sábado, 30 de abril de 2011

Contraponto 5276 - "Brasil tem mais de 132 mil casas chefiadas por crianças"

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30/04/2011

Brasil tem mais de 132 mil casas chefiadas por crianças


Do Brasilia Confidencial - 30/04/2011

Mais de 132 mil domicílios brasileiros são chefiados por crianças de 10 a 14 anos, de acordo com dados preliminares do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Proporcionalmente aos 57 milhões de domicílios, esse número não é muito expressivo. Entretanto, reflete outra realidade: a presença de trabalho infantil na sociedade brasileira”, alerta o o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

Outro dado preocupante é que existem 14,6 milhões de analfabetos no País, o equivalente a 9% da população acima de 10 anos, idade considerada ideal para a conclusão da alfabetização. Em 2000, esse porcentual era ainda maior: 12,8%.

Nas regiões, as mais altas taxas de analfabetismo registradas no ano passado foram no Nordeste (17%) e no Norte (10%). As regiões Sudeste (5,1%), Sul (4,7%) e Centro- Oeste (6,6%), ficaram abaixo da média nacional. O maior número de analfabetos está na zona rural (21,3%). Já nas zonas urbanas, o índice é de 6,8%.

Ritmo de crescimento da população diminui

O Brasil alcançou a marca de 190,7 milhões de habitantes e a menor taxa de crescimento populacional já registrada: 1,17% entre 2000 e 2010. As maiores taxas de crescimento, desde 1872 (ano do primeiro recenseamento), ocorreram nas décadas de 50 e 60, com picos de 3%. As populações das dez unidades federativas que mais cresceram na última década são das regiões Norte e Centro- Oeste. O Amapá (3,4%) teve o maior aumento populacional, seguido por Roraima (3,3%), Acre (2,7%), Distrito Federal (2,2%), Amazonas (2,1%), Pará (2%), Mato Grosso (1,9%), Goiás (1,84%), Tocantins (1,8%) e Mato Grosso do Sul (1,6%).

Na lista das cidades mais populosas do Brasil, poucas alterações. São Paulo (11,2 milhões) continua sendo a maior, seguida por Rio de Janeiro (6,3 milhões), Salvador (2,6 milhões), Brasília (2,5 milhões), Fortaleza (2,4 milhões) e Belo Horizonte (2,3 milhões). Em 2000, Brasília estava na sexta colocação, Fortaleza na quinta e Belo Horizonte na quarta, com as demais cidades na mesma posição.

As regiões do país não cresceram de forma uniforme. Norte (2%) e Centro-Oeste (1,9%) foram as que mais aumentaram, em grande parte pela migração. As regiões Sudeste e Nordeste, ficaram com pouco mais de 1%. A Região Sul foi a que menos aumentou: 0,87%.
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Contraponto 5275 - O significado do 1º de Maio

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30/04/2011

Altamiro Borges: O significado do 1º de Maio

Do Vermelho - 30 de Abril de 2011 - 14h52

Na atual fase da luta de classes, em que muitos aderiram à ordem burguesa e perderam a perspectiva do socialismo, vale registrar o marco histórico que deu origem ao 1º de Maio e reverenciar a postura classista dos heróis do proletariado.

Por Altamiro Borges

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas idéias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas idéias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.

“Em que consiste meu crime? Em ter trabalhado para a implantação de um sistema social no qual seja impossível o fato de que enquanto uns, os donos das máquinas, amontoam milhões, outros caem na degradação e na miséria. Assim como a água e o ar são para todos, também a terra e as invenções dos homens de ciência devem ser utilizadas em benefício de todos. Vossas leis se opõem às leis da natureza e utilizando-as roubais às massas o direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”. George Engel, 50 anos, tipógrafo.

“Acreditais que quando nossos cadáveres tenham sido jogados na fossa tudo terá se acabado? Acreditais que a guerra social se acabará estrangulando-nos barbaramente. Pois estais muito enganados. Sobre o vosso veredicto cairá o do povo americano e do povo de todo o mundo, para demonstrar vossa injustiça e as injustiças sociais que nos levam ao cadafalso”. Albert Parsons lutou na guerra da secessão nos EUA.

As corajosas e veementes palavras destes quatro líderes do jovem movimento operário dos EUA foram proferidas em 20 de agosto de 1886, pouco após ouvirem a sentença do juiz condenando-os à morte. Elas estão na origem ao 1º de Maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores. Na atual fase da luta de classes, em que muitos aderiram à ordem burguesa e perderam a perspectiva do socialismo, vale registrar este marco histórico e reverenciar a postura classista destes heróis do proletariado. A sua saga serve de referência aos que lutam pela superação da barbárie capitalista.

A origem do 1º de Maio está vinculada à luta pela redução da jornada de trabalho, bandeira que mantém sua atualidade estratégica. Em meados do século XIX, a jornada média nos EUA era de 15 horas diárias. Contra este abuso, a classe operária, que se robustecia com o acelerado avanço do capitalismo no país, passou a liderar vários protestos. Em 1827, os carpinteiros da Filadélfia realizaram a primeira greve com esta bandeira. Em 1832, ocorre um forte movimento em Boston que serviu de alerta à burguesia. Já em 1840, o governo aprova o primeiro projeto de redução da jornada para os funcionários públicos.

Greve geral pela redução da jornada

Esta vitória parcial impulsionou ainda mais esta luta. A partir de 1850, surgem as vibrantes Ligas das Oito Horas, comandando a campanha em todo o país e obtendo outras conquistas localizadas. Em 1884, a Federação dos Grêmios e Uniões Organizadas dos EUA e Canadá, futura Federação Americana do Trabalho (AFL), convoca uma greve nacional para exigir a redução para todos os assalariados, “sem distinção de sexo, ofício ou idade”'. A data escolhida foi 1º de Maio de 1886 - maio era o mês da maioria das renovações dos contratos coletivos de trabalho nos EUA.

A greve geral superou as expectativas, confirmando que esta bandeira já havia sido incorporada pelo proletariado. Segundo relato de Camilo Taufic, no livro “'Crônica do 1º de Maio”, mais de 5 mil fábricas foram paralisadas e cerca de 340 mil operários saíram às ruas para exigir a redução. Muitas empresas, sentindo a força do movimento, cederam: 125 mil assalariados obtiveram este direito no mesmo dia 1º de Maio; no mês seguinte, outros 200 mil foram beneficiados; e antes do final do ano, cerca de 1 milhão de trabalhadores já gozavam do direito às oito horas.

“Chumbo contra os grevistas”, prega a imprensa

Mas a batalha não foi fácil. Em muitas locais, a burguesia formou milícias armadas, compostas por marginais e ex-presidiários. O bando dos “'Irmãos Pinkerton” ficou famoso pelos métodos truculentos utilizados contra os grevistas. O governo federal acionou o Exército para reprimir os operários. Já a imprensa burguesa atiçou o confronto. Num editorial, o jornal Chicago Tribune esbravejou: “O chumbo é a melhor alimentação para os grevistas. A prisão e o trabalho forçado são a única solução possível para a questão social. É de se esperar que o seu uso se estenda”.

A polarização social atingiu seu ápice em Chicago, um dos pólos industriais mais dinâmicos do nascente capitalismo nos EUA. A greve, iniciada em 1º de Maio, conseguiu a adesão da quase totalidade das fábricas. Diante da intransigência patronal, ela prosseguiu nos dias seguintes. Em 4 de maio, durante um protesto dos grevistas na Praça Haymarket, uma bomba explodiu e matou um policial. O conflito explodiu. No total, 38 operários foram mortos e 115 ficaram feridos.

Os oito mártires de Chicago

Apesar da origem da bomba nunca ter sido esclarecida, o governo decretou estado de sítio em Chicago, fixando toque de recolher e ocupando militarmente os bairros operários; os sindicatos foram fechados e mais de 300 líderes grevistas foram presos e torturados nos interrogatórios. Como desdobramento desta onda de terror, oito líderes do movimento - o jornalista Auguste Spies, do “'Diário dos Trabalhadores”', e os sindicalistas Adolf Fisher, George Engel, Albert Parsons, Louis Lingg, Samuel Fielden, Michael Schwab e Oscar Neebe - foram detidos e levados a julgamento. Eles entrariam para a história como “Os Oito Mártires de Chicago”.

O julgamento foi uma das maiores farsas judiciais da história dos EUA. O seu único objetivo foi condenar o movimento grevista e as lideranças anarquistas, que dirigiram o protesto. Nada se comprovou sobre os responsáveis pela bomba ou pela morte do policial. O juiz Joseph Gary, nomeado para conduzir o Tribunal Especial, fez questão de explicitar sua tese de que a bomba fazia parte de um complô mundial contra os EUA. Iniciado em 17 de maio, o tribunal teve os 12 jurados selecionados a dedo entre os 981 candidatos; as testemunhas foram criteriosamente escolhidas. Três líderes grevistas foram comprados pelo governo, conforme comprovou posteriormente a irmã de um deles (Waller).

