sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Contraponto 13.164 - "Governo prepara ofensiva contra críticos da Copa"

Karine Melo e Paulo Victor Chagas - Repórteres da Agência Brasil

Preocupado com as manifestações contra a Copa do Mundo no Brasil, o Palácio do Planalto estuda um plano para deixar os gastos com o Mundial mais transparentes. Diante da reação popular e dos vários episódios de vandalismo, a avaliação do governo é que com a população melhor informada e esclarecida, as manifestações fiquem menos violentas.

A ideia é mostrar quanto custou cada arena e as obras de infraestrutura do mundial e até compará-las com as que foram feitas em outros países. A estratégia de comunicação ainda está sendo montada e será apresentada à presidenta Dilma Rousseff nos próximos dias.

Leia reportagem da Reuters sobre a ofensiva do governo:
Governo prepara ofensiva contra críticas à Copa do Mundo

Por Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA, 31 Jan (Reuters) - Preocupado com o movimento "não vai ter Copa" e com as críticas sobre a organização e os gastos para realização da Copa do Mundo, o governo prepara uma ofensiva com foco publicitário para reagir e transformar o evento em dividendo político para a presidente Dilma Rousseff, disse uma fonte do Executivo nesta sexta-feira.

O plano vem sendo estudado por várias áreas do governo nas últimas semanas e deve ser apresentado a Dilma nos próximos dias. Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, a presidente definirá a amplitude das ações.

"Nós temos que esclarecer quanto está sendo gasto com os estádios, quanto está sendo gasto com infraestrutura, que é muito mais, dizer qual a importância da Copa para o Brasil", disse a fonte a jornalistas.

Apesar de reconhecer o atraso na reação do governo, meses após as manifestações em diversas cidades do país em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações, o membro do Executivo considera que é possível, com mais transparência, reduzir as críticas aos gastos com a preparação para o Mundial.

"Essa campanha pode ajudar a isolar ou reduzir a presença (nas manifestações) daqueles que são contra a Copa", disse.

O orçamento consolidado da Copa do Mundo aponta gastos de 25,5 bilhões de reais com a realização do evento, incluindo obras de infraestrutura como aeroportos e corredores de ônibus, mas também a reforma ou construção das 12 arenas do Mundial. Desse total, 3,7 bilhões são provenientes da iniciativa privada.

O investimento em estádios chega a 8 bilhões de reais, dos quais apenas 133,2 milhões são de investimento privado, de acordo com a matriz de responsabilidade da Copa.

O movimento "não vai ter Copa", que começou nas redes sociais, chegou às ruas este mês com diversas manifestações convocadas pelo país. A maior parte delas não reuniu muitas pessoas, mas em São Paulo os protestos terminaram em tumulto e um dos manifestantes foi baleado pela Polícia Militar.

Na avaliação do Executivo, as manifestações voltarão durante a Copa, em junho e julho deste ano, e o governo tem que explicar claramente o que está investindo no evento para "evitar que meias-verdades" impulsionem os protestos, de acordo com a fonte.

No ano passado, a Copa da Confederações foi marcada por uma avalanche de manifestações, que entre outras reivindicações pediam melhores serviços públicos e criticavam os gastos com o evento. Os protestos muitas vezes resultaram em atos de violência, preocupando as autoridades e a Fifa.

Segundo esse integrante do governo, Dilma não conta com a Copa do Mundo como um trunfo político para a reeleição. "O que não se esperava, porém, é que a Copa ficasse na coluna do prejuízo", afirmou.
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Contraponto 13.163 - " Helena Chagas era a Secom 'foca' "

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31/01/2014


Helena Chagas era a Secom “foca” 

 


Blog Palavra Livre - 31/01/201/


HELENA CHAGAS: BYE!  BYE!


Por Davis Sena Filho  
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Helena Chagas, à frente da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, comportou-se como uma jornalista “foca” — a Secom “foca”. Não por ser profissionalmente uma “foca”, como são chamados os jornalistas em início de carreira, mas, sobretudo, por parecer uma “foca” de apresentação circense, a bater palmas enquanto o circo pega fogo e ela se omite e se afasta do processo de embate, a tocar lira e a não responder à altura aos ataques sistemáticos ao Governo trabalhista nos três anos que chefiou a Secom.



A Secretaria é um órgão estratégico para qualquer governo e sempre deveria ser ocupada por quem tem discernimento para perceber os acontecimentos políticos e, principalmente, coragem para enfrentar uma imprensa de negócios privados e controlada por meia dúzia de famílias bilionárias e extremamente conservadoras, que tratam, arbitrariamente, o Brasil de 200 milhões de habitantes e que é a sexta economia do mundo em grandeza como os quintais das casas delas.



Há muito tempo a atuação da jornalista Helena Chagas é questionada pelo PT, por seus políticos eleitos e também pelos seus militantes. Nunca, em momento algum, a Secom tratou como rotina a ser cumprida o fato de mostrar as realizações do Governo trabalhista, bem como rebater, sem demora e com firmeza, as acusações e denúncias contra o Governo do qual Helena Chagas participou.



Diga-se de passagem, acusações e denúncias muitas vezes infundadas, além de notícias repercutidas em off e declarações da oposição de direita, que, invariavelmente, considera quaisquer questões ou problemas a serem resolvidos em um “Deus nos acuda”, cujo propósito é desgastar a imagem do Governo, da presidenta Dilma Rousseff, do PT e, consequentemente, sabotar os programas sociais, alguns tidos como referências em âmbito internacional, porque o que vale para a imprensa familiar e alienígena é a luta política, que vai ter seu ápice em outubro deste ano quando o povo brasileiro vai às urnas escolher o político que vai sentar na cadeira da Presidência da República.



Helena Chagas não é uma profissional fraca ou incompetente. Contudo, não é talhada para ocupar um cargo e exercer uma função que requer, antes de tudo, descompromisso com a mídia corporativa, de mercado, que, inquestionavelmente, quer pautar e pauta autoridades da República, a começar por alguns juízes do STF e TJ, promotores do MPF, parlamentares do Senado e da Câmara e até mesmo políticos que ocupam cargos no Executivo e que, por conveniência, cumplicidade e medo, fazem o jogo dos magnatas bilionários de imprensa, que lutam, sem dar trégua, para que a direita brasileira retorne ao poder federal.



A ministra Helena Chagas se conduziu, a meu ver, de maneira pusilânime e acanhada, no que diz respeito à sua atuação como chefe de Comunicação Social do Governo trabalhista. E mais do que isto: jamais defendeu o Governo como deveria fazê-lo, ou seja, rebater e responder a qualquer acusação e denúncia feita pela oposição liderada pelo PSDB, pelo Ministério Público Federal e principalmente pela imprensa empresarial, que no passado apoiou não somente um golpe de estado, bem como foi aliada constante dos cinco presidentes generais que governaram, ilegalmente, este País em um longo período de 21 anos.



