPIG

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Todo o Brasil sabe que Cunha é um criminoso de muitos tentáculos.

Ainda tenho esperanças de que a Justiça brasileira acorde e venha a perceber o perigo que este pulha representa para o país e o puna exemplarmente.

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Contraponto 17.822 - "E se a conta na Suíça é de Cunha? Em nome do sigilo bancário destrói-se o país?"

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30/09/2015 

 

E se a conta na Suíça é de Cunha? Em nome do sigilo bancário destrói-se o país?

vaquinha


Por
  

Não é mais a denúncia – mais uma – de que foi paga propina a Eduardo Cunha, desta vez através de uma conta na Suíça, como  foi  dito há dois dias pelo empresário João Henriques, suposto lobista do PMDB.

Agora, é a notícia – não desmentida – de que a Justiça e o Ministério Público daquele país enviaram ao Brasil informações de uma conta – ilegal, obviamente – de Eduardo Cunha em um banco suíço, o BSI.

Diz a Folha que “os dados da investigação suíça foram enviados pelas autoridades para a  Procuradoria-Geral da República”.

Já o Valor informa que “os documentos sobre a investigação do Ministério Público da Suíça devem ser enviados ao Brasil até a próxima semana”.

Ambos dizem que os valores – em volume não revelado – estão bloqueados.

Se há, de fato, esta conta – e não se sabe como se poderia bloquear algo inexistente – há materialidade suficiente para o imediato impedimento de Cunha.

E é esse homem – que não resistirá uma semana no cargo se e quando surgirem estes documentos que o vinculam a depósitos ilegais no exterior, independentemente de se provarem ser de origem corrupta, porque a sonegação de recursos enviados ao estrangeiro já é crime – quem dirá se a Presidenta Dilma será afastada  do cargo por atos que nem mesmo seus são, como seria o caso de uma análise negativa das contas de 2014.

Não há “sigilo de Justiça” ou “sigilo bancário”  que possa se sobrepor a esta possibilidade estarrecedora.

Há um risco à ordem pública evidente e, se há estas provas, o Procurador Rodrigo Janot e o Ministro Teori Zavascki devem permitir que sejam investigadas – e contraditadas por Cunha, se o puder – publicamente.

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Contraponto 17.821 - " Coordenador da FUP a Serra no Senado: 'É patriótico entregar nossas reservas de pré-sal às multinacionais?' "

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30/09/2015

Coordenador da FUP a Serra no Senado: “É patriótico entregar nossas reservas de pré-sal às multinacionais?”


 Do Viomundo - publicado em 28 de setembro de 2015 às 21:52

FUP, Serra e Zé Maria em Audiência no Senado


Fotos: André Oliveira/FUP

FUP em audiência com Serra: “É patriótico entregar nossas reservas às multinacionais ? ”
do site da FUP

O coordenador da FUP, José Maria Rangel, participou nesta segunda-feira, 28, de audiência pública no Senado, que debateu a participação da sociedade na gestão do Pré-Sal e os impactos do PLS 131/2015, que retira da Petrobrás a exclusividade na operação dessas reservas e a participação mínima em 30% dos campos. A audiência foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), a pedido do senador Paulo Paim (PT/RS). O senador José Serra (PSDB/SP), autor do PLS 131, participou do debate, que também contou com a presença do diretor da CUT, Vitor Carvalho, além de representantes da NCST, da Aepet e da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul (Socecon).

O coordenador da FUP, José Maria Rangel, começou sua fala, lembrando que a Lei 12.351/2010, que estabelece o regime de partilha para o Pré-Sal, foi amplamente discutida no Congresso Nacional, durante 15 meses, antes de ser aprovada e que, portanto, não se pode querer “mudar algo que é estruturante para o nosso país por um problema conjuntural pelo qual a Petrobrás está passando”.

Ele provocou o senador José Serra, que tem alegado que o seu projeto (PLS 131) é patriótico. “É patriótico a gente entregar nossas reservas para as empresas multinacionais?”, retrucou o coordenador da FUP, criticando a argumentação dos entreguistas de que mudar a lei trará novos investimentos para o país. “O setor petróleo no Brasil foi aberto em 1997 e qual foi o investimento que as multinacionais fizeram no nosso país nesses quase vinte anos?”, questionou José Maria, ressaltando que sem a Petrobrás, não haveria política de conteúdo nacional, nem o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor.

“Como operadora única e sendo uma empresa do Estado, a Petrobrás é que vai ditar o ritmo de produção do pré-sal para evitar a produção predatória”, destacou o coordenador da FUP, esclarecendo que a participação mínima, prevista na lei de partilha e que José Serra quer acabar, é uma prática adotada também no regime de concessão, onde a orientação da ANP é de que a operadora tenha pelo menos 30% do campo.

José Maria Rangel provocou os parlamentares, declarando que “nesse momento, o Senado e a Câmara deveriam estar gastando energia, buscando resolver os problemas da Petrobrás”. Ele afirmou ainda que o governo tem que assumir sua responsabilidade como acionista majoritário da Petrobrás e financiar os projetos da empresa. “Isso não é novidade. Na crise do capital, em 2008, o governo Obama investiu 30 bilhões de dólares na General Motor e investiu agora 10 bilhões de dólares nas empresas exportados de gás dos Estados Unidos”, lembrou ele.

Ao encerrar a sua fala, o coordenador da FUP fez um chamado ao Congresso Nacional, ao governo e à sociedade para que denfendam a Petrobrás e o Pré-Sal. Não podemos tratar o pré-sal como se fosse um ônus para a companhia. Quantas empresas mundo afora gostariam de ter as reservas do pré-sal, cerca de 300 bilhões de barris de petróleo? Portanto, a Petrobrás, o governo e a sociedade brasileira não podem abrir mão disso”, afirmou.

fup no senado



Veja aqui a íntegra da fala do coordenador da FUP na audiência no Senado. 
Leia também:

André Singer: Adeptos do impeachment tem se aproveitado da Lava Jato para vender gato por lebre 



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PITACO DO ContrapontoPIG 

 
Impressionante a fixação do Serra na entrega do pré-sal para petroleiras estrangeiras.  Não é a toa que este pulha está metido em praticamente todos os escândalos da história do nosso país.

