sexta-feira, 30 de abril de 2010

Contraponto 2088 - "O fio da história na ponta de nossos dedos"

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30/04/2010
O fio da história na ponta de nossos dedos

Tijolaço - sexta-feira, 30 abril, 2010 às 13:11

Brizola Neto

Deformações ideológicas não se acabam do dia para a noite.

Vivemos, mais de uma década, sob a ditadura do pensamento único, do “politicamente correto”.
A paixão política passou a ser um “defeito”, aliás quase todas as paixões passaram a ser um defeito, um “fanatismo”.


Claro que não se está louvando aqui a irracionalidade, o sectarismo, a imbecilidade.
Mas a história humana é feita de paixão.

Ou será que não foi preciso paixão para os homens que deram a vida nas barricadas da Revolução Francesa, para que aquele país e o mundo pudessem gritar “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”?

Faltou paixão, aqui, aos Henriques Dias, negros, aos Felipes Camarão, índios, para lutarem em Guararapes ao lado do português João Fernandes, fundando o sentimento nacional?

Ou a Tiradentes, para enfrentar o cadafalso? A Getúlio, para a bala no coração?

O neoliberalismo pretendeu reduzir o desejo humano a um “negócio”, material ou sentimental, que deve trazer vantagens. Era a “lei de mercado” transposta para a existência do ser humano. Um verso de uma música dos Titãs, fora do contexto, servia de “hino” desta anulação da paixão: “eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”.

A história das lutas sociais, das lutas que ao longo de milhares de anos, homens e mulheres de todas as partes do globo terrestre fizeram em busca da liberdade, da justiça, da dignidade, não importava muito. Era tempo perdido. Era o passado, e o passado, passou. Era “o fim da história” que o tal Francis Fukuyama, aquele historiador a quem a história já quase esqueceu, proclamava, sob o aplauso dos medíocres.
Virou algo “arcaico”, “jurássico”, anacrônico ter paixão pelo Brasil e pelo povo brasileiro.
Importante era ser certinho, arrumadinho, “preparadinho” e fazer “o dever de casa” direitinho, como os nossos comentaristas políticos e econômicos pregavam nos jornais e na televisão. Nenhuma atenção era dada a que este “dever de casa” vinha de professores de fora, que queriam ensinar-nos a ser como convinha a eles, não a nós mesmos.
Mas a história não acabou.

A realidade, o processo social, retornou, com suas voltas caprichosas e tantas vezes incríveis, o fio desta história.

Lula, o sindicalista que surgiu condenando Vargas, virou o estadista que repetiu seu gesto de banhar de petróleo sua mão e, mais ainda, praticou uma política de composição, tolerância e alianças como a do velho Getúlio, a quem chamavam de “pai dos pobres e mãe dos ricos”. Embora os pobres tenham ganho muito no Governo Lula, a verdade é que os ricos não perderam, não é? Está aí o lucro dos bancos que não nos deixa enganados.
Apesar disso, porém, como a Getúlio, a Jango, a Brizola, os ricos o odeiam. Odeiam não apenas porque ele vem da pobreza. Odeiam porque ele não a abandonou, não lhe virou as costas. As elites brasileiras só admitem a entrada dos pobres nos seus salões se for para servir-lhes obsequiosamente, como mucamas ou garçons.

A história seguiu, e o povo brasileiro viu, com Lula, que podia dirigir seu país. Viu mais: que este país, invadido economicamente, culturalmente e polticamente pelos “monitores” daqueles professores que lhe cobravam, ferozes, “o dever de casa” , não precisava ser como lhe diziam que deveria ser.
Eu vejo com tristeza muitos homens e mulheres das gerações mais velhas tornarem-se tíbios, medrosos, a encherem de vírgulas e concessões o que dizem, para deixar aceitáveis pela ditadura da mídia a verdade que já não sabem dizer de forma aguda e cortante.
Falta-lhes já a pureza e a sinceridade do menino que, na praça cheia, rasgou o véu do temor e da conivência gritando que o rei estava nu.
Com mais tristeza ainda vejo outros, que eram jovens abandeirados de paixões e amor a este povo se converterem em instrumentos de seus algozes, com a pífia desculpa de que os tempos são outros, quase a dizer que aquele mundo de opressão e dominação acabou. Talvez tenha acabado, sim, mas só para eles, não para as imensas massas humanas a que um dia disseram servir.

Não são todos, talvez não sejam sequer muitos, mas foi a eles que o sistema deu luz e notoriedade e fez aos outros temer não serem aceitos, acolhidos, amados, porque teimavam em ser, mesmo que por dentro e silenciosamente, o que eram.

Que lindas as supresas da história, porém.

Dos frangalhos de Brasil que a ditadura e, depois, a mediocriade e o entreguismo dos governos neoliberais nos deixaram, rebrotamos, como nos versos de Neruda sobre a Espanha destruída pela barbárie franquista:
“mas de cada buraco da Espanha, sai Espanha, e de cada criança morta nasce um fuzil com olhos”.
Pois correndo o risco de parecer primário, poderíamos dizer que sai agora um fuzil com teclas. Esta nova “arma”, a internet, foi posta à prova, nestas semanas, em rápidas escaramuças: o clipe serrista da Globo e as manipulações difamatórias dos tucanos. Os tanques pesados da grande mídia continuam rolando, potentíssimos. Mas nós já podemos fustigá-los e fazer recuar.

Nós, os que estamos ainda no começo da caminhada, que temos o coração em chamas pelo Brasil, precisamos muito dos corações que nunca deixaram esta brasa apaixonada se apagar. Precisamos de sua sabedoria e de sua coragem, que certamente é maior que a nossa, pois já passou por batalhas mais longas e mais duras.

Somos soldados deste combate pelo povo brasileiro. Precisamos de comandantes que nos ajudem a lutar e vencer. A paixão e o amor não nos faltam.

Então, quem sabe, juntos, poderemos soprar as brasas que se reduziram pela descrença, pelas decepções, pelas derrotas e, finalmente, em nome de milhões de nossos irmãos que nada têm de rico, senão a esperança, em nome de um país que não quer mais viver na barbárie de uma condição colonial, possamos enfim dar ao Brasil o destino próprio que uma nação e um povo como o nosso merecem.
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Contraponto 2087 - Vestibular criou "cotas para populações mais abastadas"

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30/04/2010


Haddad: Vestibular criou "cotas para populações mais abastadas"


Portal Vermelho - 30 de Abril de 2010 - 18h29

O ministro da Educação, Fernando Haddad, criticou o modelo do vestibular tradicional que, na avaliação dele, exclui os jovens pobres da universidade pública. “O vestibular é uma cláusula de barreira impeditiva ao desenvolvimento profissional dos nossos jovens , [o vestibular] criou cotas para populações mais abastadas que são capazes de pagar cursinhos e taxas elevadas de inscrição”, afirmou Haddad na manhã desta sexta-feira (30) durante evento do MEC em Foz do Iguaçu, no Paraná.
No evento, organizado para discutir a educação na América Latina, o ministro apresentou aos participantes de 12 países da região a proposta do Ministério da Educação do Brasil para substituir o vestibular por uma avaliação unificada, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os países latino-americanos possuem diferentes sistemas de acesso dos jovens ao ensino superior.

Haddad defendeu que além de excluir os estudantes mais pobres, o vestibular “massacra o ensino médio do ponto de vista pedagógico” o que causa o desinteresse dos jovens. “Os programas de vestibular se amontoam e criam uma matriz enorme para o ensino médio. Nem os enciclopedistas franceses passariam no vestibular do Brasil com facilidade com essa quantidade de conteúdos para aprender”, comparou.

Enem será nos dias 6 e 7 de novembro

Haddad confirmou que o Enem de 2010 será aplicado nos dias 6 e 7 de novembro. A escolha das datas só falta ser publicada no Diário Oficial da União.

A expectativa do MEC é de que seis milhões de estudantes se inscrevam no exame deste ano. No ano passado, o Enem contabilizou 4,2 milhões de inscrições. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram a prova.

O ministro informou ainda que o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que está marcado para o dia 7 de novembro, deverá ser realizado em outra data que ainda será definida.

Com agências
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Contraponto 2086 - A Voz da estupidez

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30/04/2010
O “efeito-estufa” no cérebro do embaixador


Tijolaço - sexta-feira, 30 abril, 2010 às 9:31

Brizola Neto

Como os sites brasileiros não publicaram nada, exceção feita ao DCI, , a gente conta aqui a inacreditável história da declaração do embaixador americano no México, Carlos Pascual. O cidadão na foto ao lado, ao participar de um forum ambiental, disse que, pelo menos, a mudança climática iria ajudar os Estados Unidos a resolverem seu problema de relacionamento com Cuba, porque a elevação do nível dos oceanos ia fazer a ilha desaparecer sob o oceano.

“Não precisamos nos preocupar tanto nos Estados Unidos com Cuba, porque o ambiente vai eliminar o problema por nós”, disse o “diplomata” – porque só entre aspas para chamar isso de diplomacia -, acrescentando que “Fidel Castro pode viver mais 50 anos e não tem poderes que nós nem conhecemos até agora” porque talvez seja debaixo d´água que os norteamericanos irão resolver seus problemas com ele.