Acontece que Helena Chagas é “filha” da imprensa dos barões, particularmente o jornal O Globo e sempre teve, o que não é um pecado, boas relações com o sistema midiático hegemônico e que há mais de dez anos atua e age como um verdadeiro partido político, defensor dos interesses da Casa Grande, das grandes corporações privadas estrangeiras e de governos dos países considerados desenvolvidos, notadamente os Estados Unidos.



A jornalista Helena Chagas compôs com o sistema midiático empresarial e nunca o enfrentou quando era necessário. Ponto! Afinal, ela pertence a um governo cuja comunicação social não consegue ampliar suas realizações para repercuti-las em todo o Brasil. Simplesmente a maioria da sociedade que elege os mandatários trabalhistas, a exemplo de Lula e Dilma, não tem acesso à informação, no que concerne saber e compreender o que está a ser realizado no Brasil em termos de obras em geral e infraestrutura, em particular, além de os inúmeros programas sociais, que são um sucesso, serem desconstruídos pela mídia de caráter golpista, que, incessantemente, luta para que o Brasil não seja independente e que seu povo não conquista a emancipação.



Nunca compreendi o porquê de o PT e de muitos de seus líderes terem a necessidade de flertar com a direita ou com gente pertencente ao sistema, ao establishment, como é o caso de Helena Chagas e de muitos outros que se aproximaram dos trabalhistas e dos socialistas, mas que, no fundo, apenas queriam poder e fama ou talvez apenas ocupar cargos ou dar opiniões para sanarem os vazios de seus orgulhos e vaidades.



Eu defendo o PT, porque acredito em seu programa de Governo e projeto de País. Ponto! Não que o PT não cometa erros, equívocos e que até mesmo alguns de seus membros tenham cedido à tentativa de fazer malfeitos. A questão não é esta. O que me chama a atenção é que o PT ainda cede ao status quo e se envolve com pessoas que não estão dispostas a defender o programa apresentado pelos petistas ao grande e nobre povo brasileiro, a nossa verdadeira elite, porque chique e trabalhador e livre de ter a alma colonizada e com complexo de vira-lata, como acontece com os ricos e a classe média tradicional deste País.



Helena Chagas tão somente se omitiu e atuou como “dama” de companhia da presidenta Dilma Rousseff e não como uma assessora que está no cargo para defender o Governo. Não brigou, não lutou, não respondeu à altura, não divulgou as incontáveis obras e os programas sociais e, sobretudo, não rebateu, de pronto, as acusações — as injustas, e muito menos se dispôs responder, com determinação e firmeza, as muitas denúncias vazias da imprensa golpista, no que concerne a acusar autoridades de cometerem crimes e, depois de algum tempo, ficar comprovado que tal acusado não cometeu delitos, porém, teve sua imagem manchada e sem direito a dar uma resposta contundente através da mídia de seus detratores. Isto aconteceu e esses fatos são inquestionáveis, pois verdadeiros.



Pelo contrário, quando alguém do Governo trabalhista ou setores importantes da sociedade civil falavam em criar uma nova Lei para os Meios de Comunicação, como aconteceu na Argentina, além de existir nos Estados Unidos e na Inglaterra, Helena Chagas sempre fez ouvidos moucos, porque compromissada com o sistema midiático privado, já que foi funcionária com cargo de chefia nas Organizações(?) Globo, bem como em outras empresas as quais ela sempre tratou com pão de ló e com uma paciência que até o Jó, personagem bíblico, a perderia.



A verdade é que a jornalista Helena Chagas não fez o que deveria fazer. Entretanto, a culpa por isto ter acontecido é mais da presidenta Dilma Rousseff do que propriamente da chefe da Secom, que afirmou que vai deixar o cargo em março. Espera-se que o novo titular da Pasta seja um profissional que defenda o Governo trabalhista com rapidez e mostre o Brasil que a imprensa elitista se recusa a mostrar. Para isto, tem de mostrar coragem. Já era tempo e hora de haver mudanças.



Aproximam-se as eleições, que vão ser muito duras e vão mobilizar a direita como ela nunca se mobilizou antes. Os conservadores estão fora do poder há 12 anos e só em pensar em perder de novo outra eleição para os trabalhistas sentem calafrios e o desespero toma conta de suas esperanças de voltar no tempo e, consequentemente, edificar um País do sonho de nossas “elites” herdeiras da escravidão e proprietárias das casas grandes, que é o de desconstruir o que foi feito e, por sua vez, construir um Brasil VIP, portanto, para poucos e a ter como vocação o retrocesso. É isso aí. 
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PITACO DO ContrapontoPIG
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As eleições se aproximam. 
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Está na hora do "bateu, levou".
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Como diria o falecido Zé Limeira - folclórico torcedor do time do Ferroviário aqui do Ceará - "este negócio de paz e amor já era. O negócio agora é pau e muito pau..."
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Vejamos como se comporta o novo titular da Secom. 
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Contraponto 13.162 - "Traumann chega sob fogo pesado da mídia familiar"

247 - A ascensão do porta-voz da presidência da República, Thomas Traumann, ao cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, no lugar da ministra Helena Chagas, deixou um setor da sociedade em alerta: a chamada imprensa familiar, rotulada por grupos de esquerda como "Partido da Imprensa Golpista". E antes mesmo que a mudança fosse confirmada, num processo natural dentro do Palácio do Planalto, uma vez que a ministra Helena Chagas já havia demonstrado a intenção de deixar o cargo em outras ocasiões e Traumann seria seu substituto natural, diversos colunistas foram escalados para atacar a escolha de Dilma.

A primeira jornalista a demonstrar preocupação com a mudança, na Globonews, foi a colunista Cristiana Lôbo, que apontou uma suposta proximidade maior entre Traumann e dois jornalistas que comandarão a campanha da presidente Dilma à reeleição: João Santana e Franklin Martins (leia aqui sua coluna no G1). Também no sistema Globo de comunicação, Gerson Camarotti comentou que "ataques do PT" motivaram a saída de Helena Chagas (leia aqui). Ele também previu maior "enfrentamento" com a imprensa.

Na Folha, de Otávio Frias Filho, a mudança foi anunciada como uma medida para "mudar a relação com a mídia", destacando ainda o papel da Secom no gerenciamento dos recursos da publicidade governamental (leia aqui). E, em Veja, quem partiu para o ataque foi Reinaldo Azevedo, afirmando que o que está em jogo é a concessão de "mais dinheiro" ao que ele chama de "blogs sujos" (leia aqui).

Curiosamente, Traumann teve passagens bem-sucedidas, como repórter e editor, pelos três veículos que decidiriam criticá-lo: Folha, Veja e Época, que pertence à Globo. Como jornalista, construiu a reputação de um profissional moderado, equilibrado e sempre disposto a ouvir todos os lados envolvidos nas suas apurações. Como porta-voz da presidência da República, manteve relações construtivas com repórteres e editores de todos os veículos. Sobre o que fará na Secom, sua política de comunicação nem sequer foi anunciada, mas o fato é que as primeiras reações dos grupos Folha, Globo e Abril não deixam dúvidas: eles estão com medo. Isso faz sentido?
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Contraponto 13.161 - "Então você é um daqueles idiotas que protestam 'contra a Copa do Mundo' ?"