Não consigo entender como grande parte do eleitorado de São Paulo não enxerga a atividade deletéria deste entreguista descarado.

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Contraponto 17.820 - "Petrobras, 62 anos"


Petrobras, 62 anos

 




REUTERS/Paulo Whitaker: Logomarca da Petrobras em frente ao prédio da empresa em São Paulo. 23/04/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
Jandira Feghali

Jandira FeghaliCom o aprofundamento da industrialização de base no Governo Vargas e a mudança de olhar do Estado para a soberania, surgia há mais de seis décadas a Petrobras. Fruto do descobrimento dos primeiros poços de petróleo na Bahia, a campanha "O Petróleo é Nosso" já varria o país sob o coro de milhões de nacionalistas, como a saudosa Maria Augusta Tibiriçá Miranda.

A estatal brasileira se tornou pilar fundamental no desenvolvimento de nossa economia, nas tecnologias de exploração em camadas profundas, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica e outras fontes energéticas.

Sua produção é motivo de orgulho. Só no início deste ano, a Petrobras obteve lucro operacional de R$ 22,8 bilhões, 39% superior ao do 1º semestre do ano passado, tendo fechado o primeiro trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa. Também no 1º semestre, a produção total da Petrobras atingiu média diária de 2,784 milhões barris de óleo, representando um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o Pré-Sal, o desempenho foi grandioso e refletiu, em junho, um recorde de produção mensal de petróleo: 747 mil barris por dia.

Ainda este ano, a estatal ganhou a mais importante premiação internacional destinada ao setor petroleiro, o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions.
Não é pouco, como se vê.

Nem de longe lembra o cenário de caos e catástrofe gerencial desenhado pelos partidos de oposição, resultado de um "terceiro turno eleitoral" postergado para aviltar a governabilidade da presidenta Dilma Rousseff. Como se sabe, o projeto ideológico da Direita é a venda do patrimônio brasileiro às empresas internacionais, dando de mãos beijadas a outros países da América do Norte e Europa esse "arsenal" estratégico para o desenvolvimento do país e a competição nos mercados internacionais.

O DNA privatista do PSDB e aliados já resulta na tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional que visam a mudança do regime de partilha do Pré-Sal, retirando da Petrobras a posse de 30% das jazidas e, também, da posição privilegiada de operadora única dos campos de petróleo.

Tanto na Câmara, quanto no Senado, esses parlamentares tentam afrontar todas as conquistas do povo brasileiro quanto à soberania nacional na questão energética e geração de tecnologias.

É por conta disso que, no próximo dia 03, aniversário da Petrobras, a Frente Brasil Popular ocupará corajosamente as ruas de diversas capitais brasileiras para defender o patrimônio brasileiro. Movimentos sociais, federações trabalhistas, sindicatos e partidos políticos erguerão bandeiras em defesa da estatal e contra a modificação do regime de participação da empresa nos campos de Pré-Sal.

Uma das maiores empresas do mundo em seu setor, um patrimônio do Brasil e dos brasileiros, não pode ser desmantelada a serviço dos interesses internacionais. Essa disputa requer atenção política e civil constante, dentro do Parlamento e fora dele. Os ataques à estatal devem ser barrados por todos que sabem de seu potencial produtivo e seu papel no desenvolvimento de nosso país. Vamos às ruas!


Contraponto 17.819 - "Reforma ministerial de Dilma está quase pronta"


 

30/09/2015 

 

Reforma ministerial de Dilma está quase pronta



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Tereza Cruvinel

Desatado o nó do Gabinete Civil, a reforma ministerial avançou nesta quarta-feira com a definição de outros pontos importantes. Continua pendente a equação do PMDB, que ao final sairá mais empoderado, com todos os grupos contemplados por Dilma, em busca da estabilização da maioria no Congresso para garantir a governabilidade e evitar a instalação do processo de impeachment. As mudanças já acertadas são:

1. Gabinete Civil - Jaques Wagner
2. Educação - Aloizio Mercadante
3. Secretaria Geral + Secretaria de Relações Institucionais - Ricardo Berzoini
4. Defesa - Aldo Rebelo - PC do B
5. Ciência e Tecnologia - nome a ser indicado pelo PSB. Se o partido não aceitar, pode ser incorporada ao MEC com Mercadante.
6. Cidadania - Será comandado por uma deputada mulher, do PT.  Este é o nome provisório e provável da pasta que reunirá as secretarias de Igualdade Racial, Mulher e Direitos Humanos.
7. Seguridade Social - Será comandado por Patrus Ananias ou outro nome do PT.  O nome é provisório mas o super-ministério reunirá, como secretarias distintas, as pastas de Desenvolvimento Social (Tereza Campelo deve comandá-la), Previdência (Gabas na chefia) e Trabalho.
8. Comunicações - PDT - André Figueiredo
9. Transportes - Mantida com o PR, ministro Antonio Carlos Rodrigues
10. Cidades - Mantida com o PSD, ministro Gilberto Kassab
11. Integração Nacional = mantida com o PP, ministro Gilberto Occhi

Os demais ficam para o PMDB. Incerto é o desenho de fusões ou não fusões para acomodar a todos. Em último caso, eles poderão levar também a Cultural.

A saber:

1. Agricultura - Kátia Abreu permanece
2. Minas e Energia - Eduardo Braga permanece
3. Saúde - Marcelo de Castro
E ainda: Aviação Civil, Portos, Pesca e talvez Cultura.

O anúncio será amanhã. Dilma jogou seu ás de ouros. Agora é ver se ele mata a carta da crise política.
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Contraponto 17.818 - "Ciro: se candidato, vou vencer!"

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30/09/2015

Ciro: se candidato, vou vencer!

 

O que vai salvar a Dilma de um impeachment é o povo!


