terça-feira, 31 de março de 2015

Contraponto 16.404 - " Ronaldo Caiado, pelo ex-paladino Demóstenes Torres: 'rouba, mente e trai' "

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31/03/2015

Ronaldo Caiado, pelo ex-paladino Demóstenes Torres: “rouba, mente e trai”


Tijolaço - 31 de março de 2015 | 13:38 Autor: Fernando Brito

caiado

Fernando Brito 




Hoje, no Diário da Manhã, de Goiânia, o ex-senador Demóstenes Torres, que perdeu o mandato por conta de suas ligações com o banqueiro do bicho Carlinhos Cachoeira, publica um violentíssimo artigo contra o líder ruralista Ronaldo Caiado.


Torres despeja todo o seu ódio ao ex-colega de DEM que, segundo ele, é “o Judas Ronaldo”, que viu em sua desgraça a oportunidade de “afundar-me no buraco”.




“(…)Caiado se passava como uma espécie de irmão mais velho pra mim, falava da afinidade de nossas teses, que era um conservador não beligerante, pra isso não poupando sequer seus antepassados, e que desejava um futuro liberal para o Brasil. Ronaldo fazia sim, parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, era, inclusive, médico de seu filho. Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente   nas campanhas  de 2002, 2006  e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído. Siga o dinheiro”. (…)

“Ronaldo Caiado é chefe de um dos mais nocivos vagabundos de Goiás, o delegado de polícia civil aposentado, Eurípedes Barsanulfo, que era o melhor amigo de Deuselino Valadares, o delegado de polícia federal que fez um “relato”, segundo “Carta Capital”, onde me acusava de ser beneficiário do jogo do bicho. Esse relato jamais apareceu oficialmente, mas serviu para que o PSOL dele se utilizasse para representar-me perante o conselho de ética do Senado. No final do ano passado, o jornal Diário da Manhã de Goiânia, publicou uma matéria assinada em que acusa o dito delegado de ter forjado o documento a mando de um seu chefe político. Quem era ele? Ronaldo Caiado, todos sabem. Aliás, Eurípedes Barsanulfo, este sim, era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. 

Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito”.(…)

“Ano passado sua degradação se expandiu. Ronaldo Caiado, no afã de ser candidato a Senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia (este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano. Um pouco mais vexatório, mandou a própria esposa num evento na cidade de Americano do Brasil, onde a apedeuta, além de usar a palavra, pregou o voto em Perillo, alegando que ele era um grande estadista e que esperava sua reeleição para o bem de Goiás. Relembre-se: quem teve negócios com Cachoeira foi Perillo, eu não.”

“Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor. Parecerá até o fim um coerente, um habanero puro.

Seguirá as ordens de seu chefe político ACM Neto, que financiou sua última campanha em Goiás e que lhe assegurou, caso perdesse a eleição, o confortável posto de secretário de saúde em Salvador, em cuja região Caiado  costuma passar suas férias às expensas da empresa OAS.”

“Pois agora, Ronaldo Caiado, quero ver se você é homem mesmo. Nos mesmos termos que você mandou oferecer ao frouxo Marconi Perillo, eu me exponho.(…) Você diz em seus discursos que Caiado não rouba, não mente e não trai. Você rouba, mente e trai.”


É pouco? Tem mais no catatau de Demóstenes. Aquele clássico “Duelo em OK Corral” é fichinha.
Mas como Caiado é peça importante na aliança oposicionista, silêncio quase total na mídia.
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Contraponto 16.403 - "Ao vivo, Lula no ato 'Democracia sempre mais, ditadura nunca mais' "


31/03/2015


Ao vivo, Lula no ato "Democracia sempre mais, ditadura nunca mais"


Ato "Democracia sempre mais, ditadura nunca mais" com a presença do presidente Lula
Direto da Quadra do Sindicato dos Bancários, Rua Tabatinguera, 192, Centro, São Paulo, SP.



Contraponto 16.402 - " Globo, predadora do Brasil, quer falir e privatizar a Petrobras"

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31/03/2015  


  



Palavra Livre - 31/03/2015



Por Davis Sena Filho

Por que as Organizações Globo(?) querem ver a Petrobras falida? Resposta fácil: porque o processo político brasileiro passa e sempre passou pela Petrobras, antes mesmo de ela ser criada pelo presidente estadista, Getúlio Vargas, em 1953. A verdade é que a Petrobras, além de ser a estatal que simboliza a luta pela independência do Brasil, representa ainda a competência dos trabalhadores, administradores, técnicos, engenheiros, cientistas e pesquisadores brasileiros, que em 62 anos transformaram a Petrobras em uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, autossuficiente em petróleo e portadora de tecnologias e conhecimentos sobre prospecção de petróleo em águas profundas que nenhum país tem.

As Organizações(?) Globo sabem disso, mas não se importam com a verdade e atacam a Petrobras sem quaisquer escrúpulos, pois a intenção é causar confusão a segmentos inteiros da sociedade, porque propositalmente manipula as notícias sobre a corrupção na estatal, a dar uma conotação mentirosa e perversa sobre a incompetência do Estado nacional para gerenciar tamanha empresa, que se confunde com a própria brasilidade e a capacidade de superação do povo brasileiro quando se trata de sobreviver.