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31/01/2014 
  
Do Facebook  Vivacopa - 31/01/2014


Então você é um daqueles idiotas que protestam "contra a Copa do Mundo"?

POIS SAIBA QUE VOCÊ É UM IMBECIL!


Leia abaixo os motivos pelos quais quem protesta contra a Copa do Mundo de 2014 no Brasil é um tremendo imbecil.



Então você é um daqueles babacas que se acha muito inteligente e "consciente" porque protesta contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, e chama todo mundo que não participa dos seus protestos idiotas de "alienado"?
Sinto te informar, mas o verdadeiro ALIENADO aqui é VOCÊ, seu idiota!

Você se acha o "herói" que está "lutando pelo povo", não é mesmo?
Na verdade você não passa de um pateta fazendo um papelão diante do mundo, e trazendo muito mais malefícios do que benefícios para o povo.

Vamos aqui analisar os argumentos idiotas, e muitas vezes MENTIROSOS dos que protestam contra a Copa do Mundo no Brasil, e desmontar a suas falácias.

Os babacas que são contra a Copa do Mundo no Brasil basicamente dizem que "muito dinheiro público" está sendo gasto com a Copa do Mundo, que este dinheiro deveria estar sendo usado "na Saúde e na Educação", e que há muita corrupção nas obras da Copa.

Será mesmo?

Em primeiro lugar, quanto dinheiro está sendo realmente gasto com a organização da Copa do Mundo?
A turminha dos "anti-Copa" diz que os gastos são de 30 bilhões de reais. Na verdade o valor é menor. Mas a questão é: mesmo que fossem 30 bilhões de reais, isso realmente é "muito dinheiro"? E de onde sai esse dinheiro? Estaria esse dinheiro realmente saindo "da Saúde e da Educação", como eles alegam?
Para colocar as coisas em perspectiva, você sabe quanto foi a arrecadação de impostos do governo federal brasileiro no ano de 2013? Foi de mais de um trilhão de reais, ou seja, mais de mil bilhões de reais. Isso significa que, se os gastos com a Copa fossem realmente de 30 bilhões de reais, esse valor seria equivalente a menos de 3% (três porcento) do dinheiro arrecadado pelo governo federal somente no ano de 2013.
Se você considerar que o governo federal arrecadou também mais de 1 trilhão no ano de 2012, o total arrecadado nos dois anos, 2012 e 2013, passa de 2 trilhões de reais. Neste caso, os 30 bilhões gastos com a Copa equivalem a menos de 1,5% (um e meio porcento) do que o governo arrecadou nos anos de 2012 e 2013.
Se você acrescentar o que foi arrecadado pelo governo também em 2011, o total arrecadado passa de 3 trilhões, e os gastos da Copa caem para menos de 1% do arrecadado pelo governo federal neste período de 3 anos. Como todos sabem, as obras com a Copa não aconteceram todas de uma vez, apenas em um único ano, elas vem ocorrendo desde 2010, passando por 2011, 2012, 2013, e várias ainda estão em execução no ano de 2014.

Muito bem, agora que nós já sabemos que os tais "30 bilhões" que os anti-Copa dizem que estão sendo gastos com o evento equivaleriam a menos de 1% do que foi arrecadado pelo governo federal nos anos de 2011, 2012 e 2013, que tal compararmos os alegados "30 bilhões" com os investimentos na Educação, já que eles gostam tanto de encher a boca para falar em Educação?
Vamos nos limitar aqui a um único tipo de investimento na Educação, que é o FUNDEB. Se levássemos em conta outros investimentos na Educação, os valores seriam ainda maiores, mas por enquanto vamos ficar só com o FUNDEB.
O FUNDEB é o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica. É um fundo mantido pelo governo federal que repassa recursos para os Estados e os municípios brasileiros, para que Estados e municípíos apliquem esses recursos exclusivamente na Educação Básica (ou seja, o ensino fundamental e médio).
Pois bem, somente nos anos de 2011 e 2012, o governo federal repassou a Estados e municípios, através do FUNDEB, para investimentos na Educação Básica, a quantia de mais de 92 bilhões de reais.
Isso representa mais do triplo do dinheiro que afirmam que será gasto com a Copa do Mundo (que seria de 30 bilhões).
Lembrando que se tratam apenas dos recursos repassados em um período de dois anos (2011 e 2012).
Ora, mas vejam só... A tal "fortuna" que estaria sendo gasta com a Copa do Mundo equivale a menos de um terço do que o governo federal repassou, apenas em 2 anos, para Estados e municípios, apenas para investimentos na Educação Básica.
 

Mas depois de tanto falar em arrecadação de impostos, e fazer comparações com os valores repassados para o FUNDEB, surge uma pergunta: será que o dinheiro que está sendo "gasto com a Copa" TEM ALGUMA COISA A VER com os impostos arrecadados pelo governo federal ou com o orçamento da Educação?
Quem quer falar sobre os recursos utilizados na Copa do Mundo deveria, em primeiro lugar, visitar o Portal da Transparência na Copa, criado pelo governo federal para monitorar os gastos previstos e realizados com o evento. O link é:

Analisando as informações do Portal da Transparência nós podemos fazer algumas constatações bem interessantes.

A primeira constatação é: o governo federal não gastou um centavo sequer do Orçamento da União com a construção e reformas de estádios.
Os estádios foram reformados ou construídos a partir de uma combinação de recursos privados (no caso de estádios pertencentes a clubes, como o Beira-Rio, a Arena da Baixada e o Itaquerão), recursos de governos estaduais, e EMPRÉSTIMOS concedidos por instituições financeiras pertencentes ao governo federal, como BNDES, Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Nem um único centavo para obras de estádios saiu do Orçamento Geral da União, que é para onde vai o dinheiro dos impostos arrecadados, e de onde saem os recursos para a Saúde e a Educação.

Mas aí vai aparecer aquele babaca anti-Copa, falando: "ah, mas é dinheiro federal do mesmo jeito, o dinheiro emprestado pelo BNDES, Caixa Econômica, etc.."
NÃO É. Não tem nada de "a mesma coisa".
O BNDES, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, apesar de serem instituições pertencentes ao governo federal, são BANCOS, e como todo banco, vivem de EMPRESTAR DINHEIRO para ser pago com juros. É isso que todo banco faz, e que o BNDES, a Caixa e o BB fazem.
O BNDES, a Caixa e o BB tem os seus próprios ativos, que não tem nada a ver com o dinheiro do Orçamento do governo, e para que esses ativos aumentem, eles fazem o que todo banco faz, que é emprestar dinheiro, para depois ser pago com juros. E tanto o BNDES, quanto a Caixa e o BB são bancos que tem dado LUCRO todos os anos.