A maior farsa judicial dos EUA

Em 20 de agosto, com o tribunal lotado, foi lido o veredicto: Spies, Fisher, Engel, Parsons, Lingg, Fielden e Schwab foram condenados à morte; Neebe pegou 15 anos de prisão. Pouco depois, em função da onda de protestos, Lingg, Fielden e Schwab tiveram suas penas reduzidas para prisão perpétua. Em 11 de novembro de 1887, na cadeia de Chicago, Spies, Fisher, Engel e Parsons foram enforcados. Um dia antes, Lingg morreu na cela em circunstâncias misteriosas; a polícia alegou “suicídio”. No mesmo dia, os cinco “'Mártires de Chicago” foram enterrados num cortejo que reuniu mais de 25 mil operários. Durante várias semanas, as casas proletárias da região exibiram flores vermelhas em sinal de luto e protesto.

Seis anos depois, o próprio governador de Illinois, John Altgeld, mandou reabrir o processo. O novo juiz concluiu que os enforcados não tinham cometido qualquer crime, “tinham sido vitimas inocentes de um erro judicial”. Fielden, Schwab e Neebe foram imediatamente soltos. A morte destes líderes operários não tinha sido em vão. Em 1º de Maio de 1890, o Congresso dos EUA regulamentou a jornada de oito horas diárias. Em homenagem aos seus heróis, em dezembro do mesmo ano, a AFL transformou o 1º de Maio em dia nacional de luta. Posteriormente, a central sindical, totalmente corrompida e apelegada, apagaria a data do seu calendário.

Em 1891, a Segunda Internacional dos Trabalhadores, que havia sido fundada dois anos antes e reunia organizações operárias e socialistas do mundo todo, decidiu em seu congresso de Bruxelas que “no dia 1º de Maio haverá demonstração única para os trabalhadores de todos os países, com caráter de afirmação de luta de classes e de reivindicação das oito horas de trabalho”. A partir do congresso, que teve a presença de 367 delegados de mais de 20 países, o Dia Internacional dos Trabalhadores passou a ser a principal referência no calendário de todos os que lutam contra a exploração capitalista.
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Contraponto 5274 - "Dilma: progresso é trabalho, renda e o fim da exclusão"

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30/04/2011

Dilma: progresso é trabalho, renda e o fim da exclusão



Do Tijolaço - 30/04/2011

Brizola Neto

“Só seremos um país verdadeiramente rico e feliz quando formos um país sem pobreza”. A frase, dita ontem pela Presidente Dilma Roussef, em pronunciamento antecipado pela passagem do Dia do Trabalho, que só pude assistir essa madrugada e que posto aí em cima, na íntegra, para os que, como eu, não viram sua transmissão à noite.

A Presidenta destacou que vamos comemorar este Primeiro de Maio “da forma como este dia deve ser comemorado: com crescimento do emprego e da renda, com economia sólida e pleno de esperança no futuro”. Ela fez um balanço de algumas ações de seu governo para enfrentar o que chamou de “desafios do crescimento”. Falou do plano de educação tecnológica e profissionalizante, do crescimento dos níveis de emprego e da massa salarial, da continuidade do PAC, na infraestrutura, e do Minha Casa, Minha Vida, na área social e de dar maior eficiência aos gastos do governo e à competitividade de nossa economia.

Mas resssaltou: “Mas o maior desafio é não deixar milhões de brasileiros fora dessa era de prosperidade que se amplia e se consolida”.

Dilma disse e que está atenta e tem instrumentos para responder aos interesses que estimulam a inflação: “Assim como fomos um dos países que melhor reagiu à crise financeira internacional, estamos preparados para enfrentar as pressões inflacionárias que rondam, no momento, a economia mundial”.

Entretanto, nada foi mais tranquilizador do que ver a Presidenta afirmar suas convicções de que o povo trabalhador é o centro de nosso avanço, que seus direitos são sagrados e de que é preciso incluir os milhões que ainda restam fora do mundo do trabalho e dos direitos sociais:

- Nesse Primeiro de Maio, quando renovo meus compromissos com vocês, trabalhadores brasileiros, de continuar a política de valorização do salário mínmo, de manter e ampliar suas conquistas trabalhistas, digo também que é hora de olharmos, com um carinho todo especial, para nossos irmãos que ainda não entraram no mercado de trabalho. Convoco todos os brasileiros, sem exceção, para vencermos juntos a batalha contra a miséria.

E que bom é ver alguém que comanda o país terminar uma fala destas com um sorriso e frases tão simples quanto fortes: Viva o Primeiro de Maio! Viva o trabalho! Viva o trabalhador brasileiro!
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Contraponto 5273 - "Dilma manda 'Bolsa Vagabundagem' para a escola"

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29/04/2011

Dilma manda “Bolsa Vagabundagem” para a escola

Do Conversa Afiada - Publicado em 29/04/2011

Ela se preocupa com a porta de entrada

Saiu na Folha (*):

Ela se preocupa com a porta de entrada

Saiu na Folha (*):

Dilma diz que ensino técnico será porta de saída do Bolsa Família

MÁRCIO FALCÃO
BRENO COSTA
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica) será uma porta de saída para os beneficiários do Bolsa Família.

Ao lançar o programa que prevê 8 milhões de oportunidades –entre vagas em cursos e bolsas de estudo– para estudantes do ensino médio e jovens trabalhadores até 2014, Dilma afirmou que o Brasil precisará de mão de obra qualificada para enfrentar o novo ciclo de desenvolvimento.

“Também haverá a unificação do Bolsa Família e o Pronatec, assegurando a quem recebe o Bolsa Família a oportunidade de uma formação e capacitação profissional. O Pronatec vai ser fator de organização da oferta de capacitação profissional. [...] Esse programa vai muito além do ensino médio”, disse.

A ideia do governo é que parte dos mais de 11 milhões de beneficiários do Bolsa Família faça cursos de capacitação.

Ao lado do ministro Fernando Haddad (Educação), Dilma anunciou que até 2014 serão construídas mais 200 escolas técnicas, sendo que 80 serão entregues no início do ano que vem.

Dilma lembrou que o país conquistou o posto de 7ª economia mundial e que está perto do pleno emprego. Afirmou também que é preciso dar um salto de qualidade no potencial humano brasileiro.

A presidente, no entanto, reconheceu que o país enfrenta problemas com a qualificação da mão de obra e disse que esse será um de seus principais desafios a serem enfrentados.

“Em alguns casos faltam mão de obra qualificada e em outros sobram mão de obra sem qualificação necessária para a indústria, para o comércio”.

Entre as ações do Pronatec está a expansão do Fies (programa de financiamento estudantil) da graduação para cursos técnicos. Esse mecanismo permite que o aluno estude em instituições privadas e só pague as mensalidades depois de se formar.

Outra frente é a expansão das escolas do Sistema S, que reúne entidades como Sesc, Sesi e Senai, por meio de uma linha de financiamento do governo.

Além de alunos do ensino médio, trabalhadores da ativa e beneficiários do seguro-desemprego também estão entre o público-alvo do projeto.

Navalha

Como se sabe, a mulher do Padim Pade Cerra, durante a campanha de 2010, entrou para a História com duas intervenções:

Quando deu a entender que a presidenta era a favor da prática indiscriminada do aborto (embora não condenasse abortos praticados no Chile);

E, quando, inspirada no Grande Extadista (revisor, é com x mesmo) Agripino Maia associou o Bolsa Família à vagabundagem.

A urubóloga e os demais colonistas (**) do PiG (***) sempre se preocuparam muito com a porta de saída do Bolsa Família.

O notável homem público Patrus Ananias disse numa entrevista a este ansioso blogueiro que lamentavelmente eles não pareciam preocupados com os trágicos motivos que levavam à porta de entrada.

Ou seja, a miséria.

Como se sabe, durante a gloriosa campanha, Serra disse que era dele a ideia do Pronatec.

Assim como o genérico e o programa da Aids, o Pronatec não é dele.

É do Tony Palocci.

Agora, a presidenta vai criar 8 milhōes de vagas até 2014 para os brasileiros que vão contribuir com o “novo ciclo de desenvolvimento”.

O compromisso da presidenta é com o ” povão” .

O do adversário é com o Papa, o aborto e a Chevron.

O que não é pouco.