Conversa Afiada - publicado 30/09/2015


O Conversa Afiada reproduz da RedeTv entrevista de Ciro Gomes, que já tinha dito à TV Afiada que pode ser candidato:





Dois ex-presidentes se digladiando: o FHC quer se vingar e Lula que se acha semideus (clique na imagem para assistir)


Ciro Gomes disse:

- Lula quer voltar;

- parte da campanha Golpista é para queimar o Lula e a Dilma, para evitar o Lula;

- o PSDB não aguenta fica 16 anos fora do poder;

- perdi um pouco de respeito do Lula;

- ele quer ser o tutor da Dilma, fazer ministro, queimar ministro!;

- Lula não tem escrúpulos;

- Eduardo Cunha é o bandido maior;

- Aécio não tem preparo e por isso violenta a memória do Tancredo;

- Cerra passou. Graças a Deus!;

- Marina queria que a gente assumisse um compromisso internacional dizendo que a energia hidráulica não é renovável!;

- dois ex-presidentes se digladiando: o FHC quer se vingar e Lula que se acha semi-Deus;

- se Lula quiser ser candidato vai jogar fora uma biografia extraordinária!;

- Lula está vulgarizando sua presença na vida brasileira;

- o Brasil não precisa de um Pai da Pátria;

- Lula sabe que quando entregou Furnas ao Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha ia pra lá para roubar;

- Lula não caiu no mensalão porque tinha o povo;

- o que vai salvar a Dilma de um impeachment será o povo;

- hoje há uma mágoa, mas o povo ainda pode se reconciliar com ela;

- o Governo mentiu: votamos numa coisa e recebemos outra;

- o PMDB quer saber onde tem lugar para roubar;

- Ciro não participaria de um Governo que não é nosso, mas do PMDB;

- Ciro não participaria de um Governo do PMDB;

- sobre FHC e o "pacto da Dilma com o demônio" - FHC pode andar nu, e a imprensa é complacente com ele;

- Dilma replica o que FHC fez;

- quem comandava o mensalão do PMDB no Governo do FHC era o mesmo Eliseu Padilha;

- o líder do FHC no Senado era o Romero Jucá;

- Michel Temer transformou a coordenação política a uma distribuição de cargos;

- e depois lava as mãos;

- quando precisou , FHC comprou voto com dinheiro, por R$ 200 mil pessoas, na reeleição;

- impeachment trará vinte anos de ingovernabilidade no país;

- operação da Caixa com dinheiro do Bolsa Família não é pedalada, não é crime!;

- não foi ela quem fez, mas o Secretario do Tesouro;

- isso não é razão para impeachment e ponto final!;

- Michel Temer é um sem-voto - 71 deputados de São Paulo e ele era o menos votado!;

- se o Temer assumir, vou exigir o impeachment dele no dia seguinte!;

- duas tarefas hoje: defender a Democracia e brigar para a Dilma mudar;

- estou na linha de frente, encabeço movimento contra Temer;

- Golpe agora não é sargentada, mas via manipulação das instituições para dar versão jurídica ao Golpe;

 - TSE aprovou por unanimidade contas da campanha da Dilma e teve a coragem de reabrir a votação;

- se o TSE condenar a Dilma, assume o Aécio, o segundo colocado: com que cara íamos ficar? qual a governança?;

- povo não suporta Golpe!;

- Fernando Henrique fez pedalada a rodo, o Lula também!;

- a única qualidade moral do Helio Bicudo é ser ex-petista! que legitimidade ele tem?;

- Temer conspira de forma vulgar: nunca vi vice se mexer tanto;

- se eu for presidente vou fazer o que precisa ser feito e pode haver crises de popularidade;

- são os ricos que mandam na mídia;

- popularidade se apura é na eleição;

- essa escalada de ódio, agredir pessoas no individual daqui a pouco vira briga de rua;

- eu digo à Dilma o que digo aqui agora, com todo o respeito;

- ela é uma senhora - essa agressividade contra ela... se eu pego um cara desses ele vai se ver comigo!;

- essa austeridade fiscal é estúpida;

- essa alternativa do ajuste é que não presta;

- a picaregatem está novelizada no horário nobre;

- no Plano Real, nosso rating era zero!;

- PT e PSDB se exauriram;

- o PT era o pregador e cometeu o pecado do pregador;

- a Marina é esse negocio de todo mundo é podre e eu sou santa;

- Marina é o ambientalismo difuso;

- que autoridade moral tem o PSDB depois de votar contra o Fator Previdenciário e a CPMF?;

- o PT está acovardado e não defende a Dilma;

- o PT tem que fazer auto-crítica;

- o PT se encantou com o carrão preto;

-  Lula se auto-constituiu em semi-Deus;

- Lula não é corrupto: não rouba mas fecha os olhos;

- a Petrobras vendeu uma refinaria na Argentina abaixo do preço e comprou Pasadena acima do preço;

- a Graça fechou um monte de off-shores da Petrobras;

- a Lava Jato não vai fazer milagres;

- quem soltou a Polícia Federal foi o Marcio Thomaz Bastos;

- e a Policia Federal do Fernando Henrique? O Procurador dele era o Engavetador;

- na Democracia tudo se resolve!

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Contraponto 17.817 - "Dilma cede a Lula, tira Mercadante e coloca Jaques Wagner na Casa Civil"

 

30/09/2015 

 

Dilma cede a Lula, tira Mercadante e coloca Jaques Wagner na Casa Civil

 

Atual titular da Casa Civil vai para a Educação

Aldo Rebelo ocupará o Ministério da Defesa


Blog Fernando Rodrigues

Atual titular da Casa Civil vai para a Educação

Aldo Rebelo ocupará o Ministério da Defesa

Mercadante-Wagner
Mercadante, que sai da Casa Civil, e Wagner, que entra em seu lugar

A presidente Dilma Rousseff cedeu ao seu antecessor e decidiu retirar o ministro Alozio Mercadante da Casa Civil. Para esse posto vai Jaques Wagner, atualmente ministro da Defesa.

Luiz Inácio Lula da Silva defendia de forma ostensiva a saída de Mercadante do Palácio do Planalto como forma de “distensionar'' as relações do Poder Executivo com o Legislativo. Na Casa Civil, Mercadante acumulou muito poder e era visto como um interlocutor arestoso por vários deputados e senadores aliados ao governo.