Uma coisa como esta dá idéia da falta de seriedade com que não apenas a questão climática é tratada, como com quanto ódio setores do governo norteamericano encaram a normalização das relações diplomáticas com Cuba. Fosse ou não uma brincadeira, é inadmissível um representante diplomático tratar assim um país.

Ou, quem sabe, o rancor por 50 anos de frustração em derrubar o regime cubano – nem é preciso discutir aqui seus acertos e erros – funciona como uma espécie de “efeito-estufa” no cérebro da direita americana, que derrete sua capacidade de pensar serenamente e e portar-se de maneira civilizada.
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Contraponto 2085 - "O Mercosul, o BRIC e o planeta"


30/04/2010

"O Mercosul, o BRIC e o planeta"

Um candidato a presidente do Brasil que tem possibilidades de ser eleito deveria ao menos estar bem informado. Por exemplo, deveria conhecer os altíssimos índices de crescimento que o comércio exterior de seu país vem tendo durante os últimos dois anos, em que o Mercosul existiu notoriamente. Este foi um dos principais fatores do crescimento e do enorme superávit de seu país. Haveria uma boa quantidade de dados, cifras e percetuais para demonstrar a Serra que suas opiniões nao têm por certo um fundamento muito sólido e sobretudo sereno. E essas são virtudes que se reclama de qualquer governante. O artigo é de Esteban Valenti, diretor da agência UyPress.

Esteban Valenti (*)

Em declarações recentes na Federação das Indústrias de Minas Gerais, o pré-candidato a Presidência da República do Brasil pelo partido centrista PSDB, José Serra qualificou o Mercosul como uma “farsa” e como “uma barreira para que o Brasil possa fazer acordos comerciais”.

Depois, em outras declarações à imprensa ele flexibilizou suas definiçãos mais taxativas. Como em todos os casos, devemos partir da realidade. Um candidato a presidente do Brasil que tem possibilidades de ser eleito deveria ao menos estar bem informado. Por exemplo, deveria conhecer os altíssimos índices de crescimento que o comércio exterior de seu país vem tendo durante os últimos dois anos, em que o Mercosul existiu notoriamente. Este foi um dos principais fatores do crescimento e do enorme superavit fiscal de seu país.

Durante a crise mundial que devastou setores inteiros do comércio internacional, inclusive, os países do Mercosul estão entre os menos afetados, tanto em termos de crescimento como em seu comércio internacional. Assim o informa o último relatório do Fundo Monetário Internacional, que prevê para a região um crescimento de 4,3% neste ano.

Haveria uma boa quantidade de dados, cifras e percetuais para demonstrar a Serra que suas opiniões nao têm por certo um fundamento muito sólido e sobretudo sereno. E essas são virtudes que se reclama de qualquer governante. Muito mais em se tratando de um potência emergente como hoje é o Brasil.

Se, por exemplo, analisa-se as afirmações de Serra desde os outros países integrantes do bloco, por exemplo Argentina e Uruguai e se considera o avanço impetuoso das grandes empresas brasileiras em setores como o cimento, a cerveja, os grãos, a terra, os frigoríficos, a energia, a construção e muitos outros setores, quem deveria se alarmar – caso tivéssemos uma visão míope e desconfiada – seríamos nós, os sócios do Mercosul. A menos que Serra considere que este avanço impetuoso dos grupos empresariais do Brasil nada tenha a ver com o Mercosul.

Seria bom que ele respondesse a uma simples pergunta: em que outra região do planeta o Brasil concentra tantos investimentos e tal predominância em setores inteiros da indústria e do comércio?

O que alarma, porém, é a absoluta falta de uma visão política, de uma mirada estratégica sobre o papel do Brasil na região e no mundo. Se algo paradoxicamente caracterizou o Brasil durante muitas décadas foi ter uma das melhores chancelarias do mundo, o Itamaraty, e a falta de uma estratégia global. Na realidade, nao era um problema profissional, era político, o que faltava era um Projeto Nacional.

O maior aporte que Luis Inácio “Lula” da Silva realizou não foi a luta contra a pobreza, mas inscrever essa luta num projeto nacional de desenvolvimento que tinha obrigatoriamente uma estratégia regional e internacional.

Quem poderia se queixar de certas lacunas e injustiças nessa estratégia seriam, por exemplo, os uruguaios, que no marco do Mercosul nao receberam nem apoio nem atenção por parte do Brasil, no vasto conflito com a Argentina no caso da construção da fábrica de celulose BOTNIA (atual UPM) e da não construção de uma ponte entre os dois países, violando um claro pronunciamento e as normas estabelecidas pelo próprio Mercosul. Não o fizemos com muita estridência porque privilegiamos a estratégia, o oolhar de médio e longo prazo.

E é esse olhar que falta a Serra em suas afirmações e inclusive em suas retificações posteriores. Sem a credibilidade que o Brasil ganhou no Mercosul, em seu aporte aos fundos estruturais e na comunidade dessa política na UNASUR, o Brasil não seria o mesmo, não teria o papel que hoje tem no BRIC e no mundo.

Um país que, por simples conveniência comercial de curto prazo liquida tantos anos de esforços e de negociações com seus vizinhos, sepultando-os com alguns adjetivos sem fundamento, não é um país sério e confiável. Nao é uma potência emergente.

Essa condição, esse papel em termos de mundo globalizado, essa capacidade de intelocução mundial, nas Nações Unidas e em todos os foros, nao se ganha só e principalmente com o tamanho, mas com seriedade, solidez e com uma mirada profunda em suas estratégias. O Brasil fez nos últimos anos grandes esforços para ganhar essas posições.

Se mirássemos o mundo através de uma fechadura, nós, Uruguaios – que somos pequenos e quase anões ao lado do gigante –, que temos deixado de ser chorões e passamos a assumir nosso papel e a defender nossos direitos, possivelmente sairíamos a gritar que o Mercosul limita nossos acordos comerciais. Alguns compatriotas o fazem, no entanto, nem o governo anterior, de Tabaré Vázquez, nem o de José Mujica tiveram essa postura. Muito pelo contrário, trataremos de aproveitar juntos uma oportunidade única.

O nível atual de desenvolvimento do mundo, o crescimento do consumo – ainda que em meio à fome de que grandes setores padecem – implica uma demanda crescente de alimentos, em especial de grãos. O Mercosul em seu conjunto é potencialmente o maior exportador de alimentos do planeta. Se esta possibilidade – que já está se expressando – for aproveitada por nós no marco de projetos de desenvolvimento, de investimentos adequados em tecnologia, na indústria, em logística, na educação, na cultura e na saúde, quer dizer, se concedermos sustentabilidade social ao crescimento, este momento é único e irrepetível para todos.

Como é óbvio, o Brasil tem um papel fundamental neste processo.

(*) Esteban Valenti Jornalista, escritor e diretor da agência UyPress. Uruguay.

Tradução: Katarina Peixoto
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Contraponto 2084 - PSDB joga DEM para escanteio

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30/04/2010

Era uma vez uma sólida aliança PSDB-DEM

Blog do Zé Dirceu - Publicado em 29-Abr-2010

Serra e Aécio

Na surdina, bem ao estilo tucano que, dependendo da repercussão do fato, possibilita ir em frente, continuar no muro ou voltar atrás, o PSDB desencadeou a operação para jogar ao mar seu histórico e tradicional aliado DEM na eleição presidencial desse ano. Manobram a mil para retirar dos demos a vaga que estes pretendem de candidato a vice-presidente na chapa da oposição ao Planalto encabeçada por José Serra (PSDB-DEM-PPS).

Como quem não quer nada, com manobras desenvolvidas mais via imprensa, há semanas Serra vem alijando o DEM - hoje mais um fardo do que um apoio propriamente - do projeto de integrar sua chapa. A partir da eclosão do episódio José Roberto Arruda, ex-governador de Brasília (único eleito pelos demos em 2006), que ficou dois meses preso na Polícia Federal após ser descoberto no centro do escândalo de pagamento de propina a aliados políticos, o apoio da legenda se tornou um peso e os tucanos têm feito acrobacias para se livrarem dela.

Serra e o alto escalão tucano, então, fingem que até a eclosão do escândalo do DEM-Brasília, jamais tiveram como principal sonho a escolha de José Roberto Arruda para ser o companheiro de chapa do candidato da oposição a Presidência da República.

A manobra mais recente se desenvolve via ex-governador de Minas, Aécio Neves. Ontem e hoje, nos jornais e em onlines, Aécio assume estar conversando com seu primo, senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para este ser vice-presidente na chapa de Serra. Dornelles, como bom mineiro (é sobrinho do avô de Aécio, o ex-presidente Tancredo Neves), mantém-se em silêncio e diz que só fala a respeito se o convite for oficializado.

Quer dizer, enquanto Aécio opera - com o máximo interesse para encontrar o vice de Serra, para o deixarem em paz na insistência para que seja ele, Aécio, esse vice - toda a linhagem de primeira grandeza do grão-tucanato mantém-se muda. Se vingar a articulação Aécio-Dornelles, livram-se do incômodo de ter um vice do DEM. Se não, continuarão fingindo que a manobra não foi com eles tucanos.