Paulo Henrique Amorim
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Contraponto 5272 - "Governo vai oferecer 8 milhões de vagas em cursos de educação profissional"

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29/04/2011


Governo vai oferecer 8 milhões de vagas em
cursos de educação profissional

Da Agência Brasil - 28/04/2011 - 17h15

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado hoje (28) pela presidenta Dilma Rousseff, tem como meta oferecer 8 milhões de vagas, até 2014, na educação profissional para estudantes do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação. O programa prevê a ampliação das redes federal e estaduais de educação profissional, pagamento de bolsa formação para trabalhadores e estudantes, aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S e a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursos técnicos.

As vagas serão oferecidas por instituições públicas e privadas e pelo Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), em cursos presenciais e à distância. Promessa de campanha da presidenta, o programa foi pensado inicialmente como ferramenta para melhorar o ensino médio, ampliando a formação do aluno, em cursos profissionalizantes integrados ao ensino regular. Mas a iniciativa vai incluir também trabalhadores interessados em qualificação profissional.

Trabalhadores reincidentes no seguro-desemprego serão recrutados para participar de cursos profissionalizantes em instituições públicas ou do Sistema S. Eles serão orientados sobre o tipo de curso e a área em que podem se capacitar. Após a matrícula, a frequência do aluno será controlada e ele só receberá o seguro-desemprego se comparecer às aulas.

Já os alunos do ensino médio que quiserem combinar a escola com cursos profissionalizantes receberão uma bolsa formação caso não consigam uma vaga em instituição pública. O valor da bolsa vai variar de acordo com o curso escolhido. Os beneficiários serão definidos pelos sistemas estaduais de ensino e estudarão essencialmente em escolas do Sistema S. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, serão ofertadas 3,5 milhões de bolsas formação nos próximos quatro anos.

O Pronatec também pretende atingir os beneficiários do Bolsa Família, que vão ser selecionados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para cursos de formação em diferentes níveis, a partir da oferta disponível em cada município. Os cursos poderão ser voltados à alfabetização de adultos ou ao aperfeiçoamento profissional.

O projeto de lei que cria o Pronatec será encaminhado ao Congresso Nacional com pedido para tramitar em regime de urgência.

Edição: Vinicius Doria
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Contraponto 5271 - "Telebrás, verba privada, TV a cabo, obras: tudo pela banda larga"

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29/04/2011


Telebrás, verba privada, TV a cabo, obras: tudo pela banda larga


Da Carta Maior - 28/04/2011

Uma das prioriades do governo Dilma, banda larga será ampliada com um arsenal de medidas que inclui o uso de obras de infra-estrutura com rede de cabos em paralelo, a chegada de TV por assinatura a novos municípios e investimentos complementares do setor privado. Mas o pilar do plano continua sendo o aproveitamento da rediviva Telebrás, como previa o Plano Nacional de Banda Larga do governo Lula.
André Barrocal
BRASÍLIA – Espalhar o serviço de internet de alta velocidade pelo país, e a um preço mais baixo, é uma das três prioridades, na área de comunicações, do governo Dilma. O ponto de partida é o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), concebido na gestão Lula tendo como pilar o uso da rede de cabos federais já existente, sob o controle de uma Telebrás reativada, que venderia serviços mais baratos do que as empresas privadas. Mas o governo Dilma prepara novas medidas para ampliar a rede de cabos no Brasil, diante da falta de recursos públicos que dê conta dessa necessidade.

Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o governo vai obrigar o construtor de obras como a linha do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará São Paulo ao Rio, a montar, em paralelo, uma rede física de transmissão de dados. O mesmo vale para obras da Copa do Mundo de 2014. Também vai apoiar a aprovação, no Senado, de projeto que já passou pela Câmara e reabre o fornecimento de TV por assinatura no país. Só 238 cidades têm TV fechada hoje. A criação de novos fornecedores e canais poderá levar junto a oferta de internet banda larga.

Nas contas do governo, é preciso investir de R$ 6,5 bilhões a R$ 7 bilhões na expansão da rede física Brasil afora, para regionalizar a internet rápida. Mas o Estado só tem fôlego para gastar R$ 1 bilhão ao ano. Daí que serão necessários dinheiro privado e soluções do tipo “obras com cabos juntos” ou “mais TV fechada”. “Temos uma orientação incisiva da presidenta para acelerar o Plano Nacional da Banda Larga", disse o ministro, ao expor seus planos, nesta quinta-feira (28/04/2011), à Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular.

O governo está preparado para oferecer internet veloz tanto para provedores venderem ao cidadão comum, como para o próprio Estado atuar na ponta e levar o serviço diretamente às pessoas. Esta é a maneira – fazendo concorrência com o setor privado - que o governo acredita que pode fazer a banda larga massificar-se e ficar mais barata. É a concepção original do Plano Nacional de Banda Larga, elaborado sob o comando de Cezar Alvarez, um dos chefes de gabinete do ex-presidente Lula e hoje secretário-executivo do ministério das Comunicações. A meta do plano, lançado em 2010, era mais do que triplicar a oferta de banda larga no país.

“O PNBL tem um caráter inclusivo e nós o apoiamos, mas queremos mais do que massificar, queremos a univerzalização da banda larga”, afirmou Gésio Passos, do coletivo Intervozes, entidade integrante da Frente Parlamentar e uma das coordenadoras dela. A entidade defende, porém, que a internet rápida seja tratada em regime público, como o telefone fixo. Mas o governo é contra e diz que, no regime privado, a telefonia móvel, por exemplo, cresce mais.

Com o PNBL, o governo quer levar o mercado a vender acesso à internet com velocidade de pelo menos 1 mega - mais do que no projeto original do governo Lula - ao custo de R$ 35 mensais para o cidadão. É uma rapidez moderada, como reconhece Paulo Bernardo, se comparada ao que se chama de banda larga em outros lugares. Na Europa, as conexões vão de 50 mega a 100 mega. Na Coréia do Sul, fala-se num plano de 1 giga. “A presidenta aceita começar com 1 mega, mas acha que não é suficiente. Temos que correr para tirar o atraso”, disse Bernardo, que acredita que em dois ou três anos, será possível ter uma velocidade superior.
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Contraponto 5270 - "Dilma e Lula dão nó tático na oposição midiática"

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29/04/2011

Dilma e Lula dão nó tático na oposição midiática
quinta-feira, 28 de abril de 2011


Dilma e Lula gravam juntos a propaganda
partidária do PT na TV e no rádio.

As inserções vão ao ar na semana que vem.

Como disse Lula, a imprensa demo-tucana ficou de "namorico" com Dilma, na vã esperança de achar que elogiando ela, estariam rebaixando Lula, e semeando discórdia.

Deu tudo errado para a oposição. A imagem de Lula continua inabalável e prestigiadíssima no Brasil e no mundo todo. E Dilma já conquistou a admiração de boa parte do eleitorado que votou em Serra influenciado por preconceito e por medo.

Agora vão ter que engolir os dois juntos, como as grandes lideranças mais influentes nas eleições de 2012, para desespero da oposição.

Contraponto 5269 - "O tablet brasileiro"


29/04/2011
O tablet brasileiro

Enviado por luisnassif, sex, 29/04/2011 - 07:19

Por foo

Do G1

Empresa brasileira lançará tablet por R$ 800



A Moove, empresa brasileira desenvolvedora de produtos e soluções em informática, anunciou nesta quarta-feira (27) o lançamento no Brasil do Win Tab Moove, um tablet com tela de 10 polegadas por R$ 800 que estará disponível no final de maio de 2011.

O Win Tab possui tela de 10,1 polegadas sensível ao toque, memória de 1GB (expansível até 32 GB), modem 3G embutido e Wi-Fi. O valor inicial é para os consumidores finais e será válido até o final de junho de 2011. No caso dos pedidos corporativos, este preço pode ser reduzido significativamente, dependendo da quantidade adquirida.

Ficha técnica

Tela: 10,1” touch Screen resistivo com resolução de 1024 x 600 pixels
CPU: IMAPX200BM1-80 1G
Memória: 1 GB (expansível até 32 GB)

Sistema operacional: Android Honeycomb 3.0

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/04/empresa-brasileira-lancar...

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Se o pessoal da Moove for inteligente, faz uma campanha como essa:

Assinatura de 2 anos da Revista VEJA, com notícias da semana passada: R$ 924,00

Tablet Moove, que pode ser usado para ler notícias em tempo real e navegar na internet: R$ 800,00

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Se eles conseguirem facilitar o pagamento em 12 vezes, para bater com a oferta da VEJA, aposto que eles conseguirão roubar uma fatia do público alvo da revista -- e nem precisam oferecer uma toalha.
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Contraponto 5268 - "Etanol é 'utilidade pública' e ANP o controlará"

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29/04/2011

Etanol é “utilidade pública” e ANP o controlará


Do Tijolaço - 28/04/2011

Brizola Neto


Fiz uma leitura rápida da MP do Etanol, baixada agora à noite pela Presidenta Dilma.