As Organizações(?) Globo são levianas e sorrateiras, porque suas matérias jornalísticas são seletivas e não traduzem a verdade, porque, do contrário, não haveria como tal empresa privada e “proprietária” de um monopólio gigantesco de comunicação manter no ar por tanto tempo casos de corrupção na Petrobras, como se fossem capítulos de novelas da pior qualidade, nos quais servidores públicos concursados nos idos das décadas de 1970 e 1980 são os protagonistas, a fazerem os “papéis” de criminosos, ladrões do dinheiro público, que estão a ser devidamente investigados pela Polícia Federal, denunciados pelo Ministério Público e punidos pelo Judiciário.

Tudo isto em pleno Governo do PT, a ter à frente a presidenta Dilma Rousseff, mandatária que demonstra enorme coragem, e que avisou na campanha presidencial, sem deixar dúvidas, que “não vai ficar pedra sobre pedra”, no que diz respeito ao combate à corrupção. E assim foi feito. E assim está a ser feito. Contudo, quanto mais se prende e se descobre falcatruas e roubalheiras por parte daqueles que deveria zelar pelo patrimônio público, mais as Organizações(?) Globo e suas congêneres batem no Governo Trabalhista, como se o poder público não estivesse a realizar suas obrigações e competências, que se resumem em apurar os fatos e encaminhá-los à Justiça.

A verdade que está por detrás da campanha insidiosa e entreguista contra a Petrobras não é, seguramente, o zelo da Globo pela Petrobras. De forma alguma. O Jornal O Globo, de Irineu e Roberto Marinho, combateu furiosamente e sistematicamente a criação da estatal pelo trabalhista Getúlio Vargas, líder da Revolução de 1930, que a família Marinho sempre odiou. Tal oligarquia midiática simpatiza muito com as lideranças dos golpistas de 1932, de 1945, de 1954 e de 1964.

Sobre isto ninguém tem dúvidas. Atualmente, aliam-se aos herdeiros da UDN lacerdista, o PSDB dos tucanos e o DEM — o pior partido do mundo, onde viceja um extremista de direita, que sonha em ser presidente da República, cujo nome é Ronaldo Caiado (DEM), fazendeiro poderoso de Goiás, ex-líder da UDR, que se comporta, na Câmara dos Deputados e hoje no Senado, como um brucutu movido a ódios, portador de um vocabulário agressivo, áspero e violento contra o PT, o ex-presidente Lula, a presidenta Dilma Rousseff e as esquerdas em geral. Caiado é o Bolsonaro do agronegócio. O direitista votou contra a PEC do Trabalho Escravo, até porque a família Caiado está na “lista suja” do Ministério do Trabalho, por submeter o trabalhador a condições indignas, ou seja, degradantes ao ser humano.

Entretanto, a verdade é que a direita está a conseguir no momento colocar o Governo Trabalhista nos corners do ringue. A movimentação oposicionista dos partidos conservadores, à frente o PSDB, e a repercussão dos casos de corrupção conforme a ótica, à vontade e as decisões de profissionais que trabalham para os magnatas bilionários de imprensa estão a causar ao Governo de Dilma e ao PT a deterioração de suas imagens e a desqualificação de suas competências para administrarem o País.

Apesar do crescimento econômico e do desenvolvimento social gigantesco verificado no período de governança petista, a ordem na imprensa de mercado e nos setores reacionários da sociedade brasileira é não reconhecer os avanços, que aconteceram no Brasil, e muito menos dar voz a quem está a ser diuturnamente atacado, no caso o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças, como querem fazer agora com o ex-ministro José Dirceu, que, mesmo a cumprir pena, tentam implicá-lo com a operação Lava Jato.

Manter figuras da República emblemáticas e de esquerda na defensiva e manchar suas imagens perante o público é a “fórmula” repetida intensamente pela imprensa de negócios privados, que historicamente procedeu da mesma maneira com Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, todos considerados políticos do campo trabalhista, que foram impiedosamente chamados de ladrões, corruptos e malfeitores por esta mesma imprensa corporativa, predadora do patrimônio público e inimiga dos interesses do Brasil e de seu povo, que luta há séculos para se emancipar. Só que esses três personagens históricos do mundo político não roubaram o povo, como depois foi comprovado, como igualmente também não roubou o presidente Lula e, evidentemente, não rouba e não roubará a presidenta Dilma Rousseff.

Desacreditar e macular os “inimigos” dos empresários, dos partidos de direita e da imprensa alienígena, sonegadora de impostos e fomentadora de golpes de estado, é a tônica ou o modus operandi dos direitistas, que não conhecem outra forma de combate àqueles que não seguem suas agendas políticas e não coadunam com seus propósitos e interesses econômicos. Por sua vez, o Governo Trabalhista se encontra em um processo de letargia sem fim, e não reage à altura para demover a parafernália midiática e partidária de direita de tentar um golpe contra as instituições republicanas e o estado democrático de direito.

Não há trégua nesta luta, pois campos ideológicos e políticos antagonistas, cujas contradições de ambos não se confrontam no âmbito das ideais, mas se realizam, sobretudo, em um círculo de acusações, denúncias, muitas delas, apelativamente, vazias, porque sem comprovações policiais e jurídicas, como bem demonstraram, no decorrer do tempo, inúmeras “denúncias” repercutidas pela imprensa comercial e privada, que insiste em realizar um jornalismo de esgoto, de conteúdo apenas declaratório, pois, efetivamente, de caráter político-partidário e, com efeito, despreocupado em ouvir todos os lados de uma história ou acontecimento. O básico, a imprensa empresarial e familiar, propositalmente, não consegue fazer, porque açodadamente politizada e ideologizada.

