terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Contraponto 1195 - "Schröder analisa o DNA da Globo"

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19/01/2010
"Schröder analisa o DNA da Globo"

Viomundo - Atualizado em 18 de janeiro de 2010 às 21:04 |
Publicado em 18 de janeiro de 2010 às 19:49

Entrevistas da FENAJ

15/01/2010 | 19:27

A incapacidade para a democracia e para o debate público está no DNA da Rede Globo

íntegra no site da Federação Nacional de Jornalistas

E-FENAJ – Adroaldo Corrêa, de Porto Alegre, registra que viu a Rede Globo -- em seus principais jornais eletrônicos -- denunciar a Conferência como anti-democrática ao justificar a ausência das organizações de proprietários da mídia grande. Depois, viu os mesmos veículos, citando alguns trechos pinçados da nota final da Confecom, justificarem por isso a ausência no espaço de participação para o debate da comunicação em nosso país. E pergunta: terá sido porque seriam minoria? Terá sido porque são eles os auxiliares da ditadura que impuseram aqui em 64 e depois continuaram com a tarefa que lhes atribuiu o poder discricionário, conforme a pauta da reunião na III Região Militar (então 3° Exército) a competência de censurar os conteúdos a publicar?

Celso Schröder

Schröder – Caro Adroaldo, tens absoluta razão nas tuas considerações. A Rede Globo, que iniciou seu império com a ditadura militar -- história contada pelo já citado Daniel Herz no seu livro “A História Secreta da Rede Globo”, relançado na Confecom com um posfácio assinado por mim e pelo Nilo Piana de Castro -- e ajudou a manter os governos autoritários de todo o período, colaborou, ainda, para sabotar o movimento pelas Diretas Já e também eleger Collor depois de manipular todo o processo da campanha eleitoral, portanto, sendo cúmplice da censura mais abjeta da história do Brasil, se arvora a reivindicar a defesa da liberdade de expressão e a denunciar qualquer tentativa de regular seus privilégios como ameaça à liberdade de imprensa. (Grifo do ContrapontoPIG).

A Globo, que participou de todo o processo de instalação da Confecom, demonstrou em plena discussão do regimento aquilo que o professor Murilo Ramos chama de seu DNA: uma incapacidade atávica à democracia e ao debate público. Acostumada aos lobbies em Brasília, não resistiu à ameaça de ter que negociar suas propostas publicamente. Acho que não avaliou bem o preço histórico que pagará por mais esta tentativa de sabotagem ao país.
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