Nessa troca, a Defesa ficará com Aldo Rebelo (PC do B), que sai da pasta da Ciência e Tecnologia. Já Aloizio Mercadante, que ficou sob forte bombardeio durante vários meses, será realocado para o Ministério da Educação, local que já ocupou durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Será necessário um esforço final do Planalto para convencer Mercadante aceitar o deslocamento para a Educação, pois o ministro pode se sentir diminuído, “andando para trás'', como ouviu o Blog de um petista que participou das conversas.

Embora Aldo Rebelo seja filiado a um partido de esquerda e que lutou contra a ditadura militar, ele é visto como político afável e com trânsito fácil nas Forças Armadas. O desejo de Dilma é que essa troca não produza ruídos nem crie problemas onde hoje não existem dificuldades operacionais para o governo.

Essas trocas foram confirmadas ao Blog por 2 ministros envolvidos nas negociações.

O Palácio do Planalto passará a ter uma trinca de ministros fortemente ligados ao ex-presidente Lula. Além de Wagner na Casa Civil, a articulação política ficará com o petista Ricardo Berzoini (que vai sair da pasta das Comunicações). E na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República já está e vai permanecer Edinho Silva, do PT de São Paulo.

Nunca, desde a 1ª vitória de Dilma em 2010, o Palácio do Planalto teve tantos lulistas em postos de comando.

No início deste ano de 2015, quando começou a se aprofundar a crise política, Dilma tinha como principais ministros no Planalto o deputado Pepe Vargas (do PT do Rio Grande do Sul) na função de articulador político, Miguel Rossetto (também petista gaúcho) na Secretaria Geral da Presidência, Thomas Traumann (jornalista de formação) chefiando a Secom –além de Aloizio Mercadante na Casa Civil.

Agora, a presidente terá apenas um dilmista roxo na sua equipe mais próxima: Giles Azevedo, atual assessor especial no Planalto e amigo dela desde o período em que ambos eram militantes do PDT no Rio Grande do Sul.

Giles atua ao lado de Ricardo Berzoini na articulação política. É uma espécie de “avatar de Dilma” durante negociações, oferecendo aos interlocutores, com sua presença, a garantia de que os pactos firmados estão de acordo com o que pensa a presidente da República.

SALDO POLÍTICO
 
Relatos de dentro do Palácio do Planalto dão conta de que Aloizio Mercadante não recebeu bem a decisão de Dilma de removê-lo da Casa Civil. O petista acha que a presidente está cometendo um erro, pois embora seu desempenho seja alvo de críticas, ele também argumenta desempenhar o papel de “anteparo” entre o meio político e a chefe do governo.

Jaques Wagner, na interpretação de Mercadante, não terá ânimo para funcionar como escudo da presidente –cuja administração ficará cada vez mais tutelada pelo lulismo e pelo PMDB, partido que está ampliando sua presença no governo.

Outro ministro que sai enfraquecido nesta reforma é o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também vinha sendo bombardeado por Lula nos bastidores nos últimos meses.

Cardozo tem dito a vários interlocutores que gostaria de sair do cargo para estudar no exterior (já sabe até para qual universidade iria, na Espanha). Permanece na função por fidelidade à presidente da República. Ele passa a ser um dos poucos ministros que têm proximidade com Dilma e que ocupa um cargo de relevância no governo.

Dos 29 ministros que vão ficar na administração federal (se for cumprida a meta de cortar 10 das 39 pastas atuais), poucos têm intimidade com Dilma.

Outro traço da nova composição da Esplanada é a presença preponderante do PMDB. O partido está hoje com 6 pastas e deve ficar com 7. A sétima cadeira deve ser a da Ciência e Tecnologia, a ser desocupada por Aldo Rebelo, que vai para a Defesa.

1ª CRISE A SER DEBELADA
 
Embora o anúncio oficial do ministério reformado esteja marcado para amanhã, 5ª feira (1º.out.2015), os novos indicados da área política já têm um desafio hoje: tentar conduzir o Congresso a realizar a sessão marcada para apreciar vetos presidenciais.

Entre os vetos há o que proíbe o aumento para servidores do Poder Judiciário. Esse aumento é uma medida considerada nociva ao ajuste fiscal em curso. É vital para o governo manter a decisão de não conceder o reajuste.

Ocorre que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não se entendem sobre o que deve ser colocado em pauta.

Renan quer apenas que a sessão desta 4ª feira (30.set.2015) retome a apreciação de vetos já iniciada na semana passada. Aí está incluído o veto ao aumento para os funcionários do Judiciário. O governo considera vital liquidar o assunto o quanto antes para sinalizar ao mercado a robustez do ajuste fiscal em curso.

Ocorre que Eduardo Cunha só concorda em fazer nesta 4ª feira a sessão do Congresso se Renan Calheiros incluir também na pauta de votação o veto presidencial –dado ontem– ao financiamento de empresas para campanhas políticas.

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Contraponto 17.816 - "Luciana Santos: Unir as forças populares em defesa do mandato de Dilma"

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30/09/2015

 

Luciana Santos: Unir as forças populares em defesa do mandato de Dilma


Portal Vermelho - 29 de setembro de 2015 - 12h22
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Luciana Santos, Roberto Amaral e Tarso Genro no debate
 Luciana Santos, Roberto Amaral e Tarso Genro no debate Luciana Santos, Roberto Amaral e Tarso Genro no debate


O Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé e o Fórum 21 realizaram nesta segunda-feira (28), em São Paulo, debate sobre a crise política e econômica brasileira e o papel da mídia no avanço do conservadorismo. O evento contou com a participação de Roberto Amaral, dirigente do PSB, Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul pelo PT, e a deputada federal Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB.

Luciana enfatizou que a atual crise política brasileira “não é exclusiva do PT e pode comprometer um projeto de esquerda para o Brasil”. Para a dirigente comunista, a luta poderá ser perdida pelo campo progressista se as forças populares não se unirem em torno da defesa do mandato de Dilma Rousseff.

“Temos de ter a dimensão da batalha que estamos vivendo. Eles perderam a eleição mas querem impor a agenda deles”, enfatizou Luciana, salientando que a atual luta política é “adversa” para a esquerda.

