terça-feira, 28 de abril de 2015

Contraponto 16.590 - "Cunha e a autoria do requerimento usado para chantagear empresa"

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28/04/2015


Cunha e a autoria do requerimento usado para chantagear empresa



Jornal GGN – O registro eletrônico da Câmara aponta Eduardo Cunha como ‘autor’ de requerimento que teria sido usado para chantagear empresa no caso da Petrobras. Mas Cunha nega, diz que um funcionário de uma ex-deputada pode ter usado seu gabinete para redigir documento.
E Cunha nega. E apesar de ter negado à CPI da Petrobras qualquer relação com a estatal ou qualquer episódio, o nome de Eduardo Cunha, do PMDB-RJ está nos registros como o autor dos arquivos em que foram redigidos dois requerimentos sob suspeita no esquema de corrupção da Petrobras. A notícia é da Folha.

O doleiro Alberto Youssef, delator premiado do esquema de corrupção da Operação Lava Jato, disse em seu depoimento que Cunha, como forma de pressão, apresentou requerimento na Câmara para investigar uma fornecedora da estatal que teria interrompido o pagamento de propinas, a Mitsui.
Quando se defendeu na CPI, Cunha comentou sobre dois requerimentos de 2011 da ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), noticiados pelo jornal O Globo, que pediam informações ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério de Minas e Energia sobre contratos da Mitsui com a Petrobras. Youssef declarou que o objetivo era intimidar e forçar a empresa a retomar o pagamento de propinas.
Segundo a Folha, Cunha negou qualquer relação com os requerimentos e o disse na CPI. : "Eu não fiz qualquer requerimento pra quem quer que seja. (...) Cada um é responsável por seu mandato, como é que eu tenho conhecimento do que alguém faz ou deixa de fazer? Cada um responde por seus atos".
Solange, hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), isentou Cunha ao depor à PF.

A Folha fez a pesquisa no sistema oficial da Câmara, e detectou que o nome de Eduardo Cunha consta como “autor” dos dois arquivos em que foram produzidos os requerimentos assinados por Solange.

Cunha terceirizou o requerimento, dizendo que provavelmente um computador de seu gabinete foi usado pela então deputada ou por algum assessor dela. "Pode ser um funcionário dela que pode ter ido lá pedir à [minha] assessoria pra fazer, acontecia com vários deputados, até porque ela era suplente", disse. Solange assumiu o mandato quatro meses antes da apresentação dos requerimentos.

A área técnica da Casa disse que, apesar de os arquivos terem o nome de Cunha, a autenticação do material no sistema oficial foi feita pelo gabinete da deputada. "Foi autenticado no gabinete dela, (...) uma coisa é ter usado uma máquina pra fazer o acompanhamento, outra coisa é autenticar", disse Eduardo Cunha.


Com informações da Folha.

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