Foto: José Cruz/ABr
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Contraponto 2083 - "Os verdes podem vencer na Colômbia"

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30/04/2010

Os verdes podem vencer na Colômbia

Candidato de Uribe pode perder

Do Nassif - 30/04/2010 - 06:53
Por Marcio Moraes

Alguém está acompanhando as eleições colombianas?

O Candidato do Partido Verde Antanas Mockus passou a frente segundo as ultimas pesquisas e pode derrotar o candidato apoiado por Uribe.

O candidato verde começou a crescer nas pesquisas a partir da utilização das redes sociais, angariando apoio entre a juventude colombiana.

@AntanasMockus

Según la última encuesta del Centro Nacional de Consultoría, Antanas Mockus lidera la intención de voto para presidente, con el 39% (Equipo).
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Contraponto 2082 - Lula X FHC

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30/04/2010


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Contraponto 2081 - "Um documentário sobre a tortura"


30/04/2010
Um documentário sobre a tortura

Do Nassif 30/04/2010 - 0Um documentário sobre a tortura

Por Ninguém


Nunca havia ouvido falar deste documentário aqui: Brazil: A Report on Torture (1971), de Haskell Wexler e Saul Landau.

Foi filmado no Chile, logo após a chegada dos 70 presos políticos brasileiros trocados pelo embaixador suíço. É um documentário com cenas fortes (há reconstituições de vários tipos de tortura). Engraçado que não haja a menor menção a esse documentário aqui no Brasil (pelo menos, nunca vi nenhum comentário a respeito).

Quem quiser, pode assisti-lo aqui: http://www.linktv.org/programs/brazil-a-report-on-torture

Os idiomas usados no documentário são majoritariamente português e espanhol, com legendas em inglês.

Para quem fala inglês, há uma pequena introdução de quinze minutos, na mesma página, com os autores do documentário, falando, recentemente, sobre como foi feito. Eles estavam no Chile, para entrevistar Salvador Allende, e, enquanto esperavam para marcar a entrevista, ficaram sabendo da chegada do grupo. Resolveram entrevistá-los. É um documento histórico. Um dos entrevistados é o Frei Tito, que, mais tarde, veio a se suicidar (em 1974, na França), assim como uma outra entrevistada, Maria Auxiliadora Lara Barcelos, que também se matou (em 1976, em Berlim).

No vídeo, aparecem também Jean Marc van der Weid, ex-presidente da UNE e Nancy Mangabeira Unger, irmã do ex-ministro.

Seria interessante saber se alguém consegue identificar os entrevistados e o que foi feito deles nos anos seguintes. Jean Marc e Nancy, pelo que descobri, estão vivos e atuantes.

Para acompanhar pelo Twitter: http://twitter.com/luisnassif
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Contraponto 2080 - O PIG Mente


30/04/2010




A FOLHA MENTE
(mente, mente, mente, desesperadamente)"
O GLOBO MENTE

A VEJA MENTE
O ESTADÃO MENTE.

Porque A DIREITA MENTE.

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Emir Sader

O DATAFOLHA E O IBOPE
DESCARADAMENTE MENTEM



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Este post é repetido a cada 20 postagens
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Contraponto 2079 - "TV Globo amarga sua pior audiência da década"

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29/04/2010

TV Globo amarga sua pior audiência da década


Vermelho - 29 de Abril de 2010 - 11h26

No mês em que completa 45 anos, a Globo teve presentes de aniversário nem tão agradáveis. O primeiro foi a repercussão polêmica do vídeo de comemoração do acontecimento – suspeito de fazer propaganda para José Serra. O outro, pior: a emissora teve neste mês de abril a média de audiência mais baixa da década.

No período avaliado, a Globo teve audiência média de 16,8 pontos por dia. A melhor marca da década veio em 2004, quando registrou 21,7 pontos – que serviriam de estímulo para alcançar os tão sonhados 22 pontos. Antes, a emissora vinha crescendo significativamente: em 2000, a média foi de 20 pontos; em 2002 subiu para 20,3 e, em 2003, para 21 pontos.

Porém, a descida começou mesmo a partir de 2007, quando a média diária da Globo ficou nos 18,7 pontos, passando para 17,4 em 2008 e 2009 – que a emissora ainda espera bater neste ano.

Queda geral

Apesar dos números, a queda de audiência não é privilégio da Globo. O hábito de consumo de mídia dos brasileiros tem se alterado com o fácil acesso a novas mídias e possibilidades de se alimentar de conteúdo farto em várias plataformas.

Pesquisa de dezembro de 2009 aponta que o número de TVs ligadas caiu 66% na média anual em 2000, no horário nobre, para 59% em 2009. Até 21 de novembro, a queda chegou a sete pontos (mais dois chegariam a audiência da Record).

O Ibope avaliou as possibilidades para o desinteresse pela TV aberta, que vão da programação, o crescimento da internet, o fácil acesso ao DVD e os dias quentes. A conclusão é que a TV não perde apenas para o botão de "off" dos aparelhos, já que o Instituto atribui a queda aos chamados outros canais, nos quais se incluem (DVDs, videocassete, videogame e PC).

O DVD é uma das mídias que mais rouba telespectadores da TV, especialmente da Globo e do SBT. Em 2001, o total de televisores sintonizados em "outros aparelhos"no horário nobre era de 0,6%. Neste ano, já chegou a 3,8%, maior do que a audiência da Band, quarta maior rede aberta. As TVs sintonizadas em "outros canais", em 2001, foi de 3%, mas neste ano já subiu para 5%.

Além de perder sete pontos com os aparelhos desligados, as redes abertas também perderam dois pontos para os "outros canais" e mais três para outros aparelhos.

Da Redação, com informações de O Estado de S.Paulo
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Contraponto 2078 - "O PSDB, o FMI e a turma dos 30%"


29/04/2010

"O PSDB, o FMI e a turma dos 30%"

O PSDB de hoje olha a economia e o Brasil com o viés do mundo internacional das finanças e a propensão a pensar em pedaços, em satisfazer-se com políticas que miram só um terço dos brasileiros – os mais ricos – e só uma parte de nosso território – o sul-sudeste. É a turma dos 30%. Expansão de consumo, crescimento de salários, ampliação da produção, desenvolvimento da infraestrutura, inclusão e capacitação das pessoas, todos esses são temas ausentes de suas formulações – ou vistos como “aleijões”. O artigo é de Artur Araújo.

Artur Araújo*

O espectro de uma pergunta ronda as redações e, se formulada, desnudará o que realmente separa as duas principais candidaturas à presidência. Basta indagar de José Serra: “o senhor propõe parar o Brasil?”

Explico-me, a partir de três exemplos muito recentes: um artigo de Luis Carlos Mendonça de Barros, os 50 anos de Brasília e as manchetes sobre a orientação do FMI para que o Brasil reduza sua taxa de crescimento.

Em artigo publicado na FSP de 16/04, Mendonça de Barros , o ex-ministro de FHC de volta a sua vida de financista, revela o que é o centro da "economia política" do PSDB. Tido e havido como desenvolvimentista, anti-Malan, da escola de Sérgio Motta e José Serra, Mendonça expõe uma tese: "a euforia pelo crescimento nos levará a bater no muro das restrições econômicas; esse filme tem final triste". E para quem esperava as clássicas formulações – sobre os gargalos de infraestrutura, a baixa taxa de expansão da capacidade instalada, a "gastança” em custeio que impede o investimento público – ele abre seu coração e surpreende:

“A maior parte da oferta na economia brasileira é constituída por bens e serviços que não podem ser importados. O mais importante deles é o mercado de trabalho e nele é que está a componente mais ameaçadora que vejo para a frente. [...] Poderemos chegar ao fim deste ano com uma taxa de desemprego da ordem de 6%, mantido o crescimento atual da geração de postos de trabalho. Em março, o número de empregos formais aumentou em 266 mil, número muito forte para o mês.

[...] A pressão sobre os salários desse segmento dos trabalhadores já está ocorrendo e deve se acelerar. [...] São evidências de instabilidade grave. Dou um exemplo: a produção de caminhões da Mercedes-Benz brasileira em março foi o dobro da matriz na Alemanha. Mesmo com a crise na Alemanha esse número é um aleijão para mim.”

Trocando em miúdos: crescer rápido é um "problema", porque pode gerar aumentos salariais para os trabalhadores e reduzir a taxa corrente de lucros. A ótica do imediatismo salta aos olhos; nem mesmo de relance, o articulista se refere a um ciclo virtuoso, em que o crescimento real da massa salarial implica ampliação da demanda efetiva, cria as condições para expansão da capacidade produtiva (e da formação de mão-de-obra) e para a expansão da própria acumulação de capital, pelo crescimento do volume produzido e realizado.

O seu negócio é o aqui e agora, é o lucro já; e o futuro, provavelmente, nem a Deus pertence. O espantalho que agita é o da inflação de demanda, que se recusa a atacar pela via do choque de oferta, do mercado interno de massas e da expansão das exportações de maior valor agregado. Sua panacéia é o aumento dos juros.