Mas agora vamos voltar ao assunto dos tais "30 bilhões" gastos com a Copa. Como podemos constatar no Portal da Transparência, apenas uma pequena parte dos gastos totais relacionados ao evento são gastos com estádios. Na realidade, apenas cerca de 8 bilhões são gastos com reformas e construções de estádios de futebol (que, como já vimos, não tiveram sequer um centavo do Orçamento Geral da União para suas obras).
Os demais "gastos" com a Copa, fora os estádios, são o quê, então?
São, na maioria investimentos na INFRA-ESTRUTURA das cidades-sede do evento.
A grande verdade é que tais investimentos SEQUER DEVERIAM SER CONSIDERADOS "GASTOS COM A COPA".
São investimentos em aeroportos, portos, ruas, avenidas, túneis, pontes, viadutos, corredores de ônibus e outras obras de mobilidade urbana.
Todos esses investimentos vão trazer benefícios para as populações das cidades-sede da Copa durante MUITOS ANOS APÓS A COPA TER TERMINADO. Quando a Copa acabar, as novas avenidas, os viadutos, as pontes, os aeroportos ampliados, e todos os demais investimentos vão continuar lá, servindo para melhorar a vida da população.
Foi neste tipo de investimento em infra-estutura que o governo federal colocou dinheiro do Orçamento. E este tipo de investimento em infra-estrutura SEMPRE foi destino de recursos do Orçamento da União, e SEMPRE deverá continuar sendo, pois se trata de melhorar as condições das cidades brasileiras. Inclusive muitas cidades que NÃO SÃO cidades-sede da Copa TAMBÉM tem recebido muitos recursos do governo federal para investimentos em infra-estrutura.

Muito bem, vamos nos concentrar então nos estádios de futebol, que parecem ser o principal alvo da ira e do ódio dos retardados mentais que protestam contra a Copa do Mundo.
Em primeiro lugar, podemos até ponderar se os investimentos na modernização de muitos dos nossos estádios de futebol, e na construção de novas modernas arenas, não seriam investimentos que também vão muito além do que simplesmente apenas a Copa de 2014.
Muitos dos estádios de propriedade dos governos municipais e estaduais já estavam com suas estruturas comprometidas, pondo em risco até a segurança dos torcedores. Exemplo disso é o estádio da Fonte Nova, em Salvador, em que no ano de 2007 ocorreu uma tragédia quando uma mureta desmoronou, e vários torcedores despencaram de grande altura, causando sete mortes. A Fonte Nova foi então posta abaixo e foi construído um novo estádio, muito mais moderno, em seu lugar, adotando o mesmo nome.
Os novos estádios trazem mais conforto e segurança aos torcedores, e podem ser utilizados para outros tipos de eventos, como concertos musicais, por exemplo.

Mas quanto realmente foi e será gasto pelos governos estaduais (e/ou municipais) nas obras dos estádios?
Chegamos agora talvez a um dos pontos principais da análise. Já vimos que o governo federal não gastou um centavo sequer do Orçamento Geral da União com obras de estádios. Mas os governos estaduais (e/ou municipais) gastaram e/ou vão gastar no futuro.
Como assim "vão gastar no futuro"? Ora, como vimos, foram feitos empréstimos de instituições financeiras como BNDES, Caixa Econômica e BB para as obras dos estádios. Esses empréstimos terão que ser pagos, no futuro (ou já começaram a ser pagos, em suas primeiras prestações).
Quem vai pagar esses empréstimos? Ora, isso depende.
Vai depender de fatores como a lucratividade e auto-sustentabilidade das arenas após a Copa. Muitos dos estádios foram reformados através de Parcerias Público-Privadas entre os governos estaduais e as  construtoras, formando consórcios que irão administrar os estádios durante as próximas décadas.
A maioria dos contratos dessas parcerias prevê que, apenas no caso das arenas não darem lucro suficiente para pagar as parcelas do empréstimo feito, e sobrar mais um valor pré-estipulado, apenas nos meses em que isso acontecer é que os governos estaduais (e/ou municipais) precisarão desembolsar recursos para cobrir o valor que falta.
Ou seja: a maior parte dos gastos dos governos estaduais (e/ou municipais) com os estádios sequer foi feita ainda. A maior parte dos gastos será feita NO FUTURO, em suaves prestações, e dependendo da lucratividade ou não das arenas, as quais poderão melhorar sua arrecadação através da realização de eventos não-esportivos, como shows musicais, por exemplo.
VEJAM SÓ: o maior alvo do ódio dos dementes que protestam contra a Copa, que são os gastos dos governos estaduais com o estádios (já que o governo federal não gastou NADA com estádios) são na maior parte gastos que nem sequer foram feitos ainda, e que vão depender de fatores futuros como a lucratividade das arenas, e podem vir a nem se tornarem tão altos como inicialmente estimado.
Considerando que três dos estádios são privados  (Beira-Rio, Arena da Baixada e Itaquerão) e pertencem a clubes de futebol que terão que arcar com os pagamentos dos empréstimos, e considerando que alguns dos estádios públicos tem potencial para serem lucrativos, podemos com certeza chegar a uma conclusão: os gastos efetivamente realizados e que virão a ser realizados pelos cofres públicos dos governos estaduais com as obras de estádios SERÃO BEM MENOS DO QUE OITO BILHÕES DE REAIS empregados no total das obras.
Lembrando que a maior parte do que já foi gasto é dinheiro de EMPRÉSTIMOS concedidos por instituições financeiras.

MAS E AÍ, SERÁ QUE O INVESTIMENTO NA COPA NÃO VALE A PENA?
 Depois de tanto analisarmos os custos envolvidos, cabe agora perguntar: será que não vale a pena o investimento feito na organização da Copa do Mundo?
Já vimos que uma grande parte dos "tais 30 bilhões" que dizem que serão "gastos" com a Copa são na verdade investimentos em infra-estrutura e mobilidade urbana das cidades-sede do mundial, investimentos que certamente valeriam a pena ser feitos MESMO QUE NÃO HOUVESSE COPA DO MUNDO, pois independente de haver Copa ou não, são obras que trazem melhorias no trânsito dessas cidades, na qualidade de vida da população, na eficiência econômica dessas cidades, na sua estrutura para lidar com a atividade turística, entre outras coisas.
Mas os demais investimentos feitos, como por exemplo, os BEM MENOS do que 8 bilhões que os governos estaduais gastaram e poderão vir a gastar (dependendo de fatores futuros) com as reformas e construções de estádios?
Será que esses outros investimentos feitos para garantir a Copa no Brasil, mesmo que tivessem como único objetivo a realização da Copa, não valeriam a pena? Será que a Copa do Mundo no Brasil, por si só, já não seria um investimento que vale a pena?