Por seu turno, esquecem os verdugos e traidores contumazes da Pátria, que a mentira, mesmo repetida incansavelmente pelos meios de comunicação pertencentes à meia dúzia de famílias bilionárias e compromissadas com a plutocracia internacional, tem pernas curtas e a verdade sempre vem à tona, apesar da tentativa de afogamento, como no caso da Petrobras.

Os governos trabalhistas, democráticos e populares de Lula e Dilma realizaram mais de duas mil operações policiais e nunca retaliaram o Ministério Público e o STF quando estes investigaram e puniram pessoas ligadas ao Governo. Além disso, está mais do que comprovado que os procuradores-gerais da República e os juízes do Supremo foram escolhidos em listas tríplices, fato estes que considero um grave equívoco, inclusive de estratégia desses dois presidentes, que deveriam, sim, escolher os juízes e os procuradores como lhes faculta a Constituição.

O presidente conservador do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, jamais teria tanto respeito e consideração pela democracia, pois sempre escolheu “seus” nomeados e se resguardou contra seus maus atos e ações, a exemplo da compra de votos para a reeleição, conforme gravações de parlamentares e denúncias de jornalistas, bem como para a alienação e desconstrução do patrimônio público, conforme demonstra, inapelavelmente, as denúncias nos livros “A Privataria Tucana” e o “Príncipe da Privataria”, além de incontáveis denúncias de escândalos que aconteceram nos oitos anos de desgoverno FHC — o Neoliberal I —, aquele que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes.

Até hoje nenhum tucano foi preso. Pelo contrário, crimes como o do Mensalão Tucano estão a prescrever, muitos dos envolvidos ficaram inimputáveis por causa da idade e este ano o escândalo completa dez anos de impunidade. São às dezenas, quiçá centenas, as denúncias e os casos de corrupção de tucanos, no decorrer de 26 anos de fundação do PSDB, partido que governou o Brasil oito anos, que controla São Paulo há 20 anos, além de estados fortes como Minas Gerais, que hoje é governado por Fernando Pimentel do PT, mas ficou nas mãos de Aécio Neves e seu grupo por mais de 10 anos, sendo que o estado do Paraná, unidade da Federação conservadora, é controlado pelo PSDB há quase 10 anos, sendo que o governador tucano, Beto Richa, está a enfrentar uma crise de credibilidade sem precedentes, porque seu governo é acusado pela sociedade paranaense de corrupção, além de enfrentar, recorrentemente, greves no setor público.

Obviamente que nenhum desses episódios foram devidamente repercutidos pela imprensa familiar e hegemônica, conforme a importância deles, porque simplesmente “amiga” dos demotucanos. Tal sistema midiático privado está aí na vida para proteger seus aliados, apaniguados e sócios. Ponto. Quanto a esta realidade, não há menor dúvida. Como é possível um escândalo, maior do que o da Petrobras, a exemplo dos sonegadores criminosos com contas no HSBC suíço, não ser mostrado pela imprensa de negócios privados como se deveria, afinal é uma questão que prejudica terrivelmente a sociedade brasileira e, portanto, interessa-lhe saber quem rouba o Erário Público, e, consequentemente, a educação, a saúde, a segurança, a moradia, a infraestrutura e os empregos, porque um povo sem emprego é um povo fadado à miséria, à pobreza, à fome e à violência.

Dito tudo isto, chega-se à conclusão que o caso do HSBC, como muitos outros, como o Mensalão Tucano, o Banestado, a Satiagraha, a Castelo de Areia, além das Chacal, Sundow/BoiBarrica, Dilúvio, Poseidon e Diamante foram todas anuladas pela Justiça. Porém, o Metrosão e o Trensalão ainda estão a ser investigados, apesar de certa leniência e morosidade da Justiça e do MP, que jamais agiriam dessa forma se fosse o PT envolvido ou, nem preciso ir tão longe, apenas ser acusado, inclusive sem provas. É o que ocorre no Brasil de hoje e de ontem, com o acréscimo de um “P”, de petista, porque os outros “pês” são de puta, pobre e preto.

Como sempre ocorre no Brasil, temos uma Justiça nada confiável. É que o povo sente e diz. Basta entrevistá-lo nas ruas e perguntar ao povo se a Justiça deste País é republicana ou somente defende os interesses dos ricos e dos poderosos, sem nos esquecermos dos brancos, porque se trata de um Judiciário composto, em sua maioria, por juízes burgueses e pequenos burgueses, politicamente conservadores, divorciados dos interesses populares e que se dedicam a servir ao status quo, sem sombra de dúvida.

Não é à toa que governos e mandatários populares e de esquerda vivem como se estivessem na berlinda. Não é fácil enfrentar uma máquina midiática de direita e que se tornou um partido político sem limites e ética para atacar a quem considera os inimigos a serem derrotados, seja de qualquer jeito e da forma que for necessária, nem que seja por intermédio de golpes de estado ou impeachment de uma presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos e que não incorreu em crimes de responsabilidade, malfeitos e que vem a demonstrar que não tergiversa quanto a não aceitar conviver com a corrupção, tanto que a combate duramente, o que se tornou uma rotina em seu governo, rotina esta que começou nas mais de mil operações da PF realizadas durante o Governo Lula. Realidades estas que jamais aconteceram nos governos dos tucanos.

