terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Contraponto 10.173 - " 'Barriga' da Folha"


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É complicado esse malabarismo para não admitir a "barriga" jornalística.
A Folha noticiou a reunião de emergência, supostamente convocada pela Dilma Rousseff para tratar do risco do racionamento. Era uma reunião normal da Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que ocorre todo mês. Autoridades, empresários do setor (como o presidente da CPFL) descartaram o risco de racionamento.

 

Mas como não se podia admitir a "barriga", comete-se esse primor de malabarismo. O título afirma que Dilma tratou de risco de apagão. A matéria inteira diz que não existe o risco de apagão. Se não existe o risco, a discussão foi sobre um não-fato?


"No mesmo dia em que voltou das férias, a presidente Dilma Rousseff discutiu com representantes do Ministério de Minas e Energia o risco de racionamento de energia no país --que, por ora, é prontamente descartado por integrantes do governo. (...) "O sistema hoje está equilibrado, não existe perspectiva nenhuma de racionamento nesse horizonte que se trabalha, então não tem sentido [falar em racionamento]", disse o secretário do MME, que se reuniu com a presidente no Palácio do Alvorada. "Temos geração suficiente para atender ao mercado."
 

Da Folha

Dilma trata de risco de apagão com Ministério de Minas e Energia


FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA


No mesmo dia em que voltou das férias, a presidente Dilma Rousseff discutiu com representantes do Ministério de Minas e Energia o risco de racionamento de energia no país --que, por ora, é prontamente descartado por integrantes do governo.
Depois de apresentar à presidente um relatório sobre a situação do sistema elétrico, o secretário-executivo do ministério, Márcio Zimmerman, disse na noite desta terça-feira (8) que não faz sentido falar em risco de racionamento e que o sistema está preparado para atender à demanda.

"O sistema hoje está equilibrado, não existe perspectiva nenhuma de racionamento nesse horizonte que se trabalha, então não tem sentido [falar em racionamento]", disse o secretário do MME, que se reuniu com a presidente no Palácio do Alvorada. "Temos geração suficiente para atender ao mercado."

Dilma estava em férias na Bahia e voltou à Brasília nesta terça, um dia antes da reunião com membros do setor elétrico.

Amanhã, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) se reúne e, a pedido da presidente, vai tratar do baixo nível dos reservatórios. O encontro será presidido pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que hoje conversou com Dilma e mandou Zimmermann ao Alvorada para tratar diretamente com a presidente.

Como a Folha revelou ontem, a situação requer atenção na avaliação do governo porque os níveis dos reservatórios estão até 62% abaixo dos registrados no ano passado e a situação tem piorado por causa do intenso calor, sobretudo no Sudeste.

Além da falta de chuvas, o consumo de energia com ventiladores e ar-condicionado tem disparado devido às altas temperaturas, que chegam a 40 graus em cidades como o Rio.
Dados da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica indicam que os reservatórios das hidrelétricas do Centro-Oeste e do Sudeste estão no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano em que o Brasil foi obrigado a racionar energia por conta dos riscos de apagão.

A capacidade armazenada nos lagos das usinas, atualmente, é de 28,9%.
"Hoje no Brasil temos equilíbrio estrutural. Não tem sentido [previsões de apagão], não existe, não tem essa hipótese", minimizou Zimmermann, dizendo que não tratou do assunto com Dilma.

Além de conversar com Lobão e se reunir com Zimmermann, Dilma também recebeu no Alvorada o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).
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