Ora, segundo estimativa da Embratur, cerca de 600 mil turistas estrangeiros devem vir ao Brasil durante o período da Copa do Mundo, os quais devem gastar no Brasil cerca de 7 bilhões de reais (fonte: http://www.anba.com.br/noticia/21013383/anba-na-copa/brasil-espera-600-mil-estrangeiros-para-2014/ )
Somente o valor gasto por turistas estrangeiros no Brasil durante o período da Copa já supera o total que deverá ser efetivamente gasto pelos cofres públicos dos governos estaduais e municipais com os estádios da Copa (lembrando de novo que 3 dos estádios são privados).
Mas isso é apenas uma pequena parcela dos benefícios da Copa do Mundo.
Para além dos gastos dos turistas estrangeiros durante a Copa, o evento também trará grande dinamismo ao turismo doméstico, com milhares de brasileiros viajando internamente pelo país nos meses de junho e julho de 2014.
Mas o maior legado da Copa do Mundo para o turismo não é o legado imediato, mas o legado a médio e longo prazo, o legado para depois da Copa.
Teremos milhares de turistas estrangeiros conhecendo o Brasil pela primeira vez, conhecendo as belezas naturais deste país, das florestas da Amazônia e do Pantanal, às praias do Nordeste, à Cataratas do Iguaçu no Paraná. Teremos milhares de jornalistas estrangeiros conhecendo as belezas do nosso país.
Isso tudo traz um enorme potencial para divulgar o nosso país, e ampliar em muito o número de turistas estrangeiros vindo ao Brasil todos os anos, e não apenas no ano da Copa.
Atualmente, o número de turistas estrangeiros que vem ao Brasil por ano é considerado muito baixo, comparado com o número de turistas que visitam outros países até menores do que o nosso. A Copa do Mundo tem o potencial de alavancar o turismo no Brasil, ampliando a vinda de turistas estrangeiros não apenas em 2014, mas durante muitos anos, com a divulgação massiva que será feita dos atrativos do nosso país.
Para podermos ter uma melhor noção do que isso significa, devemos pegar o exemplo da África do Sul, país que sediou a Copa do Mundo de 2010, e que teve um significativo aumento no número de turistas estrangeiros que recebe.
No ano de 2010, a África do Sul teve um aumento de 15% no número de turistas estrangeiros em relação a 2009, como podemos ver neste link:

Mas mesmo depois do ano da Copa, 2010, a África do Sul continuou se beneficiando com a divulgação proporcionada pela Copa. No ano de 2011, o número de turistas estrangeiros que visitaram a África do Sul cresceu em 3,3% em relação a 2010, como mostra este link:
Ainda em 2013, continuou a tendência de crescimento das visitas de turistas estrangeiros à África do Sul, com o primeiro trimestre resgistrando aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme informado neste link:

Podemos portanto ver o efeito positivo a longo prazo que a Copa do Mundo de 2010 teve para o turismo na África do Sul, aumentando ano a ano o número de visitantes, que deixam divisas no país, beneficiando a economia e gerando empregos.
A Copa de 2014 tem o potencial de fazer o mesmo em relação ao Brasil, mostrando que o seu legado para o setor turístico vai muito além dos 600 mil estrangeiros que virão ao país em junho e julho, deixando 7 bilhões de reais na nossa economia.

Um último argumento muito utilizado pelos debilóides que protestam contra a Copa do Mundo, é a de que teria "muita corrupção" nas obras da Copa.
O interessante é que eles afirmam isso sem nenhuma prova de nenhum caso concreto de corrupção.
De fato, diversos estádios apresentaram aumento nos custos previstos nas obras. Mas em outros estádios ocorreu o inverso: o custo total da obra acabou ficando MENOR do que o inicialmente estimado, como por exemplo, na Arena Castelão, em Fortaleza, e na Arena das Dunas, em Natal. Mas isso eles não falam.
Mesmo nos estádios em que houve aumento nos custos, isso não necessariamente significa que houve corrupção ou desvio de recursos. Em muitos casos pode ter ocorrido que os custos foram subestimados na análise inicial, e que ocorreram aumentos nos custos de materiais, equipamentos, e mão-de-obra, que não estavam inicialmente previstos.
Mas, caso tenha havido corrupção em alguma das obras, cabe ao Ministério Público investigar, analisar, e denunciar os culpados, e a Justiça irá julgá-los. O governo federal exigiu critérios de transparência nas obras, o que facilita o trabalho de investigação do Ministério Público. Caso tenha alguma coisa errada, que seja denunciado. Mas por enquanto, o Ministério Público ainda não apresentou nenhuma denúncia de corrupção ou de desvios em nenhuma das obras.
Mesmo que tenha havido casos de corrupção em alguma das obras, que o Ministério Público venha a descobrir e denunciar, isto não é motivo para ser contra a Copa. Os eventuais responsáveis que sejam julgados, punidos, e obrigados a ressarcir os cofres públicos, caso tenham roubado alguma coisa. Mas ser contra a realização da Copa por causa disso é pura idiotice.

EM RESUMO
Podemos concluir que:
1 - A Copa é um bom negócio para o Brasil, trazendo ótimo retorno para a economia do país
2 - O governo federal não gastou um centavo sequer do Orçamento com obras de estádios
3 - As obras de infra-estrutura e mobilidade urbana são importantes, e deveriam ser feitas mesmo que não houvesse Copa
4 - A maior parte dos gastos de Estados e municípios com estádios nem foi desembolsada ainda, e poderão ser reduzidos, dependendo da lucratividade dos estádios
5 - O tais "30 bilhões" que serão gastos com a Copa são menos de um terço do que o governo federal repassou, apenas em 2011 e 2012, para Estados e municípios investirem na Educação Básica
6 - Quem protesta contra a Copa é um IMBECIL, alienado, DESINFORMADO, debilóide, oportunista, retardado, baderneiro que só quer fazer bagunça, incapaz de raciocinar com base em dados reais, e está causando apenas prejuízos ao povo brasileiro, além de merecer ganhar o prêmio Nobel de Idiotice.


 
Pequena observação sobre mais um dos argumentos utilizados por alguns dos idiotas que são contra a Copa: o de que a Copa seria "para os ricos".
Esse argumento é completamente idiota. É MUITO fácil encontrar milhares de trabalhadores brasileiros que moram em periferias, e que JÁ COMPRARAM ingressos para pelo menos uma partida da Copa do Mundo em sua cidade. Nem precisa procurar muito para achar.
Um ingresso para um jogo da Copa pode ser comprado por menos de 300 reais, menos do que custa um tablet de padrão popular, desses que o povão na periferia compra aos montes hoje em dia.
Os ingressos para a Copa foram vendidos por sorteio entre os interessados na primeira fase de vendas, e MUITA gente que mora na periferia foi sorteada, pagou no cartão ou no boleto, e já garantiu a sua ida a pelo menos um jogo da Copa.
Querer NEGAR que isso é verdade é coisa de gente com MÁ-FÉ. Coisa de gente que quer criar uma imagem IRREAL de um país supostamente "cheio de miseráveis que passam fome" enquanto "uma pequena elite" vai ver o jogos da Copa. Isso não existe. Para quem não sabe, o Brasil é hoje um país onde MAIS DA METADE das famílias, mais de 50%, ou seja, A MAIORIA, possui carro ou moto. É isso mesmo. A MAIORIA das famílias brasileiras possui carro ou moto, conforme notícias neste link:
Para quem não sabe raciocinar, e é preciso desenhar: "mais da metade" obviamente significa MAIORIA. Entendeu?
Portanto este não é um país onde uma "maioria de pobres miseráveis que passam fome" não pode ir ver um jogo da Copa porque "não tem condições". Isso não é o Brasil real de 2014. Podia ser o Brasil de 20 anos atrás, mas não o Brasil de hoje. Só que os retardados anti-Copa ainda vivem com a cabeça em 1990, ainda vivem com a cabeça no século passado.
É seguro dizer que, hoje em dia, a MAIORIA dos brasileiros teria condições de, SE QUISESSEM, pagar 300 reais para ir ver um jogo da Copa (obviamente tem que passar pelo sorteio, pois não teria lugar no estádio suficiente para todo mundo). Não há ABSOLUTAMENTE NADA DE ABSURDO nesta afirmação, que é o RETRATO FIEL da realidade brasileira, diferente dos delírios de alguns dos anti-Copa, que imaginam um país miserável com a maioria do povo passando fome, o que simplesmente não é verdade.