A verdade é apenas uma: as Organizações(?) Globo, predadora do Brasil, quer ver a Petrobras falida. Sempre agiram desta forma, desde os tempos de Getúlio. Não é novidade. Apenas reiteram suas vocações de aves de rapinas, predadoras do Brasil, País generoso onde ganham muito dinheiro, ao ponto de se tornarem bilionários. As Organizações(?) Globo quer ver o Estado nacional de joelhos e, junto com ele, o povo. Vive do dinheiro público, edificou seus tijolos na ditadura militar, sabota presidentes eleitos pela vontade soberana do povo e aposta no quanto pior, melhor.

Se não fosse a Globo e as empresas desse grupo, o Brasil já estaria em uma condição de desenvolvimento social e econômico muito mais avançado. Com a Globo, não há paz social possível, porque os magnatas bilionários de imprensa e seus porta-vozes são da guerra. O Brasil real, o Brasil profundo para essa gente está a milhares de distância de suas verdades e realidades. Eles desconhecem o povo brasileiro, seus costumes, culturas, dores, sonhos e desejos. Desconhecem a história do Brasil. São tão perversos e colonizados, que, no dia após dia, acreditam que o País é a extensão de seus quintais, quando a verdade é que não é, e nunca o foi, até porque quando este País poderoso vivencia períodos democráticos, como o de agora, esses empresários midiáticos arrogantes, autoritários e lamentavelmente subordinados aos interesses estrangeiros, perdem as eleições, como perderam para Getúlio, Jango, JK, Lula e Dilma.

Trata-se de um empresariado violento, mesquinho, colonizado e complexado. A vira-latice em toda sua essência e plenitude. Pais e mães, genitores de playboys, que se aventuram na política, mas não conseguem convencer o povo a votar neles, com seus ternos bem cortados, seus cabelos engomados, perfumes caros e linguajares presunçosamente empolados, além de “saberes” de almanaques, a acompanhá-los ainda as matreirices, as astúcias e as dissimulações dignas dos cafajestes, aprendidas em seus condomínios de luxo ou em Miami ou Nova York.  A resumir: pilantras e patifes com “grife”.

A Globo é contra o Brasil e seu povo. Um dos pontos de sua nefasta agenda é privatizar a Petrobras, juntamente com o Pré-sal. Com “sorte”, aumentar o desemprego e fazer com que o trabalhador se sinta inseguro em relação à economia do País. Não se brinca com os propósitos dessa organização(?) norte-americana e de caráter alienígena. A Editoria “O Brasil é uma Merda!”, da Rede Globo, é pródiga em deixar a autoestima do brasileiro mais baixa do que barriga de cobra. E isto é psicologicamente perigoso.

Por isso, e o Governo Dilma não consegue compreender ou faz ouvidos moucos, que é imperativo ter uma comunicação forte, corajosa, ágil e replicadora, que rebata prontamente os ataques que desqualificam e tentam criminalizar o Governo do PT. “Quem não se comunica, se trumbica” — ensinava o Chacrinha. A Globo representa o setor privado, que tem a ousadia de querer impor sua agenda e governar no lugar do presidente da República. Durma-se com um barulho desse. É isso aí.

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Contraponto 16.401 - "Nada é coincidência"

Contraponto 16.400 - "O aniversário do desrespeito de Gilmar pela Constituição, por Janio de Freitas"

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31/03/2015

O aniversário do desrespeito de Gilmar pela Constituição, por Janio de Freitas


da Folha

Um bolo, por Janio de Freitas

Gilmar desrespeita o determinado pela Constituição porque não quer que se imponha a decisão do STF

Santa embora, a próxima quinta-feira marca uma profanação constitucional: um ano exato do pedido de vista que Gilmar Mendes fez de uma ação direta de inconstitucionalidade e não mais a devolveu ao julgamento no Supremo Tribunal, impedindo-a de vigorar. Já vitoriosa por seis votos a um, os três votos faltantes não poderiam derrotá-la.

A ação foi movida pela OAB em 2011, recebendo adesão subsequente de entidades como a CNBB, com o argumento de que as doações de empresas que financiam as eleições são inconstitucionais e devem ser substituídas por doações dos cidadãos, com um teto para o montante doado.

Gilmar Mendes é favorável à permanência do financiamento dos candidatos e partidos por empresas. Sabe-se de sua opinião não só por ser previsível, mas também porque a expôs em público. Ainda há dez dias, dizia a repórteres: a proposta da OAB (Gilmar Mendes é costumeiro adversário da Ordem) "significa que o sujeito que ganha Bolsa Família e o empresário devem contribuir com o mesmo valor. Isso tem nome. Isso é encomendar já a lavagem de dinheiro. Significa que nós temos o dinheiro escondido e vamos distribuir para quem tem Bolsa Família. Não sei como essa gente teve a coragem de propor isso. Um pouco de inteligência faria bem a quem formulou a proposta".

A explicação é ininteligível. "Essa gente", que é a OAB, é a CNBB, são outras entidades e inúmeros juristas, não propôs nada parecido com doações iguais de empresários e de recebedores do Bolsa Família. E lavagem de dinheiro e caixa dois são características comprovadas do financiamento das eleições por grandes empresas, com destaque para as empreiteiras e alguns bancos. O eleitor comum é que iria lavar dinheiro nas eleições?

Em artigo divulgado no último dia 28, encontrável no saite "Viomundo", a juíza Kenarik Boujikian, do Tribunal de Justiça-SP, pergunta: "Quem de fato está exercendo este poder" de eleger os "representantes do povo" no Legislativo e no Executivo? "O povo brasileiro ou as empresas?". E segue:

"A resposta está dada: nas eleições presidenciais de 2010, 61% das doações da campanha eleitoral tiveram origem em 0,5% das empresas brasileiras. Em 2012, 95% do custo das campanhas se originou de empresas" [2014 não está concluído]. "Forçoso concluir que o sistema eleitoral está alicerçado no poder econômico, o que não pode persistir."