“Temos de fazer a luta de conteúdo, defender imposto sobre grandes fortunas, a repatriação de remessas feitas ao exterior e outras bandeiras progressistas. Mas, para isso, precisamos fazer a defesa do governo Dilma. Do contrário, não haverá alternativa à esquerda”, defendeu.

Democracia

Luciana frisou que o momento não é de “críticas e diferenças” entre lideranças da esquerda, pois o que está em jogo é a democracia do país. Ela citou o posicionamento de lideranças como Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT). “São atores importantes. Ciro foi solidário a Lula no primeiro mandato, no auge das denúncias de corrupção em 2005. É contra o golpe e contra o impeachment. Marina tem tido uma posição firme contra o impeachment”, detalhou.

A dirigente comunista também apontou que um dos fatores que contribuíram para a atual crise política foi não ter feito as reformas estruturantes desde o primeiro mandato de Lula, em 2003, como as reformas política, tributária e dos meios de comunicação.

A deputada chamou a atenção para as dificuldades que serão impostas à esquerda se as forças conservadoras lograrem êxito na tentativa de golpe. “Foram 21 anos de período ditatorial (de 1964 a 1985) e, com toda a nossa luta, qual foi o desfecho e onde a ditadura foi derrotada? No Colégio Eleitoral. Isso é para mostrar como a luta é complexa.”

Ascensão da direita
Roberto Amaral destacou que a ascensão da direita contra o governo Dilma, com o apoio ostensivo dos meios de comunicação, repete historicamente o que aconteceu entre 1954 e 1964, com o suicídio de Getúlio Vargas e o golpe militar, respectivamente. “Vemos de novo os liberais, de novo a classe média, de novo a unanimidade dos jornais”, lembrou.

Para ele, assim como nesse período da história, a direita tem apenas um alvo: a esquerda. “Dizem que o objetivo é derrotar a Dilma. Não creiam nisso. O grande alvo é a esquerda como um todo, não só a esquerda partidária”, enfatizou Amaral.

“Há companheiros que dizem que é impossível defender o governo Dilma, mas com todos os seus defeitos é o nosso governo. Culpa-se a Dilma, mas não se diz que Dilma carrega consigo os erros do PT”, argumentou.

Rentismo

Já o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), disse que o Brasil vive um fenômeno grave e global, que ele chama de “uma captura da política pela economia financeira”.

Para Tarso, o capital financeiro “captura” também o Estado, o que seria demonstrado pelas decisões do Judiciário. O petista afirmou que o sistema financeiro é representado pelos bancos centrais. “No caso da Europa, o Banco Central europeu, leia-se BC alemão. No caso do Brasil, o Banco Central”, argumentou.


Do Portal Vermelho, com informações da Rede Brasil Atual
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Contraponto 17.815 - "O que mais Eduardo Cunha tem que fazer para ser detido? Por Paulo Nogueira"

Do Diário do Centro do Mundo - 30/09/2015
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Intocável
 Intocável


por :
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Paulo NogueiraO que mais Eduardo Cunha tem que fazer para que o detenham?

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Assaltar um banco à luz do sol? Bater na sogra no Dia das Sogras?

Um, dois, três, quatro, cinco depoimentos coincidem em acusá-lo de coisas pesadíssimas no terreno da corrupção.

Daqui a pouco não haverá mais dedos para fazer essa contagem macabra.

E o que se vê é Eduardo Cunha conspirando como se estivesse livre de qualquer suspeita.

Sabe-se que ele quer agora derrubar uma decisão, a um só tempo, do STF e de Dilma, a que vetou dinheiro de empresas nas campanhas.

Cunha tenta achar uma gambiarra que permita a manutenção dessa que é a fonte primária de corrupção no país.

Em qualquer situação, seria um acinte. Nas presentes circunstâncias, é um crime de lesa pátria.
Como sempre, ele legisla em causa própria. Cunha simplesmente não existiria sem os milhões que as empresas investem nele para que, no Congresso, defenda os interesses delas.

Ele se elege com este dinheiro e, como sua capacidade arrecadadora é enorme, ajuda a eleger outros políticos que comerão depois em sua mão.

Foi assim que virou presidente da Câmara.

Tantas evidências se acumulam contra ele e Cunha age como um Napoleão do Congresso, para vergonha do país.

Por que essa impunidade não termina?

Cunha simplesmente desmoraliza a tese de que o Brasil trava um combate épico contra a corrupção.

Ao contrário, ele reforça a suspeita de muitos de que este combate épico é seletivo, cínico e demagógico. É fácil engaiolar Dirceu, Genoíno, Vaccari. E virtualmente impossível dar o mesmo destino ao outro lado, mesmo com a folha corrida de um Eduardo Cunha

Fiz a pergunta que abre este artigo no Facebook: o que Cunha tem que fazer para responder por suas delinquências?

Uma resposta foi aplaudida por muitos internautas: filiar-se ao PT.

Parece que esta é uma condição na Lava Jato de Moro e da PF: ser do PT.
Rir ou chorar?

Os filósofos sempre recomendaram rir da miséria humana em vez de chorar.

Riamos, então, da miséria da Justiça brasileira.



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Sobre o Autor
 Paulo Nogueira. Jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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Contraponto 17.814 - "Neymar tem bens bloqueados. Aécio dá azar!"

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30/09/2015

Neymar tem bens bloqueados. Aécio dá azar!

 

Do Blog do Miro - terça-feira, 29 de setembro de 2015 

 


Por Altamiro Borges


O cambaleante Aécio Neves parece que deu azar para os seus "famosos" apoiadores nas eleições do ano passado. O "cantor" Latino teve pena de prisão decretada por não pagar pensão de seu filho; o "ator" pornô Alexandre Frota foi processado após se jactar de um estupro; e o lutador Anderson Silva foi pego no antidoping. Agora, outra "celebridade" que até postou um vídeo em apoio ao tucano está encrencada. Na semana passada, a Procuradoria da Fazenda Nacional bloqueou na Justiça R$ 188,8 milhões do jogador Neymar, sob a acusação de sonegação de impostos.