Uma pequena fábula para refletir:

Pedro e José eram dois irmãos que cresceram em um humilde e pequeno sítio de propriedade de seu pai, Francisco, um agricultor familiar. O sítio, apesar de bem pequeno, ficava em uma localização privilegiada, com vista para um rio com uma belíssima cachoeira.
Depois que o Seu Francisco faleceu, Pedro e José dividiram o sítio, e cada um construiu uma casa para suas respectivas famílias em sua metade do sítio, ambas as casas com vista para o rio e a bela cachoeira.
Um dia, Pedro e José apostaram em um "bolão" da loteria, acertaram cinco dos seis números, e na divisão do prêmio, cada um ficou com 10 mil reais.
Como cada um investiu os seus 10 mil reais?

Pedro resolveu investir tudo, até o último centavo, na Saúde e na Educação: colocou os 10 mil reais em uma poupança que rendia uma merrequinha por mês, e fez plano de saúde para a família toda, e matriculou seus dois filhos em um excelente colégio particular.
Todos os meses, o que Pedro gastava com mensalidades do plano de saúde e mensalidades do colégio dos filhos era bem mais do que o rendimento da poupança, e assim o saldo da sua poupança foi diminuindo mês a mês. Em apenas dois anos, Pedro gastou tudo o que tinha na poupança, e, sem dinheiro, teve que cancelar o plano de saúde, e tirar os filhos do bom colégio em que estavam.

Já o José teve uma idéia diferente, e resolveu investir no Turismo: aproveitou a belíssima vista que o seu terreno tinha para o rio e a cachoeira, e usou os 10 mil reais para construir um pequeno bar e restaurante familiar, ao lado de casa, com visão privilegiada da natureza.
Logo o seu pequeno bar e restaurante se tornou um sucesso, com muitas pessoas das cidades mais próximas vindo tomar uma cervejinha com vista para o rio e a cachoeira, desfrutando das belezas naturais do sítio do seu José.
O negócio do seu José cresceu, ele ampliou o restaurante, e passou a ter uma renda mensal tão boa, que deu para fazer plano de saúde para a sua família, e matricular o seus três filhos no melhor colégio particular da região.
Como o negócio do seu José se manteve por muitos anos, ele pode continuar pagando plano de saúde e colégio particular enquanto quis, e seus filhos passaram no vestibular para Direito, Engenharia e Publicidade.

Moral da história: investir "tudo na Saúde e na Educação", sem investir em uma atividade econômica que possa sustentar aquela Saúde e Educação a longo prazo, não adianta nada.
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Contraponto 13.160 - "A missão de Thomas Trautmann"

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31/01/2014

A missão de Thomas Trautmann



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Thomas Trautmann foi uma excelente aquisição para a Secom.


Paulo Nogueira


Paulo NogueiraTrabalhamos juntos na Época em meados dos anos 2 000. Thomas é um jornalista competente e um homem de caráter.

Fazia, na revista, uma das seções mais lidas: Filtro. Como o nome diz, era uma filtragem das notícias mais importantes da política. (O espírito dela está presente em nosso Essencial.)

Eu era diretor editorial, e minha divisa era: “um olho na revista e outro no site”. Thomas, com seu Filtro, era a representação disso.

Na edição semanal, você tinha ali o principal do mundo político no papel. Diariamente, pela internet, você se informava por Thomas.

O mundo político acompanhava-o. Lembro que uma vez Serra, então forte candidato à presidência, nos contou que uma de suas leituras obrigatórias era o Filtro de Thomas.

Ele chega à Secom sob uma cínica desconfiança da mídia.

Absurdamente privilegiada há anos, décadas, por sucessivos governos com coisas como publicidade em doses abjetas e financiamentos a juros maternos em bancos públicos, a mídia teme que a Secom coloque algum dinheiro em blogs que representam, hoje, a garantia de que vozes e visões alternativas chegarão à sociedade.

As companhias de jornalismo defendem, essencialmente, seus próprios interesses – e os do grupo a que pertencem, o chamado 1%.

Antes da internet, elas comandavam – manipulavam – a opinião pública. Veja o que elas fizeram com Getúlio e, depois, Jango. Com Lula, no Mensalão, o mesmo comportamento padrão se repetiu – a tentativa de minar governantes populares. A diferença é que a estratégia não funcionou. A intenção era a mesma.

Foi nesse quadro que a internet surgiu e floresceu como uma vital contrapartida às empresas de mídia.

Colunistas que reproduzem o pensamento patronal estão criticando a nomeação de Thomas.
Reinaldo Azevedo – que tem uma velha obsessão por mim – é um deles.

É até engraçado. Quando dirigiu uma revista a favor do PSDB, Azevedo recebeu mensalões do governo paulista na forma de anúncios. Nem isso foi suficiente para salvar a publicação.

A revista para a qual ele trabalha – a Veja – é abençoada com a compra de lotes consideráveis pelo governo de Alckmin.

Os exemplares vão terminar em escolas estaduais cujos alunos estão na internet. São conhecidos os relatos de gente que vê as revistas indo para o lixo exatamente como chegam – na embalagem plástica.

Alguém pode imaginar jovens lendo revistas de papel, com a internet à sua disposição? Mas o governo Alckmin gasta milhões em Vejas que não serão lidas por estudantes que sequer a conhecem.
Thomas Trautmann chega com uma missão relevante: dar mais nexo ao investimento publicitário oficial.

Faz sentido a Globo – com audiência em queda aguda por conta também da internet – continuar a receber tanto dinheiro em anúncios governamentais?

A Globo é uma bizarrice. Graças ao BV (Bonificação por Volume), uma espécie de propina para as agências, a Globo tem 60% da receita publicitária brasileira tendo 20% da audiência.

Todo este dinheiro – o governo colocou 6 bilhões de reais nos últimos dez anos – alimenta uma máquina que defende os interesses dos Marinhos, dos Marinhos e ainda dos Marinhos.