O PT pretende a solução do financiamento eleitoral com verba pública. E lá iríamos nós financiar o pouco que se salva e o muito que não presta na política. O PMDB quer o dinheiro das empresas, mas cada doadora financiando um único partido. O PSDB é contra as duas propostas, o que leva à preservação do atual sistema. No Congresso há projetos para todos os gostos. Daí a importância da ação no Supremo.

Desde a reforma do Judiciário, há 11 anos, a Constituição aboliu o bloqueio de processos, como Gilmar Mendes faz a pretexto de vista de uma questão sobre a qual emite publicamente posição definida. Como diz a juíza Kenarik Boujikian, "não é tolerável que, com um pedido de vista, um ministro possa atar as mãos da instância máxima do próprio Poder Judiciário, o que soa ainda mais desarrazoado se considerarmos o resultado provisório [6 a 1] do processo e a manifestação do ministro. Com isto quero dizer que a soberania popular, que cada magistrado exerce em cada caso e sempre em nome do povo, não pode ficar na mão de uma pessoa, em um órgão colegiado".


Gilmar Mendes desrespeita o determinado pelo art. 93 da Constituição porque não quer que se imponha a decisão do STF, como está claro em sua afirmação de que "isso é assunto para o Congresso". Mas, além do problema de sua atitude, a decisão do Supremo tem importância fundamental. Eduardo Cunha avisa que levará a reforma política à votação já em maio. O dinheiro das campanhas é um dos temas previstos. E a decisão do Supremo, se emitida em tempo, ficará como um balizamento que não poderá ser ignorado pela reforma política, uma vez que antecipará o que é ou não compatível com a Constituição. E, portanto, passível ou não de ser repelido pelo Supremo Tribunal Federal.


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PITACO DO ContrapontoPIG 
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Não dá para entender.

Decisões importantes para o futuro do País nas mãos de um ministro de atitudes e passado nada recomendáveis do ponto de vista ético. Decisões dependendo da boa vontade de um pulha que é o retrato do cinismo.
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Nada mesmo a fazer?  

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Contraponto 16.399 - "O golpismo jamais precisou de maioria para prevalecer, por Antonio Lassance"

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31/03/2015

O golpismo jamais precisou de maioria para prevalecer, por Antonio Lassance




Sugestão de Dani
da Carta Maior


Extrema direita cresce, envenena debate político e coloca em xeque avanços democráticos e dos direitos humanos

Antonio Lassance

Quem acha o golpismo pequeno e o extremismo minúsculo se esquece de que eles jamais precisaram de maioria para prevalecer.

Depois do dia 15 de março, há uma nova manifestação de direita convocada para o dia 12 de abril.
Há quem argumente que tais protestos devem ser encarados como normais, pois o golpismo e o extremismo são minoritários.A maioria dos que foram às ruas no dia 15 está apenas farta de "tudo isso".

Parece uma constatação bastante óbvia e inquestionável, principalmente se acompanhada de um inaceitável desconhecimento histórico de como funcionam o golpismo, a direita e seu extremismo.
Tudo parece normal quando se esquece o que aconteceu no Brasil em 1937, 1954 e 1964, quando o golpismo de uma minoria tomou o poder. Apenas em 1954 o golpismo foi derrotado, ainda assim às custas do suicídio de Vargas.

Fossem os golpistas maioria, eles não precisariam de golpismo algum. Ganhariam eleições. É próprio do golpismo e inerente à sua definição que ele signifique que governantes eleitos ou mesmo um regime político constituído por uma maioria seja pisado como a um verme por uma minoria ensandecida.

É próprio do golpismo tomar o poder enquanto minoria e usar a força justamente por faltar-lhe o mínimo consenso.

É próprio do extremismo, por sua vez, que ele ganhe terreno não por ter se tornado majoritário, mas por não contar com quem imponha resistência à altura a esses grupos de agressores.
Fossem os golpes majoritários, eles não precisariam, em sua maioria, que militares apontassem suas baionetas para massacrar adversários.

Tivessem sido os nazistas majoritários, eles não teriam se valido do incêndio do palácio do Reischtag, o parlamento alemão, em 1933, para a sua ascensão definitiva ao controle do Estado.

Se o golpismo precisasse mesmo ser majoritário e o extremismo benquisto, a Espanha não teria amargado décadas de franquismo.

No Chile, a insatisfação contra Allende teria aguardado a eleição seguinte para se manifestar. Augusto Pinochet sequer seria aceito por qualquer partido decente, nem ganharia mais que um punhado de votos.

O presidente João Goulart era muito popular em 1964, muito mais que a presidenta Dilma é no atual momento. De cada 10 brasileiros, apenas 2 reprovavam o governo Jango.

Quem acha o golpismo pequeno e o extremismo minúsculo se esquece de que eles jamais precisaram de maioria para prevalecer. Sempre se valeram não de grande adesão, mas apenas de uma grande insatisfação e de uma imensa anomia.

Insatisfação e anomia; revolta e decepção; a intolerância de uns e a indiferença de muitos - bastam tais ingredientes para que a direita e mesmo seus extremistas ameacem tomar conta da situação.
O rumo de manifestações políticas de massa é sempre dado não pela média dos que dela participam, mas pelas iniciativas dos que as convocam e conduzem.

