quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Contraponto 14.862 - "Marina sobrepõe governo digital à regulamentação da mídia"

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24/09/2014

 

Marina sobrepõe governo digital à regulamentação da mídia

 


Jornal GGN - A democratização dos meios de comunicação a partir da regulamentação da mídia, principalmente a eletrônica, foi escanteada no programa de governo da presidenciável Marina Silva. Embora seja uma bandeira histórica de seu novo partido, o PSB, Marina prefere apostar em um governo a partir dos instrumentos oferecidos pela internet.

Em mais de 200 páginas de programa de governo, a principal adversária de Dilma Rousseff (PT) no pleito deste ano fala em “democracia de alta intensidade” com elevação da participação social por meio de um “governo digital”, mesmo que o acesso à internet esteja fora do alcance de mais da metade da população brasileira (Ipea/2014). Enquanto isso, a comunicação eletrônica (rádio e TV) abrange quase que a totalidade do território nacional.

A ex-ministra do Meio Ambiente propõe criar uma Secretaria da Democracia Digital vinculada à Presidência, conforme publicou o GGN (clique aqui para ler). Marina sugere também ampliar os “programas de apoio de movimentos populares para que tenham assegurado o acesso a veículos de informação como forma de defender suas causas”, mas sem especificar como isto será feito, caso ela vença a eleição.

Na última sexta (19), a reportagem acompanhou a passagem de Marina a São Bernardo do Campo, berço do PT, em São Paulo. Ao lado de Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente, e Luiza Erundina, coordenadora da campanha presidencial, Marina foi questionada sobre o por que de a regulamentação da mídia ter ficado de fora do programa de governo. “Não é mais uma agenda do PSB?”

Segundo Marina, a agenda agora é a agenda da “liberdade de imprensa”, uma conquista da “democracia” brasileira. A candidata explicou que sua proposta é aprofundar o processo de “atravessamento” que a sociedade vive a partir dos “meios modernos propiciados pela internet” - uma maneira de garantir informação “complementar às mídias clássicas”.

“Vamos utilizar essas ferramentas para termos uma gestão transparente, competente, ágil, em que a sociedade possa acompanhar a gestão pública. Eu defendo a liberdade de imprensa”, manifestou.

Beto Albuquerque emendou a resposta de Marina com a aprovação do Marco Civil da Internet. “Já se avançou muito nessa área digital, e nosso governo vai disponibilizar plataformas digitais. Isso foi um debate possível no Brasil com o Marco Civil na Internet. O consenso a que chegamos foi esse. Lá na frente, podemos avançar mais nesse tema. Esse negócio do representado ser mais que o representante tem que ser revisto. Nós achamos que podemos ampliar a participação através dos meios digitais.”

Incitada a falar sobre as divergências que o PSB tem com Marina, Erundina, que durante anos militou pelas rádios comunitárias, não quis, na ocasião, falar à imprensa. A postura foi uma tentativa de evitar mais saias justas à Marina. Mas a defesa da democratização da mídia é, na visão da ex-prefeita, “a reforma das reformas”.


Em seminário promovido pela Carta Maior em 2011, Erundina disse que todas as questões pelas quais ela lutou a vida toda não serão resolvidas sem a democratização dos meios de comunicação. “No dia em que a sociedade tiver acesso universal às informações, direito pleno de manifestação, de opinião, de poder influir na política de comunicação, aí se criam as condições políticas para a reforma agrária, a reforma urbana e a reforma política. Não se consolidará a democracia se não houver a plena democratização da mídia”, sustentou.


No mesmo seminário, Franklin Martins, que coordena a campanha digital de Dilma Rousseff, classificou como uma “cortina de fumaça” as tentativas de atrelar a democratização da mídia a um atentado contra a liberdade de imprensa ou de expressão.


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 PITACO DO ContrapontoPIG 


Erundina na campanha de Marina parece um peixe fora da água. 

Sujando a sua biografia...

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