Em nota, o craque da seleção brasileira e do Barcelona negou que tenha cometido o crime e disse que ocorreram apenas lacunas na declaração sobre sua venda ao time espanhol. A Receita Federal, porém, garante que a sonegação foi de R$ 63,6 milhões e cita, entre outros fatos, a omissão de rendimento de fontes com publicidade e a "omissão de rendimentos oriundos de vínculo empregatício pagos pelo Barcelona". O valor bloqueado de R$ 188 milhões se deu por conta de uma multa de 150% sobre o total devido para a Receita. Isso ocorre quando há suspeita de existência de dolo, fraude e simulação de operações para tentar enganar o Fisco.

Segundo reportagem da Folha, "foi pedido o bloqueio dos bens do jogador, das empresas e de sua família porque o débito cobrado pela Receita representa mais de 30% do total de seu patrimônio, avaliado pelos seus advogados em R$ 242,2 milhões. Ou seja, haveria um risco de que o valor não fosse pago. Surpreendentemente, apenas R$ 19 milhões desse total estão no nome do jogador, sendo o restante de posse de seus pais, Neymar Santos e Nadine, e de três empresas da família... Os bens bloqueados são apenas aqueles permanentes, como imóveis e carros. Os ativos financeiros, dinheiro em contas em bancos e aplicações, por exemplo, continuam disponíveis para o jogador e sua família".

Os advogados do jogador até tentaram impedir o bloqueio dos bens. Alegaram que não havia risco de falta de pagamento já que eles têm bens suficientes para a cobrança, e o jogador é uma figura pública, cujos rendimentos estão expostos. Mais do isso, argumentaram que não houve tentativa de transferir os bens para escondê-los do Fisco. O desembargador Carlos Muta, porém, rejeitou esses argumentos. "A Receita vem investigando Neymar desde sua transferência para o Barcelona, quando foram pagos € 40 milhões pelo clube espanhol pelos direitos do atleta, em operação que enganou o Santos. Desde então, auditores do Fisco de Santos e advogados do jogador têm travado uma verdadeira batalha jurídica. Agora, a Receita conseguiu uma vitória", descreve a Folha.
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Contraponto 17.813 - "Fux: É inaceitável que Congresso insista em doação privada"

“O STF declarou a inconstitucionalidade (do financiamento empresarial) porque viola cláusulas pétreas relativas a democracia, sistema republicano. É inaceitável que depois de decisão do Supremo o Congresso Nacional insista em algo que não é o sentimento constitucional admissível, qual seja o de que empresas que não têm ideologia nenhuma continuem a financiar campanhas políticas”, afirmou o ministro, ao deixar sessão do Tribunal Superior Eleitoral.

Na noite desta terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, contrariou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que queria incluir o veto presidencial sobre a questão na pauta da sessão, na intenção de derrubá-lo e permitir o financiamento empresarial de campanha nas eleições de 2016. “Há um pedido reiterado do presidente [da Câmara] de que esse veto seja apreciado amanhã, o que é impossível, porque há uma prioridade que é a conclusão da apreciação dos outros vetos, que estão pressionado o Brasil e precisam ser resolvidos”, afirmou Calheiros.

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Contraponto 17.812 - "Cunha e Renan, para Dilma: 'a bolsa ou a vida!' "

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29/09/2015 

 

Cunha e Renan, para Dilma: “a bolsa ou a vida!”

renancunha

Por   

Anunciam os jornais que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articula com o do Senado, Renan Calheiros, a votação de uma Proposta de Emenda Constitucional que “enfie” o financiamento das campanhas eleitorais por empresas privadas na Carta Magna do País, criando uma confrontação com a decisão do Supremo Tribunal Federal  de proibi-lo, por oito votos a três.

Juridicamente, uma aberração, porque o financiamento privado não foi proibido por falta de menção a isso no texto constitucional, mas por violação dos princípios de equidade da disputa eleitoral, o que PEC alguma mudará. Qualquer emenda assim está fadada a ter declarada, ato contínuo, a sua ineficácia, por violação dos mesmos princípios.

Não é, portanto, para interpretar-se sob o aspecto jurídico-político a atitude.

Ela tem de ser vista como pressão e chantagem, e em várias etapas, nada mais.

A primeira delas, sinalizar à Presidenta Dilma Rousseff que seu eventual veto à reforma política que institui este inconstitucional mecanismo de captação de dinheiro terá consequências na votação – não por acaso, quase coincidente – dos pedidos de impeachment que Cunha, diariamente, afaga e guarda para usar em sua desesperadora situação de “pré-réu” em processo de corrupção.

Não há vacilação em aceitar um processo flagrantemente ilegal – independente da opinião que se possa ter sobre sua  regularidade – por  situações ocorridas em mandato anterior, como expressamente dispõe o texto constitucional.

Coloca-se  Dilma diante de um impasse: ou veta e “compra a briga” com a incógnita sobrevivência da maioria “cunhista” (parte do PMDB, PSDB e DEM em bloco e pedaços da cambaleante “base aliada”) ou não veta e, por falta de interlocução política (a menos que se chame José Eduardo Cardozo de interlocutor) cria indisposição com o Supremo.  Não se descarte, ainda, a possibilidade de um eloquente silêncio presidencial que, embora formalmente signifique a sanção, evidencia que ela vem sob coação.

É, literalmente, “a bolsa ou a vida”.

Perdida a batalha do veto, mas vencida a da admissibilidade do recurso em plenário que rasgará a fantasia de uma eventual negativa de seguimento dos pedidos feita por Cunha, a chantagem virá de outra forma: ou o Supremo cede ou será responsável pelo lançamento do país numa situação caótica, atirado num tríplice conflito de Poderes: Legislativo contra Executivo e Legislativo contra Judiciário.

Só mentes suicidas podem apostar neste caminho.

Qualquer parlamento do mundo, diante de uma decisão semelhante de uma suprema corte, estaria conformado e tratando de construir regras e mecanismos eleitorais que se adequassem a elas.

Aqui, porém, a gula pelo dinheiro das empresas é avassaladora.