O que se viu no dia 15 de março e se verá reeditado no dia 12 de abril são manifestações de insatisfeitos liderados por grupos de direita e alguns de extrema direita.

Golpismo e extremismo prosperam quando as pessoas passam a acreditar que sua participação vale pouco; que seu voto vale nada; que seus líderes são fracos ou os abandonaram.

O poder de grupos direitistas, alguns de caráter extremista - reacionários em suas concepções, agressivos em seus discursos, violentos no confronto com adversários - cresce à medida em que aumenta a insatisfação não apenas com os governos, mas com a política, com as instituições de uma democracia ainda pouco participativa e com novos direitos que trouxeram para a sala de estar da cidadania aqueles que sempre foram tratados a pontapés.

Não à toa, o ódio dos extremistas orienta-se a abominar direitos que tornam regra proteger e incluir setores excluídos. Setores que sempre foram tratados como marginais.

O extremismo é apenas a forma mais obtusa de transformar meticulosamente a frustração em revolta contra partidos, contra instituições democráticas e contra grupos e pessoas que pensam diferente, de modo a criminalizá-las e a buscar exterminá-las política ou mesmo fisicamente.

Faz parte da lógica do extremismo disseminar um sentimento - este sim, muito popular - de que as instituições estão podres, de que os partidos são todos organizações falidas e que eleições não passam de enganação.

Quando um raciocínio dessa espécie a muitos também parece uma constatação bastante óbvia, é sinal de que palavras como democracia e direitos humanos estão em baixa e que seu oposto, o extremismo, mesmo minoritário em termos de adesão explícita, está em alta e com poder de iniciativa.

A História é farta de exemplos de como coisas vistas por muitos como normais reproduzem fenômenos políticos da pior espécie. Fenômenos que, de início, afiguram-se tão estúpidos que muitos consideram que não se deveria dar a eles qualquer relevância.

O grande problema é que, quando eles se tornam riscos óbvios e incontestáveis, aí já pode ser tarde demais.

Um país que conhece minimamente sua própria História não deveria jamais admitir que manifestações comandadas por grupos explicitamente golpistas e extremistas sejam consideradas normais, democráticas e inofensivas.

O desrespeito ao voto, ao devido processo legal e aos direitos humanos não é algo normal, não é nada democrático e está longe de ser inofensivo. Merece o mais ferrenho combate com as armas da crítica, antes que essa seja ameaçada pela crítica das armas.



(*) Antonio Lassance é cientista político.
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Contraponto 16.398 - "Deputados entregarão a Janot mais provas sobre Aécio na Lista de Furnas"




31/03/2015


Deputados entregarão a Janot mais provas sobre Aécio na Lista de Furnas


Do Viomundo - publicado em 30 de março de 2015 às 18:46

rogério, padre joão e adelmo na pgr

No dia 19 de março, Padre João, Adelmo Carneiro e Rogério Correia estiveram na PGR, para entregar documentos comprovando o envolvimento de Aécio Neves na Lista de Furnas

Procurador Geral receberá deputados nesta terça-feira, 31/03
da assessoria do deputado Federal Padre João, via e-mail

Os deputados federais Padre João, Adelmo Carneiro e o deputado estadual Rogério Correia serão recebidos pelo Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, nesta terça-feira, às 10h. A agenda foi solicita por Padre João, através do ofício, dia 09/03/2015.

No dia 19/03 do corrente, os deputados em epígrafe estiveram na Procuradoria Geral da República e entregaram documentos que comprovam o envolvimento do senador Aécio Neves no esquema conhecido como Lista de Furnas e também na operação Lava Jato. Com base nos documentos, foi feita representação contra o senador Aécio Neves pedindo que o Ministério Público Federal reabra o inquérito e investigue o congressista.

Ainda na semana passada, dia 26, o Sindicato dos Advogados de São Paulo – SASP, também  fez representação junto ao Ministério Público Federal pedindo que se instaure imediatamente procedimentos para apuração dos fatos que envolvem o senador na Lista de Furnas, denúncia feita e documentada no âmbito da Operação Lava Jato, pelo doleiro Alberto Youseff. Os elementos apontados pelo Sindicato dos Advogados são contundentes e irrefutáveis.

Os deputados vão levar ainda mais documentos que serão anexados, aditados à petição protocolada no dia 19/03.

Em pronunciamento na tribuna da Câmara Deputados, Padre João afirmou que o Ministério Público Federal está no caminho certo. “Temos esperança e confiança no Dr. Rodrigo Janot. Apresentamos provas e pedimos que abra processo de investigação. Investigar não é condenar ninguém. Isto faz parte do estado democrático e de direito. Se a investigação concluir que houve ilícitos, crime, então que seja ofertada a denúncia ao Supremo Tribunal Federal. Simples assim”, afirmou Padre João.


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Contraponto 16.397 - " 'Perseguido por virtudes', PT prega sair da defensiva"

Contraponto 16.396 - "Qual a relação entre o líder do Vem Pra Rua e a Stratfor?"


.31/03/2015


Qual a relação entre o líder do Vem Pra Rua e a Stratfor?


...........Não trabalhou no McDonalds




Paulo NogueiraA grande mídia brasileira jamais decepciona quem não espera nada dela.

Considere o caso de Rogério Chequer, o novo herói da direita.

Nas últimas semanas, é uma figura ubíqua em jornais e revistas graças a um método infalível para quem quer holofotes: falar mal do governo.