Ela passa a considerar de utilidade pública “garantir o fornecimento de biocombustível em todo o país”. E passa a colocar os biocombustíveis – e todos os combustíveis – dentro do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis previsto numa numa dei de 1991 – a 8.176 - que dá até pena de detenção para quem agir em desconformidade com a regulação do setor.

Assim, eles ficam sujeitos ao Art. 2º da Lei 9.847, que prevê: Art. 2o Os infratores das disposições desta Lei e demais normas pertinentes ao exercício de atividades relativas à indústria do petróleo, ao abastecimento nacional de combustíveis, ao Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e ao Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis ficarão sujeitos às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil e penal cabíveis.

A MP também entra de sola na ANP. Seus dirigentes, agora, vão ter de cumprir quarentena de um ano, antes de se meterem a ocupar cargos em empresas do setor de combustíveis. As reuniões que tratem de pendências entre consumidores e produtores terão de ser, obrigatoriamente, públicas.

A ANP passa a ter o direito de controlar a “produção, exploração, transporte, transferência, armazenagem, estocagem, distribuição, revenda e comercialização dos biocombustíveis”.

E dá liberdade ao governo de fixar, entre 18 e 25%, a percentagem de adição de álcool anidro à gasolina, hoje em 25% e que era, antes, redutivel a, no máximo, 20%.

É uma análise apressada, feita numa primeira leitura. Algo de importante pode ter escapado. Mas o essencial é que, finalmente, o Governo agiu. E, ao que percebo, agiu forte e decididamente.
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Contraponto 5267 - "Nova Descoberta no pré-sal da Bacia de Campos"

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29/04/2011
Nova Descoberta no pré-sal da Bacia de Campos


Do Blog da Petrobrás - 29/04/2011

A Petrobras descobriu nova acumulação de óleo no pré-sal da Bacia de Campos, com o poço 6-AB-119D-RJS, perfurado no campo de Albacora, a 107 km da costa e a apenas 3,2km da plataforma de produção P-31.

Perfurado em profundidade de água de 380m, atingiu a profundidade total de 4.835m, constatando uma coluna de óleo de 241m, dos quais 104m são dos reservatórios carbonáticos da Formação Macabu, com porosidade em torno de 10%.

Estimativas preliminares de volume indicam, para essa nova acumulação, potencial de volume economicamente recuperável da ordem de 350 milhões de barris de óleo. Medidas de razão gás/óleo (RGO) realizadas em amostras registraram valores entre 60 e 240 m3/m3, indicando tratar-se de óleo leve.

Essa descoberta será objeto de Plano de Avaliação a ser oportunamente submetido à ANP. A realização de Teste de Longa Duração para investigar o comportamento de produção dessa nova acumulação será decidida após a avaliação de testes de formação a poço revestido (TFR’s) programados para dois intervalos selecionados.

Veja o mapa ampliado.
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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Contraponto 5266 - “Casamento real” e os súditos da mídia

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28/04/2011
“Casamento real” e os súditos da mídia


Por Altamiro Borges


A busca por audiência não deve ser a única justificativa para a overdose midiática na cobertura do “Casamento Real”. Revistonas dão capas melosas para a união do príncipe William com a “plebéia” Kate. Jornalões gastam papel com fofocas e futricas. O pior, porém, ocorre nas emissoras de televisão – em todas elas, sem exceção. Blocos e blocos nos telejornais para divulgar banalidades.

A mídia corporativa parece adorar a vassalagem. É servil diante das monstruosidades imperiais dos EUA, assim como é vassala diante da monarquia decadente da Grã-Bretanha. A mídia dominante reproduz a ideologia das classes dominantes. Criminaliza os pobres e reverencia os ricaços – inclusive as ostentações e sandices da decrépita “família real”.

Monarquia decadente e parasitária

Na difusão dos valores “morais” da aristocracia, a imprensa sensacionalista deixa de lado até as agruras do capitalismo no país. No primeiro trimestre deste ano, o PIB britânico cresceu apenas 0,5% - após uma contração, também de meio por cento, nos últimos três meses de 2010. Milhões de trabalhadores estão sem emprego e salário, mas a mídia só fala no tal “casamento real”.

A decadente monarquia agradece tanta vassalagem. Com as festanças, ela tenta sair do atoleiro. No ano passado, a “família real” foi obrigada a cortar 12,2% das despesas oficiais com sua vida parasitária. Mesmo assim, a realeza custou mais de 46,1 milhões de euros para os contribuintes britânicos – seis vezes mais do que outra monarquia decadente, a da Espanha.
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Contraponto 5265 - "Veríssimo e a classe média"

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28/04/2011
Veríssimo e a classe média

Enviado por luisnassif, qui, 28/04/2011 - 13:55

Por klaus larsen

Nassif,

O texto abaixo, do Luís Fernando Veríssimo, saiu hoje no Estadão.

Ele desnuda de uma forma bem humorada como pensa a classa média nacional.

Abs.,

Do Estadão

Buuu

28 de abril de 2011 | 0h 00

Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo
Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.

- É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior - tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como e fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.

v- A nova classe média nos descaracterizou?

- Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada...

- Buuu para o Lula, então?

- Buuu para o Lula!

- E buuu para o Fernando Henrique?

- Buuu para o... Como, "buuu para o Fernando Henrique"?!

- Não é o que estão dizendo? Que tudo que está aí começou com o Fernando Henrique? Que só o que o Lula fez foi continuar o que já tinha sido começado? Que o governo Lula foi irrelevante?

- Sim. Não. Quer dizer...

- Se você concorda que o governo Lula foi apenas o governo Fernando Henrique de barba, está dizendo que o verdadeiro culpado do caos é o Fernando Henrique.

- Claro que não. Se o responsável fosse o Fernando Henrique eu não chamaria de caos, nem seria contra.

- Por quê?

- Porque um é um e o outro é outro, e eu prefiro o outro.

- Então você não acha que Lula foi irrelevante e só continuou o que o Fernando Henrique começou, como dizem os que defendem o Fernando Henrique?

- Acho, mas...

Nesse momento o trânsito começou a andar e o diálogo acabou.
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Contraponto 5264 - "Para Lula, mídia inventa crise, exagerando sobre inflação"

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28/04/2011


Para Lula, mídia inventa crise, exagerando sobre inflação


Do Amigos do Presidente - por Zé Augusto - quinta-feira, 28 de abril de 2011

Na abertura do 8º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), na quarta-feira (27), o presidente Lula foi recebido com o grito "olê, olê, olá, Lula, Lula"... e mostrou-se afiado no discurso e nas declarações:

Imprensa de "namorico" com Dilma para semear divergências

"Um setor da imprensa está de 'namorico' com o governo Dilma para causar divergência entre eu e ela... Não existe divergências, porque o dia que eu e ela discordarmos, ela está certa".

Contra noticiário terrorista, firmeza em Dilma e Mantega no controle da inflação

"Estão inventando inflação. Eu ontem vi um pronunciamento da Dilma e do Guido Mantega (ministro da Fazenda), e sinto toda a firmeza. Nós não vamos permitir que a inflação volte. Nós, não só eles; como consumidores somos responsáveis para que não volte", insistiu.

Fusão demo-tucana é que nem carrapicho

Peguntado, Lula evitou aprofundar sobre a possível fusão do DEMos com o PSDB, preferindo responder em tom de brincadeira, que ser de oposição é mais fácil de crescer, sem ter que gerar resultados no governo: - "Já fui oposição... é que nem carrapicho, cresce sem ninguém precisar plantar."

Ex-presidente tem que deixar o sucessor trabalhar... viu FHC?
Bem humorado, Lula brincou: "Ainda não 'desencarnei' (da Presidência) totalmente, como vocês podem ver. Não é uma tarefa fácil a 'desencarnação... Assumi compromisso com a Dilma de que é preciso manter o processo de 'desencarnação' para não comprometê-la".

Apesar disso, Lula declarou que seu gradual afastamento da presidência deveria servir de exemplo: "Queria ensinar a alguns ex-presidentes para que se mantenham como eu e deixem a Dilma exercer o mandato dela", provocou. A referência velada teve como alvo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Nunca antes na história desse país...

Ele foi além nas críticas à oposição e foi ovacionado por isso. "O 'nunca antes na história deste país' era para provocar a oposição, porque eu sei o tanto que já falaram de mim, com discursos cheios de preconceito. (Eu) me determinei a provar que eu seria mais competente que eles para governar o país", orgulhou-se.

Valorização dos trabalhadores

O ex-presidente ressaltou ainda, em diversos momentos de seu discurso, a proximidade do governo com o movimento sindical. "Duvido que, na história da humanidade, tenha (havido) um governo que executou a democracia como o Brasil. Nunca houve tantas conferências sindicais. Em outros países, sindicalista é visto como inimigo do governo."

Governo para todos

Ele também celebrou o que considera ser uma ação de inclusão social implantada em seus dois mandatos e mantida na gestão de Dilma. "No Palácio do Planalto, que antes só recebia príncipes e banqueiros, agora continua recebendo príncipes e banqueiros, mas também os moradores de rua e deficientes físicos. É pra mostrar que eles podem entrar em uma igreja, num metrô ou num shopping center", disse.

Postura firme dos trabalhadores nas negociações com empresários

Dirigindo-se aos sindicalistas que participavam do evento, o ex-presidente cobrou postura firme dos representantes dos trabalhadores em negociações com empresários. "A conquista do respeito é a condição básica para ter respeito", disse. "Se você entrar numa mesa de negociação de cabeça baixa, sem se respeitar, nenhum empresário vai ter dó de vocês", recomendou.

Dedicação à África

Em relação a futuros compromissos, o ex-presidente revelou que, apesar de sentir vontade de "sair em caravana e reuniões com a CUT (Central Única dos Trabalhadores)", precisa ter autocontrole para não ter comprometimento político. "Vou me dedicar à África. A experiência brasileira pode ajudar o continente africano e este será o meu trabalho daqui pra frente", disse. (Com informações da Rede Brasil Atual)
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Contraponto 5263 - "O PSDB e seus dilemas"

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28/04/2011
Marcos Coimbra: o PSDB e seus dilemas

Do Vermelho - 27 de Abril de 2011 - 9h47


Em seu já famoso texto a respeito dos desafios da oposição, publicado há três semanas na revista Interesse Nacional, Fernando Henrique Cardoso sugere que o PSDB precisa reinventar-se, seja no plano programático, seja em sua inserção social. A parte mais conhecida do artigo é a que trata da segunda questão, na qual FHC propõe uma reconsideração do “público a ser alcançado” por seu partido. É nela que aparece a frase que mais discussões suscitou.

Por Marcos Coimbra, no
Correio Braziliense

Embora não dissesse, em nenhum momento, que o PSDB devia “se esquecer do povão”, é isso que ficou. Seu argumento era outro: para ele, as oposições não deviam permanecer em uma eterna queda de braço com o PT pela simpatia do “povão” e dos movimentos sociais, pois era uma disputa desigual, dado o poder de persuasão e a capacidade de cooptação do governo (ou seja, do próprio PT).

Tendo, em uma das mãos, o Bolsa-Família, e, na outra, o controle das centrais sindicais e dos movimentos populares organizados, era uma briga da qual o PT sairia sempre vencedor. Na opinião do ex-presidente, o PSDB devia voltar-se para outros segmentos da sociedade, sub-representados e silenciosos.

Seria um terreno mais fértil, formado por “toda uma gama de classes médias”: “novas classes possuidoras”, “profissionais das atividades contemporâneas ligadas à TI e ao entretenimento”, “aos novos serviços espalhados Brasil afora”. Além desses, “o que vem sendo chamado “classe C” ou nova classe média”. Ou seja, não é que o PSDB devesse abdicar do “povão”, mas constatar que havia todo um Brasil sem voz a atrair. Esse seria o “público a ser alcançado”.

É fácil enxergar no artigo a mágoa de FHC contra a ingratidão do “povão”. O tom depreciativo e pouco simpático que adota (“massas carentes e pouco informadas”, “benesses às massas”, a própria palavra “povão”, etc.), típico do pensamento elitista, sugere a decepção de quem, um dia, se achava adorado e, em outro, se viu desprezado.

Deve mesmo ser complicado para alguém com seus atributos de personalidade saber-se um ex-presidente com avaliação tão negativa, depois de ter estado nas graças de todo o país, como brilhante vencedor da luta contra a inflação. E o pior é que o “povão” foi traí-lo justo com seu maior inimigo, o PT. Não foi apenas que ele caiu, mas que outros subiram.

Nada mais compreensível, portanto, que usasse uma maneira ambígua ao falar sobre o que seu partido devia fazer em relação às “massas carentes”: parecia que recomendava que as ignorasse, corrigiu-se (quando até seus companheiros estranharam a declaração), mas não convenceu. Talvez por não fazer sentido que um autor com sua experiência literária se confundisse tanto com as palavras.

O fato é que FHC propôs a seu partido que olhasse para diante, em busca de um novo Brasil, desvencilhando-se dos ingratos ou não. E aí temos um paradoxo. A seção do artigo destinada à discussão programática é adequadamente intitulada “refazer caminhos”. É isso que FHC propõe às oposições: que voltem a seu governo para redescobrir o que de bom que aconteceu.

Para ele, foi a falta de defesa de suas realizações que permitiu que o PT surrupiasse os sucessos e deixasse para elas os fracassos: crise cambial, apagão, etc. Mas como pretender ser a voz do novo Brasil e suas “novas classes médias” se o discurso é antigo? Se consiste em uma revisão do passado com vistas a reabilitá-lo?

FHC tem, no entanto, razão, por paradoxal que seja sua proposta. Pois não é possível ao PSDB de hoje falar como falavam seus militantes quando eram parte da frente antiautoritária ou ser o que o PT foi até 2003. Assim como não será possível ao PT ser depois que sair do Planalto.

A opinião pública não vê um partido que foi governo com os mesmos olhos que encara uma proposta nova. Perde o direito a se inventar e a se apresentar como novidade. Para o bem e para o mal, sua identidade está definida. O que pode é rejuvenescer. O que exige disposição para aposentar quem simboliza o passado.

* Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
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Contraponto 5262 - Charges on line do Bessinha

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28/04/2011
Charges do Bessinha (358 e 359)


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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Contraponto 5261 - "Escândalo do bafômetro: CPI para apurar dinheiro público de Minas na rádio do Aécio"

Escândalo do bafômetro: CPI para apurar dinheiro público de Minas na rádio do Aécio

O governo de Minas, em resposta a ofício, confirmou que a Rádio Arco-Íris, do senador Aécio Neves (PSDB/MG) e de sua irmã, foi a oitava que recebeu mais dinheiro de propaganda do governo de Minas em 2010, dentre milhares de veículos de comunicação no estado.


O bloco de oposição na Assembléia Legislativa "Minas sem censura", recolhe assinaturas para uma CPI estadual. A oposição só tem 23 deputados, e faltam 3 assinaturas para completar as 26 necessárias.

O objetivo da CPI é também investigar se houve ingerência da irmã de Aécio, Andrea Neves, já que ela comandava a área de comunicação quando o irmão era governador.

A oposição cobra informações sobre o dinheiro público gasto na rádio desde 2003, uma vez que o governo só informou os R$ 210.693,00 gastos na rádio em 2010, e está enrolando, dizendo que "está tentando fazer um levantamento" desde 2003.

O bloco Minas sem Censura também informou que, consultou rádios maiores, e elas não tem uma frota de carros de luxo, como tem a emissora do senador tucano. O bloco afirma que "podemos estar diante de um escandaloso caso de ocultação de patrimônio e que os aportes de dinheiro público na citada rádio já se configuram como grave irregularidade administrativa".

Contraponto 5260 - "A presunção da culpa"

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27/04/2011

A presunção da culpa


Do Direto da Redação - Publicado em 27/04/2011

Mair Pena Neto*

Qual deve ser a atitude da política externa do Brasil diante de um país que criou um sistema policial e penal sem garantias, que prende inocentes, que os mistura a criminosos perigosos e que os priva de julgamentos justos? Diriam os bravos colunistas da grande imprensa nacional, sempre atentos às questões de direitos humanos, que deveria ser de condenação. Será, então, que leremos nas páginas de nossos diários um pedido para que Dilma condene os Estados Unidos pelas terríveis violações na prisão de Guantánamo, reveladas pelo Wikileaks?

Seria coerente. Afinal, é isso que cobram de nossos governantes em relação a Cuba. Dilma tem viagem prevista para Havana e, certamente, lhe será exigida algum tipo de manifestação sobre os direitos humanos na ilha, o que ela certamente não fará, como não fez em Pequim e não faria em Washington, como recomendam as melhores normas diplomáticas.

O governo brasileiro não é polícia do mundo e tem seus próprios problemas de direitos humanos para ficar cobrando postura dos outros. Esse papel fica para os Estados Unidos, que pousam de impolutos enquanto praticam as maiores atrocidades em Guantánamo, aliás um pedaço de terra em território cubano, mantido contra a vontade do país caribenho. Os EUA controlam uma base naval em Guantánamo desde o início do século 20, pela qual pagam pouco mais de 4 mil dólares por ano, insuficientes para alugar um apartamento de frente para o mar no Rio de Janeiro.

Obama havia prometido fechar a prisão de Guantánamo – não falou em devolução – mas não cumpriu. Mais grave ainda, autorizou esse ano a retomada dos julgamentos militares, suspensos por dois anos, em nome do “fortalecimento da segurança e dos valores americanos”. Agora vê-se que valores são esses. Portadores de doenças psiquiátricas graves, adolescentes, professores e agricultores presos sem nenhum vínculo com o terrorismo, apenas por uma suposta ameaça que poderiam representar.

Os Estados Unidos inverteram um dos principais princípios do Direito, a presunção da inocência, e criaram a figura da presunção da culpa. Pessoas podem permanecer anos a fio presas com base no que foi estabelecido como três níveis de risco: o das pessoas que “provavelmente” representam uma ameaça para os EUA e seus aliados, o das que “talvez” sejam uma ameaça e o das que “improvavelmente” representam ameaça. Com base neste último quesito, o mais brando, estão registradas pessoas que passaram nove anos na prisão.

A “eficiência” do novo sistema jurídico norte-americano resultou em que apenas 22% dos prisioneiros de Guantánamo representaram um nível de interesse alto para o serviço de inteligência. A tortura é mencionada nos quase 800 documentos revelados pelo Wikileaks, embora os americanos não especifiquem os métodos adotados para obter confissões e delações. Quando um preso declara ter sido torturado, o redator do informe escreve que essa declaração carece de legitimidade.

Enfim, uma sucessão de abusos e desrespeitos que mereceriam a condenação internacional. Bem que os nossos meios de comunicação podiam começar uma campanha neste sentido, encabeçada pelo Brasil, como exemplo da posição intransigente em relação aos direitos humanos, que, segundo estes mesmos meios, diferenciariam Dilma de Lula.

*Mair Pena Neto. Jornalista carioca. Trabalhou em O Globo, Jornal do Brasil, Agência Estado e Agência Reuters. No JB foi editor de política e repórter especial de economia.
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Contraponto 5259 - "Dilma diz que Brasil enfrenta os 'bons problemas' "

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27/04/2011

Dilma diz que Brasil enfrenta os “bons problemas"


Do Tijolaço - 26/04/2011

Brizola Neto

Separei alguns trechos que me pareceram mais significativos no discurso feito hoje pela Presidenta Dilma Rousseff na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Reparem que é uma reafirmação muito clara dos compromissos de campanha e de um pensamento que, contrário do que fazia o neoliberalismo, não encara as dificuldades econômicas como resultado de nossa “inferioridade”, nem vê o povo e o exercício de seus direito e anseios como um problema, mas como a força que pode levar este país à frente.

Posto aí em cima, para quem puder assistir – são 27 minutos – o vídeo da fala da Presidenta. E, abaixo, as passagens que destaco:

Os países emergentes que, é bom que se reconheça, sustentaram a dinâmica econômica no pior momento da crise, agora são pressionados por políticas de expansão intensa da liquidez internacional, geradora de desequilíbrios não só cambiais, mas, também, de desequilíbrios inflacionários. E isso é importante que nós tenhamos consciência e clareza: de desequilíbrios e pressões cambiais e inflacionárias, porque um afluxo deste nível que hoje o mundo experimenta, de liquidez sobre as economias em desenvolvimento, significa, necessariamente – como também foi mostrado aqui hoje – uma grande pressão sobre o valor de todos os ativos e uma expansão absolutamente desenfreada do crédito e uma pressão monetária sobre as economias em desenvolvimento.

(…)É preciso, portanto, ter responsabilidade e serenidade na condução da política econômica. Nós estamos monitorando, como eu disse, a evolução da economia, e estamos prontos para tomar as medidas sempre que for necessário.

Eu tenho o compromisso – e assumi desde o primeiro momento, no meu discurso de posse e ao longo da minha campanha – com o controle da inflação, pois sem ele não há desenvolvimento sustentável. E eu cumpro meus compromissos.

Eu também tenho compromisso com o crescimento econômico e social, pois isso é que gera empregos e possibilita a inclusão de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras na condição de cidadãos plenos, e eu cumpro os meus compromissos.

(…)Sabemos que muitos dos problemas que vivemos hoje e que temos o compromisso de enfrentar e resolver podem ser chamados de bons problemas. Por exemplo: os aeroportos que temos de expandir estão cheios porque o aumento das viagens aéreas supera, em muito, o crescimento do país. Isso não significa que nós não temos a consciência e a dedicação necessárias para resolver esse problema. Pelo contrário, o fato de ele resultar do crescimento da demanda do país exige, não que eles estejam prontos para a Copa ou para as Olimpíadas, mas que eles estejam prontos para atender o crescimento da imensa demanda da população brasileira por viagens de avião, devido à extraordinária melhoria da sua renda.

(…)Hoje nós sabemos – voltando aos problemas, aos bons problemas – que há pressão de mão de obra porque vivemos próximos do pleno emprego. Há problemas de conflitos nas grandes obras, porque elas voltaram a existir, depois de muitos anos, em que o país não sabia o que era construir uma grande usina ou uma ferrovia importante. Mas, por isso nós não ficaremos passivos, olhando os problemas, vamos enfrentá-los. E isto significa enfrentá-los especificamente, em cada obra, cada acontecimento, mas significa também a preocupação do governo com a melhoria e a capacitação dos seus trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, nós iremos lançar, nos próximos dias, o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional, porque ele faz parte do processo de solução dos desafios que se colocam para a formação da mão de obra brasileira.

(…)nós também temos pressões e demandas que temos de controlar, porque a nossa renda cresceu e milhões de famílias, finalmente, alcançaram o mercado de consumo. São problemas [que], sem dúvida, precisam ser reconhecidos e enfrentados. E, muitas vezes, a solução desses problemas conduzem a soluções também para o próprio país e para a qualidade do seu desenvolvimento.

Por isso, é sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica. Queremos e faremos todos os esforços para que todos eles, esses problemas a que eu me referi, fiquem no nosso passado, tanto o desemprego como a falta de renda, a falta de investimentos e a depressão econômica.

O futuro, o nosso futuro, é de desafios para o crescimento, é de serenidade no enfrentamento dos desequilíbrios que sempre nos desafiarão. Mas é de otimismo, como um país que aprendeu a se respeitar e a se fazer respeitado, de um país que aumentou sua autoestima e descobriu que sua maior força é seu povo trabalhador e seu empreendedor.

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Contraponto 5258 - "Mídia lamenta 'esfarelamento' da direita

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26/04/2011

Mídia lamenta “esfarelamento” da direita

Do Blog do Miro - terça-feira, 26 de abril de 2011

Por Altamiro Borges


A mídia demotucana está apavorada com o esfarelamento dos partidos da direita nativa. Editorialistas e “calunistas” tentam entender o que se passa. Como autêntico partido da oposição, conforme confessou no ano passado Judith Brito, executiva da Folha e presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a mídia teme ficar ainda mais isolada.

O Globo quer cassar o PSD

Em seu editorial de hoje, O Globo parte para o desespero. Ele critica os “oposicionistas inseguros que debandam em busca do remanso no bloco situacionista”. O alvo da sua ira é o PSD, “legenda de conveniência do prefeito Gilberto Kassab”. Acuado, o jornalão da famiglia Marinho prega abertamente a cassação dos mandatos dos “adesistas”.

“Não se nota qualquer forte justificativa para a Justiça permitir que a fidelidade partidária seja atropelada nesse surto de adesismo”, esbraveja O Globo. O seu temor é com a ampliação da base de apoio do governo Dilma, que “contraria a vontade do eleitor”, alega o jornal, o mesmo que apoiou o golpe militar e tantas outras tramóias. Haja cinismo!

Folha chora “revoada da oposição”

No mesmo rumo, editorial da Folha lastima a “revoada na oposição”. Para a famiglia Frias, “a saída de seis vereadores do PSDB paulistano evidencia conflito Alckmin-Kassab e amplia o desgaste entre oponentes do governo federal”. O jornal até trata a briga como “paroquial e provinciana”, mas reconhece que a oposição vive uma situação “desesperante”.

“O racha no partido e a exposição agora aberta da rivalidade entre Alckmin e Kassab dificultam eventual candidatura de José Serra em 2012. Citado como único nome capaz de ainda unir prefeito e governador na sucessão municipal, Serra encontrará no quintal de sua própria casa um terreno mais minado do que imaginava”, aponta o jornal serrista.

Desespero dos serviçais de FHC

Os sinais de desespero da mídia são risíveis. A cada nova desgraça – demos e tucanos ingressam no PSD, Alckmin e Serra se bicam com violência, Aécio é detido em blitz policial –, a mídia demotucana se contorce. Alguns colunistas inclusive já decretaram o “desmanche da oposição”, a sua falência múltipla e completa.

Rubens Barbosa, ex-embaixador de FHC em Washington, colunista do Estadão e estrela da TV Globo, é um dos mais deprimidos. Em artigo publicado hoje no Estadão, ele choraminga: “As três últimas derrotas do PSDB em eleições presidenciais deixaram a oposição sem discurso e sem bandeiras – como a modernização do país e as privatizações –, cujos resultados positivos foram renegados três vezes, pelo próprio partido, durante as campanhas eleitorais”.

A mídia é a verdadeira oposição

Ele até reforça a tese de Judith Brito. “De maneira competente, o governo do PT ocupou todos os espaços políticos. A oposição, reduzida aos pronunciamentos parlamentares, teve pouca relevância e influência no processo político, pela dificuldade de ser ouvida pela sociedade. O papel da oposição, em larga medida, foi representado pela mídia”.

Mais resignado, Fernando de Barros e Silva, colunista da Folha, até zomba da crise demotucana. “Roupa suja se lava em casa. Sim, mas a oposição já não tem roupa, está pelada no meio da rua, exibindo a sua crise em praça pública. Perdeu, literalmente, a vergonha de mostrar seus vexames. A nudez é tanto do DEM quanto do PSDB”.

Para ele, o “esfarelamento da oposição” é inevitável e o clima de guerra entre os demotucanos deve piorar ainda mais. Como prova, ele cita a reação furiosa do demo-ruralista Ronaldo Caiado, que disparou no seu twitter: “Que os coveiros fracassados sigam o caminho adesista e de traição”. A mídia chora, mas não deixa de ser divertida a briga da direita!
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Contraponto 5257 - "Em silêncio, Serra assiste à agonia da oposição"

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26/04/2011
Em silêncio, Serra assiste à agonia da oposição


Do Blog do Kotscho - 26/04/2011

Ricardo Kotscho

Tema dominante nas colunas políticas das últimas semanas, a agonia em praça pública dos partidos de oposição não mereceu ainda qualquer manifestação do seu maior líder até o final do ano passado, o ex-candidato presidencial José Serra, que sumiu do cenário político.

Na medida em que PSDB e DEM vão desmilinguindo a cada dia, e engordando o PSD de Gilberto Kassab, mais estranho fica o silêncio do ex-governador paulista, que abriu duas frentes de combate nos bastidores e sumiu.

No plano federal, os serristas disputam o comando do partido com o senador mineiro Aécio Neves, que se apresenta como candidato natural dos tucanos nas eleições de 2014. Em São Paulo, o confronto se dá entre a turma de José Serra e a turma de Geraldo Alckmin, com os dois lados sofrendo baixas. Na semana passada, perderam metade da bancada de vereadores paulistanos.

Nesta segunda-feira, foi a vez do serrista Walter Feldman, secretário da prefeitura paulistana e um dos fundadores do partido, pedir para sair do PSDB.

Desde o dia 18 de março, quando foi anunciada oficialmente a criação do PSD de Kassab, uma cria de Serra recrutada no malufismo para ser seu vice e depois prefeito de São Paulo, a oposição passa por um desmanche federal.

O que quer Serra, afinal? Qual o seu papel na criação do PSD, que pode ser tudo, menos um partido de oposição? O que ele acha da fusão do PSDB com o DEM, já chamado de o abraço dos afogados? O que fazer com o PPS do seu aliado Roberto Freire, que foi à Justiça para salvar alguns (poucos) parlamentares em suas fileiras?

Ninguém sabe. A situação chegou a tal ponto que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi obrigado a sair dos seus cuidados para tentar salvar alguns aliados do seu lado.

Primeiro, FHC lançou um manifesto, “O papel da oposição”, que deveria servir de bússola para os náufragos, mas no fim só aumentou a confusão, causando divergências entre os líderes tucanos, que não entenderam direito a opção dele pela nova classe média, deixando o “povão” para o PT.

Agora, o ex-presidente está sendo chamado para servir de bombeiro até em Santa Catarina, onde o governador Raimundo Colombo, o único do aliado DEM, também está ameaçando sair do partido, abrindo a porteira para a família Bornhausen.

O estado de saúde da oposição brasileira é tão grave que deve estar preocupando até mesmo o governo federal e os que verdadeiramente defendem a democracia no país. Não é bom para ninguém que sucumbam as lideranças dos partidos de oposição, deixando o campo livre para setores radicalizados da mídia, do empresariado e das igrejas.

Nestas horas, ainda mais com a delicada situação econômica do momento, costumam aparecer malucos salvadores da pátria, o que é sempre um perigo. Para se ter uma ideia, a bancada da oposição caiu para apenas 96 parlamentares na Câmara Federal, num total de 514 deputados, o menor número em 15 anos.

De outro lado, a base do governo cresceu tanto que a ministra Ideli Salvatti, da Pesca, se permite até fazer piada: “Com uma base assim, é melhor passar protetor…”.

Aguarda-se alguma palavra de José Serra, ainda que seja pelo twitter.

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Contraponto 5256 - "Dilma, Mantega e Tombini mostram números e resultados na economia, contra a chiadeira do 'mercado"'

Na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) de seu governo, os principais temas foram sobre economia e reforma tributária.

A presidenta Dilma, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Tombini, afirmaram que a inflação está sendo acompanhada com rédeas curtas, e que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas, cada uma a seu tempo. Também reafirmaram o cuidado em preservar o crescimento econômico sustentável.

Mantega foi o primeiro a dizer que as medidas para conter a expansão do crédito e os cortes nos gastos do governo estão surtindo efeito. Informou que governo obteve um superávit primário de 9,1 bilhões de reais em março, acumulando 25,9 bilhões de reais no ano, o equivalente a 2,77 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Os ajustes que governo está fazendo permitem o crescimento sustentável com inflação sob controle e solidez fiscal", disse Mantega, prevendo que o país cumprirá facilmente a meta de superávit primário em 2011, de 3 por cento do PIB.

Na mesma linha, Tombini falou que a inflação tem um componente global (quase todos os países estão com inflação acima do normal, devido ao aumento mundial das "commodities") e outro componente do mercado interno aquecido.

"A inflação brasileira reflete a inflação global elevada... mas também tem componentes locais", salientando a alta de preços no setor de serviços, "um reflexo do aquecimento da economia".

Na mesma linha de Mantega, ele defendeu as medidas que vêm sendo tomadas, ressalvando que tem por objetivo desacelerar o crescimento do crédito e não contrair o crédito.

Tombini mostrou que as medidas do governo para conter a entrada de dólares (IOF de 6% para aplicações inferiores a 2 anos) têm funcionado. Até o dia 20, o país registra um saldo positivo de apenas 133 milhões de dólares no mês, estancando a entrada no primeiro trimestre, superior a 35 bilhões de dólares.

Dilma foi enfática no compromisso de controlar a inflação sem perder de vista o crescimento econômico:

"O aumento da inflação vai exigir que o governo tenha atenção especial sobre suas fontes e causas... Não nos furtaremos a colocar em ação todas as medidas, e aí repito, todas as medidas que julgarmos necessárias e urgentes... Meu governo está diuturnamente e, até, noturnamente atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vierem...

... Eu me preocupo com a questão do crescimento sustentado e do controle da inflação, simultaneamente. O que garante a estabilidade da inflação a longo prazo é o aumento do investimento e da capacidade produtiva, que vai permitir que o Brasil tenha, no futuro, uma inflação estável".

Referindo-se a histeria do mercado e da imprensa, sobre o assunto, a presidenta falou:

"Compreender a paixão que envolve o debate não pode significar para o governo aquecê-lo mais do que o necessário. Trataremos com seriedade e segurança e não nos furtaremos em colocar em ação todas as medidas que julgarmos necessárias e urgentes".

Dilma disse também que o governo federal dará sequência ao ajuste fiscal através de mecanismos que classificou de "não usuais" ao Brasil e prometeu dar sequência a medidas de reforma tributária:

"(São medidas) para agilizar devoluções de crédito, beneficiar micro e pequenas empresas, estimular exportações e investimentos, diminuir a guerra fiscal e aumentar os empregos formais", disse. (Com informações da Ag. Reuters)

Contraponto 5255 - "O ano de 2010 foi o melhor ano para o trabalhador em 15 anos"

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26/04/2011

O ano de 2010 foi o melhor ano
para o trabalhador em 15 anos

Primeiro, Mendonça quer trazer os engenheiros de volta para Engenharia


Do Conversa Afiada - Publicado em 26/04/2011

80% dos dissídios coletivos conseguiram aumentos salariais acima da inflação.

Esses aumentos variaram entre 2 e 4 pontos percentuais além da inflação.

Em 95% dos dissídios, os trabalhadores pelo menos empataram com a inflação.

Esse Nunca Dantes …

O salário médio do trabalhador subiu entre 5% e 7% e o conjunto da massa salarial subiu entre 9% e 10% em relação a 2009.

O salário médio do trabalhador está em torno de R$ 1.500.

Nunca se viu isso desde 1996.

Esse Nunca Dantes …

Essas informações foram prestadas por Sérgio Mendonça, economista do Dieese, que trabalhou no Ministério do Planejamento na gestão de Guido Mantega.

Ele confirmou informação que consta de um boletim especial do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, sob a responsabilidade de Octavio de Barros:

“Cada ano adicional de educação proporciona um aumento médio de 13% da renda do trabalho”.

Mendonça acredita que exista, de fato, uma carência de engenheiros, porém, esse é o preço que se paga por 20 anos de estagnação econômica, baixa produção de imóveis e obras públicas e o progressivo deslocamento de engenheiros civis para outras atividades, inclusive o setor financeiro.

Agora é preciso, primeiro, trazer os engenheiros de volta.

Segundo, formar engenheiros e, talvez, segundo Mendonça, mais importante ainda é formar técnicos, aqueles que tocam a obra.

Quem sabe, fazer um esforço de formar quadros com 3, 4 anos de formação universitária.

Mendonça diz que não se vive um “apagão” de mão de obra, como anuncia o PiG (*) em tom de alarme.

Mas, desde já, é preciso fazer um esforço para criar mão de obra que vá tocar uma economia que cresça 5% ao ano.

Outra informação importante é que o mercado de trabalho hoje no Brasil “passou uma régua”, segundo expressão de Mendonça:

Sem ensino médio, não entra.

Sem ensino médio, só em atividades profissionais de baixíssima qualificação.

A íntegra dessa entrevista vai ao ar hoje às 21h15 no programa Entrevista Record, da Record News.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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Contraponto 5254 - "Horror: EUA detiveram 30 doentes mentais presos em Guantanamo"

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26/04/2011

Horror: EUA detiveram 30 doentes mentais presos em Guantanamo


Do Tijolaço - 26/04/2011

Brizola Neto

Cada revelação que surge sobre a prisão de Guantanamo aumenta o horror sobre o que o Governo dos EUA fez ali. Hoje, o jornal El País revelou , com documentos obtidos pelo Wikileaks e revelados pelo El País, cerca de 30 detidos em Guantánamo sofriam de doenças mentais e vários tentaram suicidar-se diversas vezes. Três deles conseguiram.

O jornal espanhol revela que a relação entre os guardas e os prisioneiros eram marcadas pela violência e que os responsáveis pelos interrogatórios eram soldados obcecados por descobrir o paradeiro de Bin Laden.

Os documentos a que o El Pais teve acesso demonstram que 30 presos de Guantanamo sofriam de «doenças do foro psiquiátrico, transtornos de personalidade, depressões profundas», esquizofrenia e problemas de consumo de drogas. Apesar desses transtornos terem sido comprovadas por avaliação médica, os doentes permaneceram presos e impedidos de voltar aos países de origem durante anos.

O diário espanhol conclui que, mesmo em casos de doença extrema, a procura de informação foi sempre colocada acima da saúde dos indivíduos.

Deplorável o comunicado divuldago hoje, pela Casa Branca, de que o Governo americano está “decepcionado” porque o diário americano “The New York Times” e outros jornais pelo mundo terem divulgado as monstruosidades de Guantanamo.

Obama fez uma promessa: a de fechar essa prisão ilegal. Mantê-la é que é um crime, não o ato de revelar o que se passa lá.

Quem faz coisas assim - ou tolera que façam, impunemente – não tem autoridade para falar em direitos humanos em parte alguma do mundo.

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PITACO DO ContrapontoPIG.

E o Presidente Obama - Premio Nobel da Paz - que apesar de ter prometido em campanha acabar com a prisão de Guantánamo, nem se manifesta. Está ocupado com outra "guerrinha" .alí na Líbia...

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Contraponto 5253 - Metade dos presos em Guantânamo era inocente

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26/04/2011

WikiLeaks: Metade dos presos em Guantânamo era inocente

Guantânamo: império promove a
barbárie e fala em direitos humanos


Do Vermelho - 25 de Abril de 2011 - 16h12


Os jornais El País,The New York Times e Washington Post publicaram em seus sites na noite deste domingo (24) uma série de documentos secretos que revelam informações detalhadas sobre a base militar norte-americana de Guantânamo. Os três veículos tratam de fichas de 759 dos 779 presos que passaram pela prisão.
Com data entre 2002 e 2009, os registros revelam que o governo dos Estados Unidos usou a prisão de Guantânamo ilegalmente para obter informação dos detidos, independentemente de serem suspeitos ou não. Informam também que parte dos prisioneiros afegãos e paquistaneses eram inocentes, incluindo motoristas, agricultores e cozinheiros, que foram detidos durante operações de inteligência em zonas de guerra.

O El País cita como exemplo de presos inocentes o diretor de escola sudanês Al Rachid Raheem, o afegão Mahngur Alijan que estava pedindo carona para comprar remédios e o iraniano Bajtiar Bamari, que vivia no Afeganistão na época em que os EUA procuravam Osama Bin Laden. Bajtiar Bamari passou dois anos presos na base militar, mesmo sem ter vínculos com a Al Qaeda ou com o Talebã.

"Os 759 relatórios secretos revelam os abusos em Guantânamo. Os documentos mostram que a principal finalidade da prisão foi explorar todas as informações dos presos, apesar da reconhecida inocência de muitos deles. Sessenta porcento foram levados para a base militar sem ser uma ameaça provável", escreveu o jornal espanhol.

O El País cita ainda o caso de um homem de 89 anos preso em Guantânamo. Ele sofria de demência senil, artrite e depressão. Foi detido porque os soldados encontraram um telefone no complexo de casas onde ele vivia que continha números de pessoas "suspeitas" de ligação com o Talebã. O idoso não sabia de quem era o telefone, tampouco sabia manusear o aparelho. Tempos depois, as autoridades concordaram que ele não sabia de nada e que não oferecia perigo.

Um dos presos foi um adolescente afegão de 15 anos que não era apenas inocente, como também uma vítima do "inimigo". Antes de ser detido pelos EUA, um grupo armado talebã sequestrou e estuprou o jovem.

Com base nos documentos, o jornal concluiu que o pressuposto de inocência não existe em Guantânamo. O prisioneiro é que precisa demonstrar que não é terrorista, nem talebã. Não havia provas contra o afegão Yamatollah Abdul, por exemplo, mas ele é suspeito porque "quando pressionado para explicar sua história em detalhes ele não colabora". "É evasivo e reticente em reconhecer certas coisas", consta em uma ficha.

Em nenhum momento as autoridades norte-americanas informam em que circunstância os presos admitiram suas culpas, constatou o El País.

De acordo com as fichas, os EUA criaram na prisão de Guantânamo "um sistema policial e penal sem garantias no qual só importavam duas questões: quanta informação se obteria dos presos, embora fossem inocentes, e se podiam ser perigosos no futuro”.

A estratégia era privar o preso de liberdade ainda que ele não tivesse cometido nenhum delito ou crime de guerra. Assim, se soubesse de algo, de alguma relação de seus familiares com o terrorismo, revelaria às autoridades.

Os documentos mostram ainda que 130 dos 172 prisioneiros que deixaram a base de Guantânamo eram considerados "de alto risco" - uma ameaça para os Estados Unidos e seus aliados. Porém, eles foram libertados sem terem sido "reabilitados ou com a supervisão necessária".

Crítica oficial

Após a divulgação dos documentos pelos jornais, o Departamento de Estado e o Pentágono lamentaram o vazamento na noite de domingo por meio de comunicado.

"É triste que várias organizações midiáticas tenham tomado a decisão de publicar vários documentos obtidos de forma ilegal pelo WikiLeaks relacionados com o centro de detenção de Guantânamo", afirmou o governo norte-americano.

"Esses documentos contêm informação confidencial sobre detidos atuais e passados de Guantânamo e condenamos categoricamente o vazamento desta informação sensível", ressaltou o comunicado.

Desde a criação da prisão norte-americana, em 2002, morreram sete presos no local, segundo dados oficiais. Sua manutenção não encontra amparo em nenhuma convenção internacional e, portanto, não há como fiscalizar o que acontece em seu interior, motivo pelo qual os EUA são criticados por organizações de direitos humanos. Os EUA também não permitem que a ONU (Organização das Nações Unidas) inspecione as condições da base e do tratamento recebido pelos detidos.

Atualmente, há 172 detidos. O máximo de prisioneiros que ficou no local foi 779 em 2003.

Fonte: Opera Mundi
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