Em nome dos “pixulecos” de uma dúzia de corruptos, o Brasil tornar-se-ia a república dos “pixulecos eleitorais”, distribuídos legalmente aos deputados para suas campanhas.

E, certamente, antes e depois delas, prometidos por seus votos.

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Coontraponto 17.813 - "Feltrin: Nova empresa de medição de audiência desinfla a Globo; quanto a Secom pagou a mais do que deveria pela publicidade?"

 

29/09/2015 

 

Feltrin: Nova empresa de medição de audiência desinfla a Globo; quanto a Secom pagou a mais do que deveria pela publicidade?

 

Do Viomundo - publicado em 29 de setembro de 2015 às 09:16

Eduardo Cunha e  dono da Globo

GfK: Record e SBT têm mais audiência do que Ibope diz


Ricardo Feltrin, no UOL, sugerido pelo Aldo

Dados da Gfk sobre audiência serão divulgados oficialmente na próxima semana

Os primeiros dados apurados pela empresa alemã GfK, que começou a medir o público da TV brasileira nas últimas semanas, apontam que a audiência de emissoras como Record e SBT é maior do que a registrada até hoje pelo Ibope.

A GfK passa a ser a concorrente do instituto, que até então detinha o monopólio na área.

O UOL teve acesso a algumas observações feitas após as primeiras medições do GfK. A primeira leva de dados consolidados só deverá ser divulgada na próxima semana pela empresa às emissoras que assinaram seu serviço (Record, SBT e RedeTV!).

A Globo até o momento não faz parte desse “pool” de empresas e continuará usando apenas dados do Ibope. A Band, por sua vez, chegou a anunciar que integraria o grupo, mas o elevado custo desse novo serviço (a emissora já paga caro pelo Ibope, assim com as demais) a teria feito desistir semanas atrás.

Fontes do GfK, porém, afirmam que ainda está sendo discutida uma forma de manter a Band no portfólio de clientes.

Segundo esta coluna apurou, a nova medição não deverá provocar nenhuma “revolução” ou mudanças radicais no ranking atual das emissoras
abertas. Não. A Globo continua líder isolada, seja pelo GfK seja pelo Ibope.

Porém, a metodologia alemã já teria observado que o SBT, por exemplo, tem mais audiência matinal e à tarde do que a medida atualmente pelo 
Instituto Ibope.

Outro dado é que, segundo os dados iniciais da GfK, a Record também tem mais público na faixa da tarde e à noite do que os números atuais medidos pelo Ibope.

A empresa alemã também está encontrando diferenças (em relação ao Ibope) entre algumas faixas etárias e sociais.

Segundo fontes ouvidas por esta coluna (que pedem anonimato), essa discrepância captada em medições iniciais pode indicar que a metodologia utilizada pelo GfK seria mais completa e ampla que a utilizada atualmente.

A empresa alemã estaria contemplando “significativas mudanças” nos estratos sociais ocorridos especialmente nos últimos dez anos.

O Ibope instala aparelhos em residências de acordo com um estrato obtido de acordo com dados demográficos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o Ibope, a distribuição de seus aparelhos de medição contempla todas as camadas sociais, de escolaridade e faixas etárias.

O GfK também teve de utilizar dados do IBGE para definir a instalação de seus aparelhos, mas seu departamento de pesquisa teria observado novas e importantes mudanças sociais e de renda nos últimos anos.

Por exemplo: uma parcela da população (e, claro, de profissionais) que no passado pertencia à classe C, hoje está na classe B e até mesmo na A, apesar de não ter mudado de profissão. O comportamento e perfil de consumo dessas pessoas, porém, mudaram drasticamente.

Um exemplo típico: 10 ou 20 anos atrás uma cabeleireira ou um pedreiro podiam ser enquadrados como representantes tradicionais da classe C. Só que hoje, devido a mudanças no mercado e no país, esses mesmos profissionais podem faturar, digamos, até R$ 10 mil por mês (lembrem-se, são só exemplos).

Por isso, embora tenham mantido a mesma profissão, hoje seu status e seus hábitos de consumo – e também como telespectadores – podem ter mudado radicalmente.

Ainda é cedo para saber como as emissoras, o mundo publicitário e, em especial, os anunciantes irão reagir aos novos dados de audiência medidos pela GfK, mas é óbvio que eles serão analisados detalhadamente e com atenção.

Mercado ganha


Embora muita gente acredite que uma segunda empresa medindo audiência pode servir apenas para criar confusão no mercado, alguns especialistas acreditam que é justamente o oposto disso: que eventuais discrepâncias que o GfK identificar também podem servir para aprimorar ainda mais estratégias publicitárias e de anunciantes na TV.

O Ibope tem hoje aparelhos instalados em cerca de 5.000 residências das 15 maiores regiões metropolitanas do país. Há promessa de elevar esse número para 6.000 ainda este ano.

Já o GfK instalou cerca de 6.600 aparelhos pelo país, e promete medir também o público de TV on demand e de sistemas como o Netflix.


Ricardo Feltrin, 51, é colunista do UOL, onde apresenta o programa Ooops! às segundas. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros.


PS do Viomundo: Comentário de um colega blogueiro via e-mail, se o motivo da queda repentina da audiência das novelas da Globo for resultado de um “ajuste” operado pelo Ibope para não passar vergonha diante da concorrência — “Caso seja verdade, e faz sentido, foi o Assalto do Século a anunciantes crédulos, a começar pela Secom …”.

Leia também:

Molon vai do PT direto à página inteira de O Globo

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Contraponto 17.812 - "Questionado sobre conta na Suíça, Cunha silencia "

"Eu não vou cair em armadilhas. Cada detalhe que for falar, de qualquer situação, são detalhes que vão sendo gerados a cada hora mais polêmicas. Eu já desmenti isso ontem, para mim já está desmentido. É só ler o que eu escrevi no Twitter, está desmentido e já foi publicado isso hoje", disse ele.