E defende bem: os herdeiros de Roberto Marinho têm, juntos, a maior fortuna do Brasil, como mostra a lista de bilionários da Forbes. São cerca de 55 bilhões de reais, somados.

Durante muito tempo, só o governo pagava tabela cheia de publicidade quando os anunciantes privados tinham descontos que podiam passar de 50%. Era uma torração infernal de dinheiro público.
Dívidas com bancos oficiais eram pagos, frequentemente, com anúncios. Nos anos 1980, o Jornal do Brasil regurgitava de anúncios do governo.

Investir no jornalismo digital é fundamental – sobretudo para a sociedade. Jango não teria sido derrubado tão fácil se na época houvesse a internet para mostrar o que os jornais não mostravam.
Teríamos evitado, simplesmente, a ditadura militar – a qual, além de matar brasileiros, construiu um país campeão mundial de desigualdade.

Os militares – apoiados pela mídia – fizeram um governo de ricos, por ricos e para ricos.
Thomas, na Secom, é a esperança de que cheguem ao fim as mamatas das empresas de mídia no que diz respeito às verbas oficiais.

Se Thomas se sair bem, mais que o governo Dilma, quem ganhará mesmo é a sociedade brasileira.

Paulo Nogueira. Jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Contraponto 13.159 - "Bolsa Família é produto de exportação made in Brazil"

247 – O programa de transferência de renda que virou referência do governo brasileiro, Bolsa Família, acaba de virar produto de exportação. Isso porque, a convite do Banco Mundial, que quer firmar uma parceria com o Brasil, a iniciativa implementada no governo Lula que tirou milhões de brasileiros da pobreza deverá ser transferida para países em desenvolvimento interessados em investir nos mais pobres.

De acordo com a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, os parceiros são países que já "usam o exemplo do Brasil como inspiração". Uma das ações sugeridas é criar uma plataforma tecnológica para transferir informações e resultados do Bolsa Família, definido pela ministra como "o programa mais estudado do mundo".

Nesta quinta-feira 30, Tereza Campello viajou a Washington para se reunir com altos funcionários do organismo internacional a fim de explorar a parceria com o Brasil. O objetivo principal da união é assessorar países interessados em impulsionar "mecanismos" de ajuda a famílias menos favorecidas.

Nesta sexta-feira 31, aproveitando sua passagem pela capital dos Estados Unidos, a participação da ministra em um seminário organizado pela ONG Center for American Progress, próxima da Casa Branca, reafirma a importância do programa e o interesse que ele desperta no exterior.

Um estudo do Ipea divulgado em outubro em decorrência dos dez anos do programa revelou o impacto econômico da iniciativa no País. O levantamento aponta que se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. "É um impacto de 28% e o efeito aumenta ao longo do tempo", disse na ocasião Marcelo Neri, presidente do Instituto.

Ainda segundo a pesquisa, "cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social" e faz a economia girar 240%. O presidente do Ipea afirmou que, comparado com outras despesas, o programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). "Os EUA gastam 2% do PIB com programas sociais, e os países europeus ainda mais", lembrou.

Nessa semana, a ministra Tereza Campello também lembrou, agora que o produto é tipo exportação Made in Brazil, que cada dólar investido pelo Estado gera retorno de 1,78 dólar.
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Contraponto 13.158 - "Oposição: procura-se"

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31/01/2014 

Oposição: procura-se

 

Da Carta Maior30/01/2014

 

A crítica competente é fundamental para o desempenho de qualquer governo. Quanto a isso, estamos à míngua. A oposição brasileira é rústica como oposição.


Wanderley Guilherme dos Santos
 
  
Arquivo
Se depender da oposição o País não vai andar. A infantilidade de seus protestos explica o agônico socorro que está pedindo à descabelada desordem urbana. De seu próprio ventre, nada. Criticar a autoridade fiscal, por exemplo, por ter usado tributos e dotações dos leilões para fechar as contas equivale a desancar o quitandeiro porque equilibra o livro-caixa recebendo o que lhe devem. É curial que o governo troca tributação por serviços, administração e projetos. Lá uma vez ou outra parte dos impostos se transforma em subsídios diretos e indiretos ao consumo e às despesas dos grupos vulneráveis. Chama-se redistribuição de renda e vem ocorrendo há pouco mais de dez anos no Brasil. É isso que provoca espuma na garganta oposicionista e a faz perder o senso de ridículo.
Nenhuma oposição que se preze tenta condenar um governo por fazer uma parada técnica voltando de longa viagem. Aliás, nem mesmo se fosse para simples recuperação física, independente de considerações meteorológicas ou de segurança de vôo. Pois este foi um dos brados de guerra, sem eco, da semana oposicionista.  

Desdobrar desembolsos no tempo é uma espécie de versão macroeconômica da compra a crédito, o uso calculado da renda e do gasto futuros. A dívida das pessoas deve ser compatível com a proporção comprometida da renda esperada face ao dispêndio incompressível que virá a ter. Trata-se de uma questão de ser ou não leviano em relação à própria economia. E é preciso muita leviandade para que eventuais desmandos, ou desvairada presunção, conduzam à falência. Desde a redemocratização de 1945 foram necessárias décadas dos mais variados governos, inclusive ditatoriais, até que os livrescos sábios do PSDB conseguissem a proeza de quebrar a economia brasileira três vezes em não mais do que oito anos. (Grifos em verde negritado são  do ContrapontoPIG)


Quando as mesmas vozes do passado esgoelam-se em advertências sobre a dívida pública, bruta ou como proporção do produto interno, com que diabos de autoridade pensam estar falando? Não possuem nenhuma imaginação ou criatividade e o bolor das receitas sugeridas tem um só resultado, se aviadas: desemprego. Existe uma crônica morbidez no pensamento conservador que o faz recuar diante da saúde e saudar os sintomas patológicos de vida social. Talvez por isso aplauda a proliferação dos micróbios (pequenos grupos de desordeiros, em geral), sem se dar conta de que estes são a hiperbólica evidência do fracasso oposicionista, ele mesmo.

Mas a pantomima máxima revela-se na busca de recordes. Os furos pelos quais compete a grande imprensa foram transferidos das páginas de esportes e da previsão do tempo para as manchetes, mas com significados distintos.

Excepcionais desempenhos em natação, maratona e salto a distância refletem o aprimoramento físico da espécie, o apuro no treino e a perseverança nos treinos. Já os indicadores de temperatura nos explicam o bem estar ou seu contrário em condições de exacerbado calor ou frio. Por isso comparam números de hoje com os de ontem ou de há dez anos conforme o caso. Mas as manchetes das primeiras páginas são pândegas. Títulos chamativos advertem que aumentou a ameaça inflacionária enquanto o texto explica que houve uma variação para mais no quarto dígito depois da vírgula, algo que não acontecia há dezoito, vinte e três ou não sei lá quantas semanas. Ou seja, o furo jornalístico não quer dizer absolutamente nada.