Já na cobertura dos jornais paulistas sobre os 50 anos de Brasília, um velho espectro ressurgiu, explicitamente referido, por exemplo, em editorial de “O Estado de São Paulo”: Brasília, entre outras mil de suas supostas mazelas, estaria na origem da espiral inflacionária do início dos anos 1960. Sem, até hoje, compreender o que de fato Brasília operou, como meta-síntese do programa de desenvolvimento nacional de Juscelino, as vozes do passado afloram, opondo-se às obras públicas, à ação do Estado na criação de infraestrutura, na indução econômica e na integração democrática de todos os brasileiros e de todo o território nacional.

A rádio CBN tem apresentado uma ótima série de reportagens sobre a história da criação de Brasília. Em um dos programas, o tema era o debate na imprensa daquela época. A matéria narrava a campanha cerrada que o engenheiro da UDN Gustavo Corção, guru de Carlos Lacerda, movia contra a construção da cidade. Um de seus temas preferidos era o Lago Paranoá que, do alto de sua sapiência, o Dr. Corção garantia que nunca ficaria cheio, dados o regime de chuvas e as características do solo do cerrado.
No dia em que o lago ficou completo, JK, pleno de mineirice e bom humor, telegrafou para a redação do jornal em que Corção escrevia. Usou uma só palavra: “Encheu”.

O que Juscelino enfrentava era uma herança maldita, um Brasil litorâneo que só via a si mesmo, que desprezava mais de dois terços de seu território. A Marcha para o Oeste significou, muito além de Brasília, a experiência pioneira de Ceres, cidade-modelo agrícola implantada em Goiás, em que se desenvolveram as técnicas de correção de solo que permitiram a expansão agrícola, que hoje faz do Brasil um ator mundial em alimentos e biomassa para geração de energia. Significou, também, a abertura da rodovia Belém-Brasília (aquela que Jânio e a UDN chamavam de estrada para onça), articulando os eixos Norte e Oeste do nosso desenvolvimento.

E significou, mais do que tudo, para todos os brasileiros, trabalhadores ou empresários, uma mudança de postura e ângulo; Brasília permitiu que olhássemos mais e melhor para os nossos próprios potenciais e capacidades.

O FMI, que não é daqui, ecoa a lógica de Mendonça. Seu mais recente relatório, diz a FSP em manchete, “vê economia brasileira ‘no limite’”. Forçado pelos fatos a revisar – para cima – sua estimativa de crescimento da economia do Brasil, o Fundo “aponta demanda ‘em estágio avançado’ e espera medidas para desacelerar crescimento de 5,5% neste ano para 4,1% em 2011.” Tanta coincidência, até nas palavras, é sintoma de um alinhamento automático, de um modo de ver e conduzir o país.

O PSDB de hoje, por vezes até mais que os “demos”, olha a economia e o Brasil com esse viés. O que o orienta é o mundo internacional das finanças e a propensão a pensar em pedaços, em satisfazer-se com políticas que incluem só um terço dos brasileiros – os mais ricos – e só uma parte de nosso território – o sul-sudeste. É a turma dos 30%.

Expansão de consumo, crescimento de salários, ampliação da produção, desenvolvimento da infraestrutura, inclusão e capacitação das pessoas, todos esses são temas ausentes de suas formulações – ou vistos como “aleijões”. Aumento continuado e real do salário mínimo, instituição de pisos salariais nacionais, redução de jornada de trabalho, diminuição de desemprego, PAC, PROUNI, são pautas que os levam à beira do pânico. Tudo que seja para todos é risco, não oportunidade.

Ainda que se dê a José Serra o benefício da dúvida, do quanto ainda preserva de seu suposto desenvolvimentismo, não é despropositado indagar como ele “resistiria” à pressão combinada do tucanato econômico, do udenismo paralisante e elitista e da banca mundial, falando pela boca do FMI. A experiência FHC não traz muitas esperanças quanto a isso. Um jornalista arguto qualificaria a pergunta que abre este texto e questionaria o que o candidato fará com a turma dos 30%, aqueles que, há décadas, estiveram do seu lado e sempre quiseram que o Brasil pudesse menos.

(*) Artur Araújo é consultor especializado em gestão pública e empresarial
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Contraponto 2077 - PT, Graeff, Serra

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29/04/2010

PT, enfim, acorda e vai ao MP contra Graeff


Tijolaço - quinta-feira, 29 abril, 2010 às 19:00
Brizola Neto

Nós fizemos a nossa parte, publicamos no tijolaco.com, fui à Câmara denunciar a armação e parece que o pessoal acordou. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, anunciou hoje que o partido vai entrar com representação no Ministério Público Eleitoral para apuração de crime eleitoral contra Eduardo Graeff, o brucutu-chefe do esquema da campanha serrista para atacar Dilma.

Graeff é o responsável pelo site “Gente que mente”, que pode ser acessado a partir de um link na página do PSDB. O site, na verdade, é do PSDB. Ou seja, é o partido e não uma pessoa física o responsável pelo site.
O senhor Graeff, ex-secretário da Presidência de Fernando Henrique Cardoso tem responsabilidade, sim, mas não é só ele. O PT vai aguardar a interpretação do MP eleitoral, e se for comprovada a responsabilidade de Graeff vai entrar com ação civil por danos morais.

Agora sim os responsáveis serão chamados a assumir seus atos que vêm transformando a campanha numa guerra suja sob orientação institucional de um partido. O mais importante, porém, é que sabendo que podem ter de pagar pelas malfeitorias, os tucanos vão ter de pensar duas vezes antes de apelar para o jogo sujo.
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29/04/2010


Serra, seus meninos estão entregando a farsa

Cuidado, Serra: você está assustando os meninos fingindo que é "lulista"

Tijolaço - quinta-feira, 29 abril, 2010 às 18:25

Brizola Neto

Como disse num post anterior, Serra hoje correu a desempenhar seu novo papel de mais lulista que o Lula, saudando no twitter a escolha do presidente brasileiro como um dos mais influentes líderes do mundo. “Bom para o Brasil”. Depois, com a história de se era o primeiro ou não, repetiu: “Bom do mesmo jeito para o Brasil.” Muito bem, mesmo sendo insincero, foi civilizado.

Mas não é assim que a sua tropa age. Vejam o que a Folha Online publicou agora à tarde:

“Para o deputado Paulo Bornhausen (SC), líder do DEM na Câmara, ou a revista “ficou louca ou ganhou um patrocínio de uma estatal brasileira”. “Ele não fez nada para merecer, deve ter servido como um prêmio de consolação por sua saída, ou será usado para sua candidatura para um cargo na ONU”, disse.

O líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), concorda que Lula não merecia ser escolhido. “Ele apenas capitalizou os feitos que o Brasil vem conquistando faz tempo.” O tucano disse ainda que o prêmio da “Time” não deve se reverter em votos para a candidata Dilma Rousseff (PT). “O eleitor não é bobo, sabe que ela não é o Lula. Ela agora está se apresentando inteira e mostrando o desastre que é. Isso não vai mudar”, afirmou.”

O Deputado Bornhausen tem uma idéia bastante interessante sobre a imprensa, não acham? De onde será que ele tirou esta idéia sobre a Time, de algum jornal catarinense? E o Deputado João Almeida, com a sua modéstia, talvez se candidate a fazer parte do juri da revista americana. Vamos aguardar também sua opinião sobre o Oscar.

Aliás, com todo o respeito aos jornais do interior, que provincianismo o da Folha, hein, de dar destaque a estas sumidades diante de um acontecimento mundial…
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Contraponto 2076 - "Lula pendura FHC no pescoço do Serra em rede nacional"

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29/04/2010
Lula pendura FHC no pescoço do Serra
em rede nacional

Lula massacra FHC no horário nobre

Conversa Afiada - 29/04/2010

Presidente Lula convocou rede nacional de televisão e fez um balanço do governo.

Ressaltou como o Brasil melhorou no governo dele em relação a FHC.

Principalmente, o crescimento econômico aliado à inclusão social.

Lula enfatizou o crescimento da classe média e a redução da pobreza.

Ali não teve uma preposição inocente.

Até as vírgulas apontavam para o peito do Serra.

Paulo Henrique Amorim



Em tempo: Logo em seguida, o jornal nacional subtraiu das manchetes a notícia desprezível de que a revista Time, uma das mais famosas do mundo, colocou Lula no primeiro lugar da lista dos líderes mais influentes do mundo. Os filhos do Roberto Marinho não se permitiriam admitir que foram apunhalados pelas costas.

Em tempo 2: No horário eleitoral gratuito, dentro do jornal nacional, o PP ressaltou o trabalho do Ministério das Cidades, que opera o programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica. Até o PP pendurou o FHC no pescoço do Serra.


Veja abaixo o pronunciamento do presidente Lula




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Contraponto 2075 - "Governo federal investirá R$ 3,5 bilhões na rede estatal do Plano Nacional de Banda Larga"

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29/04/2010


Governo federal investirá R$ 3,5 bilhões na rede estatal
do Plano Nacional de Banda Larga

Amigos do Presidente
- Zé Augusto quinta-feira, 29 de abril de 2010

O governo federal deverá investir cerca de R$ 3,5 bilhões em recursos do Tesouro Nacional na empresa que ficará responsável por implementar o Plano Nacional de Banda Larga.