"Eu já fui claro com relação a ontem. Minha posição é muito clara, eu já desmenti ter qualquer tipo de coisa indevida e esse assunto da Lava-Jato é um assunto que não vou falar, quem fala é o doutor Antônio Fernando", afirmou, referindo-se ao ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Um dos delatores, o lobista João Augusto Henriques diz ter aberto uma conta na Suíça para fazer pagamentos a ele (saiba mais aqui).
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Contraponto 17.811 - "Dilma segue STF e veta doações de empresas a campanhas"



29/09/2015

Dilma segue STF e veta doações de empresas a campanhas



Brasil 247 - 29 de Setembro de 2015 às 19:47



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A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta terça (29) o projeto de lei da reforma política aprovado pelo Congresso, mas vetou o trecho que permitia a doação de empresas a campanhas eleitorais; ao justificar o veto, Dilma  se baseou na decisão Supremo que considerou a doação de campanha por empresas inconstitucional; "A possibilidade de doações e contribuições por pessoas jurídicas a partidos políticos e campanhas eleitorais, que seriam regulamentadas por esses dispositivos, confrontaria a igualdade política e os princípios republicano e democrático, como decidiu o STF", diz a justificativa

247 - A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta terça-feira (29) o projeto de lei da reforma política aprovado pelo Congresso Nacional, mas decidiu vetar o trecho que permitia a doação de empresas a campanhas eleitorais. O veto foi publicado em edição extra do "Diário Oficial da União".

O artigo vetado pela presidente é o 24-B, que tinha ficado com a seguinte redação após ser aprovado no Congresso: "Doações e contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais poderão ser feitas para os partidos políticos a partir do registro dos comitês financeiros dos partidos ou coligações".

Ao justificar o veto, a presidente Dilma Rousseff se baseou na decisão Supremo que considerou a doação de campanha por empresas inconstitucional
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Contraponto 17.810 - "Catastrofismo, refúgio de quem falseia e se apropria da realidade"

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29/05/2015

Catastrofismo, refúgio de quem falseia e se apropria da realidade


Brasil 247 - 27 de Setembro de 2015

 Emir Sader

Emir SaderTornou-se senso comum dizer que tudo vai para o pior dos mundos possíveis: aqui, no mundo, na Terra, com guerras, catástrofes humanitárias, ecológicas etc., onde quer que seja. E parece ter uma força explicativa da realidade quando, ao contrário, não entende quais as tendências de transformação da realidade, mais além das aparências catastróficas.

Várias gerações cresceram com a maior previsão catastrofista de todas: o malthusianismo. Malthus prognosticou que, de acordo com o ritmo de crescimento demográfico, a população aumentaria de forma mais acelerada do que a da produção de alimentos, a humanidade estaria condenada à fome. Baseado nessa previsão equivocada, se praticaram todo tipo de políticas de contenção da natalidade, especialmente das populações mais pobres.

Acontece que, como todo catastrofismo, essa previsão projeta de forma unilateral uma tendência, sem levar em conta as contratendências. Esse equívoco não permitiu compreender que hoje se produzem alimentos para o dobro da população mundial, ainda que pessimamente repartidos – o que explica a persistência da fome no mundo, mas por uma via diferente da prognosticada por Malthus.

Vivemos um tempo propício para os catastrofismos, que encontram apoio na realidade concreta. Os campeões do catastrofismo, há décadas, são algumas correntes ecologistas e seus porta-vozes. A humanidade estaria à beira da sua extinção, uma catástrofe ecológica se abateria sobre o mundo, colocando em risco sua sobrevivência, tudo teria de se subordinar a essa tarefa de sobrevivência.

Há inegavelmente graves problemas ecológicos no mundo de hoje e as projeções futuras são negativas. Mas essa absolutização dos problemas ecológicos – com a chantagem do fim do mundo – produz vários equívocos políticos. O primeiro, o de que não se deveria mais tocar na natureza. Houve quem pregasse desmatamento zero já, como a salvação do mundo, comprometendo qualquer possibilidade de crescimento econômico. Correntes fundamentalistas ecológicas se contrapondo ao combate à miséria e preferindo a preservação absoluta de reservas naturais, que permaneceriam inexploradas, segundo essa visão, mesmo às custas da miséria humana.

Por outro lado, essa visão genérica de que "a humanidade se suicida" não dá nome aos bois, as grandes corporações econômicas, os maiores responsáveis pelas degradações ambientais. A visão genérica que culpa a todos em igual medida, impossibilita a colocação em prática de políticas concretas de combate efetivo à deterioração ambiental, que tem a ver com o capitalismo e suas formas de exploração da natureza.

Hoje no Brasil – e em outros países da América Latina também – a direita promove uma visão catastrofista do país. O pessimismo é um instrumento da direita para destruir a autoestima dos brasileiros, o orgulho de ser brasileiro, que o Brasil do Lula imprimiu em todos. Para a campanha atual da direita, nada deu certo, tudo foi uma ilusão, se paga agora o preço por políticas irresponsáveis, "populistas". Como pregam algumas vozes neoliberais, a vontade de distribuir renda de forma precipitada, sem sólidos fundamentos macroeconômicos, teria levado a bombas de tempo que agora explodem e produziriam retrocessos que anulariam todos os avanços.

Mesmo em setores que se pretendem de esquerda, essa visão se propaga. Especialmente nos meios jornalísticos, em que falta capacidade de análise e de diagnóstico e sobra o alarmismo típico da imprensa.

Nenhuma capacidade de explicação do que acontece no Brasil é substituída pela sucessão de notícias cada vez piores, parece que o país se suicida alegremente. O país aparece como um caos, parece que todos agem de forma irracional, tudo vai para o pior dos mundos.

Então se refugiam no catastrofismo, dão a impressão de reportagens vivas da realidade que se repete monotonamente e que precisa de novas cores de catástrofe, o que só favorece a direita.
No entanto, repetindo Shakespeare, há uma lógica nessa loucura. Há uma feroz luta hegemônica, de tentativa de destruição de tudo o que foi feito nestes anos e uma lógica de resistência e de tentativa de continuidade desse processo.

É disso que se trata. E entender esse brutal processo de luta de classe requer compreender as formas e os interesses que estão em pugna, por trás da aparente irracionalidade de todos, da catástrofe geral, que mais esconde do que revela a realidade do Brasil de hoje.


Emir Sader
é sociólogo e cientista político brasileiro
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