segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Contraponto 4503 - O quê FHC foi fazer na Suíça?

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24/01/2011


Estadão viaja para ouvir o servilismo de FHC a Hilary Clinton, e esquece de perguntar: O quê FHC foi fazer na Suíça?


Do Os Amigos do Presidente Lula - por Zé Augusto - segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Graças ao Estadão", ficamos sabendo que Fernando Henrique Cardoso, estava em Genebra, terra de bancos com contas secretas que agasalharam fortunas constituídas de roubos, desde nazistas da II Guerra até ditadores e políticos corruptos, como o recente caso de políticos do PSBD paulista, com contas bloqueadas por propinas recebidas da Alstom.

A notícia que teria algum interesse, o Estadão simplesmente "esqueceu de perguntar":

O quê FHC foi fazer na Suíça?

Sem essa pergunta, a "entrevista" não passou de uma encenação para FHC tentar "gerar fatos" para manter a oposição "viva", através do que ele mais sabe fazer: expor sua inveja de Lula e seu servilismo aos EUA, país que o financia desde a década de 60. Ultimamente ele ganhou uma "boquinha" na Universidade de Brown, daquele país.

Como pode o ex-presidente demo-tucano, cujo governo ocorreu o massacre de Eldorado dos Carajás e colocou tanques de guerra para reprimir uma greve de petroleiros - que evitou a privatização da Petrobras - dizer que o Brasil retrocedeu na agenda dos direitos humanos? No governo Lula não teve nada parecido com estes dois episódios.

Essa conversa de FHC é puro lobby estadunidense para pressionar o Brasil, por fazer uma política independente em relação ao Irã, em todo o Oriente Médio e na América Latina, não submissa aos EUA.

O ex-presidente demonstra todo seu servilismo ao dizer que concorda com Hilary Clinton, quando disse que o Brasil foi "ingênuo" com o Irã, e mostra toda sua pequeneza ao dizer que o Brasil "nao tem cacife para jogar aquele jogo". Ingênuo seria votar na ONU de acordo com as armadilhas dos EUA para repetir o que fez com o Iraque e colocar de volta no Irã um governo submisso, como era Reza Palhevi.

Por fim o ex-presidente provoca gargalhadas, mesmo na turma de pijama do Itamaraty que tirava os sapatos em seu governo, quando diz que se o Brasil se "comportasse bem" rezando pela cartilha de Hilary Clinton, conquistaria um aval dos Estados Unidos para ter um lugar permanente no Conselho de Segurança, com a Índia.

Ora, FHC tem todos os defeitos, menos ser tão burro assim. Todo mundo sabe que o aceno para a Índia é para atazanar a China, a potência mundial que ultrapassará a hegemonia dos EUA neste século.

Índia e China tem disputas até de fronteiras na região do Himalaia e, ao lado do Japão, enfrenta oposição da China para seu ingresso no Conselho de Segurança.

FHC sabe que os EUA, por vontade própria, jamais irão avalizar o Brasil ter poder de veto no Conselho de Segurança. Eles não dividem o poder por livre e espontânea vontade, muito menos com países que sejam dóceis e servis. A Índia, durante anos, desobedeceu tudo o que os EUA não queria que eles fizessem, desde não assinar o TNP e fazer a bomba atômica, até manter uma grande proximidade com Moscou na época da União Soviética. Só tem agora o "aval" dos EUA porque cresceu, apareceu, e compartilha interesses com os EUA na contenção do poder da China.

Para o Brasil conquistar uma vaga permanente no Conselho precisará do apoio da maioria do resto do mundo, e os EUA terão que engolir. É assim que funciona, e é assim que o governo Lula fez, e que Dilma continuará fazendo. Não adianta tirar os sapatos, não adianta entregar as riquezas nacionais submetendo-se ao neoliberalismo do Consenso de Washington, não adianta se humilhar, como fez FHC, assinando o TNP sob pressão estadunidense, sem exigir, nem conquistar nada em troca. Nada disso, trouxe "aval" daquele país.

O resto da entrevista é um festival de besteiras, também ecoando, um pouco mais sutilmente, o discurso de Hilary Clinton, contra Chavez, contra Lula e contra a Bolívia.

É deplorável que um ex-presidente brasileiro se comporte como se fosse um funcionário do terceiro escalão do departamento de estado dos EUA, repetindo o que o primeiro escalão daquele país quer que seja dito.
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