Chequer, aos 46 anos, é o líder aparente de um obscuro movimento chamado Vem Pra Rua.

O VPR, agora, está pregando o impeachment de Dilma, por razões tão obscuras quanto o próprio grupo.

A pergunta essencial que um leitor espera ver explorada, na mídia, é esta: quem é este tal de Chequer, que se julga apto a cassar 54 milhões de votos?

Há uma informação chave sobre seu passado que merecia ampla e irrestrita informação.
E o que a mídia faz com ela? Ignora.

Chequer, num vazamento feito pelo Wikileaks, apareceu vinculado à Stratfor, uma empresa americana privada de inteligência que é conhecida como uma segunda CIA.

Convenhamos.

Chequer não viu seu nome ligado ao McDonalds ou à Disney.

A Stratfor fornece informações geopolíticas a empresas e agências governamentais americanas.

Chequer foi ao Roda Viva, comandado pelo Brad Pit de Taquaritinga. Ninguém, no pelotão de entrevistadores, e menos ainda o apresentador, perguntou a ele sobre a Stratfor.

Ele concedeu uma entrevista ao jornalista Pedro Dias Leite, da Veja. Mais uma vez: nenhuma menção à Stratfor.

O jornalismo acabou salvo no único território genuinamente livre da mídia nacional: a internet.

No Tijolaço, o blogueiro Fernando Brito – um dos melhores textos da imprensa brasileira, aliás – ofereceu à sociedade a chance de saber que Chequer aparentemente trabalhou na Stratfor.

Chequer tem tido dificuldades em explicar de onde vem o dinheiro do VPR.

Graças à incompetência (ou má fé) da imprensa brasileira, ele até aqui se livrou de explicar algo muito mais complicado: sua associação com uma empresa sempre comparada à CIA.


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Jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
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segunda-feira, 30 de março de 2015

Contraponto 16.395 - "Os 'valentões' com a Bolívia esqueceram do 'tio' FHC. Uma usina desativada em troca de mais gás"

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30/03/2015


Os “valentões” com a Bolívia esqueceram do “tio” FHC. Uma usina desativada em troca de mais gás


Tijolaço - 30 de março de 2015 | 17:30 Autor: Fernando Brito
gas


Fernando Brito 

Na virada do século, na iminência do apagão, Fernando Henrique Cardoso acertou com o general
Hugo Banzer, da Bolívia, e com investidores estrangeiros um contrato de compra de gás daquele país.
Era na modalidade “take or pay”: isto é, pagávamos a quantidade previamente contratada, usássemos ou não usássemos o gás boliviano.

A Folha, em 2001, publicou a reportagem acima, dizendo:

“Só no primeiro trimestre do ano, a Petrobras pagou para os donos do trecho brasileiro do gasoduto Brasil-Bolívia cerca de US$ 30 milhões sem ter nenhum benefício em troca. No ano passado, foram outros US$ 20 milhões. O cálculo foi feito com base no custo de transporte atual. Quando o Brasil assinou o contrato de construção do gasoduto, ele garantiu aos investidores que transportaria uma quantidade mínima de gás natural. (…) Dadas a demanda atual e a produção nacional, a Petrobras traz da Bolívia 10,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Paga, no entanto, pelo transporte de 16,3 milhões de metros cúbicos -paga por tudo, mas usa só 64,41%. São mais de US$ 250 mil desperdiçados por dia.”

Agora, a partir de uma matéria (requentada) do Estadão, o pessoal que o Chico Buarque definiu como aquele que “fala grosso com a Bolívia e fala fino com os EUA” está fazendo uma onda porque o Brasil está reformando uma termoelétrica desativada desde 2009 e adaptando-a para uso de gás (abundante na Bolívia e inexistente em Porto Velho, onde ela está) na Bolívia.

Estaríamos subsidiando aquele “índio”, dizem os gênios da geopolítica.

Como eles não lêem nem os jornais da direita, não ficaram sabendo que há 20 dias estiveram em Brasília emissários do Governo boliviano, com os quais o Brasil negocia uma ampliação do fornecimento de gás, agora plenamente utilizado, para operar usinas termoelétricas a gás, próximas aos grandes centros urbanos (com baixíssimo custo de transmissão, portanto).

Já a Bolívia tem problemas, por falta de linhas de transmissão, no atendimento das áreas mais isoladas do país , com pequenas usinas como a que servia Porto Velho antes de sua interligação ao Sistema Elétrico Nacional e das usinas do Madeira. Mas, ao mesmo tempo, tem locais de grande potencial de geração, os quais são de enorme interesse para o Brasil, e nenhum dinheiro para investir em seu aproveitamento.

Um dentro do território boliviano, Cachuela Esperanza (Cachoeira Esperança) e outro a ser explorado de forma binacional, como Itaipu, , no rio Mamoré, que faz divisa entre o Brasil e a Bolívia, no Estado de Rondônia. “Essa usina ficaria entre as cidades de Guajará-Mirim e Abunã e teria capacidade para gerar cerca de 3.000 MW”, segundo a Folha, duas vezes mais que a Hidrelétrica de Furnas.

Qual é a sugestão da turma de cérebro acochinhado para que os dois países possam explorar conjuntamente estas riquezas? Intervenção militar? O Bolsonaro vai invadir La Paz?
É duro debater com quem tem a cabeça assim, de “valentão”.

E que não lembra de como, no governo deles, perdeu-se dinheiro com o gás boliviano, embolsado pelos empresários e pelo governo Banzer, sem benefício para a população daquele país, que ainda nos considerava saqueadores de suas riquezas.