De acordo com o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, o dinheiro será aplicado nos três primeiros anos do plano para fazer as redes principais, chamadas de backbones (como se fosse o tronco de uma árvore), e as redes hierárquicas, os backhauls (como se fossem os galhos).

“Depois disso, o negócio se torna rentável e passa a se autofinanciar”, disse o secretário, lembrando que o investimento total pode chegar a R$ 6 bilhões.

Santanna também explicou que existem, potencialmente, mais R$ 5 bilhões em incentivos para a indústria brasileira, em forma de renúncia fiscal ou financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Isso é um potencial máximo. Parte do princípio de que as projeções de mercado de compra das empresas privadas e também do governo se realizem”.

O secretário participou hoje (28) de uma reunião na Câmara dos Deputados sobre a reativação da Telebras para atuar como empresa estatal gestora do Plano Nacional de Banda Larga. Ele disse que essa é uma das possibilidades com as quais o governo trabalha, além da possibilidade de criar uma nova empresa para este fim. Ele lembrou que o governo já tinha demonstrado esse interesse em 2007, quando emitiu um comunicado de fato relevante ao mercado. “Eu defendo a utilização da empresa, parece ser o caminho mais rápido e mais fácil, já que é uma empresa estruturada, mas há outras vertentes de discussão dentro do governo”, disse Santanna.

O secretário informou que, além das operadoras de telefonia (fixa e móvel) e de TV por assinatura, existem hoje cerca de 1,7 mil pequenos provedores que podem fazer o serviço chamado “última milha”, que é o trecho que liga a rede de telecomunicações à casa dos consumidores. (Da Agência Brasil)
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Contraponto 2074 - "Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos"

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29/04/2010


"Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos"

Blog do Emir 29/04/2010

Emir Sader*

O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.

Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.

A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.

Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.

Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.

Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.

Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!

Emir Sader* Sociólogo e Cientista Político
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Contraponto 2073 - "Moore: O sonho americano mudou de endereço"

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29/04/2010

"Moore: O sonho americano mudou de endereço"

Viomundo - 29 de abril de 2010 às 11:33

Tradução do texto publicado pela revista Time, que colocou o presidente brasileiro no topo da lista das pessoas mais influentes na política mundial:

Luiz Inácio Lula da Silva
By Michael Moore Thursday, Apr. 29, 2010

da revista Time

Quando os brasileiros primeiro elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente, em 2002, os barões do país [robber barons] checaram o tanque de combustível de seus jatos privados. Eles haviam tornado o Brasil um dos países mais desiguais da terra e então parecia ter chegado a hora da “vingança”. Lula, 64, era um filho genuíno da classe trabalhadora da América Latina — na verdade, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores — que tinha sido preso por liderar uma greve.

Quando Lula finalmente conquistou a presidência, depois de três tentativas fracassadas, ele era uma figura familiar na vida nacional. Mas o que levou à política? Foi seu conhecimento pessoal do quanto é duro para muitos brasileiros trabalhar para sobreviver? Ser forçado a deixar a escola na quinta série para ajudar a família? Trabalhar como engraxate? Ter perdido um dedo em um acidente de trabalho?

Não, foi quando aos 25 anos de idade ele viu a esposa Maria morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, por não poderem pagar um tratamento médico decente.

Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deixem as pessoas terem bom atendimento médico e elas vão causar muito menos problemas para vocês.

E aqui há uma lição para o resto de nós: a grande ironia da presidência de Lula — ele foi eleito para um segundo mandato em 2006 e vai servir até o fim do ano — é de que quando ele tenta colocar o Brasil no Primeiro Mundo com programas sociais como o Fome Zero, desenhado para acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação disponível para os trabalhadores do Brasil, faz os Estados Unidos parecerem cada vez mais um país do velho Terceiro Mundo.

O que Lula quer para o Brasil é o que um dia chamamos de Sonho Americano. Nós, nos Estados Unidos, onde o 1% no topo da escala tem mais riqueza financeira que os 95% da base combinados, estamos vivendo em uma sociedade que está ficando rapidamente cada vez mais parecida com a do Brasil.

A lista da Time está aqui.
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Contraponto 2072 - Frase da Carta Maior

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29/04/2010

Frase da Carta Maior

"revista Time: Lula é a personalidade mais influente do mundo. Obama está em quarto lugar na lista de 100 nomes, entre os quais não constam nem FHC, nem Serra, tampouco os colunistas da pág. 2 da Folha, críticos da política externa soberana - e do Mercosul - que substituiu o alinhamento carnal dos tucanos aos interesses dos EUA."

(Carta Maior e os fatos que explicam de onde veio, a quem se aliou e que interesses defende José Serra, o candidato do conservadorismo brasileiro
;29-04)"

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Contraponto 2071 - Brizola Neto desmascara Brucutu-chefe

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29/04/2010
Começamos a furar o silêncio sobre a fraude

Graeff, Brucutu-chefe da guerra suja tucana na web

Tijolaço - quarta-feira, 28 abril, 2010 às 17:12

Brizola Neto


Acho que deu certo a gente detonar essa discussão sobre os ataques tucanos na internet. O PT já fala em medida judicial contra o PSDB e até a Folha de S.Paulo teve que entrar no assunto. Reproduzo abaixo o texto publicado na Folha Online.

Petistas acusam coordenador de Serra de comandar “guerra suja” na internet

TAI NALON

colaboração para a Folha

O PT estuda acionar juridicamente o PSDB pelo registro de sites que incitam uma suposta “guerra suja” entre militâncias na internet. Um dos sites questionados é o gentequemente.org.br, que traz críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à pré-candidata petista Dilma Rousseff.

O site entrou no ar em meados de 2009. Também causa polêmica o fato de o coordenador de campanha do pré-candidato à Presidência José Serra (PSBD), Eduardo Graeff, ter registrado o domínio petralhas.com.br –que está inativo. O nome de Graeff e do ISD (Instituto Social Democrata (ISD), entidade ligada ao PSDB, constam do registro do domínio do site.

Petistas usaram o episódio, nas redes sociais, para acusar Graeff de comandar uma “infantaria cibernética” que dispara boatos sobre a pré-candidata petista Dilma Rousseff e seus correligionários.

O deputado André Vargas, diretor de comunicação do PT, acusou Graeff em seu Twitter de ser “articulador das baixarias do PSDB” e incitar uma “guerra suja” na internet. O deputado Brizola Neto (PDT) reproduziu imagens do registro dos domínios em seu site e questionou a conduta tucana.

A Folha apurou que o site em questão está de fato no nome do coordenador de Serra. Graeff, além de membro do PSDB, é conselheiro do ISD, que, em seu estatuto, se apresenta como “uma sociedade civil sem fins lucrativos, destinada a promover o debate e a divulgação de idéias e teses da social democracia”. No registro do site na internet, o ISD e Graeff também aparecem como detentores de outros domínios, como sitedoserra.com.br e serra2010.com.br.

Outro site que dispara críticas aos petistas é o gentequemente.org.br, registrado pelo PSDB. Parecido com um blog, o endereço tem por objetivo desmentir declarações e fatos que envolvem petistas –notadamente Dilma.

Outro lado

Graeff admitiu ter registrado o domínio do site petralhas.com.br, mas negou participação na distribuição de boatos contra o PT. “De que forma um site inativo, isto é, um nome de domínio, se envolve em uma guerra cibernética?”, questionou.

Segundo ele, a ideia de registrar esse domínio foi inspirada no livro “O País dos Petralhas”, do jornalista Reinaldo Azevedo. Graeff disse que, na ocasião de seu lançamento, achou que o material rendia um site e que o nome era “divertido”.

Sobre o site “Gente Que Mente”, Graeff afirmou que as intenções do PSDB não são de disparar, mas de desmentir boatos. “Como o de que vamos acabar com o Bolsa Família, por exemplo”, disse.

Disputa judicial

André Vargas afirmou que o PT ainda está pensando se vai tomar providências jurídicas em relação aos sites.

Para ele, “o PSDB estimula a guerra suja” na internet com iniciativas desse tipo. Ele se disse surpreso com o envolvimento de coordenadores da campanha de Serra na criação dos sites. “Achava que eles iam fazer por trás, mas estão fazendo de frente”, disse.

Graeff ironizou o incômodo petista: “Estou pensando em mudar o nome do site de ‘Gente Que Mente’ para ‘Gente Que Mente e Não Gosta de Desvendar Mentiras’”.

Se eu fosse do PT e chamassem meu partido de petralha, ia para a Justiça perguntar se o senhor Graeff ia achar “divertido” que se contasse a história do governo do qual ele foi secretário-geral da Presidência da República com um título do tipo “No tempo dos Tucanalhas”. Brucutu, cínico e desavergonhado.