Pelo andar da carruagem é de se esperar escândalos informando que o desemprego na tarde de quarta feira passada foi o maior já registrado em tardes de quartas-feiras de anos bissextos. Ao anunciá-los os apresentadores de noticiários televisivos farão cara de fralda de bebê, suja.

Enquanto o País muda a pele, subverte rotinas, enfrenta e experimenta uma realidade inédita – a liquidação da miséria extrema – e veloz reestruturação de seus contingentes sociais, o reduto oposicionista balbucia indignações esfarrapadas. E a crítica competente é fundamental para o desempenho de qualquer governo. Quanto a isso, estamos à míngua. A oposição brasileira é rústica como oposição, não está preparada para governar.
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Contraponto 13.157 - "Folha se desespera por Alckmin e dá vexame com "ficha falsa" sobre Padilha"

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31/01/2014

 

Folha se desespera por Alckmin e dá vexame com "ficha falsa" sobre Padilha


 

Amigos do Presidente - quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Folha dá vexame com "denúncia" falsa contra Padilha. Tentativa de ofuscar a notícia do lançamento da campanha de vacinação contra o HPV.
Bateu desespero no jornal Folha de São Paulo com projeções qualitativas que apontam para uma derrota de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e vitória de Alexandre Padilha (PT-SP) nas próximas eleições para governador de São Paulo.

Para jogar a bóia para Alckmin, a Folha soltou uma manchete venenosa para atacar Padilha. O problema é que ali tem mentiras, omissões e falta de apuração, o que só pode ser proposital para uma matéria de capa. Lembra o episódio da ficha falsa da presidente Dilma publicada pelo jornalão antes das eleições de 2010, para tentar salvar José Serra do naufráugio eleitoral.

Qual é a denúncia? Nenhuma. Uma Organização Não Governamental que existe desde 1994 teve convênios com o Ministério da Saúde desde 1999 (quando um certo José Serra era ministro), como tantas outras instituições sobre as quais nada consta contra. O pai do ministro Padilha mostrou alta integridade ao se desligar da gestão desta entidade em 2009 (ver carta abaixo), justamente porque seu filho havia assumido o cargo de Ministro das Relações Institucionais durante o governo Lula.

Em vez de atacar, deveria é aplaudir o pai do ministro, Anivaldo Pereira Padilha, pela atitude zelosa tomada em 2009, quando seu filho nem vislumbrava ser ministro da Saúde e muito menos pré-candidato a governador.

O motivo da Folha dar esse vexame, na verdade, é eleitoral e financeiro, meramente para desgastar a imagem de Padilha, favorecendo o "amado" Geraldo Alckmin que, inclusive, é "bom cliente", sendo o maior assinante do jornal (com dinheiro público).

Observe que a "reporcagem" da Folha saiu hoje (30) para tentar ofuscar o lançamento que Padilha fez da campanha de vacinação contra o HPV, para prevenir câncer no colo do útero.

Padilha sairá do ministério como um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil já teve, com um trabalho vibrante que deu resultados, cheio de entusiasmo para levar esse trabalho e novas realizações para o Estado de São Paulo. Enquanto a imagem de Alckmin hoje é de alguém sem gás, sem capacidade para lidar com os graves problemas de segurança pública, com políticas antiquadas, viciadas e que só sabe criminalizar movimentos sociais e pobres, enquanto abafa escândalos de corrupção em seu governo, engavetando dezenas de CPI's importantes e protegendo amigos propineiros enrolados até o pescoço no propinão tucano nos trens (ou trensalão, se preferirem).

Abaixo a nota de esclarecimento do Ministério da Saúde:

#EsclareceMS | Nota à imprensa sobre matéria da Folha de SP do dia 30.01.2014
Publicado: 30 Janeiro 2014

O Ministério da Saúde informa que desde 1999 a Organização Não Governamental (ONG) Koinonia desenvolve projetos determinados pela pasta em editais públicos. Desde 2011, a ONG participou de pelo menos quatro seleções de projetos do Ministério, sendo desclassificada em dois deles.

Em 2011, a entidade assinou Termo de Cooperação dentro de edital para eventos, para a promoção do Seminário “Fortalecendo laços: Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, no valor de R$ 60 mil, realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2011.

Em 2012, a Koinonia submeteu proposta para a realização de projeto “Reafirmando os direitos das pessoas que vivem com HIV Aids nas comunidades religiosas” no valor de R$ 60 mil. No ano seguinte, 2013, a ONG encaminhou novo projeto para a promoção do “II Seminário Regional Inter-Religioso de incentivo ao diagnóstico precoce ao HIV”, com custo previsto em R$ 70 mil. No entanto, a Organização não venceu nenhuma dessas duas seleções.

Ainda em 2013, a ONG submeteu projeto atendendo a publicação de edital no Diário Oficial da União. A proposta deu origem ao convênio 796812/2013, firmado em dezembro do ano passado, no valor de até R$ 199,8 mil. A aprovação dos projetos acima mencionados só foi possível após a comprovação de capacidade técnica da entidade em atender exigências e requisitos estabelecidos nos editais e nos processos de seleção.

Segundo informações prestadas pela Koinonia, a entidade é uma instituição sem fins lucrativos e conta com 20 anos de experiência nas áreas de saúde, combate ao racismo, direitos civis e humanos e liberdades religiosas. Tem entre seus fundadores o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, o escritor Rubem Alves e o educador Carlos Brandão.

Ainda de acordo com documentação da entidade, durante esses 20 anos, a Koinonia firmou convênios, parcerias e contratos de cooperação com organismos internacionais - Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), União Europeia, Ford Foundation (EUA), Christian Aid (Reino Unido), Church World Service (EUA), Conselho Mundial de Igrejas (Suiça), Igreja Unida do Canadá, Igreja Anglicana do Canadá, ACT Alliance, Igreja da Suécia, Canadian Foodgrains Bank, Norwegian Church Aid, entre outros.

A Koinonia informou que o senhor Anivaldo Padilha é associado da entidade e exerceu a função de Secretário de Planejamento e Cooperação entre 01 de janeiro de 2007 e 25 de setembro de 2009. Ocasião em que - por carta à entidade – solicitou afastamento das funções tendo em vista que o ministro Alexandre Padilha assumiria a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com o objetivo de cumprir o que determina a legislação e evitar conflito de interesse com o Poder Público.

Por fim, é importante esclarecer que o processo de análise das propostas de convênios encaminhadas e aprovadas pelo Ministério da Saúde segue sempre a mesma forma: após cadastrada, ela é analisada pela área técnica responsável quanto ao mérito e, posteriormente, pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) quanto aos aspectos técnico-econômico.

Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde



Abaixo a carta do pai de Padilha se desligando da gestão da entidade em setembro de 2009:
Quem tiver curiosidade sobre as atividades da Koinonia, onde fala no trabalho ecumênico para a tolerância religiosa e contra o racismo, com prevenção à violência, saúde e drogas, o site é este http://www.koinonia.org.br
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