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Contraponto 16.394 - "Não mate o seu pai de vergonha, senador Cássio Cunha Lima"

Contraponto 16.393 - "Alfonsin: Quando a propina é de grandes sonegadores de impostos não há corrupção?"

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30/03/2015


Alfonsin: Quando a propina é de grandes sonegadores de impostos não há corrupção?


Viomundo - publicado em 29 de março de 2015 às 16:56

receita-federal-logomarca
Quando a propina é de grandes sonegadores de imposto, aí não há corrupção?

Jacques Távora Alfonsin, no RS Urgente, sugestão Júlio César Macedo Amorim

A maior parte das denúncias de corrupção levadas ao conhecimento do povo, nesses dias, tem sido feita por aquela parte da mídia, porta-voz tradicional das “virtudes morais e patrióticas” de grandes grupos econômicos. Empresárias/os ricas/os, dotadas/os de um empreendedorismo típico do capital indispensável ao progresso do país, seriam vítimas inocentes de um Estado corrupto, ineficiente, perdulário, adversário disfarçado do livre mercado.

Essa campanha “civilista” ganhou um impulso extraordinário nos últimos tempos por força do caso Petrobras. Qualquer indício de mal feito chega à sociedade como prova indiscutível de imoralidade, a merecer de todas/os as/os brasileiras/os a execração pública da/o denunciada/o e do “mar de lama” onde está se afogando o governo do país.

Esse veneno começa a ser ingerido agora por quem mais tem se dedicado a tornar manifesto seu passado de moral ilibada, o seu zelo pelo respeito devido à ética, seja a pública, seja a privada, a pureza de suas intenções em punir as pessoas responsáveis por tais crimes.

O Correio do Povo deste sábado, 18 de março, indicando como fonte o Estadão, noticia estar a Polícia Federal apurando desvios de R$ 19 bilhões na Receita de bancos e empresas:

“ Os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods são investigados por suspeita de negociar ou pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Na relação das empresas listadas na operação Zelotes também constam Petrobras, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.”

“O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores. O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão. 

O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.” “Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões). A Petrobras também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.”

Na edição de março do Le Monde Diplomatique, igualmente, Silvio Caccia Bava exibe dados relativos aos expedientes utilizados por poderosas empresas e pessoas ricas, valer-se da prática da corrupção para sonegar o pagamento de impostos. Embora sem poupar a responsabilidade do Poder Público em bem fiscalizar e impedir tais ilícitos, afirma:

“Existem também, mecanismos utilizados pelas grandes empresas multinacionais que atuam no Brasil, que se valem de expedientes de sub e sobrefaturamento para promover a evasão fiscal. Isto é, deixar de pagar impostos e transferir ilegalmente riqueza para fora do país. A Tax Jusfice Network identifica, com base em dados do Banco Mundial, que a evasão fiscal no Brasil, em 2011, foi de 13,4% do PIB, algo como US$ 280 bilhões. Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS e o Imposto de Renda. Mas não para por aí. As dívidas reconhecidas pela Receita Federal de impostos das multinacionais que operam no Brasil, em 2012, somam R$680 bilhões.” (…) “Em meio ao escândalo do SBC, o segundo maior banco do mundo, identificaram-se 8.667 brasileiros que sonegaram ou o lavaram dinheiro fora do país por meio dessa instituição. São bilhões de dólares por ano. Eles são parte da elite econômica do nosso país, acostumada a tudo poder. O que vai acontecer com eles?”

Diante de uma realidade como essa, pelo que se está apurando até agora, os valores de desvio de dinheiro da Petrobras são até significativamente inferiores, mas a conveniência de serem expostos como únicos e reprováveis se vale do exemplo de inocência do quero-quero, para até isso deturpar.

Gritando estridentemente bem longe do ninho justamente para esconder o lugar onde esse se encontra, a avezinha despista agressores, defende e salva a vida dos seus filhotes. A corrupção moral desses poderosos grupos econômicos, bem ao contrário, grita para esconder seus ninhos de reprodução, cirando injustiça social e morte, pelo volume do dinheiro público que eles roubam, dessa forma retirando do que é devido ao povo, em serviços públicos de qualidade, os recursos necessários para garantir sua dignidade, cidadania, bem-estar e bem viver.

A sonegação de imposto é crime, previsto em várias leis, uma delas ainda de 1965 (lei 4729) e pode fazer cair sobre esses grupos econômicos uma espécie de “ficha suja” suficiente para servir de impedimento – note-se a ironia dessa palavra para quantos desses grupos, direta ou indiretamente, estão defendendo o impeachment da Presidenta Dilma – para muitos dos seus negócios.

Essa, entre muitas outras evidentemente, uma das razões de não se imitar, nem como represália, a conduta imoral de algumas dessas empresas, grupos de mídia e pessoas, antecipando como verdadeiros os fatos ora investigados pela Polícia Federal contra elas. A existência de razões, porém, para a sua pregação moral já se encontrar sob suspeita de hipócrita e cínica, não há como negar. Se andou usando e abusando da tão proclamada liberdade de iniciativa, fazendo o que fez, e da não menos defendida liberdade de expressão, para mentir, não vai dar mais para recolher as pedras que andou lançando sobre a moral alheia e a conduta política do governo.

Se a própria moral delas estiver sem a mesma ou pior condição dos pecados por ela atribuídos às outras, com a mesma ou maior publicidade impõe-se agora ser provada.

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