PS: Houve alteração no título da matéria para atualizar mudança feita pela Folha Online
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Contraponto 2070 - Ministério da Segurança: Serra afaga direita truculenta

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29/04/2010


SERRA/FHC/SERRA/FHC

FARINHA DO MESMO SACO
PORQUEIRA DA MESMA FONTE
PEDAÇO DO MESMO NACO
BOZERRA DO MESMO MONTE

.http://www.tijolaco.com/wp-content/uploads/2010/04/morf1.gif
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Post composto com imagem do Blog Tijolaço e que será recorrente aqui no ContrapontoPIG.
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Contraponto 2069 - “PSDB é coautor do assassinato de reputações na internet”


29/04/2010


“PSDB é coautor do assassinato de reputações na internet”

Viomundo - 28 de abril de 2010 às 19:16

por Conceição Lemes

O jogo sujo na rede contra Dilma Rousseff, candidata do PT à presidência da República, e o seu partido, está aumentando em quantidade e intensidade.

Na madrugada de 12 de abril, o site do PT foi invadido. Ficou um dia inteiro fora do ar. Ao acessá-lo, muitos usuários tiveram seus computadores infectados por vírus.

Em 14 de abril, nova invasão (veja aqui e aqui). Além de os crackers terem pichado a capa com dizeres favoráveis a José Serra, candidato do PSDB, redirecionavam o usuário para um blog apoiador do tucano.

Em 18 de abril, a TV Globo colocou no ar o jingle do aniversário dos 45 anos da TV Globo. Embutia, de forma disfarçada, propaganda favorável a Serra, como alertou prontamente pelo twitter Marcelo Branco, o responsável pela campanha de Dilma Rousseff na internet.

Ontem, 27 de abril, o deputado federal José Carlos Alelulia (DEM-BA) embarcou na demonização de Dilma, mas se deu mal.

A outra investida suja foi no site oficial do PSDB, que dá link para um outro – também registrado em nome do partido – intitulado “Gente que mente”, dedicado a atacar pessoalmente Dilma e os petistas.

“Ao dar espaço no seu site para um blog que ataca de forma virulenta a Dilma, tentando estigmatizá-la, o PSDB assina oficialmente a baixaria”, denuncia o deputado federal André Vargas (PT-PR). “Já pedimos ao nosso departamento jurídico o estudo de medidas judiciais cabíveis. O PSDB é coautor desses crimes de assassinato de reputações.”

“Os ataques na internet e o episódio do jingle dos 45 anos da Globo já mostraram que os adversários estão dispostos a tudo”, prossegue Vargas, que é Secretário Nacional de Comunicação do PT . “Se agem assim em abril, já imaginou a baixaria que adotarão em agosto, setembro, outubro? Temos de estar atentos o tempo inteiro e reagir rápido.”

Comunicação é considerada por muitos o calcanhar-de-aquiles tanto do PT quanto do governo federal. Por isso, resolvemos aprofundar esta entrevista, abordando algumas questões já levantadas pelos próprios leitores do Viomundo.

Viomundo – O PT está há 7 anos no poder. A mídia corporativa esconde as realizações federais, distorce ou mente sobre elas. Ao mesmo tempo, basta ligar TV, rádio, abrir jornais e revistas, para encontrarmos montes de anúncios do governo federal, Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal. É masoquismo?

André Vargas – Todos os meios de comunicação já existiam à época da ditadura. E se constituiu consenso de que é preciso anunciar na mídia independentemente do posicionamento político. Se você pega o governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB), havia sintonia entre o projeto neoliberal do ex-presidente e aquilo que o setor privado desejava. O nosso governo não é neoliberal, também não podemos dizer que é socialista. É um governo social-democrata preocupado com o bem-estar social, com a soberania e que entende o papel do estado na realização do projeto nacional de desenvolvimento.

Boa parte do setor privado, mesmo ganhando muito dinheiro, mantém na cabeça ideias, como “o mercado resolve”, “estado mínimo”. Concorda com a crítica do Serra de que “nós estamos fazendo o Estado crescer muito”, “não tem sentido o governo criar novas universidades federais”. Isso repercute nas linhas editoriais, dois anunciantes de peso na mesma linha. Na verdade, os meios de comunicação ainda têm o coração lastreado nos princípios do governo anterior.

Nesse contexto, como o governo federal não vai anunciar? Seria muito incompreendido no Brasil de hoje. Mas o governo está fazendo uma inversão na distribuição das verbas publicitárias. Na semana passada O Estado de S. Paulo disse que os gastos do governo Lula com publicidade cresceram 40% em seis anos. Mas “esqueceram” de dizer que são apenas 10% maiores que o maior gasto do governo FHC. Temos dissintonia de visão do setor público e privado e ao mesmo tempo distribuição mais democrática. Isso contraria interesses.

Viomundo – Como é a distribuição das verbas publicitárias?

André Vargas – No período FHC eram divididas entre 260/270 veículos de comunicação. Hoje, entre aproximadamente 2.500. Proporcionalmente os investimentos na chamada grande imprensa diminuíram. Está-se investindo em veículos pequenos no interior do país, que, antes, não recebiam nada. A internet também teve algum investimento. Ainda é pequeno, mas já cresceu. A ideia de democratizar fere os interesses dos grandes meios de comunicação. Na prática, o “bolo” é quase do mesmo tamanho da época do Fernando. Só que, agora, é dividido em 2.500 pedaços, antes, em menos de 300. É um critério técnico. É a democratização dos anúncios do governo.

Viomundo – Como senhor explica o fato de PT e o governo raramente reagirem com firmeza quando atacados? É medo, contemporização ou resignação?

André Vargas – O PT apanhou bastante ao longo da sua história, mas os episódios de 2005 deixaram o pessoal aturdido. Nunca se viu uma mobilização midiática tão grande contra um governo, contra um partido, estigmatizando-os. Isso não quer dizer que os erros do PT não têm de ser analisados pela mídia. Devem, sim. Mas o que reivindicamos é isonomia: tratamento idêntico para problemas idênticos. É só observar a cobertura da enchente em São Paulo para ver a discrepância. Quando a Marta estava no governo, era a maior ripa todo dia. Nas enchentes de dezembro de 2009 e começo de 2010, parecia que não tinha governador. O Serra sumiu do noticiário. A população acabou sendo a culpada.

Viomundo – Publicar informação correta não é favor; é obrigação de toda a mídia. Ao deixar de responder à altura, vocês não estariam contribuindo para desinformar a sociedade e, ao mesmo tempo, estimular a oposição a bater à vontade, já que ela conta com o apoio da mídia corporativa?

André Vargas – Uma coisa é o governo. Outra coisa, o partido político. No Brasil, a área de comunicação é uma das que mais resistem à democratização. Veja a reação dos grandes veículos à Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). As emissoras de televisão e de rádio não se vêem como concessão pública. Mas, realmente, o governo e o partido poderiam ter entrado mais nesse debate. Precisamos usar todas as alternativas democráticas de comunicação. No próprio PT, muita gente ainda não se deu conta do papel que a internet terá nesta eleição. O cidadão vai poder interagir com a informação no momento em que ela está sendo construída e não só depois de pronta, no final do dia, após os telejornais. Reconheço que a sociedade está mais esclarecida sobre o que estamos fazendo por ação da internet. Graças à internet, aliás, muitos factoides foram desmascarados. Se dependêssemos da grande imprensa, estaríamos fuzilados.

Viomundo – A eleição deste ano promete muito golpe abaixo da cintura, e a mídia tradicional terá papel central. O que os senhores pretendem fazer?

André Vargas – Nós sabemos disso e estamos nos preparando para acompanhar, juridicamente, todas as possibilidades que os meios de comunicação têm de manipular as informações. Assim como nós estamos acompanhando a questão das pesquisas. Nós temos de estar muito vigilantes nestes meses agora – abril, maio, junho e julho – que não temos horário político. E como o Serra é o candidato bem tratado pela mídia, será favorecido em termos de espaço e/ou melhor exposição. Depois, vem o horário político e os tempos e espaços terão de ser iguais. Daí o desespero por parte dos aliados do José Serra de abrir larga vantagem agora. Aí, tentam construir uma imagem irreal dele e desconstruir a nossa candidatura. A tática da oposição será inclusive tirar o presidente Lula da eleição.

Viomundo – De que forma?

André Vargas – A nossa força é a relação do Lula com a população. Então, vão dizer que é abuso de poder político, que o Lula é o presidente, que ele não pode dar declaração… Essa é a estratégia da oposição capitaneada pela mídia. Como o presidente Lula já disse que fará campanha nos finais de semana, vão questionar: “Como ele vai separar o que é a presidência e o que é campanha?”

O episódio do jingle dos 45 anos da Globo mostrou que estamos atentos. Reclamaram, mas nós fizemos o que achávamos certo. E vai ser assim. Tem de ser assim. Vigilância total. E com rapidez. Na hora.

Viomundo – Como foi?

André Vargas – O Marcelo Branco, responsável pela campanha da Dilma na internet, enviou um twitter, avisando que o tal jingle embutia, de forma disfarçada, propaganda favorável a José Serra. No ato, apoiei o que ele fez e retwitei. O episódio do jingle mostrou que os adversários estão dispostos a tudo. Portanto, temos de estar atentos o tempo inteiro e reagir rápido. Entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, a mensagem do Marcelo foi retwitada para mais de 100 mil internautas. À noite, por várias razões, inclusive a reação na rede, o anúncio foi tirado do ar.

O Marcelo Branco não foi criticado pelo PT, ao contrário da Folha noticiou. A campanha tem uma direção, mas é nosso dever reagir também. Na terça-feira, dia 19, nós tivemos uma reunião da Executiva Nacional do PT e todas as falas sobre o assunto foram positivas.

Viomundo – O senhor achaa que a blogosfera fará a diferença nesta eleição?

André Vargas – Não tenho a menor dúvida. Não interessa ao Brasil uma eleição judicializada, mas pode interessar à oposição. A oposição, aliás, já está judicializando o processo. É um caminho mais tortuoso, pois depende da cabeça de cada juiz. A oposição prefere a judicialização, pois não quer o debate, não quer a movimentação, não quer que o presidente Lula expresse a sua oposição.

Viomundo – O PT não fará nada contra a judicialização?

André Vargas – O PT de São Paulo já moveu uma ação e estamos nos preparando para essa batalha jurídica. Uma coisa é certa: não vamos entrar em baixarias.

Viomundo – E a militância? Muitos reclamam que o PT se afastou das bases, da rua…

André Vargas – A mobilização física é importante. Mas a mobilização pela internet talvez vá ser muito mais importante. E ela vai muito mais visível daqui em diante porque o PT e a esquerda têm conteúdo político, temos organizações sociais que atuam nas várias questões cruciais: gênero, meio ambiente, raciais, cotas, saúde, trabalhador…

Viomundo – Nós temos informação de que a oposição está preocupada com a blogosfera independente, que defende a informação correta, adequada, ética e verdadeira, os movimentos sociais, a democratização dos meios de comunicação. Fala-se que a oposição e seus aliados teriam como estratégia o sufocamento, o cerceamento e a intimidação desses blogues e sites progressistas. O que acha disso?

André Vargas – Nós temos de continuar garantindo à internet a liberdade de expressão, para que as informações verdadeiras cheguem à sociedade. Pelo Congresso Nacional, tentativas de restrição não passam. Não há ambiente propício a isso. Talvez tentem pelo Judiciário, mas acredito que não consigam seus objetivos. Mas temos, de novo, de ficar atentos. Caso tentem sufocar esses blogues e sites, nós teremos de ter uma reação dura da cidadania. Por isso, a gente de tem de estar mobilizado. A nossa força é a nossa mobilização. Se nós nos apropriarmos da internet, como aconteceu nos EUA, vamos ter condições de manter governos mais ousados, avançar mais nas conquistas sociais e insistir mais na liberdade de imprensa verdadeira.
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Contraponto 2068 - "Minha Casa, Minha Vida terá versão venezuelana"

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29/04/2010


"Minha Casa, Minha Vida terá versão venezuelana"





Blog do Planalto - Quarta-feira, 28 de abril de 2010 às 19:21

A Caixa Econômica Federal (CEF), principal alavanca do programa Minha Casa, Minha Vida no Brasil, vai levar o projeto para os bairros de Caracas, capital da Venezuela, e de lá ampliá-lo para outras cidades do país vizinho. O assunto foi tratado nesta quarta-feira (28/4) na reunião ampliada realizada no Palácio Itamaraty entre Brasil e Venezuela, com a participação dos respectivos presidentes -- Lula e Hugo Chávez. O presidente brasileiro aproveitou o encontro para explicar detalhes do programa habitacional brasileiro e apresentar um balanço das unidades habitacionais já contratadas na Caixa.

Após a reunião, a presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho, conversou com o Blog do Planalto e explicou a “exportação” do Minha Casa, Minha Vida para a Venezuela.

Outro projeto a ser implantado naquele país é a automação bancária. A Caixa utilizará a experiência brasileira de atendimento ao cidadão em casas lotéricas. Deste modo, amplia-se a universalização da rede do sistema financeiro, por exemplo, sem a necessidade de abrir novas agências bancárias. Maria Fernanda explica que esse movimento na Venezuela faz parte do seu projeto de internacionalização da instituição.

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Contraponto 2067 - "Página 12: um grande jornal"

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29/04/2010


"Página 12: um grande jornal"

Carta Maior - 28/04/2010

Emir Sader*

Para quem quer escapar do cerco da imprensa diária brasileira, há alguns refúgios e oásis. Para ter acesso a versões sem o viés conservador predominante por aqui, com informação e analise sobre os vários países da América Latina, EUA, Europa, Ásia, África e até mesmo sobre o Brasil, o Página 12 é uma leitura diária indispensável. Junto com o La Jornada, do México, é uma visita diária saudável, para quem quer se informar bem, conhecer as analises e os debates mais importantes do jornalismo e da intelectualidade contemporânea.

Os amigos argentinos reclamam, com razão, do cerco da imprensa de lá contra o governo, tão implacável quanto aqui. Só que eles têm um diário muito bom, Página 12, que tem uma posição de apoio crítico ao governo, mas sobretudo é um espaço pluralista dos grandes debates da esquerda argentina. (*)

Um jornal inteligente, agradável, que não fere a dignidade de quem o lê diariamente. Que publica os grandes intelectuais argentinos e de toda América Latina. É nas suas paginas que os argentinos podem ler Eduardo Galeano, Robert Fisk e Noam Chomsky. Colabora com a publicação também o grande jornalista brasileiro Eric Nepomuceno. O jornal publica vários suplementos semanais de grande interesse, inclusive um especificamente voltado para as resenhas de livros. Semanalmente também, o Página 12 publica capítulos de algum livro de grande transcendência. Atualmente está terminando a publicação, em fascículos semanais de 14 páginas, com belas ilustrações, Memórias do Fogo, de Galeano. Em seguida publicará a Latinoamericana – Enciclopédia Contemporanea da América Latina e do Caribe, em fascículos, da mesma forma que o La Jornada do México e Carta Capital, no Brasil, a Enciclopédia que coordenei com Ivana Jingkings, publicada pela Boitempo e ganhadora do Jabuti para o melhor livro de ciências humanas e para o melhor livro de não ficção.

Ao assinar um convênio com Página 12, Carta Maior brinda mais um serviço importante para os leitores brasileiros, de que só podemos orgulhar-nos.

*Emir Sader. Sociólogo e cientista político

(*) os grifos em verde escuro negritado são do ContrapontoPIG

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Contraponto 2066 - "Qual farsa Serra quer?"

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28/04/2010
Qual farsa Serra quer?

Carta Maior - 28/04/2010

O que fica claro, olhando desde a Argentina, é que José Serra associa o Mercosul a um valor negativo. Para ele, por outro lado, seria positivo que o Brasil firmasse muitos tratados de livre comércio. Cabe lembrar que o Mercosul não é o paraíso em boa medida porque foi esvaziado de política pela dupla FHC-Menem com a ajuda de Domingo Cavallo, o ministro argentino que adorava as áreas de livre comércio como Serra. O Mercosul é um resultado concreto da construção regional. Outros são a Unasul e o Conselho de Defesa Sulamericano. E a chave dessa estabilidade é a sólida relação entre Argentina e Brasil. O artigo é de Martin Granovsky, analista internacional argentino e colunista do jornal Página 12.


Martin Granovsky (*)

Peço um empréstimo aos irmãos brasileiros: poderiam nos enviar um manual para entender Serra? Primeiro ele disse que o Mercosul é uma “farsa”. Depois defendeu a “flexibilização” do Mercosul. Como se flexibiliza uma farsa? Mistério. O que fica claro, olhando desde a Argentina, é que José Serra associa o Mercosul a um valor negativo. Para ele, por outro lado, seria positivo que o Brasil firmasse muitos tratados de livre comércio. Segundo Serra, o Brasil não pode fazê-lo, justamente, por culpa das barreiras que seriam impostas pelo Mercosul.

Esqueçamos o mistério. Segundo dados do Instituto para a Integração da América Latina (Intal), durante 2009 o comércio internacional desabou. As exportações brasileiras para a Argentina, Uruguai e Paraguai, seus sócios do Mercosul, caíram 27,2% e as importações diminuíram 12,2%. Mas um olhar histórico é mais interessante:

Em 2008, quando a crise internacional já havia começado, as exportações cresceram 25,3% em relação a 2007, e as importações subiram 28,5%.

Mesmo em meio a maior crise desde os anos 30, o valor do intercâmbio com o Mercosul foi de 28,935 bilhões de dólares em 2009. Quase igual à cifra registrada em 2007, antes da crise: 28,978 bilhões de dólares.

Para o Brasil, o Mercosul representou, em 2009, cerca de 10,3% de suas exportações e importações. Nem o Brasil nem a Argentina sofreram em 2009 como a Grécia sofreu, para citar o caso mundial de um país que agora tem que seguir o caminho da contração fiscal e econômica, sofrido já pelos brasileiros com Fernando Henrique Cardoso e pelos argentinos com Carlos Menem. Mas a Grécia está longe de nós. Vejamos um caso mais próximo: o México sofreu mais porque cerca de 80% de seu intercâmbio depende da relação comercial com os Estados Unidos. O Brasil e a Argentina foram menos golpeados pela débâcle e não precisaram de nenhum Tratado de Livre Comércio (TLC) para seguir com sua estratégia de comércio diversificado, entre eles ou com a China.

O Mercosul não é o paraíso em boa medida porque foi esvaziado de política pela dupla FHC-Menem com a ajuda de Domingo Cavallo, o ministro argentino que adorava as áreas de livre comércio como Serra. Mas o Mercosul é um dos vários resultados concretos da construção regional. Outro resultado é a Unasul, que agrupa toda a América do Sul. Outro é o Conselho de Defesa Sulamericano. E a chave da estabilidade sulamericana é a sólida relação entre a Argentina e o Brasil, nosso vizinho com magnitude de Bric. Não é pouco: a região não apresenta nenhum conflito limítrofe importante e reflete uma sintonia majoritária e um nível de paz e previsibilidade que hoje são uma jóia mundial.

Quando a palavra “farsa” aparece em meio a esta construção imperfeita mas persistente convém acender as luzes de alerta. Se Serra elegeu a espetacularidade para se diferenciar de Lula e de Dilma Rousseff, e se, além disso, ignora as construções institucionais coletivas, talvez esteja indicando que na sua opinião os objetivos regionais devem se dissolver em múltiplos TLCs particulares. A aposta a favor do modelo dos TLCs não amortece uma crítica feroz. Tampouco serve para resolver, em um ambiente de negociação dentro da diversidade, crises como as da Bolívia, da Colômbia, da Venezuela e do Equador, ou para dar um horizonte de inclusão com o primeiro encontro de presidentes da América Latina e do Caribe.

Não são gestos retóricos. Quanto mais intensa for a convivência regional mais fácil será negociar em um mundo turbulento. A América do Sul provou que pode manter diferenças com os Estados Unidos, como fez ao rechaçar a Área de Livre Comércio das Américas, e, ao mesmo tempo, evitar um clima de hostilidade infantil com Washington. Brasil e Argentina, para tomar como exemplo os dois sócios maiores do Mercosul, tiveram uma postura comum frente à dívida: desengancharam do Fundo Monetário Internacional, aumentaram suas reservas, abandonaram o modelo aditivo de absorção de capitais e desconectaram o gatilho comum a duas bombas, a dívida interna e a dívida externa. Os dois países propõem o mesmo tipo de reformas democráticas no FMI e em outros organismos multilaterais. E conseguiram que cada diferença comercial fique limitada a uma pequena porcentagem de seu intercâmbio comercial (é inferior hoje a 10% do total) e possa ser negociada sem escaladas políticas.

Com esta política Brasil e Argentina cresceram e diminuíram a indigência e a miséria. O mesmo fez o Uruguai com Tabaré Vázquez primeiro e agora com José Mujica, e é isso que está tentando fazer também o Paraguai com Fernando Lugo. O resultado não está tão mal, se comparado ao de épocas anteriores de recessão ou de crescimento sem distribuição de renda nem aumento de empregos. Se nossas políticas parecem ter sido bastante sérias, por que Serra se opõe a elas? Quererá montar uma farsa? Com FHC e Menem terminamos chorando. E na vida é melhor a jóia.

(*) Martin Granovsky é analista internacional argentino, colunista do jornal Página12.

Tradução: Katarina Peixoto
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Contraponto 2065 - "Debate sobre segurança relembra fracasso de Serra em SP"

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28/04/2010

"Debate sobre segurança relembra fracasso de Serra em SP"

Portal Vermelho - 27/04/2010

A exemplo do que ocorreu com a recente declaração sobre o Mercosul (leia mais aqui), o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, meteu novamente os pés pelas mãos ao colocar o tema da segurança na agenda do debate pré-eleitoral. Apesar do discurso "duro" e "propositivo", Serra não consegue escapar da avaliação de que sua gestão como governador de São Paulo teve na área de segurança um de seus mais retumbantes fracassos.
Na segunda-feira (26), durante entrevista ao programa Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena, Serra usou jargão policialesco e pretensamente popular para defender sua visão sobre segurança pública. "Bandido tem de ser enfrentado com dureza" e "engaiolado", disse o tucano Serra prometeu que, se for eleito, criará um Ministério da Segurança Pública para combater o crime organizado.

O tucano defendeu a criação de um novo ministério, pois o Ministério da Justiça "não foi feito diretamente" para combater o crime. Para Serra, o Ministério da Segurança Pública cuidaria da reorganização de "todo o sistema de segurança do País".

Matança no litoral

A declaração do ex-governador de São Paulo ocorreu no mesmo momento em que órgãos do governo norte-americano recomendavam aos turistas que viessem visitar o Brasil que evitassem a baixada santista, no litoral paulista, devido a onda de assassinatos que ocorre n aregião.

Ao mesmo tempo, o procurador do Estado, Antonio Mafezzoli, acusou ontem o Governo Alberto Goldman (PSDB) de se omitir na investigação sobre a matança de jovens na Baixada Santista. Desde o início da semana passada, 23 pessoas, a maioria delas jovens e sem antecedentes criminais, foram assassinadas em cidades do litoral paulista e outras 12 foram feridas a bala. Segundo o procurador, a mortandade no litoral faz lembrar episódios ocorridos em maio de 2006, quando nove pessoas foram mortas em represália da polícia a ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

"A violência atingiu de novo um grau desproporcional, sem que a polícia tomasse qualquer providência para apurar a autoria dos crimes. O serviço de inteligência da Polícia Civil já deveria estar levantando a identidade dos autores, que não podem ficar impunes", reclamou Mafezzoli.

De acordo com o procurador, a polícia paulista está agindo como se os assassinatos praticados em diferentes cidades da Baixada Santista não estivessem interrelacionados.

"Boa parte desses crimes foi praticada por ninjas encapuzados, utilizando motos e armamentos de alto calibre, que decidem fazer justiça com as próprias mãos, assassinando jovens inocentes, que nem tinham passagens pela polícia. Há uma grave omissão do Estado, complacente com este tipo de procedimento".

Serra foi um fracasso na política de segurança pública

As críticas do procurador só reforçam os dados que mostram que durante o governo Serra a criminalidade no estado de São Paulo só fez aumentar. Segundo dados oficiais divulgados pelo próprio governo paulista, em 2009 os índices de roubo chegaram a bater o recorde da década. Foram 257.004 roubos ano passado, contra 217.967 em 2008, um aumento de 18%. O maior número de ocorrências desse tipo de crime havia sido alcançado em 2003, quando foram registrados 248.406 casos. Homicídios, latrocínios, furtos e sequestros também aumentaram em relação a 2008.

Em queda de 2001 a 2008, o número de homicídios dolosos (intencionais) voltou a crescer no estado. Chegou a 4.557 ano passado, contra 4.426 em 2008, uma elevação de 3%. O governo paulista, no entanto, comemorou o fato de o índice ser de 10,9 assassinatos para cada 100 mil habitantes, um dos menores patamares do país, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A Organização Mundial de Saúde, porém, classifica esse quadro como epidemia.

De acordo com planilhas da própria secretaria, o número de latrocínios também subiu de 267 mil para 304 mil (14%), e os sequestros tiveram aumento de 60 mil para 85 (40%). Também chamaram atenção os registros de furto e estupro. No primeiro caso, foram contabilizados 528.933 casos no estado, 8% a mais que em 2008. Já os casos de estupro subiram de 3.338 para 5.647.

Também verificou-se que o aumento de homicídios no interior de São Paulo interrompeu a série histórica de redução desse tipo de crime no estado. As cidades do interior foram responsáveis pelos maiores índices, com elevação de 16,4% (de 1.821 para 2.120) nos homicídios.

Desde 2001, vinham sendo registradas quedas em relação ao número de assassinatos em São Paulo. Mas, no ano passado, o aumento do número geral de homicídios no estado só não foi maior porque a capital e a grande São Paulo tiveram redução nos últimos 12 meses.

Na capital foram 1.235 casos, com queda de 2%. Já na região metropolitana, a diminuição chegou a 10,4%, com 1.202 ocorrências.

Diante do aumento no volume de diversos crimes, o governo de São Paulo avaliou que a crise econômica mundial e a greve da polícia de 2008 foram fatores que "colaboram para o salto dos índices de violência no estado".

A ideia de que a crise econômica mundial colaborou para aumentar a violência em São Paulo é rechaçada por especialistas. "Tratar essa violência como reflexo da crise econômica é uma análise inadequada do fenômeno". Não dá para fazer essa relação entre pobreza e aumento da violência, já que a violência é uma questão que passa por fatores educacionais, demográficos e também pela ação do poder público, avalia o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Marcelo Batista Nery.

Dilma: governo Lula agiu com competência

Nesta terça-feira (27), ao ser perguntada sobre a proposta de Serra para a área de segurança, a pré-candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff (PT-RS) ressaltou que a segurança pública "é uma das questões mais importantes para o governo federal".

Dilma destacou uma série de ações adotadas pelo governo Lula como a criação da Força Nacional de Segurança Pública e frisou que 78% do orçamento do Ministério da Justiça são destinados ao setor. Entre outras ações desenvolvidas nos últimos oito anos, lembrou o reaparelhamento da Polícia Federal, com investimentos na área de inteligência e a construção de quatro presídios com capacidade para receber mil detentos cada um em todo o país, além da criação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Da redação, com informações do site Brasília Confidencial
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