sábado, 6 de abril de 2013

Contraponto 10.840 - "Defesa irá ao STF para provar que não houve dinheiro público no mensalão"

 .

06/05/2013 

 

Defesa irá ao STF para provar que não houve dinheiro público no mensalão

 

Do Ultimo Segundo - 6/4/2013 

 


Advogados de sócio de Valério reuniram documentos para derrubar condenação por peculato; decisão favorável pode gerar ‘efeito cascata’ e beneficiar todos os envolvidos

 


A defesa do publicitário Ramon Hollerbach vai apresentar ao Supremo Tribunal Federal um calhamaço de notas fiscais, planilhas e contratos com o objetivo de convencer os ministros de que os serviços contratados pela Visanet e pela Câmara Federal junto à DNA Propaganda e SMP&B foram usados efetivamente na prestação de serviços de publicidade.

Os advogados pretendem derrubar a versão aceita pelo STF de que houve desvio de dinheiro público no mensalão , um dos pilares da tese de que o esquema usava recursos do governo para comprar votos no Congresso.










Ramon Hollerbach foi condenado a mais de 29 anos de prisão no julgamento do mensalão
Segundo o Supremo, o governo usou a Câmara e o Banco do Brasil (controlador da Visanet) para drenar milhões de reais em dinheiro público em direção às contas do empresário Marcos Valério de Souza, sócio da DNA e da SMP&B.

Leia mais: STF rejeita ampliar prazo para recurso do mensalão
Especial do iG: Veja as penas dos 25 condenados no mensalão
Leia todas as notícias sobre a cobertura do julgamento no STF
 
Hollerbach, sócio de Valério, foi condenado a 29 anos e sete meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão, formação de quadrilha e peculato. Se os advogados conseguirem convencer os ministros do STF de que não houve dinheiro público no esquema, cai a acusação por peculato.

Apenas cinco pessoas foram condenadas por peculato no julgamento do mensalão (Hollerbach, Valério, Henrique Pizzolato, João Paulo e Cristiano Paz). Advogados de outros condenados acreditam, porém, que se o crime de peculato cair pode haver uma espécie de efeito cascata que beneficiaria todos os envolvidos.

Segundo os defensores, se o Supremo aceitar que não houve dinheiro público no esquema, estarão criadas as condições para uma revisão criminal, mecanismo que é usado quando novos fatos surgem depois da sentença e pode levar até à anulação do julgamento.

O alvo principal da defesa é um trecho do voto do ministro Joaquim Barbosa pela condenação dos acusados por peculato. “Transferências feitas mediante antecipações, pelas quais o banco (do Brasil) repassou gratuitamente quase R$ 74 milhões para a conta da DNA propaganda, sem que a agência tivesse prestado qualquer serviço”, disse Barbosa.


Barbosa: Penas do mensalão serão aplicadas até 1º de julho
Mensalão: Decisão de Barbosa contra prisão imediata evita nova crise no STF
Novo bate-boca marca fim do julgamento do mensalão após mais de quatro meses
Julgamento do mensalão deixa herança para crimes de corrupção


Segundo advogados, o entendimento de Barbosa norteou os votos dos demais ministros e é um dos pilares de todo o julgamento.

“O que nós queremos é mostrar de onde o dinheiro saiu, por onde passou e onde terminou para provar que não houve desvio de dinheiro público(grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG), disse Hermes Guerreiro, advogado de Hollerbach.

Entre os documentos arrolados pela defesa estão notas fiscais emitidas pela DNA e SMP&B em favor da Visanet e da Câmara, recibos de transferências bancárias, contratos de prestação de serviços, fotografias dos displays, cartazes e demais peças publicitárias confeccionados pela agência e até guias de recolhimento de impostos.


Também serão apresentadas dezenas de páginas com as planilhas de mídia nas quais as agências detalham centavo por centavo as datas, valores e destinatários do dinheiro pago pela Visanet. As planilhas vêm acompanhadas por mais notas fiscais e recibos de transferências bancárias feitas pela agência para diversos jornais, revistas, rádios e emissoras de TV que veicularam as campanhas publicitárias da Visanet e da Câmara.

“Estes documentos mostram que o tribunal errou. O STF tinha condições de saber que os serviços foram prestados, mas não quis saber”, disse Guerreiro.

Os documentos serão apresentados na fase dos embargos de declaração e embargos infringentes, cujo prazo legal é de cinco dias depois da publicação do acórdão, o que só acontecerá depois da revisão dos votos de todos os ministros. O ministro Celso de Mello liberou apenas na noite da sexta a revisão de seu voto.
.

Um comentário :

  1. esse é o caminho e o sr Joaquim B. tem que ler tudo e procurar nao dar uma interpretaçao pessoal como fez. deve levar a apreciaçao do supremo e nao tomar tudo para si como fez. mentindo,escondendo provas, nao considerando outras etc.

    ResponderExcluir

Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista