quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Contraponto 4828 - "Obama e Clinton ameaçam intervir na Líbia"

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24/02/2011

Obama e Clinton ameaçam intervir na Líbia

Do Vermelho - 23 de Fevereiro de 2011 - 20h19

A novidade da crise na Líbia nesta quarta-feira (23) foi a ameaça velada feita por Barack Obama e Hillary Clinton de intervir militarmente no país. Cenário é de guerra civil e perigo de divisão do país árabe.
A crise na Líbia agravou-se nas últimas horas, desde que o coronel Muamar Kadafi fez um pronunciamento à nação anunciando sua decisão de manter-se no poder a todo custo. “Eu vou lutar até a última gota de sangue”, disse.

Notícias desencontradas das agências internacionais informaram na tarde desta quarta-feira sobre a ocorrência de violentos combates que teriam resultado em 10 mil mortos e outros tantos milhares de feridos.

O noticiário desta quarta-feira já não se refere apenas à realização de manifestações de protesto, mas à ocorrência de combates armados.

Segundo as agências, intensos tiroteios foram registrados nesta quarta-feira em Trípoli, enquanto forças leais a Kadafi apertam o cerco na capital do país. Manifestantes antigoverno também dizem terem assumido o controle de diversas cidades com tanques de guerra.

As notícias dão conta ainda da perda de controle pelo governo da região leste da Líbia - onde está a cidade de Tobruk e grande parte dos campos produtores de petróleo. Multiplicam-se os comentários sobre a iminente divisão do país.

É um cenário de guerra civil, com a fragmentação da base de apoio do governo líbio, a multiplicação de dissidências na esfera política e diplomática e a divisão das forças armadas.

As forças amantes da paz, os movimentos de solidariedade aos povos, erguem com razão sua voz de protesto em face da repressão às manifestações populares e se colocam ao lado do povo líbio na sua justa luta por liberdades democráticas.

Este justo sentimento que se espalha pelo mundo não se confunde, porém, com as manobras e ameaças de intervenção militar por parte das potências imperialistas, em primeiro lugar os Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama em um breve discurso pronunciado nesta quarta-feira em Washington fez um chamamento para que o mundo fale “com uma só voz”.

Pouco antes, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, declarou em coletiva de imprensa em Washington que "todas as opções estão em jogo" para tentar persuadir o governo líbio a suspender o uso de violência contra os manifestantes antigoverno.
"Várias opções estão sendo estudadas. Nós avaliaremos as possibilidades para dar fim à violência e tentar influenciar o governo”.

A secretária de Estado também destacou a necessidade de uma ação conjunta da comunidade internacional.

As declarações de Obama e sua secretária de Estado deixam claro que o imperialismo já considera como uma das opções para “solucionar” a crise da Líbia a intervenção armada, o que dá plena razão à análise do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro na última terça-feira no Vermelho.

Toda ilusão com o imperialismo deve ser descartada. Não são os direitos humanos, nem a proteção do povo líbio do banho de sangue que preocupam os imperialistas estadunidenses.

Eles sustentaram e ainda sustentam todos os regimes bárbaros no mundo árabe, como em todo o mundo. Se intervierem na Líbia será para levar mais adiante os seus planos de dominação mundial.

Da redação, com agências
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